Banca de DEFESA: LAYSLA DOS SANTOS MOTTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LAYSLA DOS SANTOS MOTTA
DATA : 30/06/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

ANÁLISE DO USO DA CIANOBACTÉRIA Arthrospira platensis (Spirulina platensis) NA ATENUAÇÃO DA TOXICIDADE DO CORANTE REACTIVE BLACK 5


PALAVRAS-CHAVES:

Arthrospira platensis, Corante Reactive Black 5,Toxicidade, Aliium cepa


PÁGINAS: 140
RESUMO:

O Arranjo Produtivo Local de Confecções do Agreste Pernambucano (APLCAPE) tem se destacado nacionalmente no setor têxtil. No entanto, o desenvolvimento têxtil na região tem causado impactos ambientais, devido à geração e lançamento de efluentes sem tratamento adequado, afetando a qualidade da água do rio Ipojuca. Dentre os constituintes dos efluentes lançados, destacam-se os corantes tipo azo e seus subprodutos, os quais são considerados tóxicos para o meio ambiente. Visando encontrar tratamentos alternativos para os efluentes têxteis, presente trabalho objetivou avaliar a eficiência da cianobactéria Arthrospira platensis na remoção do corante azo Reactive Black 5 (RB5) e na redução de sua toxicidade. Foram analisados cinco tratamentos durante 15 dias, visando investigar possíveis vias de remoção do corante: (1) A. platensis (300 mg/L) e meio de cultura Schlösser (AM; controle); (2) A. platensis, meio de cultura Schlösser e corante RB5 (32,5 mg/L) (AMR; via de biodegradação); (3) A. platensis inativada, meio de cultura Schlösser e RB5 (AiMR; via de adsorção); (4) meio de cultura Schlösser e RB5, em condições de claro (MRc; via de fotodegradação); (5) meio de cultura Schlösser e RB5, em condições de escuro (MRe; possível adsorção ao frasco e influência do meio de cultura). Em relação ao crescimento de A. platensis, nos tratamentos contendo a cianobactéria, foi notado um crescimento máximo de 509,89 mg/L na presença do corante (AMR), comparado a 1060,14 mg/L na ausência de RB5 (AM), ambos no dia 13. No tratamento AiMR, foi comprovada a eficiência da inativação de A. platensis. O dia 12 foi o último dia de crescimento da fase exponencial. Por esta razão, foi utilizado para as análises de remoção, observando-se valores de remoção de RB5: 33,13% (AMR); 60,7% (AiMR); 35,6% (MRc), e 25,51% (MRe). Os dados do dia 12 indicam que houve uma remoção de 25,51% relacionada à adsorção ao frasco ou devido a constituintes do meio de cultura, considerando MRe; de 10,09% de remoção por fotodegradação, comparando MRc e MRe; e 25,10% por adsorção à cianobactéria, comparando AiMR e MRc. Por outro lado, os valores indicam ausência de biodegradação pela cianobactéria, considerando AMR e MRc, que foi corroborada pela ausência dos subprodutos de biodegradação anilina e catecol nas amostras analisadas. A atenuação da toxicidade de RB5 nos diferentes tratamentos foi investigada usando o sistema teste Allium cepa L., mediante o índice da germinação de sementes e comprimento médio das raízes. Com relação à toxicidade, observou-se que RB5 foi altamente tóxico no tratamento controle (RB5 em água), com apenas 1,5% de germinação. De modo geral, houve uma atenuação da toxicidade em todos os tratamentos analisados no dia 12 do experimento de remoção, porém considerada baixa, com valores de germinação variando de 10,5% a 14,5%. Dessa forma, conclui-se que A. platensis contribui para a remoção de RB5 pelo processo de adsorção e para uma baixa atenuação da toxicidade.  



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1293690 - ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
Externo à Instituição - FABIO HENRIQUE PORTELLA CORREA DE OLIVEIRA - UFRPE
Interna - 2380850 - MARIA BETANIA MELO DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 14/06/2023 19:36
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