Banca de DEFESA: RAMON SILVA DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAMON SILVA DE SOUSA
DATA : 27/04/2023
HORA: 14:00
LOCAL: PLATAFORMA MEET
TÍTULO:

VALIDAÇÃO CLÍNICA DO DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM CONHECIMENTO
DEFICIENTE EM PACIENTES SUBMETIDOS À HEMODIÁLISE

PALAVRAS-CHAVES:

conhecimento; diálise renal; educação em saúde; diagnóstico de enfermagem; estudo de validação.

PÁGINAS: 91
RESUMO:

A presença do conhecimento deficiente em indivíduos submetidos à hemodiálise
repercute para um déficit do autocuidado, bem como uma má adesão ao plano de cuidados
proposto pela equipe multidisciplinar. Identificar o diagnóstico de enfermagem Conhecimento
deficiente de forma acurada contribui para a construção de um plano de cuidados baseado em
evidências com foco na promoção da saúde e prevenção de agravos por meio da educação em
saúde. O estudo teve como objetivo analisar as evidências de validade clínica do diagnóstico
de enfermagem Conhecimento deficiente em pacientes submetidos à hemodiálise. Tratou-se de
um estudo de acurácia diagnóstica, com corte transversal, baseado na abordagem de testes
diagnósticos, ancorado sob o aporte do método de validade do construto clínico. A amostra do
estudo foi composta por 105 pacientes submetidos à hemodiálise num hospital do nordeste do
Brasil. A coleta de dados ocorreu durante os meses de setembro e outubro de 2022, por meio
de uma entrevista com aplicação de um instrumento de pesquisa com dados sócio
demográficos, clínicos e dos elementos do diagnóstico Conhecimento deficiente. A análise dos
dados ocorreu por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences versão 21 e
do software R 3.5.1, sendo incorporadas medidas descritivas, de tendência central e dispersão,
e o teste de Kolmogorov-Smirnov com intervalo de confiança de 95%. Utilizou-se o modelo de
duas classes latentes de efeitos randômicos para verificar a sensibilidade e a especificidade
dos indicadores clínicos e estimar a prevalência do diagnóstico. No ajuste do modelo foram
aplicados os parâmetros do teste de verossimilhança e da entropia. O cálculo de
probabilidades posteriores analisou a associação dos indicadores clínicos com o diagnóstico e
a Odds Ratio a associação dos fatores etiológicos com o diagnóstico. Adotado um p valor de
0,05 para as análises estatísticas. A pesquisa teve aprovação no comitê de ética em pesquisa
sob o Parecer: 5.579.696. Em relação aos sete indicadores clínicos investigados, o mais
prevalente foi declarações imprecisas sobre a doença (60%) e dentre os 20 fatores etiológicos
avaliados, o mais prevalente foi participação inadequada do paciente no planejamento dos
seus cuidados à saúde (92,38%) e duas condições associados não estiverem presentes na
amostra (Depressão e Transtornos neurocognitivos). A prevalência do Conhecimento deficiente
em pacientes submetidos à hemodiálise foi 2,9% ao incluir no modelo de classe latente com
efeitos randômicos ajustado seis dos sete indicadores clínicos investigados, ficando ausente o
indicador déficit no desempenho do autocuidado. E os indicadores clínicos que apresentaram
alta sensibilidade e especificidade para indicar o diagnóstico conhecimento deficiente entre
pacientes submetidos à hemodiálise foram: Declarações imprecisas sobre a doença
(sensibilidade = 0,9991 / especificidade = 0,4119), seguimento inadequado de instrução
(sensibilidade = 0,9795 / especificidade = 0,9995), piora na qualidade de vida (sensibilidade =
0,9992 / especificidade = 0,9996) e comportamento inadequado (sensibilidade = 0,9992 /
especificidade = 0,9996). Tais indicadores clínicos quando juntos associa a maiores
probabilidades da presença do conhecimento deficiente entre os pacientes submetidos à
hemodiálise. E em relação aos fatores etiológicos capazes de elevar as chances para
desenvolver o DE Conhecimento deficiente em pacientes submetidos à hemodiálise, nenhum
demonstrou relação para o desenvolvimento do conhecimento deficiente. A validação clínica do
diagnóstico de enfermagem Conhecimento deficiente oferece ao enfermeiro subsídios para
uma prática assistencial baseada em evidência e oportuniza a realização de ações educativas
direcionadas aos reais problemas da aquisição do conhecimento sobre a doença e seu
tratamento entre o público-alvo. Ademais, esse estudo pode contribuir para elevar o nível de
evidência do referido diagnóstico na Taxionomia II da NANDA-I nas edições subsequentes.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2781358 - CECILIA MARIA FARIAS DE QUEIROZ FRAZAO
Externa à Instituição - JÉSSICA DANTAS DE SÁ TINÔCO - UERN
Externa ao Programa - 1019752 - NATALIA RAMOS COSTA PESSOA - nullInterna - 1574914 - SUZANA DE OLIVEIRA MANGUEIRA