Banca de DEFESA: ANNA LUISA ARAUJO BRITO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNA LUISA ARAUJO BRITO
DATA : 28/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Virtual
TÍTULO:

DISFUNÇÕES CARDIORRESPIRATÓRIAS E OSTEOMUSCULARES TARDIAS EM ADULTOS EXPOSTOS AO SARS-COV-2 NO AGRESTE DE PERNAMBUCO



PALAVRAS-CHAVES:

IInfecções por coronavírus; SARS-CoV-2; Testes de função respiratória; Técnicas de diagnóstico do sistema respiratório; Força muscular; Desempenho físico funcional.


PÁGINAS: 70
RESUMO:

INTRODUÇÃO: Uma parte da população sobrevivente da COVID-19 relata sintomas persistentes, apesar do longo período após a fase aguda da doença, o que reforça a necessidade de uma avaliação multidimensional da função cardiorrespiratória e osteomuscular. OBJETIVO: Avaliar o desempenho cardiorrespiratório e osteomuscular entre os períodos de 1-12 meses e 13-24 meses após a infecção, assim como, comparar as frequências destas funções classificadas como preservadas e alteradas em adultos expostos ao SARS-CoV-2 no Agreste de Pernambuco. MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional e transversal registrado no Clinical Trials (NCT05659615) envolvendo adultos com até 24 meses de exposição confirmada ao SARS-CoV-2. Foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos, clínicos e dados da avaliação multidimensional da função cardiorrespiratória composta pela ventilometria, análise do padrão respiratório em repouso, manovacuometria, espirometria e desempenho cardiorrespiratório mediante teste de caminhada de 6 minutos. A força muscular periférica foi mensurada usando a escala Medical Research Council e dinamometria de preensão palmar. Os dados foram apresentados para a amostra global e as diferenças de médias (DM) ou de medianas (DMed) entre os tempos de exposição de 1 a 12 meses e de 13 a 24 meses, foram considerados significativos para o p<0,05.   RESULTADOS: Um total de 92 adultos pós-COVID-19 foram analisados, com a maioria (67,4%) do sexo feminino. A idade média foi de 27,8 ± 10,8 anos, com um índice de massa corporal médio de 25,9 ± 5,2 kg/m². Do total, 50 (54,4%) estavam entre 1 a 12 meses, enquanto 42 (45,6%) estavam entre 13 e 24 meses após a infecção. Diferenças significativas na frequência respiratória, medida pelo ventilômetro (DMed de -2.00, IC 95% -3.0; 0.0, p = 0,028), e na capacidade vital lenta (CVL) (ml/kg), medida pelo respiratory diagnostic assistant (RDA) (DM 5,24 ml/kg, IC 95% 0.16; 10.32, p = 0,043), embora estas não tenham implicações clínicas evidentes. Independentemente do tempo desde o início dos sintomas, 83 (100%) dos indivíduos avaliados para CVL pelo RDA apresentaram redução em relação aos valores previstos, enquanto 74% mostraram diminuição no volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e 65% na pressão inspiratória máxima (PImax) (p <0,005). Não foram observadas diferenças significativas nas variáveis de função muscular periférica e desempenho cardiorrespiratório. CONCLUSÃO: Mesmo até 24 meses de infecção por SARS-CoV-2, adultos expostos ainda apresentam comprometimento da função respiratória, dada pela redução da CVL, VEF1 e PImax. Essas diferenças não foram importantes clinicamente em relação ao tempo de exposição, bem como não afetou a função osteomuscular, o que ressalta a necessidade de estudos de monitoração para maior compreensão dos efeitos tardios da COVID-19.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1900364 - SHIRLEY LIMA CAMPOS
Interna - 2581397 - DANIELLA CUNHA BRANDAO
Externa ao Programa - 3344367 - BRUNA THAYS SANTANA DE ARAUJO - UFPE
Notícia cadastrada em: 25/03/2024 16:36
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