Banca de DEFESA: DANIELE MARIA DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIELE MARIA DOS SANTOS
DATA : 19/12/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

PARÂMETROS DO SONO, QUALIDADE DE VIDA E RESPOSTAS CARDIORRESPIRATÓRIAS AO ESFORÇO EM INDIVÍDUOS PÓS COVID 19.


PALAVRAS-CHAVES:

 COVID-19; Sono; Respostas cardiorrespiratórias ao exercício; Qualidade de vida.


PÁGINAS: 90
RESUMO:

INTRODUÇÃO: A síndrome pós COVID-19 tornou-se um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo, pois a persistência de seus sintomas sistêmicos vem impactando negativamente na vida funcional, laboral e psicossocial dos indivíduos acometidos. Entre estes, as repercussões no sono, nas respostas cardiopulmonares ao exercício físico e na qualidade de vida (QV) são os mais comuns, podendo causar limitações nas atividades diárias destes pacientes. OBJETIVO: Determinar se existe associação entre os parâmetros do sono, a QV e as respostas cardiorrespiratórias ao esforço em pacientes pós COVID-19. METODOLOGIA: Estudo transversal, aprovado pelo comitê de ética da UFPE (Nº 5.536.992), realizado no Laboratório de reabilitação cardiopulmonar (LACAP) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e no Ambulatório de Reabilitação Pulmonar do Hospital Otávio de Freitas. Foram incluídos pacientes com idade a partir de 18 anos, ambos os sexos, e diagnóstico de COVID-19 confirmado positivo pelos testes sorológico e molecular. E excluídos pacientes que faziam uso de medicação indutora do sono, apresentavam doenças cardiometabólicas como obesidade grau III, doenças crônico degenerativas descompensadas, neuromusculares, osteomioarticulares ou algum comprometimento cognitivo que dificultasse o entendimento e/ou execução das avaliações. Foram avaliados os parâmetros do sono subjetivos por meio do Índice de qualidade de sono de Pittsburg (PSQI), Escala de sonolência diurna excessiva de Epworth (ESE) e os parâmetros objetivos do sono compreendidos pelas variáveis: o tempo total de sono (TTS) (horas), eficiência do sono (%), tempo total na cama (TTC) (horas), latência do sono (minutos), número de despertares noturnos após início do sono e o tempo total acordado durante o despertar (WASO) (minutos) e número de episódios de sono secundários, pelo actígrafo (ActTrust, ®Condor), a QV foi avaliada pelo SF-36 e as respostas cardiorrespiratórias pelo teste do degrau de 6 minutos (TD6M). Os dados foram expressos em média e desvio padrão, também em porcentagem e valor absoluto. Para avaliar a normalidade dos dados utilizou-se o teste Kolmogorov-Smirnov. Para as análises de correlação bivariada entre os parâmetros do sono, a qualidade de vida e as respostas cardiorrespiratórias foram realizadas pelos testes de correlação de Pearson ou Spearman, a depender da distribuição dos dados.  Já a regressão linear múltipla foi utilizada para determinar a associação entre os parâmetros do sono, a QV e as respostas cardiorrespiratórias. RESULTADOS: Foram incluídos 48 voluntários, com idade de 41,2 ± 14,4 anos e prevalência do sexo feminino 64,6%. A amostra apresentou má qualidade de sono pelo PSQI 8,25 ± 3,53, porém ausência de SDE pela ESE 6,67 ± 4,90. Os parâmetros objetivos do sono mostraram-se dentro dos parâmetros esperados, com exceção de eficiência do sono, que se apresentou abaixo dos valores recomendados (82,55 ± 10,02%). A amostra também apresentou respostas cardiorrespiratórias ao esforço submáximo dentro dos critérios esperados. Sobre a capacidade funcional de exercício, o desempenho no TD6M foi de 146,4 ± 48,4 degraus e VO2 de pico de 25,1 ± 5 ml/kg/min. Foi observada uma piora moderada na QV (Escore geral: 63,0 ± 19,2) e os domínios estado geral de saúde (EGS) (51,1 ± 19,1), limitações por aspectos emocionais (51 ± 46,2), vitalidade (58,4 ± 18,2), limitação por aspectos físicos (60 ± 46,6), saúde mental (67 ± 21,5), aspectos sociais (68 ± 24,1), capacidade funcional (79,7 ± 26) e dor (70,4 ± 20). Foi observada uma associação entre o TTS e a pressão arterial diastólica (PAD) imediatamente após o exercício (β = - 0,121; p = 0,003), e o domínio EGS do SF-36 (β =  - 0,064; p = 0,006), também associação entre o TTC e a PAD imediatamente após o exercício (β = - 0,118; p = 0,004) e o EGS (β =  - 0,058; p = 0,005), entre o número de despertares e a SpO2 imediatamente após o exercício (β =  0,480; p = 0,047), e a FC 1’ após o exercício (β = 0,081; p = 0,007). Entre a hora que os participantes levantaram e o EGS (β = - 0,034; p = 0,029), entre a SDE e o número de degraus alcançados (β = - 0,030; p = 0,037). CONCLUSÃO: A amostra avaliada apresentou má qualidade de sono, porém com ausência de SDE. Houve associação do aumento do TTS, TTC e do horário em que a amostra se levantou ao comprometimento do EGS do SF-36, associação do maior TTS e TTC, e a PAD imediatamente após o exercício mais baixa, também foi observada associação do maior número de despertares à elevações da SpO2 imediatamente após o exercício e da FC no 1’ minuto após o exercício, como também no aumento da SDE e o número reduzido de degraus alcançados no TD6M. Sugerimos estudos longitudinais com estratificação pela gravidade da COVID-19 para observar a associação dos parâmetros do sono, da qualidade de vida e das respostas cardiovasculares ao esforço físico considerando os sintomas pós-COVID19 em longo prazo e a gravidade da doença.

 

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1807129 - GISELA ROCHA DE SIQUEIRA
Externa à Instituição - ADRIANA SARMENTO DE OLIVEIRA - UAM
Externa à Instituição - MARIA DO SOCORRO BRASILEIRO SANTOS - UFPB
Notícia cadastrada em: 14/12/2023 14:55
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa04.ufpe.br.sigaa04