Banca de DEFESA: EDSON JOSÉ BARROS DE MEDEIROS JUNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDSON JOSÉ BARROS DE MEDEIROS JUNIOR
DATA : 18/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Departamento de Fisioterapia da UFPE - formato híbrido
TÍTULO:

Aspectos emocionais, cognitivos e a prática dos profissionais da Atenção Primária à Saúde no manejo da dor persistente: Estudo quali-quantitativo.



PALAVRAS-CHAVES:

dor crônica, manejo da dor, saúde pública, profissionais de saúde.


PÁGINAS: 120
RESUMO:

A dor persistente é aquela que se perpetua por um período superior a três meses. De natureza complexa e curso clínico particular, ela é altamente incapacitante e acarreta a redução da produtividade e salários. Ademais, a dor persistente se configura como um dos maiores motivos de procura aos serviços de Atenção Primária à Saúde (APS). Apesar do impacto representado, os profissionais que atuam na APS nem sempre realizam práticas adequadas para o manejo da dor. Além disso, aspectos emocionais e cognitivos desses profissionais, tais como percepções, crenças e atitudes disfuncionais sobre dor e catastrofização, podem interferir na abordagem ao usuário e prejudicar a condução do tratamento da dor persistente. Diante do exposto, a presente dissertação teve dois objetivos: 1. Elucidar a percepção e a prática dos profissionais da APS do município do Paulista sobre dor persistente; 2. Identificar os principais preditores da catastrofização em profissionais atuantes no manejo da dor persistente na APS do município do Paulista. Para isso, foi realizado um estudo transversal quali-quantitativo, no período de outubro de 2022 a outubro de 2023, com profissionais de saúde de nível superior atuantes na APS no município do Paulista. A coleta de dados do estudo qualitativo se deu através de entrevista na qual os participantes falaram livremente sobre suas experiências no manejo da dor e sobre as influências das crenças e do conhecimento sobre dor no cuidado de usuários da APS. As respostas obtidas foram gravadas e as falas transcritas e analisadas através da Classificação Hierárquica Descendente e Análise de Similitude por meio do software IRAMUTEQ. A análise dos discursos gerou cinco classes de palavras segundo o arcabouço teórico da dor e a percepção dos profissionais da APS. Para o estudo quantitativo, os profissionais foram avaliados sobre o nível de conhecimento sobre dor (Questionário de Neurofisiologia da Dor – QND), as crenças e atitudes sobre dor (Inventário de Atitudes Frente à Dor – Profissionais – IAD-profissionais) e a presença de catastrofização (Pain Catastrophizing Scale – B-PCS), além de um formulário para caracterização da amostra. Os dados foram analisados por meio de uma regressão linear múltipla. O estudo qualitativo incluiu 60 profissionais (78,3% mulheres), cuja média de idade foi de 37,72±9,18 anos. Os profissionais da APS tentam ser resolutivos, mesmo diante da descontinuidade das ações e serviços. As crenças e atitudes parecem influenciar no manejo da dor persistente. A amostra do estudo quantitativo incluiu 99 profissionais (76,8% mulheres), com média de idade de 37,04±8,64 anos. A análise resultou em um modelo estatisticamente significativo [F(2, 96)=5,366; p=0,006; R2=0,101)], no qual a catastrofização foi influenciada pela categoria profissional e pelo domínio solicitude do IAD-Profissional. Os resultados da presente dissertação apontam que a percepção e as práticas dos profissionais da APS avaliados interferem no manejo da dor persistente e podem contribuir para o direcionamento das ações e o fortalecimento de pactuações e serviços no cuidado desses usuários. Além disso, esses profissionais devem estar cientes que sua ocupação e a disposição em auxiliar o usuário interferem em aspectos emocionais e cognitivos que repercutem no manejo da dor persistente.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1807129 - GISELA ROCHA DE SIQUEIRA
Externa à Instituição - PALLOMA RODRIGUES DE ANDRADE - UFPB
Externo à Instituição - ALEXSANDRO SILVA COURA - UEPB
Notícia cadastrada em: 14/12/2023 14:30
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