PPGBA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ANIMAL - CB DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA - CB Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA KAROLAINE DE MELO ALVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA KAROLAINE DE MELO ALVES
DATA : 27/02/2024
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

Biomarcadores ecotoxicológicos em Stegastes fuscus 3 anos após o aparecimento de petróleo na costa brasileira


PALAVRAS-CHAVES:

Biomonitoramento. S. fuscus. Metabólitos biliares. CYP1A1. Enzimas antioxidantes.


PÁGINAS: 20
RESUMO:

O litoral brasileiro foi atingido por petróleo bruto em 2019 e esse evento foi responsável pela contaminação de diversos ecossistemas marinhos, incluindo áreas recifais, manguezais e estuários. Dentre os compostos que constituem o petróleo, os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) são os que mais preocupam ambientalmente por causa sua toxicidade aos organismos e sua persistência em ambientes aquáticos. Os HPAs são responsáveis por desencadear alterações subletais em peixes, incluindo alterações genéticas, bioquímicas, histopatológicas, reprodutivas e comportamentais. Stegastes fuscus (Cuvier, 1830) é uma espécie de peixe chave nos ambientes recifais brasileiros, considerada importante para o controle da biomassa de algas e aumento da produtividade desses locais. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi avaliar efeitos em biomarcadores ecotoxicológicos no peixe Stegastes fuscus após o aparecimento de petróleo no litoral brasileiro. Indivíduos de Stegastes fuscus foram coletados 17, 24 e 34 meses após a chegada do óleo, em 7 áreas recifais do estado de Pernambuco que foram atingidas por petróleo bruto e 1 área onde não foi notificado o aparecimento do óleo. Os biomarcadores ecotoxicológicos analisados foram os HPAs biliares, bioquímicos e genotóxicos. A bile dos peixes foi analisada pelo método de fluorescência fixa para estimar a dose interna dos metabólitos equivalentes de naftaleno, fenantreno, criseno, pireno e benzo(a)pireno. Os biomarcadores bioquímicos analisados foram: EROD, GST, GSH, CAT, SOD, LPO e AChE. Os danos genéticos foram indicados a partir da ocorrência de micronúcleos e anormalidades nucleares denominadas de núcleo “blebbed”, “vacuolated”, “notched” e células binucleadas. A bioconcentração dos HPAs biliares foi aumentada em indivíduos coletados nos recifes do Janga, Paiva, Suape, Carneiros e Mamucabas, comparados a área referencial. Induções da EROD de 3,3 e 5,6 vezes foram verificadas em indivíduos coletados na área recifal do Janga. A CAT apresentou induções significativas em amostras da coleta 3 e a SOD foi inibida nessas mesmas amostras. A peroxidação lipídica foi elevada em indivíduos do Janga, Suape, Muro Alto e Carneiros e induções da AChE foram verificadas na praia do Paiva, comparadas a área referencial. Não foram observados padrões de respostas a contaminação por HPAs em relação aos micronúcleos e anormalidades nucleares analisadas. Os resultados indicaram uma recuperação após a chegada do óleo e que as áreas recifais monitoradas não estão sendo influenciadas diretamente pelo óleo que chegou em 2019, mas que contaminações por HPAs estão ocorrendo de forma crônica nesses locais. O peixe Stegastes fuscus se mostrou uma espécie sentinela viável para utilização em programas de biomonitoramento ecotoxicológico em ambientes recifais, por permitir avaliar efeitos biológicos decorrentes da exposição a HPAs.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2154667 - ALEXANDRE OLIVEIRA DE ALMEIDA
Externa ao Programa - 1200149 - LILIA PEREIRA DE SOUZA SANTOS - nullInterna - 2581104 - MONICA LUCIA ADAM
Presidente - 1551332 - PAULO SERGIO MARTINS DE CARVALHO
Notícia cadastrada em: 23/02/2024 15:55
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