PPGBA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ANIMAL - CB DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA - CB Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: ANA LUIZA LEICHTER MATTE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA LUIZA LEICHTER MATTE
DATA : 06/12/2023
HORA: 09:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

Estratégias de conservação e pesquisa para primatas brasileiros


PALAVRAS-CHAVES:

Bioma. Paisagem. História de vida. Categorias de ameaça. Lacunas. Metas de conservação. Tomada de decisão. Priorização.


PÁGINAS: 292
RESUMO:

O desenvolvimento de ferramentas que visam elaborar estratégias de conservação e pesquisa das espécies de primatas brasileiras aproxima a prática da conservação à ciência. Assim, a presente tese objetivou fornecer algumas ferramentas para contribuir com as estratégias de conservação e pesquisa desse grupo de animais. No Capítulo 1, analisamos se o contexto de ameaça dos primatas está relacionado com o risco de extinção, considerando a paisagem, traços de história de vida das espécies, e o bioma em que predominam. Encontramos uma ligação positiva entre os impactos humanos e o risco de extinção na Amazônia. Nos outros biomas, as características antropogênicas da paisagem foram associadas a espécies ameaçadas e não ameaçadas. Os primatas ameaçados tendem a ter maior tamanho e estratégias de história de vida lentas, independentemente do bioma. Portanto, sugerimos considerar o bioma e a categoria de ameaça juntamente com atributos da paisagem e da história de vida para hierarquizar de espécies e elaborar metas de conservação. No Capítulo 2, comparamos as características da paisagem dos primatas brasileiros listados como os 25 mais ameaçados do mundo com os primatas brasileiros ameaçados nunca incluídos nesta lista. Mostramos que as características de paisagem das espécies se sobrepõem independente se foram ou não listadas. Sugerimos que as justificativas de inclusão e remoção de uma espécie na lista dos Top 25 sejam reavaliadas, e indicamos espécies nunca listadas que ocupam paisagens mais antropizadas. No Capítulo 3, aplicamos uma ferramenta de apoio à decisão para preencher as lacunas de conservação de espécies de primatas. Construímos cenários para cada bioma que buscam incentivar o planejamento de uso da terra e indicar áreas que podem abrigar novas unidades de conservação. Elaboramos metas de conservação, seguindo diretrizes definidas no Capítulo 1 e uma análise de sensibilidade que buscou não ultrapassar o valor de 50% das metas para reduzir o número de áreas insubstituíveis e tornar nossos cenários viáveis. No Capítulo 4, mapeamos as áreas sem registros de ocorrência de primatas, considerando a maior proporção de desmatamento e de disponibilidade de hábitats de áreas até então não amostradas, possivelmente mais inacessíveis. Verificamos que a Amazônia concentra maior cobertura de atividade de coleta de dados de primatas brasileiros, com 66% mais amostragem de ameaçadas. Na Mata Atlântica e no Cerrado a proporção de registros de ocorrência entre espécies ameaçadas e não ameaçadas é similar, mas também maior entre primatas ameaçados. Já na Caatinga, obtivemos um resultado inverso, pois o foco de amostragem foi 25% menor para as espécies ameaçadas. Porém, é importante entendermos a origem destes registros, se derivam de avistamentos ou estudos aprofundados, e se são de fato do bioma onde a distribuição da espécie predomina, pois só assim poderemos distinguir quais são as maiores lacunas de conhecimento que persistem em nossos dados. Construímos cenários com áreas estratégicas para pesquisa de primatas em todos os biomas brasileiros, buscando preencher uma lacuna de amostragem nestes locais com potencial ocorrência de populações de primatas desconhecidas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LUCAS GONÇALVES DA SILVA
Externa à Instituição - MIRIAM PLAZA PINTO
Presidente - 2088859 - BRUNA MARTINS BEZERRA
Interno - ***.401.405-** - JOAO PEDRO DE SOUZA ALVES - UFPE
Interno - 3091544 - PEDRO IVO SIMOES
Notícia cadastrada em: 29/11/2023 12:57
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa05.ufpe.br.sigaa05