ASCOMYCOTA SEXUAIS NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA RASO DA CATARINA, BIOMA CAATINGA, BRASIL
Micodiversidade, Morfossexual, Semiárido, Taxonomia.
O bioma Caatinga, por apresentar uma grande diversidade de ambientes, caracterizados segundo os diferentes tipos vegetacionais e de solos e a disponibilidade de água, foi dividido em oito ecorregiões. A ESEC Raso da Catarina está inserida na ecorregião Raso da Catarina, que compreende porções dos estados da Bahia e Pernambuco, ocupando uma área de 30.800 km2. A ESEC Raso da Catarina possui clima semiárido quente, sendo caracterizado por longos períodos de seca e períodos chuvosos mais curtos. Apesar das condições climáticas, a Unidade de Conservação encontra-se inserida em uma região de grande importância biológica, apresentando uma considerável riqueza de espécies e endemismos, com registros de espécies da fauna e flora raros e ameaçados de extinção. O conhecimento sobre ascomicetos sexuais nessa região ainda é limitado, e objetivando ampliar os números de táxons conhecidos para ESEC Raso da Catarina realizou-se um estudo taxonômico. Foram procedidas coletas em duas áreas da Unidade de Conservação: Mata da Pororoca e uma área próxima à sede, nos meses de 12/2018, 07/2019 e 12/2020, que correspondem aos períodos chuvoso e seco. Para o levantamento da micota foram coletados folhas e galhos ainda presos às plantas, como também serapilheira de substratos variados. Neste estudo foram identificados 31 táxons distribuídos em 11 ordens e 19 famílias. Os táxons estudados compreendem uma espécie nova para a ciência, cinco novos registros para a América do Sul, duas novas ocorrências para o Brasil e duas para o estado da Bahia. São incrementados 24 táxons para ESEC Raso da Catarina, ampliando o conhecimento sobre os ascomicetos sexuais na Unidade de Conservação.