EVOLUÇÃO CARIOTÍPICA EM Cuscuta L. (CONVOLVULACEAE)
Cuscuta, DNA ribossomal, DNA repetitivo, Evolução cariotípica, Heterocromatina
O gênero Cuscuta L. é bastante variado citogeneticamente, apresenta ampla variação de número e tamanho cromossômico e tamanhos do genoma, além de espécies com cariótipos bimodais, e cromossomos monocentricos e holocêntricos. Estudos recentes sugerem a influência do DNA repetitivo na evolução cariotípica do gênero. Para entender o papel das sequências repetitivas no surgimento de cariótipos bimodais em Cuscuta, foi utilizado o sequenciamento de baixa cobertura do genoma de C. nitida (subgênero Pachystigma). Também foram avaliadas a distribuição de bandas CMA/DAPI nessa e em outras duas espécies do mesmo subgênero. Os dados demonstram que o acúmulo de DNA repetitivo nos dois maiores pares cromossômicos de C. nitida, foi o principal responsável pelo surgimento do cariótipo bimodal dessa espécie. No segundo capítulo, foram realizadas reconstruções de caracteres ancestrais de número cromossômico, tamanho do genoma e distribuição de sítios de DNAr 5S e 35S, para entender os mecanismos envolvidos na evolução cariotípica do gênero Cuscuta. Os dados suportam n = 15 como número básico ancestral em Cuscuta e as mudanças numéricas ocorreram principalmente por poliploidias e disploidias. Além disso, houve uma expansão do tamanho do genoma em Cuscuta em relação as outras Convolvulaceaes. Por fim, os sítios de DNAr em Cuscuta apresenta grande variação de número e posição. Cuscuta apresenta uma excepcional diversidade cariotípica dentro das angiospermas. Diferentes mecanismos evolutivos são preponderantes na diversidade encontrada nos diferentes subgêneros de Cuscuta.