PREVALÊNCIA ECOCARDIOGRÁFICA DE CARDIOTOXICIDADE TARDIA DO VENTRÍCULO DIREITO EM SOBREVIVENTES DE LINFOMA COM E SEM ALTERAÇÕES NO METABOLISMO GLICOLÍTICO CARDÍACO
Cardiotoxicidade, ventrículo direito, ecocardiograma, PET/CT, FDG.
A quimioterapia trouxe grande avanço no tratamento de pacientes oncológicos. Entretanto,
seus efeitos cardiotóxicos persistem como importante desafio. Dentre esses efeitos, a
disfunção do ventrículo direito (VD) vem ganhando notoriedade. O prognóstico desta
disfunção ainda é incerto, porém estudos recentes mostram relação entre ela e o
surgimento de sintomas cardiovasculares e elevação de mortalidade. Para a identificação
de disfunção ventricular direita, o ecocardiograma é fundamental. Outro método para
avaliação de cardiotoxicidade (CTX) é a tomografia por emissão de pósitrons com
fluordeoxiglicose (FDG-PET/CT). Trabalhos demonstraram que quimioterápicos impactam
no metabolismo glicolítico cardíaco, detectado pela FDG-PET/CT. Porém, pouco foi
estudado sobre a relação entre FDG-PET/CT cardíaca e alterações clínicas e/ou
ecocardiográficas do VD. O objetivo desta pesquisa é comparar a prevalência de CTX tardia
relacionada ao VD com alterações do metabolismo glicolítico cardíaco pré e pósquimioterapia.
Para isso, será realizado ecocardiograma com avaliação do VD em
pacientes submetidos à quimioterapia que realizaram FDG-PET/CT. Será comparado o
resultado do ecocardiograma com o grau de alteração do metabolismo glicolítico. Esperase
uma amostragem da prevalência de CTX tardia relacionada ao VD. A comparação entre
esses dados e os da FDG-PET/CT deve esclarecer se alterações do metabolismo glicolítico
podem predizer alterações cardíacas no decorrer do tratamento.