Banca de DEFESA: ALINE RODRIGUES MACIEL

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALINE RODRIGUES MACIEL
DATA : 16/03/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Remota
TÍTULO:

USO DOS BENZODIAZEPÍNICOS CLOBAZAM E CLONAZEPAM COMO ADJUVANTES NO TRATAMENTO DA EPILEPSIA FOCAL: eficácia, tolerância e efeitos adversos


PALAVRAS-CHAVES:

Epilepsias parciais. Adjuvantes farmacêuticos. Benzodiazepinas.
Clobazam. Clonazepam


PÁGINAS: 74
RESUMO:

Objetivo: Verificar e comparar a eficácia do clobazam e do clonazepam como drogas
antiepilépticas adjuvantes. Método: Quarenta e um pacientes adultos com diagnóstico
de epilepsia focal refratária participaram de um ensaio clínico randomizado, aberto,
controlado e grupo independente, durante 24 semanas. Clobazam foi associado ao
esquema antiepiléptico de 21 pacientes e clonazepam, ao de 20. Os participantes
foram avaliados quanto redução da frequência de crise epiléptica, ocorrência de
efeitos adversos e de tolerância farmacológica. A eficácia das medicações foi medida
através da análise da frequência de crises (avaliada por diário de crise). A escala de
Liverpool (LAEP, varia de 19 a 76 pontos, com ponto de corte para toxicidade em
valores > 45) foi utilizada para pesquisar a ocorrência de efeitos adversos. Os
participantes foram avaliados 1, 3 e 6 meses após a intervenção e a titulação das
drogas de intervenção foi realizada no primeiro mês do seguimento; após isso as
doses não foram alteradas. Não houve mudança na dose dos antiepilépticos que já
constituíam o esquema antiepiléptico dos participantes. Resultados: O grupo do
clobazam teve 14 mulheres e o do clonazepam, 10. Os pacientes no grupo do
clonazepam tiveram uma média de idade de 43,2 anos vs 32,3 anos no do clobazam
(p < 0,007). Epilepsia mesial temporal foi a etiologia mais comum, seguida por causa
indeterminada em ambos os grupos. Cinquenta por cento (8/16) dos pacientes no
grupo do clobazam ficaram livre de crises vs 28,6% (4/14) no grupo do clonazepam
aos 6 meses de tratamento (p = 0,451). A curva de Kaplan-Meier, considerando como
evento a redução de 100% de crise no período de 6 meses, mostrou maior
probabilidade de o evento ocorrer no grupo do clobazam que no grupo do clonazepam
(67% vs 31%; p = 0,05). A média da LAEP foi 36,7 pontos para o clobazam e 42,5
para o clonazepam aos 6 meses (p = 0,150); 5/16 (31,2%) pacientes no grupo do
clobazam tiveram LAEP > 45 vs 6/14 (42,9%) no clonazepam nesse período (p =
0,707). Os sintomas mais comuns foram agitação e ansiedade para clobazam vs
sonolência e tontura para clonazepam. Foram excluídos prematuramente do estudo
23,8% (n = 5) dos pacientes do grupo do clobazam e 30% (n = 6) dos pacientes do
grupo do clonazepam. Tolerância surgiu em 1 paciente no grupo do clobazam e em 3
no grupo do clonazepam aos 6 meses (p = 0,442). Conclusão: Clobazam e

Lemos, Aline R. M. Uso dos benzodiazepínicos clobazam e clonazepam como adjuvantes no tratamento...
Resumo
clonazepam se mostraram igualmente eficazes, seguros e bem tolerados como
drogas adjuvantes na epilepsia focal refratária, sem surgimento de tolerância
significativa em 6 meses. Dessa forma, devem ser consideradas como opções de
tratamento adjuvante na epilepsia focal.
Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (REBEC): número RBR-4frcs6


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOAO EUDES MAGALHAES
Interno - 1132496 - MARCELO MORAES VALENCA
Interno - 1294582 - PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
Notícia cadastrada em: 22/02/2021 09:46
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