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Dissertações |
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VANÊSSA DA SILVA SOUZA
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EFEITOS DO TRATAMENTO COM RESVERATROL SOBRE O DESENVOLVIMENTO POSTURAL, FUNÇÃO MOTORA E BALANÇO OXIDATIVO NO CÓRTEX SOMATOSSENSORIAL DE RATOS SUBMETIDOS A PARALISIA CEREBRAL
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Orientador : ANA ELISA TOSCANO MENESES DA SILVA CASTRO
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MEMBROS DA BANCA :
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CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
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DIEGO BULCÃO VISCO
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HENRIQUE JOSÉ CAVALCANTI BEZERRA GOUVEIA
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Data: 14/02/2023
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A Paralisia Cerebral (PC) é um grupo heterogêneo de doenças que resultam de um dano não progressivo ao cérebro em um estágio inicial de desenvolvimento. Os sintomas de PC incluem irregularidades nos movimentos e na postura. O resveratrol tem recebido atenção considerável recentemente por seus potenciais efeitos neuroprotetores em vários distúrbios neurodegenerativos. O objetivo do estudo foi investigar os efeitos do tratamento neonatal com resveratrol sobre o desenvolvimento postural, função motora e balanço oxidativo no cérebro de ratos submetidos a um modelo experimental de paralisia cerebral. Foram utilizados filhotes ratos machos Wistar que após o nascimento foram distribuídos nos grupos experimentais, com base na indução da paralisia cerebral e na administração do resveratrol: 1- Controle salina (CS, n=12), com filhotes que receberam solução salina; 2- Controle resveratrol (CR, n=11), com filhotes que receberam resveratrol; 3- PC salina (PCS, n=151, com filhotes submetidos à PC experimental e que receberam solução salina; 4- PC resveratrol (PCR, n=12), com filhotes submetidos à PC experimental e que receberam resveratrol. O modelo de PC se baseia na associação entre anóxia no período perinatal e restrição sensório-motora do 2o ao 28o dia de vida. O tratamento neonatal com o resveratrol foi
realizado diariamente, sendo administrado via intraperitoneal, do 3o ao 21o dia pós- natal. Foram coletados dados de evolução ponderal, análise da marcha em catwalk,
força muscular, análise postural e análise dos biomarcadores do estresse oxidativo. O tratamento neonatal com resveratrol nos animais submetidos a PC experimental atenuou déficits no crescimento somático, desenvolvimento postural e força muscular, diminuiu os níveis de MDA e carbonilas e a atividade enzimática da superóxido dismutase e catalase, além de aumentar os níveis de mRNA do TFAM e aumentar a atividade da citrato sintase. Nossos dados demonstram um efeito promissor do tratamento neonatal com resveratrol, melhorando os déficits posturais e musculares induzidos pela paralisia cerebral, associado a melhorias no balanço oxidativo e na biogênese mitocondrial no cérebro de ratos submetidos à PC.
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A Paralisia Cerebral (PC) é um grupo heterogêneo de doenças que resultam de um dano não progressivo ao cérebro em um estágio inicial de desenvolvimento. Os sintomas de PC incluem irregularidades nos movimentos e na postura. Pessoas com PC frequentemente apresentam tônus muscular e controle motor anormais, o que contribui para o prejuízo do controle postural e coordenação motora. O desenvolvimento postural adequado depende das ações do sistema sensório-motor, musculoesquelético e cognitivo, de modo que qualquer mudança em um desses sistemas pode resultar
em um desenvolvimento postural atípico. Dentre os fatores de risco para a paralisia cerebral destacam- se os mecanismos que levam a privação de oxigênio e nutrientes para o sistema nervoso central, como
a asfixia perinatal, onde o fluxo sanguíneo ou troca gasosa para o feto leva à hipóxia e isquemia. Após um insulto isquêmico, pode haver a instalação da resposta neuroinflamatória. O estresse oxidativo é considerado o principal contribuinte para a lesão cerebral isquêmica, porque é uma consequência importante da toxicidade mediada por neurotransmissores que segue a hipóxia-isquemia perinatal. Neste contexto, modelos experimentais surgem como ferramentas de reprodução dos mecanismos fisiopatológicos da PC e suas desordens motoras semelhante ao que ocorre em humanos. A PC apresenta alta associação com a anóxia perinatal, colocando essa falta de oxigenação no cérebro como um importante fator de risco para o seu desenvolvimento. A anóxia perinatal empregada em modelos experimentais de paralisia cerebral, contribui para a reprodução das mesmas desordens motoras apresentadas na paralisia cerebral em humanos. É importante o diagnóstico precoce da PC para otimizar os resultados funcionais de longo prazo com base na modulação positiva de seu impacto na neuroplasticidade. Todos os organismos são capazes de produzir diferentes fenótipos em resposta a condições ambientais distintas. A plasticidade fenotípica é definida como 'a capacidade de genótipos individuais de produzir diferentes fenótipos quando expostos a diferentes condições ambientais'. Isso inclui a possibilidade de modificar as trajetórias de desenvolvimento em resposta a estímulos ambientais específicos e também a capacidade de um organismo individual de alterar seu estado ou atividade fenotípica em resposta a variações nas condições ambientais. Estudos com modelos experimentais e que se propõem a agregar novas perspectivas de tratamento para a PC são muito relevantes. Intervenções sobre o sistema nervoso central foram sugeridas como as terapias destinadas a reduzir o estresse oxidativo, interrompendo a cascata lesional. O Resveratrol tem recebido atenção considerável recentemente por seus potenciais efeitos neuroprotetores em vários distúrbios neurodegenerativos. Ele é um composto polifenólico está entre os polifenóis que estão sendo utilizados em modelos de neurodegeneração e modelos de hipóxia-isquemia como estratégia neuroprotetora. O objetivo do estudo é investigar os efeitos do tratamento neonatal com resveratrol sobre o desenvolvimento postural, função motora e balanço oxidativo no cérebro de ratos submetidos a um modelo experimental de paralisia cerebral. Serão utilizados filhotes ratos machos Wistar que após o nascimento serão distribuídos nos grupos experimentais, com base na indução da paralisia cerebral e na suplementação do resveratrol: 1- Controle salina (CS, n=15), com filhotes que receberão solução salina; 2- Controle resveratrol (CR, n=15), com filhotes que receberão resveratrol; 3- PC Salina (PC-S, n=15), com filhotes submetidos à e PC experimental e que receberão solução salina; 4- PC resveratrol (PC-R, n=15), com filhotes submetidos à PC experimental e que receberão resveratrol. O modelo de PC se baseia na associação entre anóxia no período perinatal e restrição sensório-motora do 2o ao 28o dia de vida. A suplementação será realizada diariamente, sendo administrado via intraperitonial do 3o ao 21o dia pós-natal. Serão coletados dados de evolução ponderal, ontogênese dos reflexos, análise da marcha em catwalk, força muscular, análise postural e análise dos biomarcadores do estresse oxidativo. Pretende-se verificar se o tratamento com o resveratrol podem reverter os danos associados a PC. Os resultados desse estudo podem auxiliar no desenvolvimento de estratégias terapêuticas eficazes para a PC.
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MURILO TOLÊDO CALAFANGE
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Associação entre biomarcadores sanguíneos de inflamação subclínica e o aumento de ondas lentas Delta (2-4 Hz) e Theta (4-7 Hz) observadas no EEG Quantitativo de pacientes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
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Orientador : ANA ELISA TOSCANO MENESES DA SILVA CASTRO
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MEMBROS DA BANCA :
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HUGO ANDRE DE LIMA MARTINS
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MARCELO TAVARES VIANA
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RAUL MANHAES DE CASTRO
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Data: 28/02/2023
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Este trabalho tem como objetivo avaliar a associação e correlação entre biomarcadores sanguíneos de inflamação subclínica e intolerância alimentar e o aumento de padrões de ondas lentas (delta e Theta) observadas na Eletroencefalografia Quantitativa de pacientes com diagnóstico clínico de Transtorno de Déficit de atenção com Hiperatividade – TDAH. Também foi utilizado o exame de Neurometria Funcional (NF) que mensura o funcionamento do sistema nervoso autônomo (SNA), adrenal, fígado e microcirculação respiratória e se existe alguma disfunção nos intestinos que possam apresentar níveis de alergia, hipersensibilidade e intolerância alimentar caracterizando também um quadro inflamatório e dificuldade de absorção e metabolização de nutrientes importantes precursores de síntese de neurotransmissores. Na literatura, há achados demonstrando a associação entre o exame de Neurometria Funcional e os biomarcadores sanguíneos indicadores de anemia, inflamação subclínica e disfunção endotelial. Embora, existam relatos na literatura, de inflamação subclínica e de excesso de ondas lentas em pacientes com TDAH na região pré-frontal, ainda são escassos os estudos envolvendo a associação entre Neurometria Funcional, biomarcadores sanguíneos indicadores de inflamação subclínica e o aumento de ondas lentas observadas no eletroencefalograma.
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O Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade já transitou pela nosografia médica com diversas classificações (RATHI; BHATIA, 2013). Antes de 1930, foi chamado de Defeito Mórbido do Controle Moral (VIEIRA CALIMAN, 2010), em 1930, mudou-se para Dano Cerebral Mínimo (TAYLOR, 2011), em 1960, modificou-se para Disfunção Cerebral Mínima (STROTHER, 1973), em 1968, resolveu-se classificar de Reação Hipercinética Infantil (DSM-II) (BAUMEISTER et al., 2012), em 1980, de Síndrome do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade e residual – SDA (DSM-III), em 1987, de Distúrbio de Déficit de Atenção / Hiperatividade - DDAH (DSM-III-R) e em 1994, recebeu a classificação, que perdura até hoje, de Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade – TDAH (DSM-IV) (RATHI; BHATIA, 2013). Queixas escolares de desatenção e hiperatividade atingem um percentual de 25% das pessoas, chegando a afetar até 7% das crianças em idade escolar, similarmente, em todo o mundo (QUINN et al., 2017). Até 60% dos pacientes diagnosticados na infância continuam apresentando sintomas na idade adulta (SCHMITZ; POLANCZYK; ROHDE, 2007). Diagnóstico em pacientes do gênero masculino é 3 a 4 vezes mais frequente do que em pacientes do gênero feminino (QUINN et al., 2017). No TDAH, os sintomas de déficit de atenção, impulsividade e hiperatividade e as demais anormalidades, comumente, são analisados no contexto funcional, envolvendo: alterações hormonais (VIUDES; BRECAILO, 2014), de neurotransmissores noradrenérgicos (QUINTERO; CASTAÑO DE LA MOTA, 2014), de desequilíbrio de GABA e glutamato (BRUXEL, 2016), serotoninérgicos (MÜLLER, 2017) e dopaminérgicos (AZEREDO, 2014) e de ondas cerebrais (PALUDO, 2017). Os estudos dos padrões observados no EEG Quantitativo na literatura apresentam maior destaque na razão Theta/ Beta (ARNS; CONNERS; KRAEMER, 2013), onde o algoritmo que interliga o computador ao amplificador, calcula o total de ondas Theta (4-7 Hz) e compara ao total de ondas Beta (15-23 Hz). O resultado esperado dessa relação para que não se encontre associação com os padrões de atividades elétricas cerebrais encontrados no TDAH fica entre 1.2 e 2. Quando o valor dessa razão Theta/ Beta fica acima de 2, indica excesso de ondas lentas do tipo Theta
5 (4-7 Hz), quando comparadas ao total de ondas rápidas do tipo Beta (15-23 Hz) (RIBAS, V. R.; RIBAS; MARTINS, 2016). Entretanto, a literatura parece ainda ser muito escassa em se tratando de estudos que demonstrem uma associação entre a alimentação e a qualidade da geração de energia representada na atividade elétrica cerebral, sobretudo, em indivíduos que apresentem incompatibilidade alimentar (intolerância, alergia ou hipersensibilidade alimentar).
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VANESSA CRISTINA FRAGOSO CASSIANO
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Acidente Vascular Encefálico: Subtipos, apresentação clínica e etiologia
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Orientador : ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
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MEMBROS DA BANCA :
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LISIANE DOS SANTOS OLIVEIRA
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RAFAEL DANYLLO DA SILVA MIGUEL
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ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
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Data: 09/03/2023
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Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma emergência neurológica prevalente e é considerada a segunda causa de morte e incapacidade em todo o mundo. O reconhecimento adequado dos fatores de risco e dos subtipos do AVE é essencial para a realização de um tratamento efetivo e para a prevenção de novos eventos. No Brasil, principalmente no estado de Pernambuco, os dados referentes à epidemiologia dos tipos e subtipos do AVE são escassos. Objetivos: Avaliar a frequência do Acidente Vascular Encefálico (AVE), dos seus subtipos e fatores etiológicos. Método: Estudo observacional, do tipo transversal, utilizando a análise dos prontuários dos pacientes, de ambos os sexos e com mais de 18 anos, com diagnóstico de AVE ou ataque isquêmico transitório (AIT), que foram admitidos no Hospital da Restauração, no período de março a julho de 2020. Resultados: Foram analisados os prontuários de 701 pacientes com quadro clínico de AVE; destes, 667 foram diagnosticados com AVE e 34 com Ataque Isquêmico Transitório (AIT). Na caracterização da amostra, 50,5% era do sexo masculino e a faixa etária predominante foi a média de 65 anos. O subtipo mais comum foi o AVE isquêmico agudo (77,06%) e o diagnóstico foi realizado em 96,9% dos casos através da tomografia computadorizada de crânio sem contraste. Em relação a topografia do AVE, houve predomínio das lesões na circulação carotídea (anterior), correspondendo a 76,1%, e a artéria cerebral média foi a mais acometida. A classificação etiológica demonstrou que 66% dos acidentes vasculares isquêmicos foram de etiologia indeterminada, e a segunda principal causa foi o cardioembolismo. Dentre os casos de hemorragia subaracnóidea, a presença de aneurismas foi identificada em 70% dos casos. Em relação ao desfecho, 54,7% receberam alta hospitalar e a mortalidade geral foi de 21,4% dos casos. Conclusão: O AVE é uma patologia frequentemente diagnosticada, com predomínio do subtipo isquêmico, e que acomete principalmente o território carotídeo (anterior). A etiologia se manteve indeterminada em uma parcela importante dos pacientes e a causa cardioembólica foi a mais encontrada. A etiologia parece ter sofrido influência dos aspectos socioeconômicos da região, mas o elevado índice de causas indeterminadas foi decorrente da investigação inadequada.
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Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma emergência neurológica, prevalente, e é a segunda causa de morte e incapacidade em todo o mundo. O reconhecimento adequado dos fatores de risco e dos subtipos do AVC é essencial para a realização de um tratamento efetivo e para a prevenção de novos eventos. No Brasil, principalmente no estado de Pernambuco, os dados referentes à epidemiologia dos tipos e subtipos do AVC são escassos. Objetivos: Avaliar a frequência do Acidente Vascular Cerebral (AVC) e dos seus subtipos na cidade do Recife. Método: Estudo observacional, do tipo transversal, baseado na análise dos prontuários dos pacientes com diagnóstico de AVC, que foram admitidos no Hospital da Restauração, na cidade do Recife, no período de março a agosto de 2020. Resultados: Até o presente momento, foram analisados os prontuários de 443 pacientes com quadro clínico de AVC; destes, 415 receberam o diagnóstico de AVC e 28, de ataque transitório isquêmico. O sexo feminino foi o mais prevalente (50,8%) e a média de idade foi de 65 anos. A manifestação mais comum foi o acidente vascular cerebral isquêmico agudo (78,3%), seguido de hematoma intraparenquimatoso (13,2%), hemorragia subaracnóidea (6,2%); hemorragia subdural (1,4 %) e 3 pacientes não foram classificados. O diagnóstico foi realizado através da tomografia de crânio, em 95,1% dos casos. Em relação à topografia do AVC, houve predomínio da circulação carotídea (anterior) correspondendo a 74,8% dos pacientes, e 24,2% foram da circulação vertebrobasilar (posterior). Foi encontrado obstrução de grandes vasos em 47,6% dos pacientes com AVC isquêmico, destes a artéria cerebral média foi a mais acometida (69,6%). A classificação etiológica demonstrou que 86,1% dos acidentes vasculares isquêmicos foram de etiologia indeterminada, 10,7% etiologia cardioembólica e 3,07% aterosclerose de grandes vasos. A principal causa de hemorragia subaracnóidea foi a presença de aneurismas (61,5%), 7,6% foram associadas a hipertensão arterial e 30,7 % persistiram sem causa definida. Dos hematomas intraparenquimatosos, 75,5% estavam associados a hipertensão arterial, 1,8% a angiopatia amilóide, 1,8% aneurisma e 21,8% não apresentaram descrição quanto a etiologia. A mortalidade geral foi de 20,4%, sendo 40 pacientes com AVCI, 16 HSA e 29 HIP.
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PRISCILA CARLA DA SILVA
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TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO EM ADOLESCENTES ESCOLARES E OS PREJUÍZOS NA INTERAÇÃO SOCIAL
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Orientador : PAULA REJANE BESERRA DINIZ
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
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LUCIANO MACHADO FERREIRA TENORIO DE OLIVEIRA
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PAULA REJANE BESERRA DINIZ
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Data: 16/03/2023
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A adolescência é a etapa do desenvolvimento humano que compreende indivíduos com a faixa etária entre 10 e 19 anos de idade (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020). É também o período do desenvolvimento situado entre a infância e a idade adulta (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020). Nesse período os indivíduos passam por uma série de mudanças físicas, psíquicas e sociais evidenciadas por alterações corporais e pela ampliação do aspecto cognitivo (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; SACILOTTO; ABAID, 2021). É durante a adolescência que o indivíduo passará por um grupo de novas experiências, como o questionamento dos valores familiares e sociais vigentes, adesão a um grupo social, ingresso em faculdades e no mercado de trabalho e distanciamento familiar (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; SACILOTTO; ABAID, 2021). Essas experiências permitirão que o adolescente adquira capacidades emocionais, que são essenciais para a formação de uma vida saudável (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; RODRIGUES, T. A. Dos S.; RODRIGUES, L. P. De S.; CARDOSO, Â. M. R., 2020). Contudo, a adolescência também é apontada como uma fase de crises e vulnerabilidades, que são resultados das alterações biológicas e mentais presentes nesse período e que são responsáveis por aumentar o risco de os adolescentes serem acometidos por patologias mentais (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; RODRIGUES, T. A. Dos S.; RODRIGUES, L. P. De S.; CARDOSO, Â. M. R., 2020). Dentre os problemas de saúde mental, são os Transtornos de Ansiedade (TA) o segundo grupo de doenças psiquiátricas, mais comumente, encontradas no público infantil e adolescente, perdendo apenas para os transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Os TA são responsáveis por acometer 3,6% da população mundial, enquanto no Brasil esse índice de acometidos chega a 9,3% da população (FERNANDES et al., 2018; ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE, 2020). Contudo, a ansiedade, que é caracterizada como uma sensação de desconforto, apreensão, inquietação e tensão presentes diante de situações de perigo ou eminência de perigo, ou de ameaça ao bem-estar do indivíduo, é algo inerente ao ser humano (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Essa sensação também, encontra-se presente diante de situações relacionadas a mudanças na rotina do indivíduo como, iniciar em um emprego ou uma mudança de cidade (CAÍRES; SHINOHARA, 2010). E diante de um agente estressor responsável por desencadear a ansiedade o indivíduo pode apresentar respostas fisiológicas, somáticas e psíquicas, como dificuldade de respirar, aumento dos batimentos
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cardíacos, inquietação, sudorese intensa, tontura, náuseas e tremores (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Entretanto, a ansiedade passa a ser considerada uma patologia quando as respostas do indivíduo diante do agente estressor são desproporcionais ou apresentam uma estimativa diversa do que se considera normal a ser apresentado pela faixa etária. Além de, ser responsável por interferir, negativamente, na qualidade de vida e no desempenho diário do indivíduo (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Outra característica da ansiedade patológica é que as sensações são desencadeadas diante de um estímulo real ou imaginário, além de que a resposta fisiológica apresentada pelo indivíduo diante do estímulo é generalizada e mobiliza todo o organismo (CAÍRES; SHINOHARA, 2010). No público infanto-juvenil, os TA são responsáveis por acometer 13% dessa população, no Brasil, e são relacionados a prejuízos nos âmbitos familiar, social e escolar do acometido (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). E dentre os TA o mais presente nesse público é o Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS) que é responsável por cerca de 50% dos casos na população juvenil brasileira (FLORES, 2019). O TAS é definido como a presença de ansiedade excessiva, de sofrimento ou de medo irreal e excessivo quando os adolescentes se encontram longe dos pais ou responsáveis ou até mesmo do seu lar. E essa ansiedade excessiva é inapropriada para o nível de desenvolvimento ou para a idade do acometido (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019). Esses sintomas devem ser apresentados pelo adolescente por, pelo menos, quatro semanas e resultar em sofrimento intenso e prejuízos na vida cotidiana (CAÍRES; SHINOHARA, 2010). Além disso, indivíduos com o TAS, costumam apresentam três características especificas, que são: a presença de um medo excessivo e persistente ou de preocupações intensas antes ou diante da separação dos pais ou responsáveis; a busca por formas de evitar que a separação ocorra, e isso ocorre de forma persistente; e o desenvolvimento do quadro de sintomas comportamentais e somáticos, antes, durante e após o período de separação (FLORES, 2019). Crianças e adolescentes com TAS apresentam, além de sintomas comportamentais como choro e procura pelos pais ou responsáveis após a sua partida, sintomas somáticos semelhante a um ataque de pânico, composto por cefaléia, dores abdominais e musculares, tonturas, desmaios, náuseas, dificuldade de respirar e taquicardia dentre outros (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019; VIANNA; CAMPOS; LANDEIRA-FERNANDEZ, 2009).
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O TAS, além de, ser responsável por idas frequentes ao médico devido ao quadro de sintomas apresentados pelo acometido. É associado a recusa escolar pelos acometidos, visto que, os sintomas, normalmente aparecem em dias em que há escola, já que durante o período escolar os adolescentes são afastados dos seus pais ou responsáveis o que gera sintomas e consequentemente sofrimento nos adolescentes e nos pais, que optam por deixá-los em casa (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019; GRILLO; SILVA, R., 2004). Ademais, a presença de sintomas, as idas frequentes ao médico e a recusa escolar afetam a autonomia do adolescente e restringem a sua interação social e seus interesses futuros, gerando um estresse pessoal e familiar. Além do mais, adolescentes com TAS vivenciam a sensação de humilhação e medo, o que resulta em indivíduo com baixa autoestima e com preditivo para o desenvolvimento de um transtorno de humor (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019). Apesar dos transtornos de ansiedade serem elencados como uma das principais causas de carga de doença e de incapacidade no mundo, no Brasil, há poucos estudos que avaliem a epidemiologia desses transtornos e esses estudos são ainda mais escassos, quando o público adolescente é abordado (BONADIMAN et al., 2017). Mas, um estudo populacional realizado no Brasil demonstra que a prevalência de transtornos de ansiedade entre os adolescentes é de 5,8% (VIANNA; CAMPOS; LANDEIRA-FERNANDEZ, 2009). Contudo, há uma escassez de estudos que abordem, especificamente a epidemiologia do TAS e os efeitos no âmbito social ocasionados por esse transtorno no público adolescente. Após uma breve pesquisa realizada na base de dados Pubmed, através do cruzamento dos descritores: Anxiety Separation, Adolescent e Social Interaction, obteve-se como resultado 36 artigos publicados, desses 20 foram publicados nos últimos 10 anos. E após a seleção do critério de seleção, estudos realizados com humanos, esse número chega a apenas 9 artigos. Onde, 2 foram publicados no ano de 2016; 2 no ano de 2017; 3 no ano de 2019 e 1 nos anos de 2020 e 2022. Contudo, 3 dessas pesquisas foram realizadas com crianças e 1 objetivou validar um instrumento de avaliação. Resultando em um total de 5 artigos, todavia, nenhum desses artigos tiveram o Brasil como local de estudo. Demonstrando a presença de uma lacuna, que precisa ser solucionada com realização de estudos que busquem investigar e conhecer a presença de sintomas de ansiedade de separação em adolescentes escolares no Brasil. Diante do exposto, torna-se necessário mensurar o índice de adolescentes com transtorno de ansiedade de separação no país e avaliar como esse transtorno afeta a vida social desses adolescentes.
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Com base nesses argumentos é identificado que ainda são poucos os estudos e portanto o conhecimento sobre a relação entre o TAS e a interação social entre adolescentes escolares ainda é restrito. A hipótese da pesquisa propõe que, a utilização de dados obtidos por avançados instrumentos de avaliação psicológica e mental, permite avaliar a relação entre TAS e interação social em adolescentes.
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A adolescência é a etapa do desenvolvimento humano que compreende indivíduos com a faixa etária entre 10 e 19 anos de idade (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020). É também o período do desenvolvimento situado entre a infância e a idade adulta (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020). Nesse período os indivíduos passam por uma série de mudanças físicas, psíquicas e sociais evidenciadas por alterações corporais e pela ampliação do aspecto cognitivo (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; SACILOTTO; ABAID, 2021). É durante a adolescência que o indivíduo passará por um grupo de novas experiências, como o questionamento dos valores familiares e sociais vigentes, adesão a um grupo social, ingresso em faculdades e no mercado de trabalho e distanciamento familiar (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; SACILOTTO; ABAID, 2021). Essas experiências permitirão que o adolescente adquira capacidades emocionais, que são essenciais para a formação de uma vida saudável (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; RODRIGUES, T. A. Dos S.; RODRIGUES, L. P. De S.; CARDOSO, Â. M. R., 2020). Contudo, a adolescência também é apontada como uma fase de crises e vulnerabilidades, que são resultados das alterações biológicas e mentais presentes nesse período e que são responsáveis por aumentar o risco de os adolescentes serem acometidos por patologias mentais (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; RODRIGUES, T. A. Dos S.; RODRIGUES, L. P. De S.; CARDOSO, Â. M. R., 2020). Dentre os problemas de saúde mental, são os Transtornos de Ansiedade (TA) o segundo grupo de doenças psiquiátricas, mais comumente, encontradas no público infantil e adolescente, perdendo apenas para os transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Os TA são responsáveis por acometer 3,6% da população mundial, enquanto no Brasil esse índice de acometidos chega a 9,3% da população (FERNANDES et al., 2018; ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE, 2020). Contudo, a ansiedade, que é caracterizada como uma sensação de desconforto, apreensão, inquietação e tensão presentes diante de situações de perigo ou eminência de perigo, ou de ameaça ao bem-estar do indivíduo, é algo inerente ao ser humano (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Essa sensação também, encontra-se presente diante de situações relacionadas a mudanças na rotina do indivíduo como, iniciar em um emprego ou uma mudança de cidade (CAÍRES; SHINOHARA, 2010). E diante de um agente estressor responsável por desencadear a ansiedade o indivíduo pode apresentar respostas fisiológicas, somáticas e psíquicas, como dificuldade de respirar, aumento dos batimentos
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cardíacos, inquietação, sudorese intensa, tontura, náuseas e tremores (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Entretanto, a ansiedade passa a ser considerada uma patologia quando as respostas do indivíduo diante do agente estressor são desproporcionais ou apresentam uma estimativa diversa do que se considera normal a ser apresentado pela faixa etária. Além de, ser responsável por interferir, negativamente, na qualidade de vida e no desempenho diário do indivíduo (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Outra característica da ansiedade patológica é que as sensações são desencadeadas diante de um estímulo real ou imaginário, além de que a resposta fisiológica apresentada pelo indivíduo diante do estímulo é generalizada e mobiliza todo o organismo (CAÍRES; SHINOHARA, 2010). No público infanto-juvenil, os TA são responsáveis por acometer 13% dessa população, no Brasil, e são relacionados a prejuízos nos âmbitos familiar, social e escolar do acometido (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). E dentre os TA o mais presente nesse público é o Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS) que é responsável por cerca de 50% dos casos na população juvenil brasileira (FLORES, 2019). O TAS é definido como a presença de ansiedade excessiva, de sofrimento ou de medo irreal e excessivo quando os adolescentes se encontram longe dos pais ou responsáveis ou até mesmo do seu lar. E essa ansiedade excessiva é inapropriada para o nível de desenvolvimento ou para a idade do acometido (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019). Esses sintomas devem ser apresentados pelo adolescente por, pelo menos, quatro semanas e resultar em sofrimento intenso e prejuízos na vida cotidiana (CAÍRES; SHINOHARA, 2010). Além disso, indivíduos com o TAS, costumam apresentam três características especificas, que são: a presença de um medo excessivo e persistente ou de preocupações intensas antes ou diante da separação dos pais ou responsáveis; a busca por formas de evitar que a separação ocorra, e isso ocorre de forma persistente; e o desenvolvimento do quadro de sintomas comportamentais e somáticos, antes, durante e após o período de separação (FLORES, 2019). Crianças e adolescentes com TAS apresentam, além de sintomas comportamentais como choro e procura pelos pais ou responsáveis após a sua partida, sintomas somáticos semelhante a um ataque de pânico, composto por cefaléia, dores abdominais e musculares, tonturas, desmaios, náuseas, dificuldade de respirar e taquicardia dentre outros (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019; VIANNA; CAMPOS; LANDEIRA-FERNANDEZ, 2009).
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O TAS, além de, ser responsável por idas frequentes ao médico devido ao quadro de sintomas apresentados pelo acometido. É associado a recusa escolar pelos acometidos, visto que, os sintomas, normalmente aparecem em dias em que há escola, já que durante o período escolar os adolescentes são afastados dos seus pais ou responsáveis o que gera sintomas e consequentemente sofrimento nos adolescentes e nos pais, que optam por deixá-los em casa (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019; GRILLO; SILVA, R., 2004). Ademais, a presença de sintomas, as idas frequentes ao médico e a recusa escolar afetam a autonomia do adolescente e restringem a sua interação social e seus interesses futuros, gerando um estresse pessoal e familiar. Além do mais, adolescentes com TAS vivenciam a sensação de humilhação e medo, o que resulta em indivíduo com baixa autoestima e com preditivo para o desenvolvimento de um transtorno de humor (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019). Apesar dos transtornos de ansiedade serem elencados como uma das principais causas de carga de doença e de incapacidade no mundo, no Brasil, há poucos estudos que avaliem a epidemiologia desses transtornos e esses estudos são ainda mais escassos, quando o público adolescente é abordado (BONADIMAN et al., 2017). Mas, um estudo populacional realizado no Brasil demonstra que a prevalência de transtornos de ansiedade entre os adolescentes é de 5,8% (VIANNA; CAMPOS; LANDEIRA-FERNANDEZ, 2009). Contudo, há uma escassez de estudos que abordem, especificamente a epidemiologia do TAS e os efeitos no âmbito social ocasionados por esse transtorno no público adolescente. Após uma breve pesquisa realizada na base de dados Pubmed, através do cruzamento dos descritores: Anxiety Separation, Adolescent e Social Interaction, obteve-se como resultado 36 artigos publicados, desses 20 foram publicados nos últimos 10 anos. E após a seleção do critério de seleção, estudos realizados com humanos, esse número chega a apenas 9 artigos. Onde, 2 foram publicados no ano de 2016; 2 no ano de 2017; 3 no ano de 2019 e 1 nos anos de 2020 e 2022. Contudo, 3 dessas pesquisas foram realizadas com crianças e 1 objetivou validar um instrumento de avaliação. Resultando em um total de 5 artigos, todavia, nenhum desses artigos tiveram o Brasil como local de estudo. Demonstrando a presença de uma lacuna, que precisa ser solucionada com realização de estudos que busquem investigar e conhecer a presença de sintomas de ansiedade de separação em adolescentes escolares no Brasil. Diante do exposto, torna-se necessário mensurar o índice de adolescentes com transtorno de ansiedade de separação no país e avaliar como esse transtorno afeta a vida social desses adolescentes.
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Com base nesses argumentos é identificado que ainda são poucos os estudos e portanto o conhecimento sobre a relação entre o TAS e a interação social entre adolescentes escolares ainda é restrito. A hipótese da pesquisa propõe que, a utilização de dados obtidos por avançados instrumentos de avaliação psicológica e mental, permite avaliar a relação entre TAS e interação social em adolescentes.
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JOSE EDUARDO NEUENSCHWANDER VILAR
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PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E AVALIAÇÃO DE ESCORES PREDITORES DE RISCO DE SANGRAMENTO INTRACRANIANO EM PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO SUBMETIDOS À TROMBÓLISE ENDOVENOSA EM HOSPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO
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Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
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MEMBROS DA BANCA :
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EDUARDO SOUSA DE MELO
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JOAO EUDES MAGALHAES
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MARIA DE FATIMA VIANA VASCO ARAGAO
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Data: 24/04/2023
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O acidente vascular cerebral (AVC) é definido como uma síndrome clínica de desenvolvimento súbito, caracterizada por sintomas focais resultantes do envolvimento do sistema nervoso central, de origem vascular. Nos eventos de origem isquêmica (AVCI), quando a interrupção do fluxo sanguíneo desencadeia esgotamento de mecanismos de compensação e interrupção da comunicação elétrica entre os neurônios, a recanalização da artéria ocluída pode ser tentada através da trombólise endovenosa com alteplase, o que demonstrou aumentar as chances de bom desfecho neurológico. Apesar da eficácia, os eventos adversos mais temidos são as hemorragias intracranianas sintomáticas, cujo risco pode variar entre 2% e 7%. Fatores clínicos, laboratoriais e radiológicos foram associados ao maior risco de evento hemorrágico intracraniano e esforços têm sido realizados para identificá-los e minimizá-los, dentre eles, o desenvolvimento de escores preditores de sangramento. Justificativa. O conhecimento do perfil dos pacientes atendidos, bem como a utilização de escores preditores de risco de hemorragia intracraniana, podem ser ferramentas úteis, tanto para estimar riscos e orientar as ações durante e após a trombólise, quanto para guiar expectativas de pacientes e familiares. Hipótese. Na população estudada, valores de escores preditores de risco validados em literatura podem ter associação com hemorragia intracraniana sintomática após infusão de alteplase nos pacientes com AVCI. Objetivos. Aplicação de escores preditores de risco de sangramento em pacientes submetidos à trombólise endovenosa com alteplase e associação das respectivas pontuações com eventos hemorrágicos intracranianos. Métodos. Estudo transversal, retrospectivo, monocêntrico, baseado em revisão de registros hospitalares, envolvendo 91 pacientes com AVCI agudo tratados com alteplase e seus desfechos. Resultados. Dentre os escores aplicados, o GRASPS teve associação estatisticamente significativa com eventos hemorrágicos intracranianos, de modo que 21,9% dos pacientes com escore GRASPS ≥ 73 apresentaram hemorragia intracraniana sintomática, enquanto apenas 6,8% daqueles com escore < 73 foram acometidos por esta complicação (p 0,035).
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Indrodução. O acidente vascular cerebral (AVC) é definido como uma síndrome clínica, de desenvolvimento súbito, caracterizada por sintomas focais do sistema nervoso central, resultantes da alteração da função cerebral de origem vascular. Cerca de 80% dos casos de AVC são isquêmicos (AVCi), onde o esgotamento de mecanismos de compensação determina a interrupção da comunicação elétrica entre os neurônios, com prejuízo functional progressive e a recanalização da artéria ocluída pode ser tentada através da dissolução do trombo por trombólise química ou mecânica, o que demonstrou aumentar as chances de bom desfecho neurológico a longo prazo, quando bem indicados. Apesar da eficácia, o uso da alteplase é limitado pelo risco de complicações hemorrágicas, cujo risco pode variar entre 2% e 7%. Algumas variáveis clínicas, laboratoriais e radiológicas são associadas ao maior risco de hemorragia intracraniana sintomática e esforços têm sido realizados para desenvolvimento de escalas preditoras de sangramento, visando melhor previsão de desfecho para pacientes com fatores de risco. Justificativa. O conhecimento do perfil dos pacientes atendidos, bem como a utilização de escores preditores de risco podem ser ferramentas úteis, tanto para estimar riscos e orientar as ações durante e após a trombólise, quanto para guiar expectativas de pacientes e familiares. Hipótese. Dentre os pacientes afetados por AVC, há elevada frequência de comorbidades. Fatores como tempo porta-agulha, escala NIHSS, peso, uso de medicações, além de glicemia e pressão arterial pré e pós-infusão, podem estar relacionados às complicações hemorrágicas após trombólise endovenosa. Objetivos. Analisar a incidência de fatores de risco e desfechos hemorrágicos intracranianos sintomáticos em pacientes submetidos à trombólise química, utilizando um escore preditor de risco de sangramento. Métodos. Estudo observacional, retrospectivo, monocêntrico, baseado em revisão de registros hospitalares, envolvendo características de uma casuística de pacientes com AVC agudo tratados com rt-PA intravenoso e seus desfechos. Resultados esperados. Obter um perfil da população atendida, avaliando maior gravidade naqueles pacientes com maiores pontuações nas escalas NIHSS e ASPECTS, bem como com escore SITS, que será aplicado com a pretenção de definir fatores de risco preditores de sangramento na população estudada e sua correlação com maior risco de hemorragias sintomáticas. Viabilidade de execução. O estudo pode ser considerado viável tendo em vista o baixo custo e complexidade envolvidos, por tratar-se de desenho retrospectivo e baseado em informações contidas em prontuários médicos. Os custos serão despendidos pelo pesquisador.
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CLENES DE OLIVEIRA MENDES CALAFANGE
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Risco de suicídio associado à alta sincronia das ondas Beta e assimetria das ondas Alpha e Beta no EEG quantitativo
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Orientador : EVERTON BOTELHO SOUGEY
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS AUGUSTO CARVALHO DE VASCONCELOS
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DAYANE APARECIDA GOMES
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VANIA PINHEIRO RAMOS
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Data: 28/04/2023
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Segundo a Organização Mundial de Saúde, ocorre anualmente um milhão de óbitos por suicídio associado à saúde mental. Entretanto, a forma de avaliação do risco de suicídio ainda tem sido pela análise clínica subjetiva. Objetivo: Avaliou-se o risco de suicídio associado ao excesso de sincronia das ondas Beta, baixa sincronia da onda Gamma e inversões das ondas Alpha e Beta no EEG quantitativo (EEGq). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, exploratório, experimental e ex-post-facto. Foram avaliados 65 pacientes masculinos, entre 21 e 65 anos, com risco de suicídio, em duas etapas: anamnese e exame de EEGq pelo método Trainers’ QEEG (TQ-7). Os pacientes foram divididos em três grupos: transtorno afetivo bipolar e depressão maior ao mesmo tempo [TAB+DM], depressão maior [DM] e depressão com desesperança [DD]. Foram analisados os percentuais de sincronias das ondas Beta-Baixa (12-15 Hz), Beta (15-23 Hz), Beta-Alta (23-38 Hz), e Gamma (38-42 Hz), além da inversão das ondas Alpha (8-12 Hz) e Beta (15-23 Hz). Considerou-se excesso de sincronia das ondas Beta, quando o percentual ficava >40% e baixa de sincronia de ondas Gamma com o percentual estava <40%. Os dados não paramétricos foram analisados pelo teste Qui-quadrado e representados numa tabela contingencial e os paramétricos pela Análise de Variância, expressos em Média ± Erro Padrão (EP), com p≤0,05*. Resultados: Houve maior frequência de tentativa ou ideação suicida no grupo [TAB+DM] (60%) p≤0,05*, quando comparado aos grupos [DM] (20%) e [DD] (20%). Observou-se também excesso de sincronia no grupo [TAB+DM] nas frequências: Beta-baixa, nos sítios a seguir do sistema 10-20 do EEG, Fp1-Fp2 (72,31±0,44**), F3-F4 (73,82±0,50**); Fz-Pz (47,33±0,51**), Cz-Oz (48,46±0,48**), P3-P4 (58,03±0,64**) e O1-O2 (58,23±0,71**), comparados aos respectivos sítios dos grupos [DM] (62,46 ± 0,94), (56,85 ± 0,94), (28,00±0,72), (21,85±0,40), (35,92±0,98) (47,46±1,23) e [DD] (50,31 ± 1,16), (73,00 ± 0,88), (34,69±1,00) (35,23±0,99), (46,46 ± 0,69) e (35,38 ± 1,40); Beta [TAB+DM] em Fp1- Fp2 (60,38±0,53**), F3-F4 (61,26±0,49**), C3-C4 (42,13 ± 0,42**), Fz-Pz (48,41 ± 0,52**), Cz-Oz (45,26 ± 0,47**), P3-P4 (49,23 ± 0,65**) e O1-O2 (55,46 ± 0,69**) comparados aos [DM] (42,31 ± 1,33), (38,54 ± 0,47), (29,38 ± 0,63), (32,92 ± 0,28), (31,92 ± 0,28), (32,92 ± 0,53) e (35,77 ± 0,51) e [DD] (56,92 ± 0,66), (75,85 ± 0,60),
(30,46 ± 1,16), (39,62 ± 0,93), (36,92 ± 0,84), (38,54 ± 0,70) e (24,54 ± 0,98); Beta- alta [TAB+DM], em Fp1-Fp2 (41,56 ± 0,60), F3-F4 (48,62 ± 0,35**), C3-C4 (43,28 ±
0,40*), Fz-Pz (43,62 ± 0,46**), Cz-Oz (41,10 ± 0,40**), P3-P4 (49,56 ± 0,64*) e O1-O2 (42,00 ± 0,80) comparados aos [DM] (39,00 ± 1,35), (36,85 ± 1,09), (32,92 ± 0,28), (26,15 ± 0,82), (23,08 ± 0,28), (37,46 ± 1,04) e (36,46 ± 0,75) e [DD] (51,77 ± 0,49), (62,85 ± 0,60), (28,31 ± 1,06), (26,08 ± 1,03), (34,15 ± 0,91), (52,62 ± 0,80) e (37,38 ± 1,40). Conclusão: Pacientes com [TAB+DM] apresentam excesso de sincronia entre as regiões anterior e posterior e entre os hemisférios esquerdo e direito do cérebro e maior risco de suicídio.
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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é responsável anualmente por um milhão de óbitos (1,4% do total), e é a principal dentre as causas de morte de pessoas de 15 a 44 anos de idade. A taxa mundial de suicídio estimada pela OMS é de 11,4 óbitos por 100 mil habitantes. As tentativas de suicídio são de 10 a 20 vezes mais frequentes que o suicídio em si e não estão incluídas nessas estatísticas (ORGANIZATION, 2014) . Alguns transtornos mentais são mais comumente associados ao suicídio, como a depressão (ASSUMPÇÃO; OLIVEIRA; DE SOUZA, 2018) , transtorno do humor bipolar (LUCIANO et al., 2023) e dependência de álcool e de outras drogas psicoativas (LANGE et al., 2022) . Esquizofrenia e certas características de personalidade também podem ser fatores de risco (BOTEGA, 2014) . Entre adolescentes, a prevalência de ideação suicida e comportamentos de automutilação (incluindo autolesão não suicida) é bastante alta, com estimativas de até 38% e estão entre os mais fortes preditores clínicos de subsequente tentativa de suicídio (HO et al., 2021) . Isto posto, identificar alterações cerebrais que contribuem para os pensamentos e comportamentos suicidas são importantes para desenvolver estratégias mais direcionadas e eficazes para prevenir o suicídio e, dessa forma, a neuroimagem tem avançado com o intuito de fornecer medidas mais precisas na identificação dos substratos neurobiológicos de pensamentos e comportamentos suicidas (SCHMAAL et al., 2020) , mas poucos estudos compararam diretamente o funcionamento do cérebro e a estrutura relacionada à ideação ou comportamento suicida (WAGNER et al., 2021) . Nesse sentido, um estudo recentemente publicado demonstrou que baixa sincronia de ondas Gamma (38-42 Hz) observada entre os hemisférios tem sido encontrada em diversos pacientes com ideação suicida (ARIKAN et al., 2019) . Em uma linha oposta a essa investigação, outros achados vêm corroborar a importância das ondas Gamma (38-42 Hz), demonstrando que o aumento de sua sincronia em
um grupo de meditadores, possibilitou aumento da capacidade cognitiva e redução da ansiedade do grupo (FERRARELLI et al., 2013; PASCUAL; VALLESPÍN, 2013) . Dessa forma, este estudo intenta reproduzir esse achado, envolvendo a baixa de sincronia das ondas Gamma (38-42 Hz), mas também, investigar o excesso de comunicação entre os hemisférios esquerdo e direito observado em relação à sincronia das ondas Beta (15-23 Hz) e Beta-Alta (23-38 Hz) (RIBAS; GUERRA- RIBAS; MARTINS, 2016) , já que um excesso de comunicação, representado numa sincronia excessiva, pode indicar conexões desnecessárias entre essas áreas, diminuindo o funcionamento de outros circuitos com outras áreas, podendo ocasionar pensamentos rígidos (FINGELKURTS; FINGELKURTS, 2022) . Como a maior parte dos pacientes com ideação e/ou tentativa de suicídio encaminhados ao Instituto do Cérebro de Pernambuco (ICerPE), local escolhido para a coleta de dados deste estudo, apresenta Depressão ou Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), parece haver a necessidade de se descrever esses transtornos a seguir, explicitando-se as semelhanças e diferenças conceituais à luz do Manual Estatístico de Doença Mental número V (DSM-V) e dos padrões das atividades elétricas cerebrais destes transtornos já registrados na comunidade científica.
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IGOR DE OLIVEIRA
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CEFALEIA EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
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Orientador : PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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RENATA GOMES LONDERO
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LUCIANA PATRIZIA ALVES DE ANDRADE VALENCA
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RAFAELA SILVA GUIMARAES GONCALVES
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Data: 09/05/2023
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O Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença imunomediada crônica, com envolvimento multissistêmico, associada a sintomas neuropsiquiátricos. Cefaleia é um sintoma frequentemente relatado por esses pacientes, porém ainda há conflitos na literatura acerca da prevalência em relação à população geral e se há associação com atividade de doença. Objetivos Avaliar as características e o impacto das cefaleias apresentadas por pacientes com diagnóstico de LES e sua relação com atividade de doença. Métodos Esse foi um estudo do tipo caso-controle. O grupo caso foi composto por pacientes com diagnóstico de LES e um grupo controle foi formado por acompanhantes e funcionários do hospital. Realizamos pareamento individual para sexo e idade entre os casos e controles (1:1). Os participantes foram submetidos a entrevista e exame com neurologista, para coleta dos dados sobre cefaleia. Os pacientes com LES foram avaliados por reumatologista, que registrou dados clínicos e aferiu atividade de doença pela escala Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index (SLEDAI)- 2K modificada. Todos os participantes tiveram o impacto da cefaleia aferido pela escala Headache Impact Test (HIT-6), os sintomas de ansiedade e depressão foram pesquisados pela escala Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS). As análises estatísticas foram realizadas no SPSS 29.0 com significância definida com p < 0,05. Resultados Foram incluídos 228 indivíduos, sendo 114 em cada grupo. Os pacientes com LES exibiram cefaleia mais intensa (86,8% vs 68,4%, OR 3,33, IC95% 1,61-6,91, p = 0,0001) e uma maior frequência mensal de dor (3 [1-12] vs 2 [0-5], p = 0,004), porém a prevalência de cefaleia (88,6% vs 86%, OR 1,27, IC95% 0,59-2,75, p = 0,690) e os escores da escala HIT-6 (mediana [IIQ] 57 [46-63] vs 54,5 [44-63], p = 0,256) não diferiram entre os grupos. Os pacientes com LES tiveram menor escolaridade (18,5% vs 42,1%, OR 0,30, ICR95% 0,21-0,84, p < 0,001) e mais depressão (45,6% vs 26,3%, OR 2,57, IC95% 1,40-4,72, p = 0,003). Após ajuste para esses fatores, LES manteve associação com cefaleia intensa (ORaj 3,21, IC95% 1,41-7,29, p = 0,005), mas não
com frequência mensal de dor (p = 0,177). Não foi evidenciada associação entre cefaleia e atividade de doença nos pacientes com LES. Conclusões Pacientes com LES apresentam cefaleia de prevalência similar, porém mais grave, comparados à população sem a doença. Entretanto, não há associação com atividade de doença. O LES pode modificar o curso de cefaleias primárias, tornando-as mais graves, mas não está associado a uma cefaleia específica.
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O LES é uma doença autoimune que acarreta envolvimento multissistêmico, incluindo o sistema nervoso central, o que ocasiona surgimento de sintomas neurológicos. Dentre eles, a cefaleia é uma queixa frequente nesses pacientes, representando, por vezes, um desafio para neurologistas e reumatologistas. Os dados sobre cefaleias nesses pacientes são controversos e relação à prevalência e aos fatores associados. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo geral avaliar as características e o impacto das cefaleias apresentadas por pacientes com LES. Método: Trata-se de um estudo observacional do tipo caso controle; o grupo caso será composto de pacientes com diagnóstico de LES e o grupo controle será constituído de pessoas sem história de doença autoimune. A coleta de dados será realizada por meio de consulta de prontuários e aplicação de questionários semiestruturados sobre características do LES e da cefaleia, além do uso da escala SLEDAI-2K para mensurar atividade do LES, escala HIT-6 para avaliar o impacto da cefaleia e escala HADS para investigar a presença de sintomas de depressão e ansiedade. Resultados esperados: Espera-se que pacientes com diagnóstico de LES tenham uma maior prevalência e gravidade de cefaleia em relação ao grupo controle, pareado em sexo e idade, sem a doença. Os pacientes com LES em atividade devem apresentar uma maior prevalência e gravidade de cefaleia, assim como características clínicas diferentes dos pacientes fora de atividade.
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ISABELA DE FATIMA PINA DE ALMEIDA
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FATORES ASSOCIADOS A MELHORES DESFECHOS NO PRIMEIRO EPISÓDIO PSICÓTICO: ANÁLISE DO AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE
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Orientador : LEONARDO MACHADO TAVARES
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA LUCIA DE BUSTAMANTE SIMAS
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MURILO DUARTE DA COSTA LIMA
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ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
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Data: 26/06/2023
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A presença de sintomas psicóticos é bastante comum na prática clínica, ocorrendo em diversos transtornos e doenças. A criação de serviços especializados na condução do primeiro episódio psicótico (PEP) tem demonstrado melhores desfechos funcionais e tratamento adequado e rápido para tais condições. Em 2018, foi criado no Hospital das Clínicas da UFPE (HC-UFPE), o ambulatório de PEP. O presente estudo irá avaliar os dados dos pacientes admitidos no ambulatório desde julho de 2018 até julho de 2021, buscando identificar o perfil de pacientes neste ambulatório, bem como os fatores relacionados com melhores desfechos clínicos. Foi realizada uma coleta de dados de prontuário em dois momentos: admissão e após seis meses de seguimento, tratando-se de um estudo de coorte. A hipótese principal do estudo foi que menor duração da psicose não tratada (DPNT) e ausência de história de uso de substâncias psicoativas estão significativamente associadas a melhores desfechos clínicos após PEP. Após a coleta de dados, foram incluídos na pesquisa 34 pacientes. A análise estatística descritiva foi realizada através de medidas de média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil, a depender da distribuição de normalidade dos dados, para as variáveis quantitativas contínuas; e número absoluto/percentagem para as variáveis qualitativas. Para comparação entre os valores da PANSS nos dois momentos utilizamos o teste T pareado, paramétrico. Para avaliação da correlação entre DPNT e resposta ao tratamento com as demais variáveis foi realizado o teste de correlação de Spearman e Pearson. Resultados: 85,3% da amostra foi de homens, com 50% dos pacientes com idade entre 19-30 anos, 82% moradores da região metropolitana do Recife. A maioria dos pacientes (70%) não teve história de internamento ao longo do acompanhamento. Na análise pré/pós da PANSS houve diferença significativa entre os valores da PANSS geral, PANSS positiva e PANSS total. Realizando a correlação entre DPNT e variáveis só encontramos correlação direta, moderada, com valor de p significativo para: história de internamento, resposta ao tratamento e PANSS geral. Os dados são preliminares, pois ainda faltam ser coletados dados de 13 prontuários.
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A presença de sintomas psicóticos é bastante comum na prática clínica, ocorrendo em diversos transtornos e doenças. A criação de serviços especializados na condução do primeiro episódio psicótico (PEP) tem demonstrado melhores desfechos funcionais e tratamento adequado e rápido para tais condições. Em 2018, foi criado no Hospital das Clínicas da UFPE (HC-UFPE), o ambulatório de PEP. O presente estudo irá avaliar os dados dos pacientes admitidos no ambulatório desde julho de 2018 até julho de 2021, buscando identificar o perfil de pacientes neste ambulatório, bem como os fatores relacionados com melhores desfechos clínicos. Foi realizada uma coleta de dados de prontuário em dois momentos: admissão e após seis meses de seguimento, tratando-se de um estudo de coorte. A hipótese principal do estudo foi que menor duração da psicose não tratada (DPNT) e ausência de história de uso de substâncias psicoativas estão significativamente associadas a melhores desfechos clínicos após PEP. Após a coleta de dados, foram incluídos na pesquisa 34 pacientes. A análise estatística descritiva foi realizada através de medidas de média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil, a depender da distribuição de normalidade dos dados, para as variáveis quantitativas contínuas; e número absoluto/percentagem para as variáveis qualitativas. Para comparação entre os valores da PANSS nos dois momentos utilizamos o teste T pareado, paramétrico. Para avaliação da correlação entre DPNT e resposta ao tratamento com as demais variáveis foi realizado o teste de correlação de Spearman e Pearson. Resultados: 85,3% da amostra foi de homens, com 50% dos pacientes com idade entre 19-30 anos, 82% moradores da região metropolitana do Recife. A maioria dos pacientes (70%) não teve história de internamento ao longo do acompanhamento. Na análise pré/pós da PANSS houve diferença significativa entre os valores da PANSS geral, PANSS positiva e PANSS total. Realizando a correlação entre DPNT e variáveis só encontramos correlação direta, moderada, com valor de p significativo para: história de internamento, resposta ao tratamento e PANSS geral. Os dados são preliminares, pois ainda faltam ser coletados dados de 13 prontuários.
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PAULO CÉSAR DA SILVA QUEIROZ
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SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM SOBREVIVENTES DA COVID-19
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Orientador : SILVIA REGINA ARRUDA DE MORAES
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MEMBROS DA BANCA :
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ANNA MYRNA JAGUARIBE DE LIMA
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DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
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RENATA JANAINA PEREIRA DE SOUZA
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Data: 28/06/2023
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A doença do coronavírus 2019 (COVID-19) é motivo de grande preocupação mundial, mesmo com as formas de contaminação, prevenção e transmissão já bem estabelecidas na literatura
científica, devido às incertezas sobre suas consequências. Indivíduos que foram infectados pelo SARS- CoV-2 (vírus da COVID-19), principalmente os que necessitaram de hospitalização, têm relatado a
persistência ou surgimento de sintomas meses após o quadro superado, podendo se tratar de sequelas que envolvem comprometimento mental e físico, como ansiedade, depressão e baixos níveis de atividade física. Objetivo: Determinar o impacto a longo prazo da COVID-19 na saúde mental, através da identificação de sintomas ansiosos e depressivos, e do nível de atividade física de sobreviventes após sete meses alta hospitalar. Método: O estudo do tipo observacional analítico transversal, realizado entre outubro de 2021 à setembro de 2022, com 330 sobreviventes da COVID-19 que tiveram alta do Hospital de Campanha Aurora (Recife, Pernambuco). Todos os voluntários foram entrevistados via contato telefônico através de questionários validados para avaliação de sintomas ansiosos e depressivos (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão – EHAD) e do nível de atividade física (Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ versão curta), além disso, informações sociodemográficas, história clínica e de internamento também foram coletadas. Indivíduos com incapacidade de compreensão, interpretação e poder de resposta, com diagnóstico prévio ao internamento de doença neurológica ou transtorno mental e incapacitados de realizar exercício físico devido alguma deficiência física foram excluídos. Foram realizadas análises estatísticas descritivas, com variáveis expressas em números e proporções. Para avaliação da normalidade dos dados foi aplicado o teste de Shapiro-Wilk e para avaliação da homogeneidade de variâncias o teste de Levene, seguido do teste t para grupos independentes. O teste Qui-quadrado de Pearson foi aplicado para identificar associações entre variáveis qualitativas. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Foi observado a presença de ansiedade e depressão em 23,6% e 18,2%, respectivamente, e baixos níveis de atividade física em 55,8% dos sobreviventes da COVID-19. Quando comparado ansiedade e depressão com o nível de atividade física, foi observado uma maior frequência (52,2%) do baixo nível de atividade física naqueles identificados com a presença de depressão (p = 0,023). Além disso, o sexo biológico feminino apresentou valores maiores na subescala para ansiedade (p = 0,003) e para depressão (p = 0,045) e uma maior frequência (70,8%) para o baixo nível de atividade física (p < 0,001) quando comparado ao sexo biológico masculino. Aqueles admitidos em UTI apresentaram valores maiores na subescala para ansiedade (p = 0,006) quando comparados aos internados em enfermaria. Por fim, indivíduos que realizaram oxigenoterapia comparados aos que não realizaram apresentaram valores maiores na subescala para depressão (p = 0,009) e os que foram intubados apresentaram valores maiores tanto na subescala para ansiedade (p = 0,001) quanto na subescala para depressão (p < 0,001). Conclusão: Alterações na saúde mental e física são observadas em sobreviventes da COVID-19 após sete meses de alta hospitalar. Uma proporção considerável apresentaram sintomas de ansiedade e depressão, enquanto mais da metade dos entrevistados tinham baixos níveis de atividade. Mais estudos são necessários para fortalecimento do impacto da COVID-19 a longo prazo.
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Devido as incertezas envolvendo as consequências da pandemia vigente, o presente estudo tem o objetivo de avaliar o impacto de médio a longo prazo da COVID-19 na saúde mental e no nível de atividade física em sobreviventes que necessitaram de internamento hospitalar para manejo da doença. Para isso, foram entrevistados via contato telefônico 181 voluntários que tiveram alta do Hospital de Campanha Aurora (Recife, Pernambuco) após tratamento da COVID-19. Foi utilizado um formulário eletrônico para registro das respostas, constituído pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), questões sociodemográficas e de história clínica, além de questionários validados para avaliação dos sintomas de ansiedade e depressão (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão – EHAD-A e EHAD-D) e nível de atividade física (Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ versão curta). Foi observado através da análise geral dos dados da EHAD, ausência de sintomas de ansiedade e depressão, onde a pontuação média nas subescalas EHAD-A e EHAD-D foram de 5,13 (± 4,07) e 4,88 (± 4,06), respectivamente. No entanto, foi evidenciado que o sexo feminino apresentou uma pontuação média maior na subescala EHAD-D quando comparado ao sexo masculino (p = 0,015), e aqueles com um tempo de alta de 7-8 meses apresentaram níveis mais elevados de sintomas de ansiedade e depressão, com pontuação média de 8,50 (± 7,78) na EHAD-A e 9 (± 12,73) na EHAD-D, apesar de não apresentar diferença estatística quando comparado aos indivíduos com tempo de alta mais longo. Na avaliação do nível de atividade física, 33,7% dos entrevistados classificaram-se como ativo, 21,5% como irregularmente ativo A e 20,4% como sedentários.
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CLÁUDIO GONÇALVES VIANA NETO
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REPERCUSSÕES PSIQUIÁTRICAS EM SOBREVIVENTES DA COVID-19
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Orientador : EVERTON BOTELHO SOUGEY
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MEMBROS DA BANCA :
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DIEGO CABRAL LACERDA
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PAULA REJANE BESERRA DINIZ
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TATIANA DE PAULA SANTANA DA SILVA
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Data: 18/08/2023
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Introdução: Desde os primeiros meses da pandemia da Covid-19, houve a percepção de que a infecção não se restringia ao sistema respiratório. Através do aumento número de pessoas infectadas em todo o mundo e a presença de sequelas após o período agudo da doença, tal fato se tornou mais compreensível. Um corpo substancial de estudos comprovou que a Covid-19 é uma doença multissistêmica, sendo as sequelas psiquiátricas uma das que mais preocupavam pelo número de pessoas com transtornos mentais após período agudo da infecção. No entanto, a maioria dos estudos publicados eram de transtornos psiquiátricos em um período entre 4 a 12 semanas após o diagnóstico, sem especificar a questão da cronicidade dos sintomas. Objetivo: Dessa forma, este trabalho objetivou identificar se sintomas ansiosos e depressivos persistiriam após mais de 6 meses do diagnóstico da Covid-19. Métodos: Estudo transversal em que foram avaliados 20 pacientes de dois hospitais públicos do Recife no Nordeste do Brasil. Os pacientes responderam um questionário com instrumentos de avaliação psiquiátrica, que identificava a presença de sintomas ansiosos, depressivos e os risco de suicídio durante a fase crônica da Covid-19. Resultados: Considerando a pontuação geral dos instrumentos GAD-7 e PHQ-9, identificamos que 9(45%) dos indivíduos apresentaram ansiedade e 10(50%) mostraram depressão. Além disso, através da verificação de cada sintoma, observou-se pelo GAD-7, que 10 dos indivíduos responderam positivamente para o sintoma “sentir-se nervoso(a), ansioso ou muito tenso(a)” entre 10 a 12 meses, enquanto apenas 2 deles apresentavam o sintoma entre 7- 9 meses do diagnóstico, o que remete ao fato de que os sintomas de estresse ou depressão encontram-se presentes independente do tempo de diagostico Conclusões: Este trabalho mostrou a persistência dos sintomas ansiosos e depressivos após mais de 6 meses do diagnóstico da Covid-19. Considerando que tivemos altas taxas de infecção no Brasil, é necessário mensurar o impacto dessas sequelas na população, a fim de que ocorra o seguimento adequado dessas pessoas.
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Introdução: No momento, a Covid-19 é reconhecida como uma doença multiorgânica,
envolvendo, frequentemente, o sistema nervoso. Evidências crescentes sugerem que o SARS- CoV-2 pode causar sintomas neurológicos e psiquiátricos por afetar o cérebro. Evidências
conduzidas na China comprovaram que, em indivíduos infectados pela Covid-19, as manifestações neuropsiquiátricas foram encontradas em aproximadamente 22,5%. Ansiedade, depressão e dificuldades do sono estiveram presentes em, aproximadamente, um quarto dos pacientes e persistiram durante os seis meses seguintes de acompanhamento. Porém,
atualmente, a pesquisa detalhada sobre as repercussões neuropsiquiátricas no período pós- agudo da infecção por COVID-19 e a análise e acompanhamento quanto ao grau de cronicidade
destes sintomas ainda é limitado. Objetivo: Avaliar a presença e a persistência de sintomas neuropsiquiátricos em pacientes que tiveram o diagnóstico de infecção pela Covid-19. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte contemporânea prospectiva ocorrendo o seguimento por até 6 meses após o diagnóstico de pacientes que tiveram Covid-19. A avaliação acontecerá por meio de questionário que inclui dados sóciodemográficos e instrumento de rastreio de sintomas neuropsiquiátricos. Resultados esperados: Acredita-se que este estudo possa auxiliar a compreensão da COVID-19 e suas repercussões no aspecto neuropsiquiátrico/cognitivo e, nesse sentido, seja no âmbito da gestão em saúde, considerada uma evidência importante para subsidiar as demandas dos sistemas em relação aos métodos de triagem, diagnóstico e tratamento de todas as doenças possivelmente correlacionadas às complicações do SARS-CoV-2 no que diz respeito a saúde mental. Além disso, no campo da pesquisa clínica em neurociências, acredita-se que este estudo possa estimular a realização de novos projetos capazes de distinguir os efeitos diretos do vírus no sistema nervoso e sobre o comportamento humano.
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WESLLEY ALEX DA SILVA DIONISIO
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SAÚDE MENTAL E ADOLESCÊNCIA: relação entre os sintomas depressivos e o nível de atividade física
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Orientador : ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
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MEMBROS DA BANCA :
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DIEGO CABRAL LACERDA
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JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
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ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
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Data: 19/12/2023
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A pandemia de Covid-19 trouxe diversos prejuízos à população global, parte deles ainda estão sendo investigados. Diversos fatores contribuíram para um potencial risco de desenvolvimento de sintomas depressivos e baixa autoestima, ao passo que impossibilitaram a prática de atividades físicas em geral. Os adolescentes parecem ter sido afetados diretamente por este cenário. Assim, a presente pesquisa buscou mensurar a prevalência de sintomas depressivos, o nível de autoestima e atividade física, e avaliar possíveis associações entre estas variáveis durante o período da pandemia. Trata-se de um estudo transversal realizado com 1071 adolescentes brasileiros (16.30 ±1.1 anos, 56.6% females), que avaliou sintomas depressivos, autoestima e atividade física através do Hamilton Depression Rating Scale, Rosenberg Self-Esteem Scale e Physical Activity Questionnaire for Adolescents, respectivamente. Dos adolescentes avaliados, 53.4% apresentaram sintomas depressivos, 76.4% autoestima não satisfatória e 90.4% nível insuficiente de atividade física, sendo a maior parte sedentários (61.2%). Sintomas depressivos elevados correlacionaram-se com uma menor autoestima (Rô de Spearman = - 0,585; p<0,001) e atividade física (Rô de Spearman = -0,076; p=0,037). A autoestima e atividade física correlacionam-se de forma positiva (Rô de Spearman = 0,138; p<0,001). Além disso, observou-se maiores escores de sintomas depressivos em indivíduos com autoestima não satisfatória (p<0,001; Mann-Whitney U test). Os escores de atividade física foram menores em indivíduos com sintomas depressivos (p=0,043; Mann-Whitney U test). Diante disso, conclui-se que durante a pandemia os adolescentes apresentaram sintomas depressivos, autoestima não satisfatória e um nível de atividade física insuficiente. Além disso, os indivíduos com sintomatologia depressiva apresentaram baixa autoestima e menor nível de atividade física, quando comparados aos indivíduos sem os sintomas.
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Apresente de forma concisa os pontos relevantes de seu trabalho, de forma que qualquer pessoa consiga ter uma visão rápida e clara de seu conteúdo e conclusões. O resumo é formado por apenas um parágrafo, sem tópicos, contendo, preferencialmente, entre 150 e 500 palavras. Convém evitar fórmulas e equações no resumo, pois, além de ser uma recomendação na NBR 6028 (Resumo), as expressões com caracteres especiais, sobretudo com subscritos ou sobrescritos, geralmente não são lidas adequadamente pelo site do Repositório Digital da UFPE – Attena, onde seu resumo e abstract ficarão disponíveis, o que dificulta também a recuperação pela BDTD Nacional, podendo prejudicar a visibilidade de seu trabalho. Nas palavras-chave indique de 3 a 6 termos que representem o conteúdo do trabalho, preferencialmente escolhidos do vocabulário controlado indicado pela biblioteca setorial de seu centro. Confira aqui qual vocabulário controlado é recomendado pela biblioteca de seu centro.
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UBIRATAN ALVES VITURINO DA SILVA
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CARACTERÍSTICAS ANGIOGRÁFICAS DAS LESÕES ARTERIAIS DA CABEÇA E PESCOÇO NO TRAUMATISMO POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO
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Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
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MEMBROS DA BANCA :
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CLAUDIO HENRIQUE FERNANDES VIDAL
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MARCELO MORAES VALENCA
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MARIA DE FATIMA VIANA VASCO ARAGAO
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Data: 28/12/2023
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O traumatismo por arma de fogo é considerado pela organização mundial de saúde (OMS) um agravo de saúde global e deve ser tratado como uma doença. Nos Estados Unidos da América (EUA), o número de mortes por arma de fogo triplicou na última década e chegou a exceder o número de mortes associadas a acidentes automobilísticos. 1,2 Apesar das mortes por arma de fogo estarem concentradas em países de média e baixa renda, a maior parte dos estudos desse tema concentra-se nos países mais desenvolvidos economicamente 3 . No brasil, as internações por agressão ultrapassaram 100 mil atendimentos nos últimos 6 anos 4 . No Brasil, a violência interpessoal ainda figura como uma das cinco principais causas de óbito. O traumatismo relacionado aos projéteis de arma de fogo, além de estar associado a elevados índices de mortalidade, acomete em sua maioria jovens em faixa etária economicamente ativa 3 . Dentre todas as lesões causadas por arma de fogo, as lesões crânio cerebrais contam como as mais letais 5 e, dentre os sobreviventes, as que carregam pior prognóstico 6 . Em decorrência dos fatores político-sociais, cresceu a preocupação com o manejo adequado desses pacientes, bem como atenção às possíveis complicações. Os estudos mais recentes que abordam essa temática salientam que em cada caso pode trazer características particulares, o que faz a individualização da abordagem uma peça-chave no tratamento do paciente 7 . Os estudos de imagem são essenciais na propedêutica do trauma cervico- craniano por arma de fogo. Há diversos fatores implicados como essenciais na avaliação por imagem, logo a avaliação pormenorizada é essencial para definição da necessidade de cirurgia, técnica cirúrgica apropriada e definição da necessidade de tratamento complementar 8,9 . As primeiras pesquisas encontraram baixíssimas taxas de lesões arteriais associadas ao traumatismo cranioencefálico por PAF 10,11 . O avanço tecnológico possibilitou o aumento da sensibilidade dos métodos diagnósticos, o que provavelmente também teve influência positiva no grau de suspeição para lesões vasculares. O contínuo melhoramento e a ampliação na disponibilidade dos métodos de radiodiagnóstico possibilita que esse conhecimento seja cada vez mais aprofundado. Em especial, o conhecimento acerca da natureza das lesões traumáticas oportuniza o desenho de estudos com maior poder metodológico que possam estabelecer protocolos de conduta.
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O traumatismo por arma de fogo é considerado pela organização mundial de saúde (OMS) um agravo de saúde global e deve ser tratado como uma doença. Nos Estados Unidos da América (EUA), o número de mortes por arma de fogo triplicou na última década e chegou a exceder o número de mortes associadas a acidentes automobilísticos. 1,2 Apesar das mortes por arma de fogo estarem concentradas em países de média e baixa renda, a maior parte dos estudos desse tema concentra-se nos países mais desenvolvidos economicamente 3 . No brasil, as internações por agressão ultrapassaram 100 mil atendimentos nos últimos 6 anos 4 . No Brasil, a violência interpessoal ainda figura como uma das cinco principais causas de óbito. O traumatismo relacionado aos projéteis de arma de fogo, além de estar associado a elevados índices de mortalidade, acomete em sua maioria jovens em faixa etária economicamente ativa 3 . Dentre todas as lesões causadas por arma de fogo, as lesões crânio cerebrais contam como as mais letais 5 e, dentre os sobreviventes, as que carregam pior prognóstico 6 . Em decorrência dos fatores político-sociais, cresceu a preocupação com o manejo adequado desses pacientes, bem como atenção às possíveis complicações. Os estudos mais recentes que abordam essa temática salientam que em cada caso pode trazer características particulares, o que faz a individualização da abordagem uma peça-chave no tratamento do paciente 7 . Os estudos de imagem são essenciais na propedêutica do trauma cervico- craniano por arma de fogo. Há diversos fatores implicados como essenciais na avaliação por imagem, logo a avaliação pormenorizada é essencial para definição da necessidade de cirurgia, técnica cirúrgica apropriada e definição da necessidade de tratamento complementar 8,9 . As primeiras pesquisas encontraram baixíssimas taxas de lesões arteriais associadas ao traumatismo cranioencefálico por PAF 10,11 . O avanço tecnológico possibilitou o aumento da sensibilidade dos métodos diagnósticos, o que provavelmente também teve influência positiva no grau de suspeição para lesões vasculares. O contínuo melhoramento e a ampliação na disponibilidade dos métodos de radiodiagnóstico possibilita que esse conhecimento seja cada vez mais aprofundado. Em especial, o conhecimento acerca da natureza das lesões traumáticas oportuniza o desenho de estudos com maior poder metodológico que possam estabelecer protocolos de conduta.
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SEVERINA CASSIA DE ANDRADE SILVA
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AVALIAÇÃO DA MANIPULAÇÃO SEROTONINÉRGICA DURANTE A LACTAÇÃO EM RATOS SUPERNUTRIDOS: Estudo da bioenergética mitocondrial, balanço oxidativo e expressão gênica no Córtex Pré-Frontal e Hipocampo
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Orientador : CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
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MEMBROS DA BANCA :
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DAYANE APARECIDA GOMES
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ALINE ISABEL DA SILVA
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GLAUBER RUDÁ FEITOZA BRAZ
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JULLIET ARAUJO DE SOUZA
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MARIANA PINHEIRO FERNANDES
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Data: 08/03/2023
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Evidências experimentais apontam uma estreita relação entre a supernutrição na infância, com o sobrepeso, obesidade e doenças correlatadas ao longo da vida, promovendo assim, disfunçōes metabólicas no Sistam Nervoso Central (SNC), podendo levar a problemas cognitivos e doenças neurodegenerativas ao longo da vida adulta. Dados da literatura já apontam que a supernutrição infantil compromete o metabolismo energético ocasionando a disfunção mitocondrial e estresse oxidativo, podendo agir como a gênese de patologias a longo prazo. Por outro lado, a literatura relata melhora da função mitocondrial e redução do efeitos deletérios da supernutrição e obesidade por meio da manipulação do sistema serotoninérgico. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo, investigar no córtex pré-frontal e hipocampo de ratos supernutridos durante o período de lactação os efeitos da manipulação do sistema serotoninérgico, por meio do tratamento com fluoxetina, sobre os parâmetros relacionados a bioenergética mitocondrial, balanço oxidativo e expressão de genes em ratos machos. Ratos Wistar foram divididos aleatoriamente em dois grupos experimentais: Grupo Normonutrido (N, n=9 por lactante) e Grupo Supernutrido (S, n=3 por lactante). Iniciamos a manipulação serotoninérgica 24hs após o nascimento e os grupos foram subdivididos conforme a administração de solução salina (NaCl, 0,9%) ou Fluoxetina (10mg/k): Grupo Normonutrido Fluoxetina e Salina (NFx e NS); grupo Supernutrido Fluoxetina e Salina (SFx e SS). Todos os grupos foram tratados diariamente por via subcutânea durante toda a lactação (21 dias), aos 22 dias de vida o hipocampo e córtex pré-frontal coletado para as análises bioquímicas e moleculares. Em nossos resultados parciais, observamos no hipocampo, aumento dos biomarcadores de estresse oxidativo ratos supernutridos (SS) e redução no grupo SFx, o tratamento com fluoxetina no supernutrido (SFx) aumentou a atividade das enzimas antioxidante (SOD, CAT, GST) na região encefálica. No córtex pré-frontal, também houve redução dos biomarcadores e aumento na atividade da GST. No sistema de defesa antioxidante não enzimático, observamos aumento no córtex pré-frontal de SFx. A nível molecular, os ratos SFx aumentaram a expressão do mRNA do receptor de dopamine (DRD1) e o transportador de serotonina (SERT) no hipocampo, no córtex pré-frontal a expressão do mRNA de DRD1 e 5HT1B foram aumentadas em ratos supernutridos e em ratos SFx, bem como, DRD2, MC4R e SERT. Por conseguinte, nossos resultados parciais surgerem que a admistração crônica com fluoxetina em ratos supernutridos melhora no balanço oxidativo e modula positivamente no sistema de recompensa neural.
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Evidências experimentais apontam uma estreita relação entre a supernutrição na infância, com o sobrepeso, obesidade e doenças correlatadas ao longo da vida, promovendo assim, disfunçōes metabólicas no Sistam Nervoso Central (SNC), podendo levar a problemas cognitivos e doenças neurodegenerativas ao longo da vida adulta. Dados da literatura já apontam que a supernutrição infantil compromete o metabolismo energético ocasionando a disfunção mitocondrial e estresse oxidativo, podendo agir como a gênese de patologias a longo prazo. Por outro lado, a literatura relata melhora da função mitocondrial e redução do efeitos deletérios da supernutrição e obesidade por meio da manipulação do sistema serotoninérgico. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo, investigar no córtex pré-frontal e hipocampo de ratos supernutridos durante o período de lactação os efeitos da manipulação do sistema serotoninérgico, por meio do tratamento com fluoxetina, sobre os parâmetros relacionados a bioenergética mitocondrial, balanço oxidativo e expressão de genes em ratos machos. Ratos Wistar foram divididos aleatoriamente em dois grupos experimentais: Grupo Normonutrido (N, n=9 por lactante) e Grupo Supernutrido (S, n=3 por lactante). Iniciamos a manipulação serotoninérgica 24hs após o nascimento e os grupos foram subdivididos conforme a administração de solução salina (NaCl, 0,9%) ou Fluoxetina (10mg/k): Grupo Normonutrido Fluoxetina e Salina (NFx e NS); grupo Supernutrido Fluoxetina e Salina (SFx e SS). Todos os grupos foram tratados diariamente por via subcutânea durante toda a lactação (21 dias), aos 22 dias de vida o hipocampo e córtex pré-frontal coletado para as análises bioquímicas e moleculares. Em nossos resultados parciais, observamos no hipocampo, aumento dos biomarcadores de estresse oxidativo ratos supernutridos (SS) e redução no grupo SFx, o tratamento com fluoxetina no supernutrido (SFx) aumentou a atividade das enzimas antioxidante (SOD, CAT, GST) na região encefálica. No córtex pré-frontal, também houve redução dos biomarcadores e aumento na atividade da GST. No sistema de defesa antioxidante não enzimático, observamos aumento no córtex pré-frontal de SFx. A nível molecular, os ratos SFx aumentaram a expressão do mRNA do receptor de dopamine (DRD1) e o transportador de serotonina (SERT) no hipocampo, no córtex pré-frontal a expressão do mRNA de DRD1 e 5HT1B foram aumentadas em ratos supernutridos e em ratos SFx, bem como, DRD2, MC4R e SERT. Por conseguinte, nossos resultados parciais surgerem que a admistração crônica com fluoxetina em ratos supernutridos melhora no balanço oxidativo e modula positivamente no sistema de recompensa neural.
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MATHEUS SANTOS DE SOUSA FERNANDES
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INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO EM PARÂMETROS METABÓLICOS CELULARES E MITOCONDRIAIS NO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL E HIPOCAMPO DE RATOS JUVENIS SUBMETIDOS A DESNUTRIÇÃO PROTEICA MATERNA
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Orientador : TONY MEIRELES DOS SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDERSON APOLONIO DA SILVA PEDROZA
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DIORGINIS JOSE SOARES FERREIRA
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FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
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RAPHAEL FABRICIO DE SOUZA
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TONY MEIRELES DOS SANTOS
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Data: 29/03/2023
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Atualmente mesmo com o crescimento de políticas sociais no combate à fome, a desnutrição ainda ocorre ao redor do mundo. Dentre elas, a desnutrição proteica materna (DPM) causa disfunções no metabolismo oxidativo e neurodegeneração em sistemas orgânicos, dentre eles o sistema nervoso. Por outro lado, o treinamento físico aeróbio (TFA) surge como possível ferramenta para atenuar estas condições. Com isso, avaliamos o efeito do TFA em intensidade moderada sobre parâmetros de função
mitocondrial, balanço oxidativo e estresse de retículo endoplasmático no córtex pré- frontal (CPF) e hipocampo de ratos Wistar machos submetidos à DPM. Ratas Wistar
prenhas receberam dieta contendo 17% ou 8% de caseína durante a gestação e lactação. Aos 30 dias de vida, filhotes machosforam divididos em 4 grupos: Desnutrido Sedentário (DS), Desnutrido Treinado (DT), Normonutrido Sedentário (NS) e Normonutrido Treinado (NT). Em seguida apenas os grupos treinados realizaram protocolo de exercício físico por 4 semanas, 5 dias por semana, 1 hora por dia, a 50% de sua capacidade máxima de corrida em esteira. Aos 60 dias de vida, os animais foram sacrificados e retirou-se o músculo esquelético, CPF e o hipocampo visando analisar biomarcadores de função mitocondrial (citrato sintase, NAD, NADH e razão NAD/NADH), estresse oxidativo (MDA e carbonilas), atividade antioxidantes enzimáticos (Superóxido Dismutase-SOD, Catalase-CAT e Glutationa S Transferase-GST), antioxidantes não-enzimáticos (Glutationa Reduzida-GSH, Glutationa Oxidada-GSSG, Estado REDOX-GSH/GSSG e sulfidrilas), Níveis de mRNA dos genes de estresse de retículo (PERK, ATF6, GRP78) e níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). No CPF e hipocampo, inicialmente observamos o efeito isolado da DPM e TFA associado à DPM. Nos indicadores de função mitocondrial observamos que a DPM reduziu citrato sintase (p = 0.02) no CPF. Nos biomarcadores de estresse oxidativo não houve diferenças significantes MDA (p = 0.21) e carbonilas (p = 0.33). No sistema antioxidante enzimático houve redução significante em CAT (p = 0.003) e GST (p = 0.02). Além disso, nos não enzimáticos não houve diferença significante causada pela DPM. Em relação ao TFA associado à DPM observamos os seguintes resultados no CPF. Houve incremento significante em citrato sintase (p = 0.03) e NADH (p = 0.005), com redução na razão NAD/NADH (p = 0.03). Nos marcadores de estresse oxidativo, encontramos uma redução significante apenas em carbonilas (p = 0.01). Nos antioxidantes enzimáticos,
houve um aumento em SOD (p = 0.02), CAT (p = 0.03) e GST (p = 0.04). Além disso, nos não enzimáticos observamos aumento nos níveis de GSH (p = 0.001) e sulfidrilas (p = 0.01). No hipocampo, a DPM não alterou citrato sintase (p = 0.86), NAD (p = 0.97), NADH (p = 0.93) e razão NAD/NADH (p = 0.18). Entretanto, no sistema antioxidante enzimático a DPM reduziu significantemente SOD (p = 0.01), CAT (p = 0.03) e GST (p = 0.001). Nos não enzimáticos houve redução significante em sulfidrilas (p = 0.03). Em seguida observarmos que o TFA + DPM não alterou citrato (p = 0.31), NAD+ (p = 0.99), e razão NAD/NADH (p = 0.45). No entanto, em NADH houve aumento significante (p = 0.002). Em seguida no sistema antioxidante enzimático, o TFA aumentou a atividade de SOD (p<0.0001), CAT (p = 0.04) e GST (p = 0.008). Além disso, promoveu incremento significante de GSH (p = 0.03) e GSSG (p = 0.01). Em GSH/GSSG (p = 0.51) e sulfidrilas (p = 0.69) não houve diferença. Em seguida, analisamos os níveis de expressão gênica de GRP78, PERK, ATF6 e BDNF no CPF e hipocampo. No CPF observamos aumento na expressão de GRP78 (p<0.0001), ATF6 (p<0.0001) e BDNF (p<0.0001) em resposta a DPM. Quando associada ao TFA, ele reduziu os níveis de expressão de GRP78 (p<0.0001), ATF6 (p<0.0001) e BDNF (p<0.0001). No hipocampo, observamos o aumento nos níveis de expressão gênica de PERK (p<0.0001), ATF6 (p<0.0001) e BDNF (p<0.0001). No entanto, quando associado ao TFA durante 4 semanas houve redução dos indicadores de ERE: PERK (p=0.01) e ATF6 (p<0.0001), bem como em BDNF (p<0.0001).Concluímos que o TFA em intensidade moderada durante o período de quatro semanas foi capaz de promover melhoria em indicadores de funcionalidade mitocondrial, biomarcadores de estresse oxidativo, defesas antioxidante enzimática e não enzimática, marcadores de estresse de retículo endoplasmático no córtex pré-frontal e hipocampo de ratos machos Wistar submetidos a DPM.
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Atualmente mesmo com o crescimento de políticas sociais no combate à fome, a desnutrição ainda ocorre ao redor do mundo. Dentre elas, a desnutrição proteica materna (DPM) que proporciona disfunções no metabolismo oxidativo e neurodegeneração em sistemas orgânicos, dentre eles o sistema nervoso. Por outro lado, o treinamento físico aeróbio (TFA) surge como possível ferramenta para atenuar estas condições. Com isso, avaliamos o efeito do TFA em intensidade moderada sobre parâmetros de função mitocondrial, balanço oxidativo e estresse de retículo endoplasmático no córtex pré-frontal (CPF) e hipocampo de ratos Wistar machos submetidos à DPM. Ratas Wistar prenhas receberam dieta contendo 17% ou 8% de caseína durante a gestação e lactação. Aos 30 dias de vida, filhotes machos foram divididos em 4 grupos: Desnutrido Sedentário (DS), Desnutrido Treinado (DT), Normonutrido Sedentário (NS) e Normonutrido Treinado (NT). Em seguida apenas os grupos treinados realizaram protocolo de exercício físico por 4 semanas, 5 dias por semana, 1 hora por dia. Aos 60 dias de vida, os animais foram sacrificados e retirou-se o músculo esquelético, CPF e o hipocampo visando analisar biomarcadores de função mitocondrial (citrato sintase, NAD, NADH e razão NAD/NADH, estresse oxidativo (MDA e carbonilas), antioxidantes enzimáticos: Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT) e Glutationa S Transferase (GST) e não enzimática: Glutationa Reduzida (GSH), Glutationa Oxidada (GSSG), Estado REDOX (GSH/GSSG) e sulfidrilas). No CPF e hipocampo, inicialmente observamos o efeito isolado da DPM e TFA associado à DPM. Nos indicadores de função mitocondrial observamos que a DPM reduziu citrato sintase (p = 0.02) no CPF. Nos biomarcadores de estresse oxidativo não houve diferenças significantes MDA (p = 0.21) e carbonilas (p = 0.33). No sistema antioxidante enzimático houve redução significante em CAT (p = 0.003) e GST (p = 0.02). Além disso, nos não enzimáticos não houve diferença significante causada pela DPM. Em relação ao TFA associado à DPM observamos os seguintes resultados no CPF. Houve incremento significante em citrato sintase (p = 0.03) e NADH (p = 0.005), com redução na razão NAD/NADH (p = 0.03). Nos marcadores de estresse oxidativo, encontramos uma redução significante
apenas em carbonilas (p = 0.01). Nos antioxidantes enzimáticos, houve um aumento em SOD (p = 0.02), CAT (p = 0.03) e GST (p = 0.04). Além disso, nos não enzimáticos observamos aumento nos níveis de GSH (p = 0.001) e sulfidrilas (p = 0.01). No hipocampo, a DPM não alterou citrato sintase (p = 0.86), NAD (p = 0.97), NADH (p = 0.93) e razão NAD/NADH (p = 0.18). Entretanto, no sistema antioxidante enzimático a DPM reduziu significantemente SOD (p = 0.01), CAT(p = 0.03) e GST (p = 0.001). Nos não enzimáticos houve redução significante em sulfidrilas (p = 0.03). Em seguida observarmos que o TFA + DPM não alterou citrato (p = 0.31), NAD (p = 0.99), e razão NAD/NADH (p = 0.45). No entanto, em NADH houve aumento significante (p = 0.002). Em seguida no sistema antioxidante enzimático, o TFA aumentou a atividade de SOD (p<0.0001), CAT(p = 0.04) e GST (p = 0.008). Além disso, promoveu incremento significante de GSH (p = 0.03) e GSSG (p = 0.01). Em GSH/GSSG (p = 0.51) e sulfidrilas (p = 0.69) não houve diferença. O TFA moderado em 4 semanas foi capaz de promover alterações em indicadores de funcionalidade mitocondrial, atividade antioxidante, com redução de marcadores de estresse oxidativo no CPF e hipocampo de ratos Wistar submetidos à DPM.
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VINICIUS BELEM RODRIGUES BARROS SOARES
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PREVALÊNCIA DE BRUXISMO E FATORES PSICOSSOMÁTICOS ASSOCIADOS EM UNIVERSITÁRIOS NO CENÁRIO PÓS PANDEMIA COVID-19
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Orientador : ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
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MEMBROS DA BANCA :
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ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
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SANDRA LOPES DE SOUZA
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JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
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LISIANE DOS SANTOS OLIVEIRA
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RAFAEL DANYLLO DA SILVA MIGUEL
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Data: 17/08/2023
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O bruxismo é caracterizado pela atividade dos músculos da mastigação, que pode ocorrer durante o sono ou enquanto acordado. Características sociais, comportamentais e fatores psicológicos, a exemplo do estresse, ansiedade e depressão, podem apresentar influência e/ou associação com o bruxismo. Durante a Pandemia do Coronavírus (COVID-19), a incerteza e o isolamento social foram precursores de vários problemas de saúde mental, apresentando índices elevados de estresse e depressão, especialmente em universitários. O presente estudo visou avaliar a prevalência do bruxismo e fatores psicossomáticos associados numa população de adultos, estudantes de graduação e pós-graduação, da cidade de Recife, Pernambuco, Brasil. 352 indivíduos de ambos sexos participaram da pesquisa através do preenchimento online de questionários que avaliaram ansiedade, estresse, qualidade de sono e bruxismo (IDATE traço/estado, PSS-10, o PSQI e um questionário de auto relato para bruxismo, respectivamente). Teste Qui-quadrado de Pearson foi utilizado para aferir as prevalências e associações entre as variáveis estudadas. Um modelo de regressão logística ajustado e verificado foi realizado para avaliar a relação de causalidade entre as variáveis e a predictibilidade dos valores de prevalência encontrados. A prevalência de bruxismo na amostra foi de 54,8% para bruxismo em vigília e 39,2% para bruxismo do sono. As variáveis sexo, status durante a pandemia, estresse, ansiedade traço e estado, bruxismo do sono e suspeita de bruxismo do sono apresentaram mostraram relação estatisticamente significativa com o bruxismo em vigília (p ≤ 0,05). O modelo de regressão logística mostrou uma maior chance para indivíduos do sexo feminino e com níveis de estresse moderado/severo de desenvolver bruxismo em vigília (OR ajustada de 1,75 e 2,15 respectivamente) (percentual estimado da prevalência na combinação das variáveis do modelo final de 61,5%), enquanto que indivíduos com má qualidade do sono e estresse moderado/severo apresentaram maior chance de desenvolver bruxismo do sono (OR ajustada de 1,77 e 2,11 respectivamente) (percentual estimado da prevalência na combinação das variáveis do modelo final de 61,8%).
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De acordo com consenso internacional atual, o bruxismo é uma atividade dos músculos da mastigação que podem ocorrer durante o sono (bruxismo do sono) ou em vigília (bruxismo diurno ou do dia), de forma rítmica ou não, repetida ou sustentada através de contato dentário, com ou sem movimentos de rangidos em lateralidade ou propulsão mandibular. Em indivíduos livres de qualquer outra patologia ou comorbidade, o bruxismo não deve ser considerado como uma disfunção ou desordem do aparelho estomatognático. Em sua iteração mais moderna, o bruxismo é classificado como um hábito potencialmente danoso, podendo, inclusive, ser considerado protetivo a depender de outros fatores associados. (LOBBEZOO e colab., 2018) A especificidade de tais atividades motoras e estado mental de consciência acerca do bruxismo levanta a possibilidade para diferentes causas e consequências. (MACHADO e colab., 2020) Apesar de possíveis alterações morfológicas serem observadas nas estruturas anatômicas que envolvem o funcionamento mandibular, a exemplo de processo coronóide e côndilo da mandíbula, as mesmas não parecem atrapalhar o funcionamento ou causar distúrbios de forma isolada. (CEZAIRLI e colab., 2022) Sendo um hábito, características sociais, comportamentais e fatores psicológicos (estresse, ansiedade e depressão), possuem influência e/ou associação com o bruxismo (MANFREDINI e colab., 2016; WINOCUR e colab., 2011). Revisões recentes apontam que pacientes com altos níveis de estresse estavam 6 vezes mais propensos a reportarem bruxismo em vigília, reforçando a teoria da contração muscular sustentada causada pelo reflexo de luta ou fuga típico do estado ansioso ou de estresse (JASIELSKA e colab., 2019). A maioria dos estudos indica efeitos adversos do status emocional sobre o bruxismo, o que pode levar a um aumento dos sintomas (frequência ou intensidade) e até mesmo aparecimento de novos como dor do complexo orofacial. (EMODI-PERLMAN e colab., 2020; EMODI-PERLMAN e ELI, 2021) Estudos de revisão sistemática mostram que a prevalência do bruxismo em uma população adulta pode variar de 10 a 13% para a bruxismo do sono e de 22 a 31% para o bruxismo em vigília. (MANFREDINI e colab., 2013)
Durante a Pandemia de Covid-19, a incerteza e o isolamento foram precursores de vários problemas de saúde mental, apresentando índices tão altos quanto 57,4% para estresse, e 58,6% para depressão em adultos. Segundo o estudo Shah e colaboradores, mulheres entre 18–24 anos, em relações não conjugais, apresentaram todas os sintomas para a variáveis estudadas (estresse, ansiedade e depressão. (SHAH e colab., 2021) Sendo o bruxismo diurno de característica comportamental, enquanto o diurno se mostra muito mais como um reflexo protetivo a doenças associadas ao sono(LOBBEZOO e colab., 2013; RAPHAEL e colab., 2016), espera-se que o mesmo sofra maior influência do aumento dos índices de doenças psicossomáticas observados durante a pandemia de COVID-19. Estudantes de graduação e pós-graduação foram afetados em mais de uma maneira pela pandemia de COVID-19. Além da incerteza do futuro, insegurança no suporte de saúde e fatores biopsicossociais associados ao isolamento e subsequente uso ostensivo de máscaras e outros itens de biossegurança, tal população, para se adaptar a nova realidade e não arcar com prejuízos acadêmicos, teve que se submeter a um novo método de aprendizado. Aulas através das plataformas on-line representaram uma parcela significativamente importante para continuidade da escolarização em geral. Não obstante, problemas devido ao choque de metodologia de ensino e a adaptação de pessoas pouco versadas em tecnologia, fez com que muita informação se perdesse no meio de tantas horas de ministradas. A utilização em larga escala de aparelho eletrônicos por horas prolongadas, tornou possível a transição para o ensino a distância durante a fase de isolamento social e posteriormente durante a fase vacinal. Contudo, o aumento do tempo de exposição a telas foi associado a índices aumentados depressão, ansiedade e estresse, quando comparado a uma manutenção ou diminuição da exposição (JÁUREGUI e colab., 2022). Podemos apontar que a situação como um todo (adaptações feitas nos métodos de ensino e aprendizado durante a pandemia) afetou significantemente a saúde mental dos estudantes, particularmente os níveis de ansiedade. (BONDARENKO e colab., 2022) Em seu estudo piloto preliminar, Lorio e colaboradores apontaram que 83% dos estudantes relataram não aprender bem durante as aulas remotas. Porém, no mesmo
estudo, constatou-se um aumento nas notas dos estudantes, o que, para o autor, parece conflitante com o relato dos mesmos. Em sua conclusão, recomenda que o objetivo final dessa fase seja evitar estresse e burnout entre os estudantes. (LORIO e colab., 2021) Dessa forma, o presente estudo visa investigar as possíveis alterações no perfil epidemiológico do bruxismo nessa população.
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MARILIA MARINHO DE LUCENA
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ESTIMULAÇÃO ACÚSTICA NÃO-PERIÓDICA EM EPILEPSIA
REFRATÁRIA: UMA ABORDAGEM ELETROFISIOLÓGICA
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Orientador : BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
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MEMBROS DA BANCA :
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CLYNTON LOURENÇO CORRÊA
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JOSÉ GARCIA VIVAS MIRANDA
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RODRIGO NEVES ROMCY PEREIRA
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TONY MEIRELES DOS SANTOS
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WELLINGTON PINHEIRO DOS SANTOS
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Data: 25/08/2023
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A epilepsia representa um grande desafio contemporâneo. Aproximadamente um terço dos pacientes epilépticos são considerados refratários, isto é, são resistentes ao tratamento farmacológico convencional. Procedimentos invasivos como a cirurgia intracraniana oferecem riscos e nem sempre são indicados, e quando realizados não garantem sucesso em todos os casos. Nem sempre os medicamentos possuem igual eficácia conforme o tipo encontrado no paciente. Diante da necessidade de métodos alternativos para controle de epilepsia, nosso grupo de pesquisa desenvolveu a Estimulação Acústica Não-Periódica (ANPS). A presente tese apresenta dois experimentos independentes realizados com o ANPS a fim de avaliar a segurança e a viabilidade desta técnica, além de analisar as caraterísticas eletrofisiológicas em resposta deste estímulo em pacientes com epilepsia e controles saudáveis. O experimento 1 buscou avaliar se o ANPS seria uma técnica segura e viável a nível comportamental (presença de crises convulsivas) e eletrofisiológicas. Por meio de análise questionários de efeitos adversos e avaliação eletrofisiológica (EEG) em indivíduos com epilepsia refratária em ambiente hospitalar. Este estudo mostrou que o ANPS não apresentou efeitos advsersos ou eventos ictais ou interictais avaliados no EEG, e sim uma diminuição das descargas epiletiformes logo após o uso do ANPS, como também um aumento da entropia de sinais, e alteração da sincronia avaliadas pelo PLV. Diante desses achados, o ANPS se mostra bem seguro em pacientes com epilepsia refratária. O experimento 2, buscou avaliar as características eletrofisiológicas do ANPS em pacientes com epilepsia (grupo experimental – GE) e controles sem epielpsia (grupo controle -GC), e se esse estímulo causaria o mesmo efeito que um estímulo controle ruído branco (RB). Foram realizadas avaliações por meio de EEG antes, durante e após o uso do ANPS e RB nos grupos. A análise foi feita com base na densidade elétrica intracortical (sLORETA) e em índices de redes funcionais cerebrais (RFCs). O ANPS, mas não o RB apresentou diferença estatística na ativação na faixa de frequência teta e beta 1 no GE mas não no GC. As áreas de maior ativação foram aquelas da região frontal e parietal. Na análise de RFC o GE, mas não o GC, apresentaram diferença estatística durante o uso do ANPS, mas não no RB. Houve alteração na conectividade intra-hemisférica no hemisfério esquerdo, mais precisamente na região temporal esquerda e frontal. Não foi observada diferença estatística na conectividade funcional e no índice de hubs nos grupos. Esses achados sugerem que o ANPS apresentou características eletrofisiológicas distintas do RB, e que os pacientes com epilepsia respondem de forma diferente ao ANPS quando comparado à indivíduos sem epilepsia. O ANPS em pacientes com epilepsia promove um aumento atividade de regiões envovidas na via dorsal, provavelmente devido interferindo na função de localização da fonte sonora. Este estímulo ainda, apresenta efeitos moduladores sincronia cerebral, sendo que a configuração temporal do estímulo desempenha um papel preponderante nesse processo.
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A epilepsia representa um grande desafio contemporâneo. Aproximadamente um terço dos pacientes epilépticos são considerados refratários, isto é, são resistentes ao tratamento farmacológico convencional. Procedimentos invasivos como a cirurgia intracraniana oferecem riscos e nem sempre são indicados, e quando realizados não garantem sucesso em todos os casos. Além disso, existem também diferentes tipos de epilepsia, sendo os principais a generalizada ou focal. Nem sempre os medicamentos possuem igual eficácia conforme o tipo encontrado no paciente. Diante da necessidade de métodos alternativos para controle de epilepsia refratária, nosso grupo de pesquisa desenvolveu a Estimulação Acústica Não-Periódica (EANP*). Diante disso, o objetivo do estudo foi analisar os efeitos do EANP em pacientes com epilepsia refratária. O estudo foi dividido em 3 fases: 1) Avaliar o efeito agudo da estimulação acústica não periódica em parâmetros eletrofisiológicos de pacientes com epilepsia refratária; 2) Desenvolver um software para viabilizar o uso da estimulação acústica não-periódica para pacientes com epilepsia refratária, como também avaliar a usabilidade deste software; 3) Investigar o efeito crônico da EANP de pacientes com diferentes tipos de epilepsia refratária, segundo critérios da ILAE (2017). Na fase um o estudo foi conduzido no hospital das clínicas, com um n= 14 pacientes com epilepsia refratária. Foi avaliada a atividade eletrográfica antes e após o uso do som, e medidas como contagem de descargas epileptiformes, entropia e PLV foram analisadas, bem como a segurança e tolerabilidade do EANP para esta amostra. Para a fase 2 foi feito o desenvolvimento de um aplicativo através do método scrum, em seguida a avaliação da usabilidade deste software para pacientes com epilepsia, profissionais de saúde e da área de tecnologia (ainda em andamento). Na fase 3 o estudo está sendo conduzido através de ensaio clínico controlado, randomizado e duplo cego. A amostra é composta por pacientes epilépticos refratários que estão sendo divididos em dois grupos, G1 e G2. A avaliação está sendo através de medidas avaliadas em um diário de crises, como frequência, intensidade, duração, antes e após a intervenção com a EANP e o ruído branco (controle). A intervenção tem duração de 60 dias, onde os participantes escutam EANP ou ruído branco 30 minutos por dia. Nossa hipótese de trabalho é que o EANP será eficaz mesmo em diferentes tipos de epilepsia. Acreditamos que este trabalho contribuirá para a padronização de uma nova forma não-farmacológica para controle de epilepsia. Os resultados da fase 1 demonstram que a EANP induziu uma diminuição significativa das descargas epileptiformes, diminuição nos valores de entropia no EEG durante o período pós estimulação em relação a antes da estimulação. Quanto ao PLV, foi observado que em algumas redes observou-se diminuição da sincronia, e em outras aumento. *em processo de patente número BR 10 2019 009701-9
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JULLYANE FLORENCIO PACHECO DA SILVA
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SINTOMAS NÃO MOTORES NA DOENÇA DE PARKINSON: aspectos da cognição, fala e deglutição
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Orientador : PAULA REJANE BESERRA DINIZ
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MEMBROS DA BANCA :
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DHARAH PUCK CORDEIRO FERREIRA BISPO
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PAULA REJANE BESERRA DINIZ
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SANDRA LOPES DE SOUZA
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TATIANA DE PAULA SANTANA DA SILVA
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ZULINA SOUZA DE LIRA
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Data: 20/12/2023
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O objetivo desta pesquisa foi compreender a correlação entre a deglutição e a cognição em pacientes com a Doença de Parkinson. Trata-se de uma revisão integrativa guiada pela pergunta condutora: ―Qual a relação entre a deglutição e cognição na Doença de Parkinson?”. Foram utilizados os seguintes descritores em saúde: Doença de Parkinson, Cognição, Disfunção Cognitiva, Mastigação, Deglutição e Transtornos de deglutição. As bases de dados pesquisadas foram LILACS, MEDLINE/Pubmed, SciELO, Web of Science, Embase e Scopus. A seleção se deu de forma independente, por meio da leitura por pares, sendo inclusos publicações disponibilizadas na íntegra em português, inglês ou espanhol, sem restrição de ano. Estudos que descreviam o comprometimento cognitivo e motor oral associado a outras síndromes parkinsonianas ou diferentes doenças neurodegenerativas foram excluídos. Dos 1587 estudos, foram excluídos 296 duplicados sendo, a partir da leitura dos resumos, aplicando-se os critérios de seleção, selecionados 23 estudos para leitura na íntegra, dos quais, 14 foram incluídos nesta revisão. Observou-se associação significativa entre o declínio cognitivo e a fase oral da deglutição. Conclui-se que a cognição influencia o desempenho da deglutição, sendo essa correlação mais evidente na fase oral. Quanto à fase faríngea, ainda há controvérsia.
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O objetivo desta pesquisa foi compreender a correlação entre a deglutição e a cognição em pacientes com a Doença de Parkinson. Trata-se de uma revisão integrativa guiada pela pergunta condutora: ―Qual a relação entre a deglutição e cognição na Doença de Parkinson?”. Foram utilizados os seguintes descritores em saúde: Doença de Parkinson, Cognição, Disfunção Cognitiva, Mastigação, Deglutição e Transtornos de deglutição. As bases de dados pesquisadas foram LILACS, MEDLINE/Pubmed, SciELO, Web of Science, Embase e Scopus. A seleção se deu de forma independente, por meio da leitura por pares, sendo inclusos publicações disponibilizadas na íntegra em português, inglês ou espanhol, sem restrição de ano. Estudos que descreviam o comprometimento cognitivo e motor oral associado a outras síndromes parkinsonianas ou diferentes doenças neurodegenerativas foram excluídos. Dos 1587 estudos, foram excluídos 296 duplicados sendo, a partir da leitura dos resumos, aplicando-se os critérios de seleção, selecionados 23 estudos para leitura na íntegra, dos quais, 14 foram incluídos nesta revisão. Observou-se associação significativa entre o declínio cognitivo e a fase oral da deglutição. Conclui-se que a cognição influencia o desempenho da deglutição, sendo essa correlação mais evidente na fase oral. Quanto à fase faríngea, ainda há controvérsia.
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