Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
1
  • OSMAR HENRIQUE DOS SANTOS JUNIOR
  • EFEITOS DA MANIPULAÇÃO SEROTONINÉRGICA SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO NO HIPOTÁLAMO E
    TRONCO ENCEFÁLICO DE ANIMAIS SUPERNUTRIDOS NA LACTAÇÃO

  • Orientador : CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • SEVERINA CASSIA DE ANDRADE SILVA
  • THAYNAN RAQUEL DOS PRAZERES OLIVEIRA
  • Data: 06/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • Um aumento no consumo alimentar (porções grandes ou mesmo grande número de
    porções) é capaz de alterar o metabolismo energético, ocasionando em sobrepeso e
    obesidade a longo prazo. Dados na literatura mostram que tanto o sobrepeso como a
    obesidade causam desequilíbrio homeostático celular podendo levar ao estresse oxidativo
    e consequente dano celular em tecidos como hipotálamo e tronco encefálico. O presente
    estudo tem como objetivo avaliar no tronco encefálico e hipotálamo de ratos
    supernutridos os efeitos da manipulação serotoninérgica sobre os parâmetros
    relacionados à função celular e mitocondrial, balanço oxidativo e expressão dos níveis de
    RNA mensageiros de moléculas associadas aos sistemas monoaminérgicos e BDNF. Para
    nosso estudo utilizamos ratos da linhagem Wistar. 24h após o nascimento da prole todas
    as mães tiveram sua ninhada padronizada para 9 filhotes. No 3° dia de vida foi realizado
    a redução de ninhada para o grupo supernutrido simultâneo a manipulação farmacológica.
    Os grupos foram divididos em normonutridos, mantendo n=9 de filhotes por ninhada e o
    grupo supernutridos onde reduzimos para n=3 de filhotes por ninhada. O grupo
    supernutrido foi então subdividido em grupo veículo (Grupo Supernutrido+Salina-SS) e
    grupo tratado (Grupo Supernutrido+ Fluoxetina-SFx), da mesma forma o Grupo
    Normonutrido subdividido em grupo veículo (Grupo Normonutrido+Salina-NS) e o
    grupo tratado (Grupo Normonutrido+Fluoxetina-NFx), a manipulação serotoninérgica se
    manteve até 21 dias de vida (do 3o ao 21o dia de vida). Aos 22 dias de vida os animais
    foram eutanasiados para análises bioquímicas. O peso corporal dos animais, demonstrou
    que o animais SS possuíram maior peso quando comparado ao seu controle aos 14 dias
    de vida (p=0,0189), quanto ao efeito da fluoxetina na supernutrição, animais SFx
    apresentaram menor peso corporal quando comparados ao SS (p<0,0001). No tronco
    encefálico nossos resultados mostram um aumento nos níveis de peroxidação lipídica,
    através dos níveis de malondialdeido (MDA) no grupo SS, quando comparado ao NS
    (p=0,0204) e redução na atividade da SOD (p=0,03). Analisando os efeitos da fluoxetina
    na supernutrição, verificamos aumento das enzimas antioxidante SOD (p=0,006), CAT
    (p=0,0041) e GST (p=0,015), os níveis de sulfidrilas foram reduzidos no NFx (p=0,044)
    e aumentados no SFx (p=0,03) quando comparados aos seus controles. Houve um
    aumento na expressão gênica nos animais SFx na tirosina hidroxilase e BDNF no tronco
    encefálico (p=0,03; p=0,01), a expressão de mRNA do SERT foi aumentada nos animais
    NFx (p=0,006). Ao analisarmos a consequências da supernutrição e tratamento com
    fluoxetina ou salina no hipotálamo, foi observado diminuição da peroxidação lipídica nos
    animais SFx (p=0,01), um aumento nos níveis de tióis totais (p=0,008) e maior expressão
    de mRNA de TPH2, TH, BDNF (p=0,02; p=0,02; p=0,03), a expressão de SERT foi
    diminuída no grupo SFx (p=0,01).


  • Mostrar Abstract
  • Fatores comportamentais como o estilo de vida e um maior consumo alimentar, que
    causem maior ingestão calórica com diminuição do gasto energético, são fatores que
    podem desencadear a supernutrição. Um aumento no consumo alimentar (porções
    grandes ou mesmo grande número de porções) é capaz de alterar o metabolismo
    energético, ocasionando em sobrepeso e obesidade. Dados na literatura mostram que
    tanto o sobrepeso como a obesidade causam desequilíbrio homeostático celular podendo
    levar ao estresse oxidativo e consequente dano celular. O presente estudo tem como
    objetivo avaliar no tronco encefálico e hipotálamo os efeitos imediatos da supernutrição
    na lactação e da manipulação serotoninérgica sobre a função mitocondrial, balanço
    oxidativo e expressão gênica. Para nosso estudo utilizamos ratos da linhagem Wistar. 24h
    após o nascimento da prole todas as mães tiveram sua ninhada padronizada para 9 filhotes.
    No 3° dia de vida foi realizado a redução de ninhada onde os grupos foram divididos em
    normonutridos, mantendo um n=9 de filhotes por ninhada e o grupo supernutridos onde
    reduzimos para n=3 de filhotes por ninhada. O grupo supernutrido foi então subdividido
    em grupo veículo (Grupo Supernutrido+Salina-SS) e grupo tratado (Grupo Supernutrido+
    Fluoxetina-SFx), da mesma forma o Grupo Normonutrido subdividido em grupo veículo

    (Grupo Normonutrido+Salina-NS) e o grupo tratado (Grupo Normonutrido+Fluoxetina-
    NFx), a manipulação serotoninérgica se manteve até 21 dias de vida (3o ao 21o dia de

    vida). Aos 22 dias de vida os animais foram eutanasiados para análises bioquímicas. No
    tronco encefálico nossos resultados mostram um aumento nos níveis de peroxidação
    lipídica, através dos níveis de malondialdeido (MDA) no grupo supernutrido, quando
    comparado ao normonutrido (p=0,0204) e redução na atividade da SOD (p=0,03).
    Analisando os efeitos da fluoxetina na supernutrição, verificamos aumento das enzimas
    antioxidante SOD (p=0,006), CAT (p=0,0041) e GST (p=0,015), os níveis de sulfidrilas
    foram reduzidos no normonutrido Fluoxetina (p=0,044) e aumentados no supernutrido
    fluoxetina (p=0,03) quando comparados aos seus controles. Houve um aumento na
    expressão gênica nos animais super fluoxetina na tirosina hidroxilase e BDNF no tronco
    encefálico (p=0,03; p=0,01), a expressão de mRNA to transportador SERT, foi
    aumentada nos animais normonutridos fluoxetina (p=0,006). Ao analisarmos o
    consequencias da supernutrição e tratamento com fluoxetina ou salina no hipotálamo, foi
    observado diminuição da peroxidação lipídica nos animais supernutridos fluoxetina
    (p=0,01), um aumento nos níveis de tióis totais (p=0,008) e maior expressão de mRNA
    de TPH2, TH, BDNF (p=0,02; p=0,02; p=0,03), a expressão de SERT foi diminuída no
    grupo supernutrido fluoxetina e mais expressão em seu controle (p=0,01).

2
  • LÍVIO PEREIRA DE MACÊDO
  • AVALIAÇÃO DO NÍVEL SÉRICO DE VITAMINA D EM INDIVÍDUOS COM HEMORRAGIA SUBARACNOIDEA ANEURISMÁTICA VIVENDO ENTRE OS TRÓPICOS

  • Orientador : HILDO ROCHA CIRNE DE AZEVEDO FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DE FATIMA VIANA VASCO ARAGAO
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • FRANCISCO ALFREDO BANDEIRA E FARIAS
  • Data: 19/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • A hemorragia subaracnoidea (HSA) não traumática corresponde a cer-
    ca de 3-5% dos acidentes vasculares agudos, situação que traz grandes impactos

    não apenas para a saúde do indivíduo, mas também influencia no sistema socioeco-
    nômico do entorno. A principal causa de HSA não traumática é a aneurismática.

    Nesse contexto, é amplamente explorado o grande espectro de influência extra-
    esquelética do metabolismo da vitamina D, bem como estudos quanto ao seu impac-
    to no sistema cardiovascular, incluindo a formação e ruptura de aneurismas cere-
    brais. Objetivos: Avaliar o nível de vitamina D sérica em pacientes vivendo em zona

    tropical que sofreram hemorragia subaracnoideia aneurismática e sua correlação
    com as características demográficas e neurológicas. Metodologia: Trata-se de um
    estudo analítico de corte-transversal para avaliar o nível sérico da vitamina D em
    uma população de estudo de 99 pacientes atendidos e diagnosticados com HSA
    em um hospital público de Recife- PE em um período de12 meses. Resultados:
    Na amostra de estudo, composta por indivíduos com alta exposição solar devido ao
    estilo de vida que levam em região tropical, observamos insuficiência de vitamina D
    (85,9%), com mediana de 19,9 ng/ml, embora a maioria dos indivíduos sejam de

    pele com alta concentração de melanina fototipo IV e V,39,4 % e 17,2% respecti-
    vamente. Além disso, são altas as taxas de exposição solar (IS 9,03 P50). A maioria

    dos indivíduos foram do sexo feminino (79,8%); não houve diferença estatística
    quanto ao índice solar entre os sexos. Quanto as repercussões neurológicas, não

    houve relevância estatística nas escalas clínicas de prognóstico avaliadas. Discus-
    são: Como a amostra foi composta principalmente por indivíduos que tem como ati-
    vidade econômica a agricultura, os valores de índice solar constatado são ampla-
    mente superiores à de outros estudos conduzidos em regiões de alta latitude. Em

    consoante com a revisão literária, alguns aspectos foram levantados com o objetivo
    de justificar tais achados que perpassam desde base da alimentação pobre desses
    indivíduos, o aumento de melanina na pele e alterações genéticas que nos direciona

    para possíveis mecanismos de fotoproteção natural as altas exposições solares veri-
    ficadas. Sendo assim, tivemos ampla maioria (85%) de insuficiência de vitamina D o

    que de fato nos faz indagar a possibilidade de existir alguma influência do calcitriol
    nos receptores da vitamina D (VDR) nas paredes

    vasculares e no sistema cardiovascular como um todo, que influenciem em eventos

    hemorrágicos desta natureza. Já com relação às repercussões neurológicas, mensu-
    radas através de escalas de avaliação (escala de coma de Glasgow, WFNS, Hunt-
    Hess e escala tomográfica de Fisher) não houve diferença significativa dos resulta-
    dos. Conclusão: Por se tratar apenas de um estudo descritivo, a relação causal dos

    fatos não pode ser estabelecida. A despeito disso, é relevante o fato de que em uma
    população exposta a uma alta exposição solar e acometida por HSA aneurismática
    apresente uma taxa significativa de insuficiência de vitamina D. Portanto, endossa as
    teorias de que a influência dessas moléculas derivadas do 7- deidrocolesterol podem

    ter um papel importante na fisiopatologia de patologias vasculares, como o aneuris-
    ma cerebral e a HSA.


  • Mostrar Abstract
  • A hemorragia subaracnoidea (HSA) não traumática corresponde a
    cerca de 3-5% dos acidentes vasculares agudos, situação que traz grandes
    impactos não apenas para a saúde do indivíduo, mas também influencia no sistema
    socioeconômico do entorno. A principal causa de HSA não traumática é a
    aneurismática. Nesse contexto, é amplamente explorado o grande espectro de
    influência extra-esquelética do metabolismo da vitamina D, bem como estudos
    quanto ao seu impacto no sistema cardiovascular, incluindo a formação e ruptura de
    aneurismas cerebrais. Objetivos: Avaliar o nível de vitamina D sérica em pacientes
    vivendo em zona tropical que sofreram hemorragia subaracnoideia aneurismática e
    sua correlação com as características demográficas e neurológicas. Metodologia:
    Trata-se de um estudo analítico de corte-transversal para avaliar o nível sérico da
    vitamina D em uma população de estudo de 99 pacientes atendidos e
    diagnosticados com HSA em um hospital público de Recife- PE em um período de
    11 meses. Resultados: Na amostra de estudo, composta por indivíduos com alta
    exposição solar devido ao estilo de vida que levam em região tropical, observamos
    insuficiência de vitamina D (85,9%), com mediana de 19,9 ng/ml, embora a maioria
    dos indivíduos sejam de pele com alta concentração de melanina fototipo IV e V,
    39,4 % e 17,2% respectivamente. Além disso, são altas as taxas de exposição solar
    (IS 9,03 P50). A maioria dos indivíduos foram do sexo feminino (79,8%); não houve
    diferença estatística quanto ao índice solar entre os sexos. Quanto as repercussões
    neurológicas, não houve relevância estatística nas escalas clínicas de prognóstico
    avaliadas. Discussão: Como a amostra foi composta principalmente por indivíduos
    que tem como atividade econômica a agricultura, os valores de índice solar
    constatado são amplamente superiores a de outros estudos conduzidos em regiões
    de alta latitude. Em consoante com a revisão literária, alguns aspectos foram
    levantados com o objetivo de justificar tais achados que perpassam desde base da
    alimentação pobre desses indivíduos, o aumento de melanina na pele e alterações
    genéticas que nos direciona para possíveis mecanismos de fotoproteção natural as
    altas exposições solares verificadas. Sendo assim, tivemos ampla maioria (85%) de
    insuficiência de vitamina D o que de fato nos faz indagar a possibilidade de existir
    alguma influência do calcitriol nos receptores da vitamina D (VDR) nas paredes

    vasculares e no sistema cardiovascular como um todo, que influenciem em eventos
    hemorrágicos desta natureza. Já com relação às repercussões neurológicas,
    mensuradas através de escalas de avaliação (escala de coma de Glasgow, WFNS,
    Hunt-Hess e escala tomográfica de Fisher) não houve diferença significativa dos
    resultados. Conclusão: Por se tratar apenas de um estudo descritivo, a relação
    causal dos fatos não pode ser estabelecida. A despeito disso, é relevante o fato de
    que em uma população exposta a uma alta exposição solar e acometida por HSA
    aneurismática apresente uma taxa significativa de insuficiência de vitamina D.
    Portanto, endossa as teorias de que a influência dessas moléculas derivadas do 7-
    deidrocolesterol podem ter um papel importante na fisiopatologia de patologias
    vasculares, como o aneurisma cerebral e a HSA.

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  • KAROLLAINY GOMES DA SILVA
  • A RELAÇÃO ENTRE A INTERVENÇÃO SENSÓRIO-COGNITIVO-MOTORA E A SAÚDE MENTAL, COGNIÇÃO, ACHADOS CARDIOMETABÓLICOS, ANTROPOMÉTRICOS E COORDENAÇÃO MOTORA EM CRIANÇAS COM SOBREPESO/OBESIDADE DE ESCOLAS PÚBLICAS NO MUNICÍPIO DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE.

  • Orientador : SANDRA LOPES DE SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIEL DA ROCHA QUEIROZ
  • DEBORAH MARQUES DE OLIVEIRA
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • Data: 28/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • A manifestação da desnutrição juntamente com o sobrepeso e obesidade é determinado como
    uma dupla carga de desnutrição. Nas últimas décadas, tem ocorrido um declínio gradual da
    desnutrição acompanhado pelo aumento da prevalência do excesso de peso. O aumento do risco
    do desenvolvimento do sobrepeso e obesidade infantil possui relação com fatores ambientais,
    genéticos e socioeconômicos. Além de comprometimentos cognitivos e motores, crianças com
    sobrepeso e obesidade possuem uma tendência ao desenvolvimento de altas taxas de doenças
    mentais. Os exergames promovem uma combinação de estímulos visuais, auditivos, motores e
    atencionais, fornecendo impactos benéficos a variáveis físicas, cognitivas e psicossociais.
    Dessa forma, objetiva-se investigar o efeito dos exergames sobre aspectos cognitivos, motores
    e achados cardiometabólicos em crianças com diferentes estados nutricionais. Trata-se de um
    estudo longitudinal prospectivo experimental, realizado com 48 crianças apresentando idade
    média de 6,95 (±1,52) anos designadas de acordo com seu estado nutricional para os grupos de
    intervenção ou controle. Os participantes da intervenção realizaram um protocolo de jogos de
    40 minutos, duas vezes por semana durante oito semanas. Os desfechos analisados foram dados
    antropométricos, cardiometabólicos (perfil lipídico e glicêmico), cognitivos (desempenho
    acadêmico, estado emocional e alterações sugestivas da cognição) e motores (coordenação
    motora grossa). Em torno de 52% dos participantes eram do sexo masculino e 60% da amostra
    foram considerados pardos. A amostra foi composta por 41,66% de crianças eutróficas, 37,49%
    com sobrepeso e obesidade e 20,82% com magreza. Após a estimulação foi observado uma
    redução do percentual de gordura para os grupos intervenção. Além do mais, foi observado
    melhorias a respeito do desempenho acadêmico e coordenação motora grossa. Referente aos
    dados cardiometabólicos, os grupos intervenção apresentaram uma redução em relação ao perfil
    glicêmico e pressão arterial. Dessa forma, as observações do presente estudo demonstram que
    a estimulação sensória-cognitiva-motora baseada no uso dos exergames parece ter efeitos
    positivos sobre os componentes antropométricos, além de contribuir para um melhor
    rendimento acadêmico, cognitivo e motor.


  • Mostrar Abstract
  • Nas últimas décadas, o aumento crescente do sobrepeso e obesidade vem se tornando um
    problema em diferentes países, vindo a ser considerado um problema de saúde pública mundial.
    O aumento no risco do desenvolvimento do sobrepeso e obesidade possui relação com fatores
    ambientais, genéticos e socioeconômicos. Perturbações de processos biológicos durante
    períodos sensíveis do desenvolvimento produzem um aumento do risco de desenvolvimento do
    sobrepeso e obesidade infantil. Além de comprometimentos cognitivos e motores, crianças com
    sobrepeso e obesidade possuem uma tendência ao desenvolvimento de altas taxas de doenças
    mentais. Os exergames promovem uma combinação de estímulos visuais, auditivos, motores e
    atencionais, fornecendo impactos benéficos a variáveis físicas, cognitivas e psicossociais.
    Dessa forma, objetiva-se investigar o efeito a médio prazo dos exergames sobre aspectos
    cognitivos, motores e achados cardiometabólicos em crianças com sobrepeso ou obesidade.
    Trata-se de um estudo longitudinal prospectivo, no qual estão sendo coletadas informações
    sociodemográficas, de composição corporal, de aspectos cognitivos e neuromotores,
    alimentares e cardiometabólicas, além da relação entre a intervenção com a RV e esses
    parâmetros. Até o momento, foram analisadas 90 crianças com faixa etária de maior frequência
    entre 7 e 9 anos e 11 meses. Além disso, a maior parte das crianças avaliadas 32 (64%) eram
    declaradas pardas. A maior parte 49 (55,68%) das crianças possuem estado nutricional
    eutrófico, porém 9 (10,22%) e 12 (13,63%) apresentam sobrepeso e obesidade e 20 (42,55%)
    crianças apresentaram uma presença sugestiva de alterações cognitivas. A ingestão de
    alimentos in natura e minimamente processados apresentou um menor consumo. Na força de
    preensão manual, a maior parte das crianças 65 (79,26%) apresentaram classificação fraca, e
    27(65,85%) fraca para MMII. No desempenho motor, 59 (67,81%) crianças atingiram
    quociente motor entre 86 e 115 pontos no score do teste KTK, que significa classificação
    normal. As análises bioquímicas de 34 crianças foram analisadas até o atual momento, 94,11%
    (32) ,76,47% (26) e 70,58% (24) estavam com níveis desejáveis do colesterol HDL, LDL e
    triglicerídeos.

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  • CRISTINE ZELAQUETT DE SOUZA
  • TÍTULO: BIÓPSIA VIRTUAL USANDO RADIÔMICA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NA AVALIAÇÃO DE GLIOMAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

  • Orientador : PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • WELLINGTON PINHEIRO DOS SANTOS
  • Data: 25/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • Radiômica é uma abordagem avançada de análise de imagens médicas que envolve a extração
    quantitativa de um grande número de características das imagens, com o objetivo de capturar
    informações minuciosas e não visíveis a olho nu. Os gliomas são tumores primários
    originários das células da glia e representam cerca de 27% de todos os tumores do sistema
    nervoso central. Imagens médicas para classificação de gliomas de acordo com a Organização
    Mundial de Saúde continua sendo um desafio. O objetivo do trabalho é investigar o
    desempenho da análise quantitativa baseada em radiômica em imagens de ressonância
    magnética, T1 Volumétrico pós-contraste (3D T1CE), FLAIR e ADC na região tumoral, para
    predição da diferenciação dos tumores gliais de alto e baixo grau. Trata-se de um estudo
    retrospectivo, baseado em análise dos registros anátomo-patológicos e de imagens de RM de
    pacientes operados em um hospital terciário, atendidos entre janeiro de 2019 a dezembro de
    2022, que obedeceram aos critérios de seleção da amostra. Cento e setenta e seis gliomas
    confirmados histologicamente realizaram as sequências 3D T1 CE, FLAIR e ADC de RM,
    antes de qualquer intervenção. O volume de interesse cobrindo todo o realce do tumor foi
    desenhado manualmente nas sequências descritas usando o software 3D slicer e um total de
    105, 117, 114 características foram extraídas do VOI, das sequências descritas,
    respectivamente. Um algoritmo de inteligência artificial, floresta aleatória foi aplicado para
    diferenciar gliomas de baixo (LGG) e alto graus (HGG) e a eficácia foi testada com validação
    cruzada de 10 vezes. Em seguida, a eficácia diagnóstica do aprendizado de máquina baseado
    em radiômica foi comparada entres as três sequências. Foram incluídos neste estudo 130
    HGG e 46 LGG, o HGG tendeu a apresentar necrose proeminente, edema perilesional, realce
    e a multifocalidade dos tumores (P &lt;0,05). A sensibilidade, especificidade, precisão, acurácia
    e área sob a curva ROC (AUC) da radiômica foram de 94,59%, 92,68%, 92,11%, 93,59% e
    0,9364 para 3DT1 CE; 94,74%, 89,47%, 90,0%, 92,11%, 0,9211 para FLAIR;
    83,78%,92,68%,91,18%,88,46%, 0,8823 para ADC e 90%, 90,99%, 91,56%, 90,47% e
    0,9050 para a combinação dessas sequências, respectivamente. O aprendizado de máquina
    baseado em radiômica na sequência 3D T1CE ofereceu eficácia superior às demais sequências
    de RM avaliadas, não houve melhor classificação com o uso de sequências isoladas. A
    aplicação clínica do aprendizado de máquina baseado em radiômica pode ser justificada com
    base em nosso estudo.


  • Mostrar Abstract
  • Radiômica é uma abordagem avançada de análise de imagens médicas que envolve a extração
    quantitativa de um grande número de características das imagens, com o objetivo de capturar
    informações minuciosas e não visíveis a olho nu. Essas características podem abranger padrões
    de textura, formas, intensidades e outras propriedades dos pixels ou voxels nas imagens
    médicas, como tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas (RM) e PET(ABDEL
    RAZEK et al., 2021). Os gliomas são tumores primários originários das células da glia e
    representam cerca de 27% de todos os tumores do sistema nervoso central (SNC) (OSTROM
    et al., 2018). A atualização da classificação de tumores do SNC pela OMS 202, destaca grandes
    mudanças que avançam o papel do diagnóstico molecular, atrelado a outras abordagens já
    estabelecidas como histologia e imuno-histoquímica. O objetivo do trabalho é investigar o
    desempenho da análise quantitativa baseada em radiômica em imagens de ressonância
    magnética, mais especificamente T1 pós-contraste e difusão na região tumoral, para predição
    da diferenciação dos tumores gliais de alto e baixo grau. Trata-se de um estudo transversal,
    descritivo e retrospectivo, baseado em análise dos registros anátomo-patológicos e de imagens
    de RM de pacientes operados em um hospital terciário, atendidos entre 2019 a 2022, que
    obedeceram os critérios de seleção da amostra. Os dados de imagem das regiões tumorais serão
    segmentados manualmente. Um conjunto de características serão extraídas a partir de uma
    sequência T13D pós contraste usando o software 3D Slicer. Todos os tumores serão divididos
    em coortes de treinamento e validação aleatoriamente para estabelecer modelos para prever a
    presença de células malignas de gliomas de baixo e alto grau. Analisando os resultados
    histopatológicos, foram resgatados 285 pacientes com gliomas, dos quais 177 pacientes eram
    do sexo masculino (62%) e 108 do sexo feminino (38%). A idade média foi de 44,8 anos, com
    desvio-padrao de 18,75 anos e media ̃ na de 50,0 anos. Entre os gliomas, 165 (57,8%) eram
    glioblastomas, 38(13,3%) astrocitomas, 24 (8,4%) astrocitomas pilocíticos, 14 (4,9%)
    ependimomas, 13 (4,5%) oligodendrogliomas, 3 (1,05%) astrocitomas de células
    subependimárias, 1(0,35%) xantoastrocitoma e 27 (9,4%) gliomas de subtipo não
    especificado. Foram segmentados gliomas do SNC para análise radiômica, até o momento foi
    realizado extração de caracteres de 100% do total da amostra. A próxima etapa será a mineração
    dos recursos extraídos das imagens tumorais.

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  • ANA LUCIA CRISPIM DE FARIAS
  • VIVÊNCIAS ADVERSAS NA INFÂNCIA RELACIONADAS AO PADRÃO DE CONSUMO DE ÁLCOOL ENTRE UNIVERSITÁRIOS

  • Orientador : MURILO DUARTE DA COSTA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • FELICIALLE PEREIRA DA SILVA
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • Data: 05/04/2024

  • Mostrar Resumo
  • As experiências adversas na infância, como exposição a abuso, negligência, ambiente familiar
    disfuncional e violência externa, podem ser um fator predisponente para o consumo de álcool
    na idade adulta. A concepção do estudo foi baseada na Teoria da Origem Desenvolvimentista
    da Saúde e da Doença (DOHaD) e teve como objetivo analisar as vivências adversas na infância
    relacionadas ao padrão de consumo de álcool entre universitários. Tratou-se de um estudo
    observacional, transversal, analítico, com abordagem quantitativa, realizado com 337
    universitários do primeiro ao quarto ano do curso de medicina da Universidade Federal de
    Pernambuco no intervalo de junho a agosto de 2023, através da aplicação do Adverse Childhood
    Experiences - International Questionnaire (ACE-IQ) e do Alcohol Use Disorders Identification
    Test (AUDIT). Os dados foram analisados por estatística descritiva e inferencial e o nível de
    significância utilizado nas decisões dos testes estatísticos foi de 5%. Os resultados mostraram
    uma predominância de universitários do sexo masculino (52,2%), na faixa etária de 22 a 24
    anos (47,2%) e do primeiro ano do curso de medicina (32,9%). A análise do ACE-IQ evidenciou
    306 (90,8%) universitários com múltiplas adversidades na infância, com predomínio de
    violência doméstica (70,3%), abuso emocional (68,0%), assédio moral (66,8%), violência
    comunitária (56,1%), abuso físico (48,4%) e separação dos pais por divórcio ou morte (37,1%).
    O percentual de mulheres que sofreram violência sexual foi maior em comparação aos homens.
    No enquanto, eles apresentaram uma maior frequência de negligência física por um dos pais,
    convivência com membro da família acometido por doença mental grave, convívio com
    familiar com transtorno por uso de substância, exposição a assédio moral pelos pares e de
    violência comunitária. A análise do AUDIT evidenciou que, do total de universitários, 251
    (74,5%) consumiam bebidas alcóolicas, 69 (20,5%) relataram consumo pesado de álcool, 37
    (11%) binge drinking pelo menos uma vez por mês, além de 271 (80,4%) com uso de baixo
    risco de consumo de álcool. Em comparação às mulheres, os homens apresentaram um padrão
    de uso de risco mais elevado. Experiências adversas na infância foram associadas ao aumento
    do consumo de álcool entre os universitários. Além disso, houve associação entre exposição a
    negligência emocional, separação dos pais e abuso físico com consumo pesado de álcool. Os
    dados apontam a necessidade de investigar as vivências adversas na infância, de forma rotineira
    e precoce, a fim de intervir para mitigar os danos neuropsiquiátricos e o adoecimento mental
    decorrentes do consumo de álcool.


  • Mostrar Abstract
  • As experiências adversas na infância podem ser um fator predisponente para o consumo de
    álcool na idade adulta. O estudo teve como objetivo analisar as vivências adversas na infância
    relacionadas ao padrão de consumo de álcool entre universitários; identificar as vivências
    adversas na infância entre universitários; verificar o padrão de consumo de álcool entre os
    universitários; relacionar as vivências adversas na infância e o padrão de consumo de álcool
    entre os universitários. Tratou-se de um estudo observacional, transversal, analítico com
    abordagem quantitativa, realizado com 337 universitários do primeiro ao quarto ano do curso
    de medicina da Universidade Federal de Pernambuco no intervalo de junho a agosto de 2023,
    através da aplicação do Questionário Internacional de Experiências Adversas na Infância
    (ACE-IQ) e do Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). Os dados foram analisados
    por estatística descritiva e inferencial, subsidiada pela Teoria da Origem Desenvolvimentista
    da Saúde e da Doença (DOHaD). Os resultados mostraram uma mediana de 21 anos, com
    predomínio de homens (52,2%), brancos (53,7%), estudantes (97%) e solteiros (99,1%).A
    análise do ACE-IQ evidenciou 306 (90,8%) universitários com múltiplas adversidades na
    infância, com predomínio de convivência com membro da família (mãe) tratado com violência
    (70,3%), abuso emocional (68,0%), assédio moral (66,8%), violência comunitária (56,1%),
    abuso físico (48,4%) e separação dos pais/divórcio ou morte (37,1%). Nas mulheres, o abuso
    sexual foi maior em relação aos homens e estes mostraram um percentual maior em relação a
    elas de assédio moral; negligência física; violência comunitária; convívio com abusador de
    álcool e/ou drogas no domicílio; com alguém cronicamente deprimido/mentalmente
    doente/institucionalizado ou suicida. O AUDIT mostrou 271 (80,4%) universitários com uso
    de baixo risco. No entanto, 251 (74,5%) consumiam bebidas alcóolicas, 69 (20,5%) referiram
    consumo de cinco ou mais doses num dia comum e 37 (11,0%) consumo excessivo pelo menos
    uma vez por mês. Os homens apresentaram um padrão de uso de risco mais elevado. Ademais,
    o percentual dos universitários com padrão de uso de risco foi maior entre os que sofreram
    separação dos pais/divórcio ou morte. Negligência emocional, separação dos pais/divórcio ou
    morte e abuso físico aumentaram as chances de consumo de álcool em maior quantidade. Os
    dados sinalizam a importância de investigar as vivências adversas na infância e o consumo do
    álcool de forma específica com a finalidade de realizar intervenções clínicas precoces.

Teses
1
  • BARBARA JUACY RODRIGUES COSTA DE SANTANA
  • Paralisia cerebral experimental e plasticidade fenotípica: estudo de funções motoras, do metabolismo e do balanço energético em ratos submetidos ou não a antagonista do receptor REV-ERB α

  • Orientador : ANA ELISA TOSCANO MENESES DA SILVA CASTRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA ELISA TOSCANO MENESES DA SILVA CASTRO
  • DIEGO BULCÃO VISCO
  • HENRIQUE JOSÉ CAVALCANTI BEZERRA GOUVEIA
  • MATILDE CESIANA DA SILVA
  • WALESKA MARIA ALMEIDA BARROS
  • Data: 27/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • A Paralisia Cerebral (PC) é considerada um grave problema de saúde que afeta muitos dos recém-
    nascidos e crianças no mundo. Anualmente, são registrados cerca de 30.000 a 40.000 novos casos no

    mundo, sendo no Brasil, cerca de 17.000. Apesar do grande número de casos, há poucos estudos sobre
    as modificações secundárias à lesão neurológica da PC, e particularmente, sobre as eventuais
    alterações metabólicas. O sedentarismo por si só tão associado à síndrome metabólica é uma
    característica marcante da PC, e deve seguramente contribuir, de forma importante, para o
    agravamento do quadro. Os déficits motores observados na doença, estão associados à atrofia e à
    redução da massa magra. Além disso, a infiltração de tecido adiposo no músculo e seu aumento na
    medula óssea estão ligados à etiologia da hiperglicemia, às dislipidemias, à hipertensão e ao diabetes
    mellitus tipo 2. A PC e, portanto, suas consequências metabólicas secundárias ocorrem no período
    crítico do desenvolvimento dos sistemas nervoso e muscular. Durante essa fase crítica, fatores
    intrínsecos e extrínsecos influenciam, de forma determinante, a evolução do sistema neuromotor. O
    organismo sensível e plástico tem a expressão do seu fenótipo susceptível às condições, ou mesmo
    manipulações ambientais, que podem trazer consequências em longo prazo na promoção da saúde ou
    da doença. Neste contexto, nós postulamos que o receptor REV-ERB α encontrado na superfície do
    núcleo de células musculares, nervosas e outras, é um alvo biológico passível de manipulação
    farmacológica que pode ser capaz de reverter as alterações presentes na PC. Essa hipótese é reforçada
    pela recente evidência de que o tratamento com antagonista do receptor REV-ERB α reduz a
    degradação proteica muscular, aumenta o número das células satélites e melhora a função muscular
    em animais com distrofia muscular, cuja perda muscular, tal qual na PC, é muito importante. Os
    receptores REV-ERB α tem sido apontado como potenciais alvos terapêuticos nas miopatias e de
    transtornos no metabolismo dos lipídeos. Essa conjunção de fatores nos leva a proposição de avaliar
    as eventuais alterações metabólicas em ratos submetidos à PC, bem como as possíveis repercussões
    do tratamento com antagonista do receptor REV-ERB α sobre parâmetros motores e metabólicos. Para
    tanto, o estudo será realizado em duas fases, utilizando-se o modelo experimental da PC. O modelo
    experimental da PC resulta da associação entre anóxia perinatal e restrição sensório-motora das patas
    posteriores do rato em período neonatal. Na primeira fase do estudo, 20 ratos machos serão divididos
    nos seguintes grupos: Controle (n=10); e PC (n=10). Esses grupos foram avaliados aos 60 dias de vida
    pós-natal quanto: o consumo e eficiência alimentar, a sequência comportamental, os parâmetros da
    atividade locomotora e gasto energético induzido pela atividade física, o depósito de gordura no
    músculo e pesagem de fibras musculares, os depósitos de tecido adiposo em diferentes regiões do
    corpo, o índice de adiposidade, ativação da micróglia e por fim, marcadores inflamatórios. Na segunda
    fase do estudo, outros 40 ratos machos serão divididos nos seguintes grupos: Controle Salina (n=10),
    Controle Antagonista (n=10), Paralisia Cerebral Salina (n=10) e Paralisia Cerebral Antagonista
    (n=10). Os animais dos grupos Controle Antagonista e Paralisia Cerebral Antagonista receberam
    tratamento com o antagonista dos receptores REV-ERB α, o SR8278, na dose de 3mg/kg diluídos no
    veículo com DMSO/PBS, via intraperitoneal do 220 aos 280 dias de vida pós-natal. Nesses animais,
    foram avaliados até os 30 dias de vida pós-natal: o consumo e eficiência alimentar, os parâmetros da
    atividade locomotora e gasto energético induzido pela atividade física e pesagem da musculatura sóleo
    e EDL (extensor longo dos dedos), a força muscular, peso de fígado e a índice de adiposidade. No
    estudo a longo prazo, verificamos que o consumo alimentar dos animais com PC foi menor do que os
    animais controle, assim como, sua saciedade ocorreu mais tardiamente e consequentemente sua força
    muscular foi reduzida, a nível central, houve um aumento de astrócitos e micróglias no hipotálamo e
    cerebelo dos animais mostrando que a inflamação é um dos fatores para as sequelas encontradas nos
    animais. No estudo 2, a aplicação do fármaco não promoveu melhoras nos parâmetros analisados dos

    animais, houve uma redução no peso corporal nos animais tratados em relação ao controle, o consumo
    alimentar no grupo experimental foi reduzido, e dos tecidos moles também foram reduzidos. Com isso
    o PC modifica funções motoras em adultos jovens e estão associadas ao aumento da inflamação no
    sistema nervoso central no rato adulto jovem e que o tratamento com reverb allfa em baixa dose no
    período crítico parece não ser suficiente para reverter essas alterações. O presente estudo foi realizado
    no Laboratório de Estudos em Nutrição e Instrumentação Bioquímica - LENIB do Departamento de
    Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco, orientado pelos professores Ana Elisa Toscano de
    Meneses da Silva Castro, Diego Cabral Lacerda e María de la Luz Torner Aguilar, com colaboração
    do Dr. Omar Guzmán Quevedo, pesquisador do “Neuronutrición y Desórdenes Metabólicos” del
    “Instituto Tecnológico Superior de Tacámbaro”, Tacámbaro, Michoacán, México.


  • Mostrar Abstract
  • A Paralisia Cerebral (PC) é considerada um grave problema de saúde que afeta muitos dos
    recém-nascidos e crianças no mundo. Anualmente, são registrados cerca de 30.000 a 40.000 novos
    casos no mundo, sendo no Brasil, cerca de 17.000. Apesar do grande número de casos, há poucos
    estudos sobre as modificações secundárias à lesão neurológica da PC, e particularmente, sobre as
    eventuais alterações metabólicas. O sedentarismo por si só tão associado à síndrome metabólica é
    uma característica marcante da PC, e deve seguramente contribuir, de forma importante, para o
    agravamento do quadro. Os déficits motores observados na doença, estão associados à atrofia e à
    redução da massa magra. Além disso, a infiltração de tecido adiposo no músculo e seu aumento na
    medula óssea estão ligados à etiologia da hiperglicemia, às dislipidemias, à hipertensão e ao diabetes
    mellitus tipo 2. A PC e, portanto, suas consequências metabólicas secundárias ocorrem no período
    crítico do desenvolvimento dos sistemas nervoso e muscular. Durante essa fase crítica, fatores
    intrínsecos e extrínsecos influenciam, de forma determinante, a evolução do sistema neuromotor. O
    organismo sensível e plástico tem a expressão do seu fenótipo susceptível às condições, ou mesmo
    manipulações ambientais, que podem trazer consequências em longo prazo na promoção da saúde ou
    da doença. Neste contexto, nós postulamos que o receptor REV-ERB α encontrado na superfície do
    núcleo de células musculares, nervosas e outras, é um alvo biológico passível de manipulação
    farmacológica que pode ser capaz de reverter as alterações presentes na PC. Essa hipótese é
    reforçada pela recente evidência de que o tratamento com antagonista do receptor REV-ERB α reduz
    a degradação proteica muscular, aumenta o número das células satélites e melhora a função muscular
    em animais com distrofia muscular, cuja perda muscular, tal qual na PC, é muito importante. Os
    receptores REV-ERB α tem sido apontado como potenciais alvos terapêuticos nas miopatias e de
    transtornos no metabolismo dos lipídeos. Essa conjunção de fatores nos leva a proposição de avaliar
    as eventuais alterações metabólicas em ratos submetidos à PC, bem como as possíveis repercussões
    do tratamento com antagonista do receptor REV-ERB α sobre parâmetros motores e metabólicos.
    Para tanto, o estudo será realizado em duas fases, utilizando-se o modelo experimental da PC. O
    modelo experimental da PC resulta da associação entre anóxia perinatal e restrição sensório-motora
    das patas posteriores do rato em período neonatal. Na primeira fase do estudo, 20 ratos machos serão
    divididos nos seguintes grupos: Controle (N=10); e PC (N=10). Esses grupos serão avaliados aos 60
    dias de vida pós-natal quanto: o consumo e eficiência alimentar, a sequência comportamental, os
    parâmetros da atividade locomotora e gasto energético induzido pela atividade física, a tolerância à
    glicose e à insulina, os parâmetros bioquímicos do sangue, o depósito de gordura no músculo e tipos
    de fibras musculares, os depósitos de tecido adiposo em diferentes regiões do corpo, o índice de
    adiposidade, ativação da micróglia e por fim, marcadores inflamatórios. Na segunda fase do estudo,
    outros 40 ratos machos serão divididos nos seguintes grupos: Controle Salina (N=10), Controle
    Antagonista (N=10), Paralisia Cerebral Salina (N=10) e Paralisia Cerebral Antagonista (N=10). Os
    animais dos grupos Controle Antagonista e Paralisia Cerebral Antagonista receberão tratamento com
    o antagonista dos receptores REV-ERB α, o SR8278, na dose de 3mg/kg diluídos no veículo com
    DMSO/PBS, via intraperitoneal do 22 0 aos 28 0 dias de vida pós-natal. Nesses animais, serão avaliados
    até os 30 dias de vida pós-natal: o consumo e eficiência alimentar, os parâmetros da atividade
    locomotora e gasto energético induzido pela atividade física, o depósito de gordura no músculo e
    tipos de fibras musculares, a força muscular, alterações metabólicas no fígado e a índice de
    adiposidade. A partir do presente estudo, pretende-se verificar e compreender na PC eventuais
    alterações metabólicas secundárias aos déficits motores, e se o tratamento com o antagonista do
    receptor REV-ERB α as modificam ou não. Os resultados desse estudo podem assim auxiliar no
    desenvolvimento de estratégias terapêuticas mais eficazes para o tratamento da PC.

2
  • MOARA RODRIGUES COSTA
  • ÁCIDOS ANACÁRDICOS COMO POTENCIAIS AGENTES ANTI-INFLAMATÓRIOS EM MODELOS IN VITRO DA DOENÇA DE PARKINSON: ANÁLISE DE MECANISMOS MOLECULARES, BIOQUÍMICOS E EPIGENÉTICOS.

  • Orientador : BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANGELA AMANCIO DOS SANTOS
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • CHRISTINA ALVES PEIXOTO
  • MATHEUS SANTOS DE SOUSA FERNANDES
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • Data: 29/04/2024

  • Mostrar Resumo
  • A elevada morbidade, os custos socioeconômicos e a falta de tratamentos específicos são
    fatores que definem a relevância das doenças neurodegenerativas e a necessidade de pesquisar
    agentes terapêuticos eficazes. Nesse contexto, a doença de Parkinson (DP) se destaca por ser a
    segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo, caracterizada também pela
    carência de cura definitiva. De etiologia multifatorial, o aumento na incidência de casos
    diagnosticados de DP pode ser atribuído, em parte, ao envelhecimento populacional. No
    entanto, evidências crescentes indicam o envolvimento de neurotoxinas ambientais, como a
    rotenona, na indução do estresse oxidativo e da neuroinflamação associada à patogênese.
    Diante disso, diversos compostos fenólicos (polifenóis) são investigados como potenciais
    candidatos a agentes terapêuticos na DP, devido aos conhecidos efeitos nutracêuticos
    relacionados às propriedades antixoxidantes, anti-inflamatórias e epigenéticas. No presente
    estudo, adotamos um modelo experimental in vitro da DP com linhagens de células humanas
    para investigar em perspectiva translacional os mecanismos bioquímicos e moleculares
    através dos quais os Ácidos Anacárdicos (AA), polifenóis encontrado em plantas da família
    Anacardiaceae, são capazes de prevenir ou aliviar os danos induzidos pela Rotenona (ROT)
    ou LPS. Adicionalmente, buscamos testar a hipótese de que parte da neuroproteção exercida
    pelo AA envolve modulações da atividade mitocondrial, da viabilidade celular e da ativação
    microglial para um perfil capaz de atenuar o processo neurodegenerativo. As linhagens de
    neuroblastoma humano (SH-SY5Y) foram diferenciadas para o fenótipo neuron-like e
    cultivadas isoladamente ou em co-cultura com células microgliais humanas (CHME-3). A
    determinação dos efeitos induzidos pela ROT, LPS e pelo tratamento prévio com AA foram
    analisados in vitro e in sílico. A exposição à ROT, LPS ou ambos induziram alterações no
    fenótipo em neurônios e microglias, na distribuição da alfa-sinucleína (α-Syn), na viabilidade
    celular, na capacidade fagocítica microglial e na expressão de microRNA. O tratamento
    prévio com AA foi capaz de proteger neurônios e microglias na maioria dos parâmetros

    avaliados, que também pôde ser parcialmente esclarecido pela potente atividade anti-
    inflamatória revelada pela abordagem in sílico.


  • Mostrar Abstract
  • A Doença de Parkinson (DP), descrita pela primeira vez em 1817 pelo
    médico-farmacêutico inglês James Parkinson, é atualmente a segunda doença
    neurodegenerativa mais comum no mundo. De etiologia multifatorial, essa “explosão” de
    casos diagnosticados de DP se dá não apenas pela susceptibilidade genética e/ou
    envelhecimento populacional, mas também por fatores relacionados aos aspectos
    socioeconômicos do indivíduo, de seus hábitos alimentares, da prática de exercício
    físico, bem como da exposição a poluentes e/ou toxinas ambientais (GOETZ, 2001;
    DORSEY et al., 2018; ROCCA, 2018).
    De qualidade neuroprogressiva, os indivíduos afetados pela DP podem
    apresentar diferentes queixas a depender da gravidade em que se encontra a doença.
    Os sintomas não-motores, geralmente de aparecimento precoce, podem incluir
    distúrbios na qualidade do sono, anosmia, depressão e constipação intestinal. Já os
    sintomas motores, de aparecimento tardio e mais comumente considerados no
    diagnóstico clínico, incluem a bradicinesia, o tremor em repouso e rigidez muscular
    (BRAAK et al., 2004; KALIA & LANG, 2016; OBESO et al., 2017). Evidências diversas
    sugerem que o início e progressão da DP, bem como de seus sintomas motores e
    não-motores, está diretamente relacionada a dois eventos reconhecidos como principais
    biomarcadores da doença, isso é, a morte progressiva de neurônios dopaminérgicos
    (DA) na substantia nigra pars compacta (SNpc), e o acumúlo e transporte de agregados
    intracitoplasmáticos de α-sinucleína conhecidos como Corpos de Lewy (CLs), dentro ou
    fora do sistema nervoso central (OBESO et al., 2017; SCHAPIRA et al., 2017; PAVLOU
    et al., 2017).
    Dados epidemiológicos e de diferentes modelos experimentais da DP
    demonstraram que a exposição à neurotoxina Rotenona – pesticida largamente utilizado
    na prática agrícola – é capaz de induzir déficits motores e comportamentais típicos do
    parkinsonismo (ex.: locomoção comprometida em moscas Drosophila melanogaster
    modelo de DP), além de perturbar a homeostase celular através de mecanismos
    celulares, moleculares e bioquímicos sinérgicos, que resultam no acúmulo de CLs, na
    disfunção mitocondrial, no estresse oxidativo, na ativação de cascatas inflamatórias e

    8

    apoptóticas e também na desregulação da expressão de vários genes (ANUSHA &
    SUMATHI, 2016; DE SOUZA et al., 2018; MEDEIROS-LINARD et al., 2018; AUGUSTO
    et al., 2020; INNOS & HICKEY, 2021).
    Apesar do crescente número de casos, a DP continua sem cura e o tratamento
    farmacológico atual se concentra no alívio dos principais sintomas motores e cognitivos
    da doença, não evita a neurodegeneração progressiva e ainda induz o aparecimento de
    efeitos colaterais em longo prazo. Nesse sentido, compostos fenólicos ou polifenóis —
    produtos naturais do metabolismo secundário de plantas — são amplamente conhecidos
    por suas propriedades citoprotetoras e atualmente têm sido investigados como agentes
    nutracêuticos e nutrigenômicos capazes de prevenir e/ou aliviar alterações bioquímicas,
    celulares e moleculares, bem como comportamentais e cognitivas descritas para
    diversas doenças neurodegenerativas, incluindo a DP (ARMSTRONG & OKUN, 2020;
    DE ARAUJO et al., 2021; SELVAKUMAR et al., 2020; DEVI et al., 2021;
    RODRIGUES-COSTA et al., 2021).
    Os Ácidos Anacárdicos (AAs) são polifenois presentes em plantas da família
    Anacardiaceae e que podem ser extraídos da fruta e castanha-de-Caju, do pistache e de
    folhas de Gingko biloba. Descrições de suas propriedades e uso medicinal remontam à
    700 a.C, na medicina antiga ou Ayurveda e, atualmente, é considerado um potencial
    agente terapêutico contra diversas doenças devido a seus efeitos antioxidantes,
    anti-inflamatórios, anti-tumorais e epigenéticos (HAMAD & MOBOFU, 2015, HUNDT et
    al., 2015, DE SOUZA et al., 2018; PARK et al., 2018, GOMES JÚNIOR et al., 2020). Em
    modelos experimentais in vitro e in vivo da DP, verificou-se que o tratamento com AA foi
    capaz de proteger a cognição e prevenir danos provocados pela exposição a pesticidas,
    incluindo a rotenona, ao reduzir efeitos de estresse oxidativo, disfunção mitocondrial e
    neurodegeneração em células dopaminérgicas (SONG et al., 2011;;
    MEDEIROS-LINARD et al., 2018; AUGUSTO et al., 2020); contudo, mecanismos
    celulares e moleculares pelos quais essas ações promovidas pelo tratamento com AAs
    ocorreram ainda precisam ser elucidados.
    Sabe-se que inflamação relacionada à patologia da DP envolve ativação de
    microglia e astrócitos, os quais respondem a esses estímulos inflamatórios produzindo
    mediadores que levam à perda de neurônios dopaminérgicos. A neuroinflamação

    9

    induzida pela ativação microglial causa ativação do fator de transcrição gênica NF-kB, o
    qual pode induzir a expressão de moléculas com perfil inflamatório e citotóxico, dentre
    os quais microRNAs inflamatórios ou inflamma microRNAs (BRITES, 2020). Evidências
    recentes demonstraram que a liberação de exossomas a partir da microglia ativada
    também contribui para a degeneração de células dopaminérgicas. Estes exossomas
    além de transportarem lipídios, proteínas e mRNAs, são enriquecidos também
    microRNAs (BRITES & FERNANDES, 2015; TSUTSUMI et al., 2019). A captação e
    libertação de exossomas pela microglia tem então um importante papel na
    neuroinflamação associada a doenças neurofegenerativas e, no cado da DP, a microglia
    desempenha fundamental função na transmissão da proteína α-syn (XIA et al., 2019).
    Assim, no presente estudo, avaliando uma perspectiva translacional, adotamos
    um modelo experimental in vitro de DP com linhagem de células humanas, no intuito de
    investigar a participação da interação neurônio-microglia em efeitos anti-inflamatórios e
    citoprotetores dos AAs.

2023
Dissertações
1
  • VANÊSSA DA SILVA SOUZA
  • EFEITOS DO TRATAMENTO COM RESVERATROL SOBRE O DESENVOLVIMENTO POSTURAL, FUNÇÃO MOTORA E BALANÇO OXIDATIVO NO CÓRTEX SOMATOSSENSORIAL DE RATOS SUBMETIDOS A PARALISIA CEREBRAL

  • Orientador : ANA ELISA TOSCANO MENESES DA SILVA CASTRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • DIEGO BULCÃO VISCO
  • HENRIQUE JOSÉ CAVALCANTI BEZERRA GOUVEIA
  • Data: 14/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • A Paralisia Cerebral (PC) é um grupo heterogêneo de doenças que resultam de um
    dano não progressivo ao cérebro em um estágio inicial de desenvolvimento. Os
    sintomas de PC incluem irregularidades nos movimentos e na postura. O resveratrol
    tem recebido atenção considerável recentemente por seus potenciais efeitos
    neuroprotetores em vários distúrbios neurodegenerativos. O objetivo do estudo foi
    investigar os efeitos do tratamento neonatal com resveratrol sobre o desenvolvimento
    postural, função motora e balanço oxidativo no cérebro de ratos submetidos a um
    modelo experimental de paralisia cerebral. Foram utilizados filhotes ratos machos
    Wistar que após o nascimento foram distribuídos nos grupos experimentais, com base
    na indução da paralisia cerebral e na administração do resveratrol: 1- Controle salina
    (CS, n=12), com filhotes que receberam solução salina; 2- Controle resveratrol (CR,
    n=11), com filhotes que receberam resveratrol; 3- PC salina (PCS, n=151, com filhotes
    submetidos à PC experimental e que receberam solução salina; 4- PC resveratrol
    (PCR, n=12), com filhotes submetidos à PC experimental e que receberam resveratrol.
    O modelo de PC se baseia na associação entre anóxia no período perinatal e restrição
    sensório-motora do 2o ao 28o dia de vida. O tratamento neonatal com o resveratrol foi

    realizado diariamente, sendo administrado via intraperitoneal, do 3o ao 21o dia pós-
    natal. Foram coletados dados de evolução ponderal, análise da marcha em catwalk,

    força muscular, análise postural e análise dos biomarcadores do estresse oxidativo.
    O tratamento neonatal com resveratrol nos animais submetidos a PC experimental
    atenuou déficits no crescimento somático, desenvolvimento postural e força muscular,
    diminuiu os níveis de MDA e carbonilas e a atividade enzimática da superóxido
    dismutase e catalase, além de aumentar os níveis de mRNA do TFAM e aumentar a
    atividade da citrato sintase. Nossos dados demonstram um efeito promissor do
    tratamento neonatal com resveratrol, melhorando os déficits posturais e musculares
    induzidos pela paralisia cerebral, associado a melhorias no balanço oxidativo e na
    biogênese mitocondrial no cérebro de ratos submetidos à PC.


  • Mostrar Abstract
  • A Paralisia Cerebral (PC) é um grupo heterogêneo de doenças que resultam de um dano não
    progressivo ao cérebro em um estágio inicial de desenvolvimento. Os sintomas de PC incluem
    irregularidades nos movimentos e na postura. Pessoas com PC frequentemente apresentam tônus
    muscular e controle motor anormais, o que contribui para o prejuízo do controle postural e coordenação
    motora. O desenvolvimento postural adequado depende das ações do sistema sensório-motor,
    musculoesquelético e cognitivo, de modo que qualquer mudança em um desses sistemas pode resultar

    em um desenvolvimento postural atípico. Dentre os fatores de risco para a paralisia cerebral destacam-
    se os mecanismos que levam a privação de oxigênio e nutrientes para o sistema nervoso central, como

    a asfixia perinatal, onde o fluxo sanguíneo ou troca gasosa para o feto leva à hipóxia e isquemia. Após
    um insulto isquêmico, pode haver a instalação da resposta neuroinflamatória. O estresse oxidativo é
    considerado o principal contribuinte para a lesão cerebral isquêmica, porque é uma consequência
    importante da toxicidade mediada por neurotransmissores que segue a hipóxia-isquemia perinatal.
    Neste contexto, modelos experimentais surgem como ferramentas de reprodução dos mecanismos
    fisiopatológicos da PC e suas desordens motoras semelhante ao que ocorre em humanos. A PC
    apresenta alta associação com a anóxia perinatal, colocando essa falta de oxigenação no cérebro
    como um importante fator de risco para o seu desenvolvimento. A anóxia perinatal empregada em
    modelos experimentais de paralisia cerebral, contribui para a reprodução das mesmas desordens
    motoras apresentadas na paralisia cerebral em humanos. É importante o diagnóstico precoce da PC
    para otimizar os resultados funcionais de longo prazo com base na modulação positiva de seu impacto
    na neuroplasticidade. Todos os organismos são capazes de produzir diferentes fenótipos em resposta
    a condições ambientais distintas. A plasticidade fenotípica é definida como 'a capacidade de genótipos
    individuais de produzir diferentes fenótipos quando expostos a diferentes condições ambientais'. Isso
    inclui a possibilidade de modificar as trajetórias de desenvolvimento em resposta a estímulos
    ambientais específicos e também a capacidade de um organismo individual de alterar seu estado ou
    atividade fenotípica em resposta a variações nas condições ambientais. Estudos com modelos
    experimentais e que se propõem a agregar novas perspectivas de tratamento para a PC são muito
    relevantes. Intervenções sobre o sistema nervoso central foram sugeridas como as terapias destinadas
    a reduzir o estresse oxidativo, interrompendo a cascata lesional. O Resveratrol tem recebido atenção
    considerável recentemente por seus potenciais efeitos neuroprotetores em vários distúrbios
    neurodegenerativos. Ele é um composto polifenólico está entre os polifenóis que estão sendo utilizados
    em modelos de neurodegeneração e modelos de hipóxia-isquemia como estratégia neuroprotetora. O
    objetivo do estudo é investigar os efeitos do tratamento neonatal com resveratrol sobre o
    desenvolvimento postural, função motora e balanço oxidativo no cérebro de ratos submetidos a um
    modelo experimental de paralisia cerebral. Serão utilizados filhotes ratos machos Wistar que após o
    nascimento serão distribuídos nos grupos experimentais, com base na indução da paralisia cerebral e
    na suplementação do resveratrol: 1- Controle salina (CS, n=15), com filhotes que receberão solução
    salina; 2- Controle resveratrol (CR, n=15), com filhotes que receberão resveratrol; 3- PC Salina (PC-S,
    n=15), com filhotes submetidos à e PC experimental e que receberão solução salina; 4- PC resveratrol
    (PC-R, n=15), com filhotes submetidos à PC experimental e que receberão resveratrol. O modelo de
    PC se baseia na associação entre anóxia no período perinatal e restrição sensório-motora do 2o ao
    28o dia de vida. A suplementação será realizada diariamente, sendo administrado via intraperitonial do
    3o ao 21o dia pós-natal. Serão coletados dados de evolução ponderal, ontogênese dos reflexos, análise
    da marcha em catwalk, força muscular, análise postural e análise dos biomarcadores do estresse
    oxidativo. Pretende-se verificar se o tratamento com o resveratrol podem reverter os danos associados
    a PC. Os resultados desse estudo podem auxiliar no desenvolvimento de estratégias terapêuticas
    eficazes para a PC.

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  • MURILO TOLÊDO CALAFANGE
  • Associação entre biomarcadores sanguíneos de inflamação subclínica e o
    aumento de ondas lentas Delta (2-4 Hz) e Theta (4-7 Hz) observadas no EEG
    Quantitativo de pacientes com Transtorno de Déficit de Atenção e
    Hiperatividade (TDAH)

  • Orientador : ANA ELISA TOSCANO MENESES DA SILVA CASTRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • HUGO ANDRE DE LIMA MARTINS
  • MARCELO TAVARES VIANA
  • RAUL MANHAES DE CASTRO
  • Data: 28/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • Este trabalho tem como objetivo avaliar a associação e correlação entre
    biomarcadores sanguíneos de inflamação subclínica e intolerância alimentar e o
    aumento de padrões de ondas lentas (delta e Theta) observadas na
    Eletroencefalografia Quantitativa de pacientes com diagnóstico clínico de Transtorno
    de Déficit de atenção com Hiperatividade – TDAH.
    Também foi utilizado o exame de Neurometria Funcional (NF) que mensura o
    funcionamento do sistema nervoso autônomo (SNA), adrenal, fígado e
    microcirculação respiratória e se existe alguma disfunção nos intestinos que possam
    apresentar níveis de alergia, hipersensibilidade e intolerância alimentar
    caracterizando também um quadro inflamatório e dificuldade de absorção e
    metabolização de nutrientes importantes precursores de síntese de
    neurotransmissores.
    Na literatura, há achados demonstrando a associação entre o exame de
    Neurometria Funcional e os biomarcadores sanguíneos indicadores de anemia,
    inflamação subclínica e disfunção endotelial. Embora, existam relatos na literatura, de
    inflamação subclínica e de excesso de ondas lentas em pacientes com TDAH na
    região pré-frontal, ainda são escassos os estudos envolvendo a associação entre
    Neurometria Funcional, biomarcadores sanguíneos indicadores de inflamação
    subclínica e o aumento de ondas lentas observadas no eletroencefalograma.


  • Mostrar Abstract
  • O Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade já transitou pela
    nosografia médica com diversas classificações (RATHI; BHATIA, 2013). Antes de
    1930, foi chamado de Defeito Mórbido do Controle Moral (VIEIRA CALIMAN, 2010),
    em 1930, mudou-se para Dano Cerebral Mínimo (TAYLOR, 2011), em 1960,
    modificou-se para Disfunção Cerebral Mínima (STROTHER, 1973), em 1968,
    resolveu-se classificar de Reação Hipercinética Infantil (DSM-II) (BAUMEISTER et al.,
    2012), em 1980, de Síndrome do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade e
    residual – SDA (DSM-III), em 1987, de Distúrbio de Déficit de Atenção / Hiperatividade
    - DDAH (DSM-III-R) e em 1994, recebeu a classificação, que perdura até hoje, de
    Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade – TDAH (DSM-IV) (RATHI; BHATIA,
    2013).
    Queixas escolares de desatenção e hiperatividade atingem um percentual de
    25% das pessoas, chegando a afetar até 7% das crianças em idade escolar,
    similarmente, em todo o mundo (QUINN et al., 2017). Até 60% dos pacientes
    diagnosticados na infância continuam apresentando sintomas na idade adulta
    (SCHMITZ; POLANCZYK; ROHDE, 2007). Diagnóstico em pacientes do gênero
    masculino é 3 a 4 vezes mais frequente do que em pacientes do gênero feminino
    (QUINN et al., 2017).
    No TDAH, os sintomas de déficit de atenção, impulsividade e hiperatividade e
    as demais anormalidades, comumente, são analisados no contexto funcional,
    envolvendo: alterações hormonais (VIUDES; BRECAILO, 2014), de
    neurotransmissores noradrenérgicos (QUINTERO; CASTAÑO DE LA MOTA, 2014),
    de desequilíbrio de GABA e glutamato (BRUXEL, 2016), serotoninérgicos (MÜLLER,
    2017) e dopaminérgicos (AZEREDO, 2014) e de ondas cerebrais (PALUDO, 2017).
    Os estudos dos padrões observados no EEG Quantitativo na literatura
    apresentam maior destaque na razão Theta/ Beta (ARNS; CONNERS; KRAEMER,
    2013), onde o algoritmo que interliga o computador ao amplificador, calcula o total de
    ondas Theta (4-7 Hz) e compara ao total de ondas Beta (15-23 Hz). O resultado
    esperado dessa relação para que não se encontre associação com os padrões de
    atividades elétricas cerebrais encontrados no TDAH fica entre 1.2 e 2. Quando o valor
    dessa razão Theta/ Beta fica acima de 2, indica excesso de ondas lentas do tipo Theta

    5
    (4-7 Hz), quando comparadas ao total de ondas rápidas do tipo Beta (15-23 Hz)
    (RIBAS, V. R.; RIBAS; MARTINS, 2016). Entretanto, a literatura parece ainda ser
    muito escassa em se tratando de estudos que demonstrem uma associação entre a
    alimentação e a qualidade da geração de energia representada na atividade elétrica
    cerebral, sobretudo, em indivíduos que apresentem incompatibilidade alimentar
    (intolerância, alergia ou hipersensibilidade alimentar).

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  • VANESSA CRISTINA FRAGOSO CASSIANO
  • Acidente Vascular Encefálico: Subtipos, apresentação clínica e etiologia

  • Orientador : ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LISIANE DOS SANTOS OLIVEIRA
  • RAFAEL DANYLLO DA SILVA MIGUEL
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • Data: 09/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) é uma emergência neurológica
    prevalente e é considerada a segunda causa de morte e incapacidade em todo
    o mundo. O reconhecimento adequado dos fatores de risco e dos subtipos do
    AVE é essencial para a realização de um tratamento efetivo e para a prevenção
    de novos eventos. No Brasil, principalmente no estado de Pernambuco, os dados
    referentes à epidemiologia dos tipos e subtipos do AVE são escassos. Objetivos:
    Avaliar a frequência do Acidente Vascular Encefálico (AVE), dos seus subtipos
    e fatores etiológicos. Método: Estudo observacional, do tipo transversal,
    utilizando a análise dos prontuários dos pacientes, de ambos os sexos e com
    mais de 18 anos, com diagnóstico de AVE ou ataque isquêmico transitório (AIT),
    que foram admitidos no Hospital da Restauração, no período de março a julho
    de 2020. Resultados: Foram analisados os prontuários de 701 pacientes com
    quadro clínico de AVE; destes, 667 foram diagnosticados com AVE e 34 com
    Ataque Isquêmico Transitório (AIT). Na caracterização da amostra, 50,5% era do
    sexo masculino e a faixa etária predominante foi a média de 65 anos. O subtipo
    mais comum foi o AVE isquêmico agudo (77,06%) e o diagnóstico foi realizado
    em 96,9% dos casos através da tomografia computadorizada de crânio sem
    contraste. Em relação a topografia do AVE, houve predomínio das lesões na
    circulação carotídea (anterior), correspondendo a 76,1%, e a artéria cerebral
    média foi a mais acometida. A classificação etiológica demonstrou que 66% dos
    acidentes vasculares isquêmicos foram de etiologia indeterminada, e a segunda
    principal causa foi o cardioembolismo. Dentre os casos de hemorragia
    subaracnóidea, a presença de aneurismas foi identificada em 70% dos casos.
    Em relação ao desfecho, 54,7% receberam alta hospitalar e a mortalidade geral
    foi de 21,4% dos casos. Conclusão: O AVE é uma patologia frequentemente
    diagnosticada, com predomínio do subtipo isquêmico, e que acomete
    principalmente o território carotídeo (anterior). A etiologia se manteve
    indeterminada em uma parcela importante dos pacientes e a causa
    cardioembólica foi a mais encontrada. A etiologia parece ter sofrido influência
    dos aspectos socioeconômicos da região, mas o elevado índice de causas
    indeterminadas foi decorrente da investigação inadequada.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma emergência neurológica,
    prevalente, e é a segunda causa de morte e incapacidade em todo o mundo. O
    reconhecimento adequado dos fatores de risco e dos subtipos do AVC é
    essencial para a realização de um tratamento efetivo e para a prevenção de
    novos eventos. No Brasil, principalmente no estado de Pernambuco, os dados
    referentes à epidemiologia dos tipos e subtipos do AVC são escassos. Objetivos:
    Avaliar a frequência do Acidente Vascular Cerebral (AVC) e dos seus subtipos
    na cidade do Recife. Método: Estudo observacional, do tipo transversal, baseado
    na análise dos prontuários dos pacientes com diagnóstico de AVC, que foram
    admitidos no Hospital da Restauração, na cidade do Recife, no período de março
    a agosto de 2020. Resultados: Até o presente momento, foram analisados os
    prontuários de 443 pacientes com quadro clínico de AVC; destes, 415 receberam
    o diagnóstico de AVC e 28, de ataque transitório isquêmico. O sexo feminino foi
    o mais prevalente (50,8%) e a média de idade foi de 65 anos. A manifestação
    mais comum foi o acidente vascular cerebral isquêmico agudo (78,3%), seguido
    de hematoma intraparenquimatoso (13,2%), hemorragia subaracnóidea (6,2%);
    hemorragia subdural (1,4 %) e 3 pacientes não foram classificados. O
    diagnóstico foi realizado através da tomografia de crânio, em 95,1% dos casos.
    Em relação à topografia do AVC, houve predomínio da circulação carotídea
    (anterior) correspondendo a 74,8% dos pacientes, e 24,2% foram da circulação
    vertebrobasilar (posterior). Foi encontrado obstrução de grandes vasos em
    47,6% dos pacientes com AVC isquêmico, destes a artéria cerebral média foi a
    mais acometida (69,6%). A classificação etiológica demonstrou que 86,1% dos
    acidentes vasculares isquêmicos foram de etiologia indeterminada, 10,7%
    etiologia cardioembólica e 3,07% aterosclerose de grandes vasos. A principal
    causa de hemorragia subaracnóidea foi a presença de aneurismas (61,5%),
    7,6% foram associadas a hipertensão arterial e 30,7 % persistiram sem causa
    definida. Dos hematomas intraparenquimatosos, 75,5% estavam associados a
    hipertensão arterial, 1,8% a angiopatia amilóide, 1,8% aneurisma e 21,8% não
    apresentaram descrição quanto a etiologia. A mortalidade geral foi de 20,4%,
    sendo 40 pacientes com AVCI, 16 HSA e 29 HIP.

4
  • PRISCILA CARLA DA SILVA
  • TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO EM ADOLESCENTES
    ESCOLARES E OS PREJUÍZOS NA INTERAÇÃO SOCIAL

  • Orientador : PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
  • LUCIANO MACHADO FERREIRA TENORIO DE OLIVEIRA
  • PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • Data: 16/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • A adolescência é a etapa do desenvolvimento humano que compreende indivíduos com
    a faixa etária entre 10 e 19 anos de idade (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020). É também
    o período do desenvolvimento situado entre a infância e a idade adulta (CASTRO; SILVA, M.;
    PARENTE, 2020). Nesse período os indivíduos passam por uma série de mudanças físicas,
    psíquicas e sociais evidenciadas por alterações corporais e pela ampliação do aspecto cognitivo
    (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; SACILOTTO; ABAID, 2021).
    É durante a adolescência que o indivíduo passará por um grupo de novas experiências,
    como o questionamento dos valores familiares e sociais vigentes, adesão a um grupo social,
    ingresso em faculdades e no mercado de trabalho e distanciamento familiar (CASTRO; SILVA,
    M.; PARENTE, 2020; SACILOTTO; ABAID, 2021). Essas experiências permitirão que o
    adolescente adquira capacidades emocionais, que são essenciais para a formação de uma vida
    saudável (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; RODRIGUES, T. A. Dos S.;
    RODRIGUES, L. P. De S.; CARDOSO, Â. M. R., 2020). Contudo, a adolescência também é
    apontada como uma fase de crises e vulnerabilidades, que são resultados das alterações
    biológicas e mentais presentes nesse período e que são responsáveis por aumentar o risco de os
    adolescentes serem acometidos por patologias mentais (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE,
    2020; RODRIGUES, T. A. Dos S.; RODRIGUES, L. P. De S.; CARDOSO, Â. M. R., 2020).
    Dentre os problemas de saúde mental, são os Transtornos de Ansiedade (TA) o segundo
    grupo de doenças psiquiátricas, mais comumente, encontradas no público infantil e adolescente,
    perdendo apenas para os transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (CAÍRES;
    SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Os TA são responsáveis por acometer
    3,6% da população mundial, enquanto no Brasil esse índice de acometidos chega a 9,3% da
    população (FERNANDES et al., 2018; ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE,
    2020).
    Contudo, a ansiedade, que é caracterizada como uma sensação de desconforto,
    apreensão, inquietação e tensão presentes diante de situações de perigo ou eminência de perigo,
    ou de ameaça ao bem-estar do indivíduo, é algo inerente ao ser humano (CAÍRES;
    SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Essa sensação também, encontra-se
    presente diante de situações relacionadas a mudanças na rotina do indivíduo como, iniciar em
    um emprego ou uma mudança de cidade (CAÍRES; SHINOHARA, 2010). E diante de um
    agente estressor responsável por desencadear a ansiedade o indivíduo pode apresentar respostas
    fisiológicas, somáticas e psíquicas, como dificuldade de respirar, aumento dos batimentos

    15

    cardíacos, inquietação, sudorese intensa, tontura, náuseas e tremores (CAÍRES; SHINOHARA,
    2010; GONÇALVES; HELDT, 2009).
    Entretanto, a ansiedade passa a ser considerada uma patologia quando as respostas do
    indivíduo diante do agente estressor são desproporcionais ou apresentam uma estimativa
    diversa do que se considera normal a ser apresentado pela faixa etária. Além de, ser responsável
    por interferir, negativamente, na qualidade de vida e no desempenho diário do indivíduo
    (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Outra característica da
    ansiedade patológica é que as sensações são desencadeadas diante de um estímulo real ou
    imaginário, além de que a resposta fisiológica apresentada pelo indivíduo diante do estímulo é
    generalizada e mobiliza todo o organismo (CAÍRES; SHINOHARA, 2010).
    No público infanto-juvenil, os TA são responsáveis por acometer 13% dessa população,
    no Brasil, e são relacionados a prejuízos nos âmbitos familiar, social e escolar do acometido
    (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). E dentre os TA o mais
    presente nesse público é o Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS) que é responsável por
    cerca de 50% dos casos na população juvenil brasileira (FLORES, 2019).
    O TAS é definido como a presença de ansiedade excessiva, de sofrimento ou de medo
    irreal e excessivo quando os adolescentes se encontram longe dos pais ou responsáveis ou até
    mesmo do seu lar. E essa ansiedade excessiva é inapropriada para o nível de desenvolvimento
    ou para a idade do acometido (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019). Esses sintomas
    devem ser apresentados pelo adolescente por, pelo menos, quatro semanas e resultar em
    sofrimento intenso e prejuízos na vida cotidiana (CAÍRES; SHINOHARA, 2010).
    Além disso, indivíduos com o TAS, costumam apresentam três características
    especificas, que são: a presença de um medo excessivo e persistente ou de preocupações
    intensas antes ou diante da separação dos pais ou responsáveis; a busca por formas de evitar
    que a separação ocorra, e isso ocorre de forma persistente; e o desenvolvimento do quadro de
    sintomas comportamentais e somáticos, antes, durante e após o período de separação (FLORES,
    2019).
    Crianças e adolescentes com TAS apresentam, além de sintomas comportamentais
    como choro e procura pelos pais ou responsáveis após a sua partida, sintomas somáticos
    semelhante a um ataque de pânico, composto por cefaléia, dores abdominais e musculares,
    tonturas, desmaios, náuseas, dificuldade de respirar e taquicardia dentre outros (CAÍRES;
    SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019; VIANNA; CAMPOS; LANDEIRA-FERNANDEZ,
    2009).

    16

    O TAS, além de, ser responsável por idas frequentes ao médico devido ao quadro de
    sintomas apresentados pelo acometido. É associado a recusa escolar pelos acometidos, visto
    que, os sintomas, normalmente aparecem em dias em que há escola, já que durante o período
    escolar os adolescentes são afastados dos seus pais ou responsáveis o que gera sintomas e
    consequentemente sofrimento nos adolescentes e nos pais, que optam por deixá-los em casa
    (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019; GRILLO; SILVA, R., 2004).
    Ademais, a presença de sintomas, as idas frequentes ao médico e a recusa escolar afetam
    a autonomia do adolescente e restringem a sua interação social e seus interesses futuros,
    gerando um estresse pessoal e familiar. Além do mais, adolescentes com TAS vivenciam a
    sensação de humilhação e medo, o que resulta em indivíduo com baixa autoestima e com
    preditivo para o desenvolvimento de um transtorno de humor (CAÍRES; SHINOHARA, 2010;
    FLORES, 2019).
    Apesar dos transtornos de ansiedade serem elencados como uma das principais causas
    de carga de doença e de incapacidade no mundo, no Brasil, há poucos estudos que avaliem a
    epidemiologia desses transtornos e esses estudos são ainda mais escassos, quando o público
    adolescente é abordado (BONADIMAN et al., 2017). Mas, um estudo populacional realizado
    no Brasil demonstra que a prevalência de transtornos de ansiedade entre os adolescentes é de
    5,8% (VIANNA; CAMPOS; LANDEIRA-FERNANDEZ, 2009). Contudo, há uma escassez de
    estudos que abordem, especificamente a epidemiologia do TAS e os efeitos no âmbito social
    ocasionados por esse transtorno no público adolescente.
    Após uma breve pesquisa realizada na base de dados Pubmed, através do cruzamento
    dos descritores: Anxiety Separation, Adolescent e Social Interaction, obteve-se como resultado
    36 artigos publicados, desses 20 foram publicados nos últimos 10 anos. E após a seleção do
    critério de seleção, estudos realizados com humanos, esse número chega a apenas 9 artigos.
    Onde, 2 foram publicados no ano de 2016; 2 no ano de 2017; 3 no ano de 2019 e 1 nos anos de
    2020 e 2022. Contudo, 3 dessas pesquisas foram realizadas com crianças e 1 objetivou validar
    um instrumento de avaliação. Resultando em um total de 5 artigos, todavia, nenhum desses
    artigos tiveram o Brasil como local de estudo. Demonstrando a presença de uma lacuna, que
    precisa ser solucionada com realização de estudos que busquem investigar e conhecer a
    presença de sintomas de ansiedade de separação em adolescentes escolares no Brasil. Diante
    do exposto, torna-se necessário mensurar o índice de adolescentes com transtorno de ansiedade
    de separação no país e avaliar como esse transtorno afeta a vida social desses adolescentes.

    17

    Com base nesses argumentos é identificado que ainda são poucos os estudos e portanto
    o conhecimento sobre a relação entre o TAS e a interação social entre adolescentes escolares
    ainda é restrito.
    A hipótese da pesquisa propõe que, a utilização de dados obtidos por avançados
    instrumentos de avaliação psicológica e mental, permite avaliar a relação entre TAS e interação
    social em adolescentes.


  • Mostrar Abstract
  • A adolescência é a etapa do desenvolvimento humano que compreende indivíduos com
    a faixa etária entre 10 e 19 anos de idade (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020). É também
    o período do desenvolvimento situado entre a infância e a idade adulta (CASTRO; SILVA, M.;
    PARENTE, 2020). Nesse período os indivíduos passam por uma série de mudanças físicas,
    psíquicas e sociais evidenciadas por alterações corporais e pela ampliação do aspecto cognitivo
    (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; SACILOTTO; ABAID, 2021).
    É durante a adolescência que o indivíduo passará por um grupo de novas experiências,
    como o questionamento dos valores familiares e sociais vigentes, adesão a um grupo social,
    ingresso em faculdades e no mercado de trabalho e distanciamento familiar (CASTRO; SILVA,
    M.; PARENTE, 2020; SACILOTTO; ABAID, 2021). Essas experiências permitirão que o
    adolescente adquira capacidades emocionais, que são essenciais para a formação de uma vida
    saudável (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE, 2020; RODRIGUES, T. A. Dos S.;
    RODRIGUES, L. P. De S.; CARDOSO, Â. M. R., 2020). Contudo, a adolescência também é
    apontada como uma fase de crises e vulnerabilidades, que são resultados das alterações
    biológicas e mentais presentes nesse período e que são responsáveis por aumentar o risco de os
    adolescentes serem acometidos por patologias mentais (CASTRO; SILVA, M.; PARENTE,
    2020; RODRIGUES, T. A. Dos S.; RODRIGUES, L. P. De S.; CARDOSO, Â. M. R., 2020).
    Dentre os problemas de saúde mental, são os Transtornos de Ansiedade (TA) o segundo
    grupo de doenças psiquiátricas, mais comumente, encontradas no público infantil e adolescente,
    perdendo apenas para os transtornos de Déficit de Atenção e Hiperatividade (CAÍRES;
    SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Os TA são responsáveis por acometer
    3,6% da população mundial, enquanto no Brasil esse índice de acometidos chega a 9,3% da
    população (FERNANDES et al., 2018; ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE,
    2020).
    Contudo, a ansiedade, que é caracterizada como uma sensação de desconforto,
    apreensão, inquietação e tensão presentes diante de situações de perigo ou eminência de perigo,
    ou de ameaça ao bem-estar do indivíduo, é algo inerente ao ser humano (CAÍRES;
    SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Essa sensação também, encontra-se
    presente diante de situações relacionadas a mudanças na rotina do indivíduo como, iniciar em
    um emprego ou uma mudança de cidade (CAÍRES; SHINOHARA, 2010). E diante de um
    agente estressor responsável por desencadear a ansiedade o indivíduo pode apresentar respostas
    fisiológicas, somáticas e psíquicas, como dificuldade de respirar, aumento dos batimentos

    15

    cardíacos, inquietação, sudorese intensa, tontura, náuseas e tremores (CAÍRES; SHINOHARA,
    2010; GONÇALVES; HELDT, 2009).
    Entretanto, a ansiedade passa a ser considerada uma patologia quando as respostas do
    indivíduo diante do agente estressor são desproporcionais ou apresentam uma estimativa
    diversa do que se considera normal a ser apresentado pela faixa etária. Além de, ser responsável
    por interferir, negativamente, na qualidade de vida e no desempenho diário do indivíduo
    (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). Outra característica da
    ansiedade patológica é que as sensações são desencadeadas diante de um estímulo real ou
    imaginário, além de que a resposta fisiológica apresentada pelo indivíduo diante do estímulo é
    generalizada e mobiliza todo o organismo (CAÍRES; SHINOHARA, 2010).
    No público infanto-juvenil, os TA são responsáveis por acometer 13% dessa população,
    no Brasil, e são relacionados a prejuízos nos âmbitos familiar, social e escolar do acometido
    (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; GONÇALVES; HELDT, 2009). E dentre os TA o mais
    presente nesse público é o Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS) que é responsável por
    cerca de 50% dos casos na população juvenil brasileira (FLORES, 2019).
    O TAS é definido como a presença de ansiedade excessiva, de sofrimento ou de medo
    irreal e excessivo quando os adolescentes se encontram longe dos pais ou responsáveis ou até
    mesmo do seu lar. E essa ansiedade excessiva é inapropriada para o nível de desenvolvimento
    ou para a idade do acometido (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019). Esses sintomas
    devem ser apresentados pelo adolescente por, pelo menos, quatro semanas e resultar em
    sofrimento intenso e prejuízos na vida cotidiana (CAÍRES; SHINOHARA, 2010).
    Além disso, indivíduos com o TAS, costumam apresentam três características
    especificas, que são: a presença de um medo excessivo e persistente ou de preocupações
    intensas antes ou diante da separação dos pais ou responsáveis; a busca por formas de evitar
    que a separação ocorra, e isso ocorre de forma persistente; e o desenvolvimento do quadro de
    sintomas comportamentais e somáticos, antes, durante e após o período de separação (FLORES,
    2019).
    Crianças e adolescentes com TAS apresentam, além de sintomas comportamentais
    como choro e procura pelos pais ou responsáveis após a sua partida, sintomas somáticos
    semelhante a um ataque de pânico, composto por cefaléia, dores abdominais e musculares,
    tonturas, desmaios, náuseas, dificuldade de respirar e taquicardia dentre outros (CAÍRES;
    SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019; VIANNA; CAMPOS; LANDEIRA-FERNANDEZ,
    2009).

    16

    O TAS, além de, ser responsável por idas frequentes ao médico devido ao quadro de
    sintomas apresentados pelo acometido. É associado a recusa escolar pelos acometidos, visto
    que, os sintomas, normalmente aparecem em dias em que há escola, já que durante o período
    escolar os adolescentes são afastados dos seus pais ou responsáveis o que gera sintomas e
    consequentemente sofrimento nos adolescentes e nos pais, que optam por deixá-los em casa
    (CAÍRES; SHINOHARA, 2010; FLORES, 2019; GRILLO; SILVA, R., 2004).
    Ademais, a presença de sintomas, as idas frequentes ao médico e a recusa escolar afetam
    a autonomia do adolescente e restringem a sua interação social e seus interesses futuros,
    gerando um estresse pessoal e familiar. Além do mais, adolescentes com TAS vivenciam a
    sensação de humilhação e medo, o que resulta em indivíduo com baixa autoestima e com
    preditivo para o desenvolvimento de um transtorno de humor (CAÍRES; SHINOHARA, 2010;
    FLORES, 2019).
    Apesar dos transtornos de ansiedade serem elencados como uma das principais causas
    de carga de doença e de incapacidade no mundo, no Brasil, há poucos estudos que avaliem a
    epidemiologia desses transtornos e esses estudos são ainda mais escassos, quando o público
    adolescente é abordado (BONADIMAN et al., 2017). Mas, um estudo populacional realizado
    no Brasil demonstra que a prevalência de transtornos de ansiedade entre os adolescentes é de
    5,8% (VIANNA; CAMPOS; LANDEIRA-FERNANDEZ, 2009). Contudo, há uma escassez de
    estudos que abordem, especificamente a epidemiologia do TAS e os efeitos no âmbito social
    ocasionados por esse transtorno no público adolescente.
    Após uma breve pesquisa realizada na base de dados Pubmed, através do cruzamento
    dos descritores: Anxiety Separation, Adolescent e Social Interaction, obteve-se como resultado
    36 artigos publicados, desses 20 foram publicados nos últimos 10 anos. E após a seleção do
    critério de seleção, estudos realizados com humanos, esse número chega a apenas 9 artigos.
    Onde, 2 foram publicados no ano de 2016; 2 no ano de 2017; 3 no ano de 2019 e 1 nos anos de
    2020 e 2022. Contudo, 3 dessas pesquisas foram realizadas com crianças e 1 objetivou validar
    um instrumento de avaliação. Resultando em um total de 5 artigos, todavia, nenhum desses
    artigos tiveram o Brasil como local de estudo. Demonstrando a presença de uma lacuna, que
    precisa ser solucionada com realização de estudos que busquem investigar e conhecer a
    presença de sintomas de ansiedade de separação em adolescentes escolares no Brasil. Diante
    do exposto, torna-se necessário mensurar o índice de adolescentes com transtorno de ansiedade
    de separação no país e avaliar como esse transtorno afeta a vida social desses adolescentes.

    17

    Com base nesses argumentos é identificado que ainda são poucos os estudos e portanto
    o conhecimento sobre a relação entre o TAS e a interação social entre adolescentes escolares
    ainda é restrito.
    A hipótese da pesquisa propõe que, a utilização de dados obtidos por avançados
    instrumentos de avaliação psicológica e mental, permite avaliar a relação entre TAS e interação
    social em adolescentes.

5
  • JOSE EDUARDO NEUENSCHWANDER VILAR
  • PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E AVALIAÇÃO DE ESCORES PREDITORES DE RISCO DE SANGRAMENTO INTRACRANIANO EM PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO SUBMETIDOS À TROMBÓLISE ENDOVENOSA EM HOSPITAL DO NORDESTE BRASILEIRO

  • Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDUARDO SOUSA DE MELO
  • JOAO EUDES MAGALHAES
  • MARIA DE FATIMA VIANA VASCO ARAGAO
  • Data: 24/04/2023

  • Mostrar Resumo
  • O acidente vascular cerebral (AVC) é definido como uma
    síndrome clínica de desenvolvimento súbito, caracterizada por sintomas focais
    resultantes do envolvimento do sistema nervoso central, de origem vascular.
    Nos eventos de origem isquêmica (AVCI), quando a interrupção do fluxo
    sanguíneo desencadeia esgotamento de mecanismos de compensação e
    interrupção da comunicação elétrica entre os neurônios, a recanalização da
    artéria ocluída pode ser tentada através da trombólise endovenosa com
    alteplase, o que demonstrou aumentar as chances de bom desfecho
    neurológico. Apesar da eficácia, os eventos adversos mais temidos são as
    hemorragias intracranianas sintomáticas, cujo risco pode variar entre 2% e 7%.
    Fatores clínicos, laboratoriais e radiológicos foram associados ao maior risco
    de evento hemorrágico intracraniano e esforços têm sido realizados para
    identificá-los e minimizá-los, dentre eles, o desenvolvimento de escores
    preditores de sangramento. Justificativa. O conhecimento do perfil dos
    pacientes atendidos, bem como a utilização de escores preditores de risco de
    hemorragia intracraniana, podem ser ferramentas úteis, tanto para estimar
    riscos e orientar as ações durante e após a trombólise, quanto para guiar
    expectativas de pacientes e familiares. Hipótese. Na população estudada,
    valores de escores preditores de risco validados em literatura podem ter
    associação com hemorragia intracraniana sintomática após infusão de
    alteplase nos pacientes com AVCI. Objetivos. Aplicação de escores preditores
    de risco de sangramento em pacientes submetidos à trombólise endovenosa
    com alteplase e associação das respectivas pontuações com eventos
    hemorrágicos intracranianos. Métodos. Estudo transversal, retrospectivo,
    monocêntrico, baseado em revisão de registros hospitalares, envolvendo 91
    pacientes com AVCI agudo tratados com alteplase e seus desfechos.
    Resultados. Dentre os escores aplicados, o GRASPS teve associação
    estatisticamente significativa com eventos hemorrágicos intracranianos, de
    modo que 21,9% dos pacientes com escore GRASPS ≥ 73 apresentaram
    hemorragia intracraniana sintomática, enquanto apenas 6,8% daqueles com
    escore < 73 foram acometidos por esta complicação (p 0,035).


  • Mostrar Abstract
  • Indrodução. O acidente vascular cerebral (AVC) é definido como uma síndrome
    clínica, de desenvolvimento súbito, caracterizada por sintomas focais do sistema nervoso
    central, resultantes da alteração da função cerebral de origem vascular. Cerca de 80% dos
    casos de AVC são isquêmicos (AVCi), onde o esgotamento de mecanismos de compensação
    determina a interrupção da comunicação elétrica entre os neurônios, com prejuízo functional
    progressive e a recanalização da artéria ocluída pode ser tentada através da dissolução do
    trombo por trombólise química ou mecânica, o que demonstrou aumentar as chances de bom
    desfecho neurológico a longo prazo, quando bem indicados. Apesar da eficácia, o uso da
    alteplase é limitado pelo risco de complicações hemorrágicas, cujo risco pode variar entre 2% e
    7%. Algumas variáveis clínicas, laboratoriais e radiológicas são associadas ao maior risco de
    hemorragia intracraniana sintomática e esforços têm sido realizados para desenvolvimento de
    escalas preditoras de sangramento, visando melhor previsão de desfecho para pacientes com
    fatores de risco. Justificativa. O conhecimento do perfil dos pacientes atendidos, bem como a
    utilização de escores preditores de risco podem ser ferramentas úteis, tanto para estimar riscos
    e orientar as ações durante e após a trombólise, quanto para guiar expectativas de pacientes e
    familiares. Hipótese. Dentre os pacientes afetados por AVC, há elevada frequência de
    comorbidades. Fatores como tempo porta-agulha, escala NIHSS, peso, uso de medicações,
    além de glicemia e pressão arterial pré e pós-infusão, podem estar relacionados às
    complicações hemorrágicas após trombólise endovenosa. Objetivos. Analisar a incidência de
    fatores de risco e desfechos hemorrágicos intracranianos sintomáticos em pacientes
    submetidos à trombólise química, utilizando um escore preditor de risco de sangramento.
    Métodos. Estudo observacional, retrospectivo, monocêntrico, baseado em revisão de registros
    hospitalares, envolvendo características de uma casuística de pacientes com AVC agudo
    tratados com rt-PA intravenoso e seus desfechos. Resultados esperados. Obter um perfil da
    população atendida, avaliando maior gravidade naqueles pacientes com maiores pontuações
    nas escalas NIHSS e ASPECTS, bem como com escore SITS, que será aplicado com a
    pretenção de definir fatores de risco preditores de sangramento na população estudada e sua
    correlação com maior risco de hemorragias sintomáticas. Viabilidade de execução. O estudo
    pode ser considerado viável tendo em vista o baixo custo e complexidade envolvidos, por
    tratar-se de desenho retrospectivo e baseado em informações contidas em prontuários
    médicos. Os custos serão despendidos pelo pesquisador.

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  • CLENES DE OLIVEIRA MENDES CALAFANGE
  • Risco de suicídio associado à alta sincronia das ondas Beta e assimetria das ondas Alpha e Beta no EEG quantitativo

  • Orientador : EVERTON BOTELHO SOUGEY
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS AUGUSTO CARVALHO DE VASCONCELOS
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • VANIA PINHEIRO RAMOS
  • Data: 28/04/2023

  • Mostrar Resumo
  • Segundo a Organização Mundial de Saúde, ocorre anualmente um
    milhão de óbitos por suicídio associado à saúde mental. Entretanto, a forma de
    avaliação do risco de suicídio ainda tem sido pela análise clínica subjetiva. Objetivo:
    Avaliou-se o risco de suicídio associado ao excesso de sincronia das ondas Beta,
    baixa sincronia da onda Gamma e inversões das ondas Alpha e Beta no EEG
    quantitativo (EEGq). Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, exploratório,
    experimental e ex-post-facto. Foram avaliados 65 pacientes masculinos, entre 21 e 65
    anos, com risco de suicídio, em duas etapas: anamnese e exame de EEGq pelo
    método Trainers’ QEEG (TQ-7). Os pacientes foram divididos em três grupos:
    transtorno afetivo bipolar e depressão maior ao mesmo tempo [TAB+DM], depressão
    maior [DM] e depressão com desesperança [DD]. Foram analisados os percentuais
    de sincronias das ondas Beta-Baixa (12-15 Hz), Beta (15-23 Hz), Beta-Alta (23-38 Hz),
    e Gamma (38-42 Hz), além da inversão das ondas Alpha (8-12 Hz) e Beta (15-23 Hz).
    Considerou-se excesso de sincronia das ondas Beta, quando o percentual ficava
    >40% e baixa de sincronia de ondas Gamma com o percentual estava <40%. Os
    dados não paramétricos foram analisados pelo teste Qui-quadrado e representados
    numa tabela contingencial e os paramétricos pela Análise de Variância, expressos em
    Média ± Erro Padrão (EP), com p≤0,05*. Resultados: Houve maior frequência de
    tentativa ou ideação suicida no grupo [TAB+DM] (60%) p≤0,05*, quando comparado
    aos grupos [DM] (20%) e [DD] (20%). Observou-se também excesso de sincronia no
    grupo [TAB+DM] nas frequências: Beta-baixa, nos sítios a seguir do sistema 10-20
    do EEG, Fp1-Fp2 (72,31±0,44**), F3-F4 (73,82±0,50**); Fz-Pz (47,33±0,51**), Cz-Oz
    (48,46±0,48**), P3-P4 (58,03±0,64**) e O1-O2 (58,23±0,71**), comparados aos
    respectivos sítios dos grupos [DM] (62,46 ± 0,94), (56,85 ± 0,94), (28,00±0,72),
    (21,85±0,40), (35,92±0,98) (47,46±1,23) e [DD] (50,31 ± 1,16), (73,00 ± 0,88),
    (34,69±1,00) (35,23±0,99), (46,46 ± 0,69) e (35,38 ± 1,40); Beta [TAB+DM] em Fp1-
    Fp2 (60,38±0,53**), F3-F4 (61,26±0,49**), C3-C4 (42,13 ± 0,42**), Fz-Pz (48,41 ±
    0,52**), Cz-Oz (45,26 ± 0,47**), P3-P4 (49,23 ± 0,65**) e O1-O2 (55,46 ± 0,69**)
    comparados aos [DM] (42,31 ± 1,33), (38,54 ± 0,47), (29,38 ± 0,63), (32,92 ± 0,28),
    (31,92 ± 0,28), (32,92 ± 0,53) e (35,77 ± 0,51) e [DD] (56,92 ± 0,66), (75,85 ± 0,60),

    (30,46 ± 1,16), (39,62 ± 0,93), (36,92 ± 0,84), (38,54 ± 0,70) e (24,54 ± 0,98); Beta-
    alta [TAB+DM], em Fp1-Fp2 (41,56 ± 0,60), F3-F4 (48,62 ± 0,35**), C3-C4 (43,28 ±

    0,40*), Fz-Pz (43,62 ± 0,46**), Cz-Oz (41,10 ± 0,40**), P3-P4 (49,56 ± 0,64*) e O1-O2
    (42,00 ± 0,80) comparados aos [DM] (39,00 ± 1,35), (36,85 ± 1,09), (32,92 ± 0,28),
    (26,15 ± 0,82), (23,08 ± 0,28), (37,46 ± 1,04) e (36,46 ± 0,75) e [DD] (51,77 ± 0,49),
    (62,85 ± 0,60), (28,31 ± 1,06), (26,08 ± 1,03), (34,15 ± 0,91), (52,62 ± 0,80) e (37,38
    ± 1,40). Conclusão: Pacientes com [TAB+DM] apresentam excesso de sincronia
    entre as regiões anterior e posterior e entre os hemisférios esquerdo e direito do
    cérebro e maior risco de suicídio.


  • Mostrar Abstract
  • Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é responsável
    anualmente por um milhão de óbitos (1,4% do total), e é a principal dentre as causas
    de morte de pessoas de 15 a 44 anos de idade. A taxa mundial de suicídio estimada
    pela OMS é de 11,4 óbitos por 100 mil habitantes. As tentativas de suicídio são de
    10 a 20 vezes mais frequentes que o suicídio em si e não estão incluídas nessas
    estatísticas (ORGANIZATION, 2014) .
    Alguns transtornos mentais são mais comumente associados ao suicídio,
    como a depressão (ASSUMPÇÃO; OLIVEIRA; DE SOUZA, 2018) , transtorno do
    humor bipolar (LUCIANO et al., 2023) e dependência de álcool e de outras drogas
    psicoativas (LANGE et al., 2022) . Esquizofrenia e certas características de
    personalidade também podem ser fatores de risco (BOTEGA, 2014) . Entre
    adolescentes, a prevalência de ideação suicida e comportamentos de automutilação
    (incluindo autolesão não suicida) é bastante alta, com estimativas de até 38% e
    estão entre os mais fortes preditores clínicos de subsequente tentativa de suicídio
    (HO et al., 2021) .
    Isto posto, identificar alterações cerebrais que contribuem para os
    pensamentos e comportamentos suicidas são importantes para desenvolver
    estratégias mais direcionadas e eficazes para prevenir o suicídio e, dessa forma, a
    neuroimagem tem avançado com o intuito de fornecer medidas mais precisas na
    identificação dos substratos neurobiológicos de pensamentos e comportamentos
    suicidas (SCHMAAL et al., 2020) , mas poucos estudos compararam diretamente o
    funcionamento do cérebro e a estrutura relacionada à ideação ou comportamento
    suicida (WAGNER et al., 2021) .
    Nesse sentido, um estudo recentemente publicado demonstrou que baixa
    sincronia de ondas Gamma (38-42 Hz) observada entre os hemisférios tem sido
    encontrada em diversos pacientes com ideação suicida (ARIKAN et al., 2019) . Em
    uma linha oposta a essa investigação, outros achados vêm corroborar a importância
    das ondas Gamma (38-42 Hz), demonstrando que o aumento de sua sincronia em

    um grupo de meditadores, possibilitou aumento da capacidade cognitiva e redução
    da ansiedade do grupo (FERRARELLI et al., 2013; PASCUAL; VALLESPÍN, 2013) .
    Dessa forma, este estudo intenta reproduzir esse achado, envolvendo a baixa
    de sincronia das ondas Gamma (38-42 Hz), mas também, investigar o excesso de
    comunicação entre os hemisférios esquerdo e direito observado em relação à
    sincronia das ondas Beta (15-23 Hz) e Beta-Alta (23-38 Hz) (RIBAS; GUERRA-
    RIBAS; MARTINS, 2016) , já que um excesso de comunicação, representado numa
    sincronia excessiva, pode indicar conexões desnecessárias entre essas áreas,
    diminuindo o funcionamento de outros circuitos com outras áreas, podendo
    ocasionar pensamentos rígidos (FINGELKURTS; FINGELKURTS, 2022) .
    Como a maior parte dos pacientes com ideação e/ou tentativa de suicídio
    encaminhados ao Instituto do Cérebro de Pernambuco (ICerPE), local escolhido
    para a coleta de dados deste estudo, apresenta Depressão ou Transtorno Afetivo
    Bipolar (TAB), parece haver a necessidade de se descrever esses transtornos a
    seguir, explicitando-se as semelhanças e diferenças conceituais à luz do Manual
    Estatístico de Doença Mental número V (DSM-V) e dos padrões das atividades
    elétricas cerebrais destes transtornos já registrados na comunidade científica.

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  • IGOR DE OLIVEIRA
  • CEFALEIA EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

  • Orientador : PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RENATA GOMES LONDERO
  • LUCIANA PATRIZIA ALVES DE ANDRADE VALENCA
  • RAFAELA SILVA GUIMARAES GONCALVES
  • Data: 09/05/2023

  • Mostrar Resumo
  • O Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença imunomediada crônica, com
    envolvimento multissistêmico, associada a sintomas neuropsiquiátricos. Cefaleia é um
    sintoma frequentemente relatado por esses pacientes, porém ainda há conflitos na
    literatura acerca da prevalência em relação à população geral e se há associação com
    atividade de doença.
    Objetivos
    Avaliar as características e o impacto das cefaleias apresentadas por pacientes com
    diagnóstico de LES e sua relação com atividade de doença.
    Métodos
    Esse foi um estudo do tipo caso-controle. O grupo caso foi composto por pacientes
    com diagnóstico de LES e um grupo controle foi formado por acompanhantes e
    funcionários do hospital. Realizamos pareamento individual para sexo e idade entre
    os casos e controles (1:1). Os participantes foram submetidos a entrevista e exame
    com neurologista, para coleta dos dados sobre cefaleia. Os pacientes com LES foram
    avaliados por reumatologista, que registrou dados clínicos e aferiu atividade de
    doença pela escala Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index (SLEDAI)-
    2K modificada. Todos os participantes tiveram o impacto da cefaleia aferido pela
    escala Headache Impact Test (HIT-6), os sintomas de ansiedade e depressão foram
    pesquisados pela escala Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS). As análises
    estatísticas foram realizadas no SPSS 29.0 com significância definida com p < 0,05.
    Resultados
    Foram incluídos 228 indivíduos, sendo 114 em cada grupo. Os pacientes com LES
    exibiram cefaleia mais intensa (86,8% vs 68,4%, OR 3,33, IC95% 1,61-6,91, p =
    0,0001) e uma maior frequência mensal de dor (3 [1-12] vs 2 [0-5], p = 0,004), porém
    a prevalência de cefaleia (88,6% vs 86%, OR 1,27, IC95% 0,59-2,75, p = 0,690) e os
    escores da escala HIT-6 (mediana [IIQ] 57 [46-63] vs 54,5 [44-63], p = 0,256) não
    diferiram entre os grupos. Os pacientes com LES tiveram menor escolaridade (18,5%
    vs 42,1%, OR 0,30, ICR95% 0,21-0,84, p < 0,001) e mais depressão (45,6% vs 26,3%,
    OR 2,57, IC95% 1,40-4,72, p = 0,003). Após ajuste para esses fatores, LES manteve
    associação com cefaleia intensa (ORaj 3,21, IC95% 1,41-7,29, p = 0,005), mas não

    com frequência mensal de dor (p = 0,177). Não foi evidenciada associação entre
    cefaleia e atividade de doença nos pacientes com LES.
    Conclusões
    Pacientes com LES apresentam cefaleia de prevalência similar, porém mais grave,
    comparados à população sem a doença. Entretanto, não há associação com atividade
    de doença. O LES pode modificar o curso de cefaleias primárias, tornando-as mais
    graves, mas não está associado a uma cefaleia específica.


  • Mostrar Abstract
  • O LES é uma doença autoimune que acarreta envolvimento multissistêmico, incluindo o
    sistema nervoso central, o que ocasiona surgimento de sintomas neurológicos. Dentre eles, a cefaleia é uma
    queixa frequente nesses pacientes, representando, por vezes, um desafio para neurologistas e
    reumatologistas. Os dados sobre cefaleias nesses pacientes são controversos e relação à prevalência e aos
    fatores associados. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo geral avaliar as características e o impacto
    das cefaleias apresentadas por pacientes com LES. Método: Trata-se de um estudo observacional do tipo
    caso controle; o grupo caso será composto de pacientes com diagnóstico de LES e o grupo controle será
    constituído de pessoas sem história de doença autoimune. A coleta de dados será realizada por meio de
    consulta de prontuários e aplicação de questionários semiestruturados sobre características do LES e da
    cefaleia, além do uso da escala SLEDAI-2K para mensurar atividade do LES, escala HIT-6 para avaliar o
    impacto da cefaleia e escala HADS para investigar a presença de sintomas de depressão e ansiedade.
    Resultados esperados: Espera-se que pacientes com diagnóstico de LES tenham uma maior
    prevalência e gravidade de cefaleia em relação ao grupo controle, pareado em sexo e idade, sem a doença.
    Os pacientes com LES em atividade devem apresentar uma maior prevalência e gravidade de cefaleia, assim
    como características clínicas diferentes dos pacientes fora de atividade.

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  • ISABELA DE FATIMA PINA DE ALMEIDA
  • FATORES ASSOCIADOS A MELHORES DESFECHOS NO PRIMEIRO EPISÓDIO PSICÓTICO: ANÁLISE DO AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFPE 

  • Orientador : LEONARDO MACHADO TAVARES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA LUCIA DE BUSTAMANTE SIMAS
  • MURILO DUARTE DA COSTA LIMA
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • Data: 26/06/2023

  • Mostrar Resumo
  • A presença de sintomas psicóticos é bastante comum na prática clínica, ocorrendo em diversos
    transtornos e doenças. A criação de serviços especializados na condução do primeiro episódio
    psicótico (PEP) tem demonstrado melhores desfechos funcionais e tratamento adequado e rápido para
    tais condições. Em 2018, foi criado no Hospital das Clínicas da UFPE (HC-UFPE), o ambulatório de
    PEP. O presente estudo irá avaliar os dados dos pacientes admitidos no ambulatório desde julho de
    2018 até julho de 2021, buscando identificar o perfil de pacientes neste ambulatório, bem como os
    fatores relacionados com melhores desfechos clínicos. Foi realizada uma coleta de dados de
    prontuário em dois momentos: admissão e após seis meses de seguimento, tratando-se de um estudo
    de coorte. A hipótese principal do estudo foi que menor duração da psicose não tratada (DPNT) e
    ausência de história de uso de substâncias psicoativas estão significativamente associadas a melhores
    desfechos clínicos após PEP. Após a coleta de dados, foram incluídos na pesquisa 34 pacientes. A
    análise estatística descritiva foi realizada através de medidas de média e desvio padrão ou mediana e
    intervalo interquartil, a depender da distribuição de normalidade dos dados, para as variáveis
    quantitativas contínuas; e número absoluto/percentagem para as variáveis qualitativas. Para
    comparação entre os valores da PANSS nos dois momentos utilizamos o teste T pareado, paramétrico.
    Para avaliação da correlação entre DPNT e resposta ao tratamento com as demais variáveis foi
    realizado o teste de correlação de Spearman e Pearson. Resultados: 85,3% da amostra foi de homens,
    com 50% dos pacientes com idade entre 19-30 anos, 82% moradores da região metropolitana do
    Recife. A maioria dos pacientes (70%) não teve história de internamento ao longo do
    acompanhamento. Na análise pré/pós da PANSS houve diferença significativa entre os valores da
    PANSS geral, PANSS positiva e PANSS total. Realizando a correlação entre DPNT e variáveis só
    encontramos correlação direta, moderada, com valor de p significativo para: história de internamento,
    resposta ao tratamento e PANSS geral. Os dados são preliminares, pois ainda faltam ser coletados
    dados de 13 prontuários.


  • Mostrar Abstract
  • A presença de sintomas psicóticos é bastante comum na prática clínica, ocorrendo em diversos
    transtornos e doenças. A criação de serviços especializados na condução do primeiro episódio
    psicótico (PEP) tem demonstrado melhores desfechos funcionais e tratamento adequado e rápido para
    tais condições. Em 2018, foi criado no Hospital das Clínicas da UFPE (HC-UFPE), o ambulatório de
    PEP. O presente estudo irá avaliar os dados dos pacientes admitidos no ambulatório desde julho de
    2018 até julho de 2021, buscando identificar o perfil de pacientes neste ambulatório, bem como os
    fatores relacionados com melhores desfechos clínicos. Foi realizada uma coleta de dados de
    prontuário em dois momentos: admissão e após seis meses de seguimento, tratando-se de um estudo
    de coorte. A hipótese principal do estudo foi que menor duração da psicose não tratada (DPNT) e
    ausência de história de uso de substâncias psicoativas estão significativamente associadas a melhores
    desfechos clínicos após PEP. Após a coleta de dados, foram incluídos na pesquisa 34 pacientes. A
    análise estatística descritiva foi realizada através de medidas de média e desvio padrão ou mediana e
    intervalo interquartil, a depender da distribuição de normalidade dos dados, para as variáveis
    quantitativas contínuas; e número absoluto/percentagem para as variáveis qualitativas. Para
    comparação entre os valores da PANSS nos dois momentos utilizamos o teste T pareado, paramétrico.
    Para avaliação da correlação entre DPNT e resposta ao tratamento com as demais variáveis foi
    realizado o teste de correlação de Spearman e Pearson. Resultados: 85,3% da amostra foi de homens,
    com 50% dos pacientes com idade entre 19-30 anos, 82% moradores da região metropolitana do
    Recife. A maioria dos pacientes (70%) não teve história de internamento ao longo do
    acompanhamento. Na análise pré/pós da PANSS houve diferença significativa entre os valores da
    PANSS geral, PANSS positiva e PANSS total. Realizando a correlação entre DPNT e variáveis só
    encontramos correlação direta, moderada, com valor de p significativo para: história de internamento,
    resposta ao tratamento e PANSS geral. Os dados são preliminares, pois ainda faltam ser coletados
    dados de 13 prontuários.

9
  • PAULO CÉSAR DA SILVA QUEIROZ
  • SINTOMAS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA EM SOBREVIVENTES DA COVID-19

  • Orientador : SILVIA REGINA ARRUDA DE MORAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANNA MYRNA JAGUARIBE DE LIMA
  • DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
  • RENATA JANAINA PEREIRA DE SOUZA
  • Data: 28/06/2023

  • Mostrar Resumo
  • A doença do coronavírus 2019 (COVID-19) é motivo de grande preocupação mundial,
    mesmo com as formas de contaminação, prevenção e transmissão já bem estabelecidas na literatura

    científica, devido às incertezas sobre suas consequências. Indivíduos que foram infectados pelo SARS-
    CoV-2 (vírus da COVID-19), principalmente os que necessitaram de hospitalização, têm relatado a

    persistência ou surgimento de sintomas meses após o quadro superado, podendo se tratar de sequelas
    que envolvem comprometimento mental e físico, como ansiedade, depressão e baixos níveis de
    atividade física. Objetivo: Determinar o impacto a longo prazo da COVID-19 na saúde mental, através
    da identificação de sintomas ansiosos e depressivos, e do nível de atividade física de sobreviventes
    após sete meses alta hospitalar. Método: O estudo do tipo observacional analítico transversal,
    realizado entre outubro de 2021 à setembro de 2022, com 330 sobreviventes da COVID-19 que tiveram
    alta do Hospital de Campanha Aurora (Recife, Pernambuco). Todos os voluntários foram entrevistados
    via contato telefônico através de questionários validados para avaliação de sintomas ansiosos e
    depressivos (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão – EHAD) e do nível de atividade física
    (Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ versão curta), além disso, informações
    sociodemográficas, história clínica e de internamento também foram coletadas. Indivíduos com
    incapacidade de compreensão, interpretação e poder de resposta, com diagnóstico prévio ao
    internamento de doença neurológica ou transtorno mental e incapacitados de realizar exercício físico
    devido alguma deficiência física foram excluídos. Foram realizadas análises estatísticas descritivas,
    com variáveis expressas em números e proporções. Para avaliação da normalidade dos dados foi
    aplicado o teste de Shapiro-Wilk e para avaliação da homogeneidade de variâncias o teste de Levene,
    seguido do teste t para grupos independentes. O teste Qui-quadrado de Pearson foi aplicado para
    identificar associações entre variáveis qualitativas. O nível de significância adotado foi de 5%.
    Resultados: Foi observado a presença de ansiedade e depressão em 23,6% e 18,2%,
    respectivamente, e baixos níveis de atividade física em 55,8% dos sobreviventes da COVID-19.
    Quando comparado ansiedade e depressão com o nível de atividade física, foi observado uma maior
    frequência (52,2%) do baixo nível de atividade física naqueles identificados com a presença de
    depressão (p = 0,023). Além disso, o sexo biológico feminino apresentou valores maiores na subescala
    para ansiedade (p = 0,003) e para depressão (p = 0,045) e uma maior frequência (70,8%) para o baixo
    nível de atividade física (p < 0,001) quando comparado ao sexo biológico masculino. Aqueles admitidos
    em UTI apresentaram valores maiores na subescala para ansiedade (p = 0,006) quando comparados
    aos internados em enfermaria. Por fim, indivíduos que realizaram oxigenoterapia comparados aos que
    não realizaram apresentaram valores maiores na subescala para depressão (p = 0,009) e os que foram
    intubados apresentaram valores maiores tanto na subescala para ansiedade (p = 0,001) quanto na
    subescala para depressão (p < 0,001). Conclusão: Alterações na saúde mental e física são observadas
    em sobreviventes da COVID-19 após sete meses de alta hospitalar. Uma proporção considerável
    apresentaram sintomas de ansiedade e depressão, enquanto mais da metade dos entrevistados tinham
    baixos níveis de atividade. Mais estudos são necessários para fortalecimento do impacto da COVID-19
    a longo prazo.


  • Mostrar Abstract
  • Devido as incertezas envolvendo as consequências da pandemia vigente, o presente estudo tem o objetivo de avaliar o impacto de médio a longo prazo da COVID-19 na saúde mental e no nível de atividade física em sobreviventes que necessitaram de internamento hospitalar para manejo da doença. Para isso, foram entrevistados via contato telefônico 181 voluntários que tiveram alta do Hospital de Campanha Aurora (Recife, Pernambuco) após tratamento da COVID-19. Foi utilizado um formulário eletrônico para registro das respostas, constituído pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), questões sociodemográficas e de história clínica, além de questionários validados para avaliação dos sintomas de ansiedade e depressão (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão – EHAD-A e EHAD-D) e nível de atividade física (Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ versão curta). Foi observado através da análise geral dos dados da EHAD, ausência de sintomas de ansiedade e depressão, onde a pontuação média nas subescalas EHAD-A e EHAD-D foram de 5,13 (± 4,07) e 4,88 (± 4,06), respectivamente. No entanto, foi evidenciado que o sexo feminino apresentou uma pontuação média maior na subescala EHAD-D quando comparado ao sexo masculino (p = 0,015), e aqueles com um tempo de alta de 7-8 meses apresentaram níveis mais elevados de sintomas de ansiedade e depressão, com pontuação média de 8,50 (± 7,78) na EHAD-A e 9 (± 12,73) na EHAD-D, apesar de não apresentar diferença estatística quando comparado aos indivíduos com tempo de alta mais longo. Na avaliação do nível de atividade física, 33,7% dos entrevistados classificaram-se como ativo, 21,5% como irregularmente ativo A e 20,4% como sedentários.

10
  • CLÁUDIO GONÇALVES VIANA NETO
  • REPERCUSSÕES PSIQUIÁTRICAS EM SOBREVIVENTES DA COVID-19

  • Orientador : EVERTON BOTELHO SOUGEY
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DIEGO CABRAL LACERDA
  • PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • TATIANA DE PAULA SANTANA DA SILVA
  • Data: 18/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • Introdução: Desde os primeiros meses da pandemia da Covid-19, houve a percepção de que a
    infecção não se restringia ao sistema respiratório. Através do aumento número de pessoas
    infectadas em todo o mundo e a presença de sequelas após o período agudo da doença, tal fato
    se tornou mais compreensível. Um corpo substancial de estudos comprovou que a Covid-19 é
    uma doença multissistêmica, sendo as sequelas psiquiátricas uma das que mais preocupavam
    pelo número de pessoas com transtornos mentais após período agudo da infecção. No entanto,
    a maioria dos estudos publicados eram de transtornos psiquiátricos em um período entre 4 a 12
    semanas após o diagnóstico, sem especificar a questão da cronicidade dos sintomas. Objetivo:
    Dessa forma, este trabalho objetivou identificar se sintomas ansiosos e depressivos persistiriam
    após mais de 6 meses do diagnóstico da Covid-19. Métodos: Estudo transversal em que foram
    avaliados 20 pacientes de dois hospitais públicos do Recife no Nordeste do Brasil. Os pacientes
    responderam um questionário com instrumentos de avaliação psiquiátrica, que identificava a
    presença de sintomas ansiosos, depressivos e os risco de suicídio durante a fase crônica da
    Covid-19. Resultados: Considerando a pontuação geral dos instrumentos GAD-7 e PHQ-9,
    identificamos que 9(45%) dos indivíduos apresentaram ansiedade e 10(50%) mostraram
    depressão. Além disso, através da verificação de cada sintoma, observou-se pelo GAD-7, que
    10 dos indivíduos responderam positivamente para o sintoma “sentir-se nervoso(a), ansioso ou
    muito tenso(a)” entre 10 a 12 meses, enquanto apenas 2 deles apresentavam o sintoma entre 7-
    9 meses do diagnóstico, o que remete ao fato de que os sintomas de estresse ou depressão
    encontram-se presentes independente do tempo de diagostico Conclusões: Este trabalho
    mostrou a persistência dos sintomas ansiosos e depressivos após mais de 6 meses do diagnóstico
    da Covid-19. Considerando que tivemos altas taxas de infecção no Brasil, é necessário mensurar
    o impacto dessas sequelas na população, a fim de que ocorra o seguimento adequado dessas
    pessoas.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: No momento, a Covid-19 é reconhecida como uma doença multiorgânica,

    envolvendo, frequentemente, o sistema nervoso. Evidências crescentes sugerem que o SARS-
    CoV-2 pode causar sintomas neurológicos e psiquiátricos por afetar o cérebro. Evidências

    conduzidas na China comprovaram que, em indivíduos infectados pela Covid-19, as
    manifestações neuropsiquiátricas foram encontradas em aproximadamente 22,5%. Ansiedade,
    depressão e dificuldades do sono estiveram presentes em, aproximadamente, um quarto dos
    pacientes e persistiram durante os seis meses seguintes de acompanhamento. Porém,

    atualmente, a pesquisa detalhada sobre as repercussões neuropsiquiátricas no período pós-
    agudo da infecção por COVID-19 e a análise e acompanhamento quanto ao grau de cronicidade

    destes sintomas ainda é limitado. Objetivo: Avaliar a presença e a persistência de sintomas
    neuropsiquiátricos em pacientes que tiveram o diagnóstico de infecção pela Covid-19.
    Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte contemporânea prospectiva ocorrendo o
    seguimento por até 6 meses após o diagnóstico de pacientes que tiveram Covid-19. A avaliação
    acontecerá por meio de questionário que inclui dados sóciodemográficos e instrumento de
    rastreio de sintomas neuropsiquiátricos. Resultados esperados: Acredita-se que este estudo
    possa auxiliar a compreensão da COVID-19 e suas repercussões no aspecto
    neuropsiquiátrico/cognitivo e, nesse sentido, seja no âmbito da gestão em saúde, considerada
    uma evidência importante para subsidiar as demandas dos sistemas em relação aos métodos de
    triagem, diagnóstico e tratamento de todas as doenças possivelmente correlacionadas às
    complicações do SARS-CoV-2 no que diz respeito a saúde mental. Além disso, no campo da
    pesquisa clínica em neurociências, acredita-se que este estudo possa estimular a realização de
    novos projetos capazes de distinguir os efeitos diretos do vírus no sistema nervoso e sobre o
    comportamento humano.

11
  • WESLLEY ALEX DA SILVA DIONISIO
  • SAÚDE MENTAL E ADOLESCÊNCIA: relação entre os sintomas depressivos e o nível de atividade física

  • Orientador : ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DIEGO CABRAL LACERDA
  • JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • Data: 19/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • A pandemia de Covid-19 trouxe diversos prejuízos à população global, parte deles
    ainda estão sendo investigados. Diversos fatores contribuíram para um potencial
    risco de desenvolvimento de sintomas depressivos e baixa autoestima, ao passo
    que impossibilitaram a prática de atividades físicas em geral. Os adolescentes
    parecem ter sido afetados diretamente por este cenário. Assim, a presente pesquisa
    buscou mensurar a prevalência de sintomas depressivos, o nível de autoestima e
    atividade física, e avaliar possíveis associações entre estas variáveis durante o
    período da pandemia. Trata-se de um estudo transversal realizado com 1071
    adolescentes brasileiros (16.30 ±1.1 anos, 56.6% females), que avaliou sintomas
    depressivos, autoestima e atividade física através do Hamilton Depression Rating
    Scale, Rosenberg Self-Esteem Scale e Physical Activity Questionnaire for
    Adolescents, respectivamente. Dos adolescentes avaliados, 53.4% apresentaram
    sintomas depressivos, 76.4% autoestima não satisfatória e 90.4% nível insuficiente
    de atividade física, sendo a maior parte sedentários (61.2%). Sintomas depressivos
    elevados correlacionaram-se com uma menor autoestima (Rô de Spearman = -
    0,585; p<0,001) e atividade física (Rô de Spearman = -0,076; p=0,037). A
    autoestima e atividade física correlacionam-se de forma positiva (Rô de Spearman =
    0,138; p<0,001). Além disso, observou-se maiores escores de sintomas depressivos
    em indivíduos com autoestima não satisfatória (p<0,001; Mann-Whitney U test). Os
    escores de atividade física foram menores em indivíduos com sintomas depressivos
    (p=0,043; Mann-Whitney U test). Diante disso, conclui-se que durante a pandemia os
    adolescentes apresentaram sintomas depressivos, autoestima não satisfatória e um
    nível de atividade física insuficiente. Além disso, os indivíduos com sintomatologia
    depressiva apresentaram baixa autoestima e menor nível de atividade física, quando
    comparados aos indivíduos sem os sintomas.


  • Mostrar Abstract
  • Apresente de forma concisa os pontos relevantes de seu trabalho, de forma que
    qualquer pessoa consiga ter uma visão rápida e clara de seu conteúdo e
    conclusões. O resumo é formado por apenas um parágrafo, sem tópicos, contendo,
    preferencialmente, entre 150 e 500 palavras. Convém evitar fórmulas e equações no
    resumo, pois, além de ser uma recomendação na NBR 6028 (Resumo), as
    expressões com caracteres especiais, sobretudo com subscritos ou sobrescritos,
    geralmente não são lidas adequadamente pelo site do Repositório Digital da UFPE –
    Attena, onde seu resumo e abstract ficarão disponíveis, o que dificulta também a
    recuperação pela BDTD Nacional, podendo prejudicar a visibilidade de seu trabalho.
    Nas palavras-chave indique de 3 a 6 termos que representem o conteúdo do
    trabalho, preferencialmente escolhidos do vocabulário controlado indicado pela
    biblioteca setorial de seu centro. Confira aqui qual vocabulário controlado é
    recomendado pela biblioteca de seu centro.

12
  • UBIRATAN ALVES VITURINO DA SILVA
  • CARACTERÍSTICAS ANGIOGRÁFICAS DAS LESÕES ARTERIAIS DA CABEÇA
    E PESCOÇO NO TRAUMATISMO POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO

  • Orientador : MARCELO MORAES VALENCA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLAUDIO HENRIQUE FERNANDES VIDAL
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • MARIA DE FATIMA VIANA VASCO ARAGAO
  • Data: 28/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • O traumatismo por arma de fogo é considerado pela organização mundial de
    saúde (OMS) um agravo de saúde global e deve ser tratado como uma doença. Nos
    Estados Unidos da América (EUA), o número de mortes por arma de fogo triplicou
    na última década e chegou a exceder o número de mortes associadas a acidentes
    automobilísticos. 1,2 Apesar das mortes por arma de fogo estarem concentradas em
    países de média e baixa renda, a maior parte dos estudos desse tema concentra-se
    nos países mais desenvolvidos economicamente 3 . No brasil, as internações por
    agressão ultrapassaram 100 mil atendimentos nos últimos 6 anos 4 . No Brasil, a
    violência interpessoal ainda figura como uma das cinco principais causas de óbito. O
    traumatismo relacionado aos projéteis de arma de fogo, além de estar associado a
    elevados índices de mortalidade, acomete em sua maioria jovens em faixa etária
    economicamente ativa 3 . Dentre todas as lesões causadas por arma de fogo, as
    lesões crânio cerebrais contam como as mais letais 5 e, dentre os sobreviventes, as
    que carregam pior prognóstico 6 . Em decorrência dos fatores político-sociais, cresceu
    a preocupação com o manejo adequado desses pacientes, bem como atenção às
    possíveis complicações. Os estudos mais recentes que abordam essa temática
    salientam que em cada caso pode trazer características particulares, o que faz a
    individualização da abordagem uma peça-chave no tratamento do paciente 7 .
    Os estudos de imagem são essenciais na propedêutica do trauma cervico-
    craniano por arma de fogo. Há diversos fatores implicados como essenciais na
    avaliação por imagem, logo a avaliação pormenorizada é essencial para definição da
    necessidade de cirurgia, técnica cirúrgica apropriada e definição da necessidade de
    tratamento complementar 8,9 .
    As primeiras pesquisas encontraram baixíssimas taxas de lesões arteriais
    associadas ao traumatismo cranioencefálico por PAF 10,11 . O avanço tecnológico
    possibilitou o aumento da sensibilidade dos métodos diagnósticos, o que
    provavelmente também teve influência positiva no grau de suspeição para lesões
    vasculares. O contínuo melhoramento e a ampliação na disponibilidade dos métodos
    de radiodiagnóstico possibilita que esse conhecimento seja cada vez mais
    aprofundado. Em especial, o conhecimento acerca da natureza das lesões
    traumáticas oportuniza o desenho de estudos com maior poder metodológico que
    possam estabelecer protocolos de conduta.


  • Mostrar Abstract
  • O traumatismo por arma de fogo é considerado pela organização mundial de
    saúde (OMS) um agravo de saúde global e deve ser tratado como uma doença. Nos
    Estados Unidos da América (EUA), o número de mortes por arma de fogo triplicou
    na última década e chegou a exceder o número de mortes associadas a acidentes
    automobilísticos. 1,2 Apesar das mortes por arma de fogo estarem concentradas em
    países de média e baixa renda, a maior parte dos estudos desse tema concentra-se
    nos países mais desenvolvidos economicamente 3 . No brasil, as internações por
    agressão ultrapassaram 100 mil atendimentos nos últimos 6 anos 4 . No Brasil, a
    violência interpessoal ainda figura como uma das cinco principais causas de óbito. O
    traumatismo relacionado aos projéteis de arma de fogo, além de estar associado a
    elevados índices de mortalidade, acomete em sua maioria jovens em faixa etária
    economicamente ativa 3 . Dentre todas as lesões causadas por arma de fogo, as
    lesões crânio cerebrais contam como as mais letais 5 e, dentre os sobreviventes, as
    que carregam pior prognóstico 6 . Em decorrência dos fatores político-sociais, cresceu
    a preocupação com o manejo adequado desses pacientes, bem como atenção às
    possíveis complicações. Os estudos mais recentes que abordam essa temática
    salientam que em cada caso pode trazer características particulares, o que faz a
    individualização da abordagem uma peça-chave no tratamento do paciente 7 .
    Os estudos de imagem são essenciais na propedêutica do trauma cervico-
    craniano por arma de fogo. Há diversos fatores implicados como essenciais na
    avaliação por imagem, logo a avaliação pormenorizada é essencial para definição da
    necessidade de cirurgia, técnica cirúrgica apropriada e definição da necessidade de
    tratamento complementar 8,9 .
    As primeiras pesquisas encontraram baixíssimas taxas de lesões arteriais
    associadas ao traumatismo cranioencefálico por PAF 10,11 . O avanço tecnológico
    possibilitou o aumento da sensibilidade dos métodos diagnósticos, o que
    provavelmente também teve influência positiva no grau de suspeição para lesões
    vasculares. O contínuo melhoramento e a ampliação na disponibilidade dos métodos
    de radiodiagnóstico possibilita que esse conhecimento seja cada vez mais
    aprofundado. Em especial, o conhecimento acerca da natureza das lesões
    traumáticas oportuniza o desenho de estudos com maior poder metodológico que
    possam estabelecer protocolos de conduta.

Teses
1
  • SEVERINA CASSIA DE ANDRADE SILVA
  • AVALIAÇÃO DA MANIPULAÇÃO SEROTONINÉRGICA DURANTE A LACTAÇÃO EM RATOS SUPERNUTRIDOS: Estudo da bioenergética mitocondrial, balanço oxidativo e expressão gênica no Córtex Pré-Frontal e Hipocampo

  • Orientador : CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • ALINE ISABEL DA SILVA
  • GLAUBER RUDÁ FEITOZA BRAZ
  • JULLIET ARAUJO DE SOUZA
  • MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • Data: 08/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Evidências experimentais apontam uma estreita relação entre a supernutrição na infância, com o
    sobrepeso, obesidade e doenças correlatadas ao longo da vida, promovendo assim, disfunçōes
    metabólicas no Sistam Nervoso Central (SNC), podendo levar a problemas cognitivos e doenças
    neurodegenerativas ao longo da vida adulta. Dados da literatura já apontam que a supernutrição
    infantil compromete o metabolismo energético ocasionando a disfunção mitocondrial e estresse
    oxidativo, podendo agir como a gênese de patologias a longo prazo. Por outro lado, a literatura relata
    melhora da função mitocondrial e redução do efeitos deletérios da supernutrição e obesidade por meio
    da manipulação do sistema serotoninérgico. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo,
    investigar no córtex pré-frontal e hipocampo de ratos supernutridos durante o período de lactação os
    efeitos da manipulação do sistema serotoninérgico, por meio do tratamento com fluoxetina, sobre os
    parâmetros relacionados a bioenergética mitocondrial, balanço oxidativo e expressão de genes em
    ratos machos. Ratos Wistar foram divididos aleatoriamente em dois grupos experimentais: Grupo
    Normonutrido (N, n=9 por lactante) e Grupo Supernutrido (S, n=3 por lactante). Iniciamos a
    manipulação serotoninérgica 24hs após o nascimento e os grupos foram subdivididos conforme a
    administração de solução salina (NaCl, 0,9%) ou Fluoxetina (10mg/k): Grupo Normonutrido
    Fluoxetina e Salina (NFx e NS); grupo Supernutrido Fluoxetina e Salina (SFx e SS). Todos os grupos
    foram tratados diariamente por via subcutânea durante toda a lactação (21 dias), aos 22 dias de vida
    o hipocampo e córtex pré-frontal coletado para as análises bioquímicas e moleculares. Em nossos
    resultados parciais, observamos no hipocampo, aumento dos biomarcadores de estresse oxidativo
    ratos supernutridos (SS) e redução no grupo SFx, o tratamento com fluoxetina no supernutrido (SFx)
    aumentou a atividade das enzimas antioxidante (SOD, CAT, GST) na região encefálica. No córtex
    pré-frontal, também houve redução dos biomarcadores e aumento na atividade da GST. No sistema
    de defesa antioxidante não enzimático, observamos aumento no córtex pré-frontal de SFx. A nível
    molecular, os ratos SFx aumentaram a expressão do mRNA do receptor de dopamine (DRD1) e o
    transportador de serotonina (SERT) no hipocampo, no córtex pré-frontal a expressão do mRNA de
    DRD1 e 5HT1B foram aumentadas em ratos supernutridos e em ratos SFx, bem como, DRD2, MC4R
    e SERT. Por conseguinte, nossos resultados parciais surgerem que a admistração crônica com
    fluoxetina em ratos supernutridos melhora no balanço oxidativo e modula positivamente no sistema
    de recompensa neural.


  • Mostrar Abstract
  • Evidências experimentais apontam uma estreita relação entre a supernutrição na infância, com o
    sobrepeso, obesidade e doenças correlatadas ao longo da vida, promovendo assim, disfunçōes
    metabólicas no Sistam Nervoso Central (SNC), podendo levar a problemas cognitivos e doenças
    neurodegenerativas ao longo da vida adulta. Dados da literatura já apontam que a supernutrição
    infantil compromete o metabolismo energético ocasionando a disfunção mitocondrial e estresse
    oxidativo, podendo agir como a gênese de patologias a longo prazo. Por outro lado, a literatura relata
    melhora da função mitocondrial e redução do efeitos deletérios da supernutrição e obesidade por meio
    da manipulação do sistema serotoninérgico. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo,
    investigar no córtex pré-frontal e hipocampo de ratos supernutridos durante o período de lactação os
    efeitos da manipulação do sistema serotoninérgico, por meio do tratamento com fluoxetina, sobre os
    parâmetros relacionados a bioenergética mitocondrial, balanço oxidativo e expressão de genes em
    ratos machos. Ratos Wistar foram divididos aleatoriamente em dois grupos experimentais: Grupo
    Normonutrido (N, n=9 por lactante) e Grupo Supernutrido (S, n=3 por lactante). Iniciamos a
    manipulação serotoninérgica 24hs após o nascimento e os grupos foram subdivididos conforme a
    administração de solução salina (NaCl, 0,9%) ou Fluoxetina (10mg/k): Grupo Normonutrido
    Fluoxetina e Salina (NFx e NS); grupo Supernutrido Fluoxetina e Salina (SFx e SS). Todos os grupos
    foram tratados diariamente por via subcutânea durante toda a lactação (21 dias), aos 22 dias de vida
    o hipocampo e córtex pré-frontal coletado para as análises bioquímicas e moleculares. Em nossos
    resultados parciais, observamos no hipocampo, aumento dos biomarcadores de estresse oxidativo
    ratos supernutridos (SS) e redução no grupo SFx, o tratamento com fluoxetina no supernutrido (SFx)
    aumentou a atividade das enzimas antioxidante (SOD, CAT, GST) na região encefálica. No córtex
    pré-frontal, também houve redução dos biomarcadores e aumento na atividade da GST. No sistema
    de defesa antioxidante não enzimático, observamos aumento no córtex pré-frontal de SFx. A nível
    molecular, os ratos SFx aumentaram a expressão do mRNA do receptor de dopamine (DRD1) e o
    transportador de serotonina (SERT) no hipocampo, no córtex pré-frontal a expressão do mRNA de
    DRD1 e 5HT1B foram aumentadas em ratos supernutridos e em ratos SFx, bem como, DRD2, MC4R
    e SERT. Por conseguinte, nossos resultados parciais surgerem que a admistração crônica com
    fluoxetina em ratos supernutridos melhora no balanço oxidativo e modula positivamente no sistema
    de recompensa neural.

2
  • MATHEUS SANTOS DE SOUSA FERNANDES
  • INVESTIGAÇÃO DOS EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO EM PARÂMETROS METABÓLICOS CELULARES E MITOCONDRIAIS NO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL E HIPOCAMPO DE RATOS JUVENIS SUBMETIDOS A DESNUTRIÇÃO PROTEICA MATERNA

  • Orientador : TONY MEIRELES DOS SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDERSON APOLONIO DA SILVA PEDROZA
  • DIORGINIS JOSE SOARES FERREIRA
  • FABRICIO OLIVEIRA SOUTO
  • RAPHAEL FABRICIO DE SOUZA
  • TONY MEIRELES DOS SANTOS
  • Data: 29/03/2023

  • Mostrar Resumo
  • Atualmente mesmo com o crescimento de políticas sociais no combate à fome, a
    desnutrição ainda ocorre ao redor do mundo. Dentre elas, a desnutrição proteica materna
    (DPM) causa disfunções no metabolismo oxidativo e neurodegeneração em sistemas
    orgânicos, dentre eles o sistema nervoso. Por outro lado, o treinamento físico aeróbio
    (TFA) surge como possível ferramenta para atenuar estas condições. Com isso,
    avaliamos o efeito do TFA em intensidade moderada sobre parâmetros de função

    mitocondrial, balanço oxidativo e estresse de retículo endoplasmático no córtex pré-
    frontal (CPF) e hipocampo de ratos Wistar machos submetidos à DPM. Ratas Wistar

    prenhas receberam dieta contendo 17% ou 8% de caseína durante a gestação e lactação.
    Aos 30 dias de vida, filhotes machosforam divididos em 4 grupos: Desnutrido Sedentário
    (DS), Desnutrido Treinado (DT), Normonutrido Sedentário (NS) e Normonutrido
    Treinado (NT). Em seguida apenas os grupos treinados realizaram protocolo de exercício
    físico por 4 semanas, 5 dias por semana, 1 hora por dia, a 50% de sua capacidade máxima
    de corrida em esteira. Aos 60 dias de vida, os animais foram sacrificados e retirou-se o
    músculo esquelético, CPF e o hipocampo visando analisar biomarcadores de função
    mitocondrial (citrato sintase, NAD, NADH e razão NAD/NADH), estresse oxidativo
    (MDA e carbonilas), atividade antioxidantes enzimáticos (Superóxido Dismutase-SOD,
    Catalase-CAT e Glutationa S Transferase-GST), antioxidantes não-enzimáticos
    (Glutationa Reduzida-GSH, Glutationa Oxidada-GSSG, Estado REDOX-GSH/GSSG e
    sulfidrilas), Níveis de mRNA dos genes de estresse de retículo (PERK, ATF6, GRP78)
    e níveis do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). No CPF e hipocampo,
    inicialmente observamos o efeito isolado da DPM e TFA associado à DPM. Nos
    indicadores de função mitocondrial observamos que a DPM reduziu citrato sintase (p =
    0.02) no CPF. Nos biomarcadores de estresse oxidativo não houve diferenças
    significantes MDA (p = 0.21) e carbonilas (p = 0.33). No sistema antioxidante enzimático
    houve redução significante em CAT (p = 0.003) e GST (p = 0.02). Além disso, nos não
    enzimáticos não houve diferença significante causada pela DPM. Em relação ao TFA
    associado à DPM observamos os seguintes resultados no CPF. Houve incremento
    significante em citrato sintase (p = 0.03) e NADH (p = 0.005), com redução na razão
    NAD/NADH (p = 0.03). Nos marcadores de estresse oxidativo, encontramos uma
    redução significante apenas em carbonilas (p = 0.01). Nos antioxidantes enzimáticos,

    houve um aumento em SOD (p = 0.02), CAT (p = 0.03) e GST (p = 0.04). Além disso,
    nos não enzimáticos observamos aumento nos níveis de GSH (p = 0.001) e sulfidrilas (p
    = 0.01). No hipocampo, a DPM não alterou citrato sintase (p = 0.86), NAD (p = 0.97),
    NADH (p = 0.93) e razão NAD/NADH (p = 0.18). Entretanto, no sistema antioxidante
    enzimático a DPM reduziu significantemente SOD (p = 0.01), CAT (p = 0.03) e GST (p
    = 0.001). Nos não enzimáticos houve redução significante em sulfidrilas (p = 0.03). Em
    seguida observarmos que o TFA + DPM não alterou citrato (p = 0.31), NAD+ (p = 0.99),
    e razão NAD/NADH (p = 0.45). No entanto, em NADH houve aumento significante (p
    = 0.002). Em seguida no sistema antioxidante enzimático, o TFA aumentou a atividade
    de SOD (p<0.0001), CAT (p = 0.04) e GST (p = 0.008). Além disso, promoveu
    incremento significante de GSH (p = 0.03) e GSSG (p = 0.01). Em GSH/GSSG (p = 0.51)
    e sulfidrilas (p = 0.69) não houve diferença. Em seguida, analisamos os níveis de
    expressão gênica de GRP78, PERK, ATF6 e BDNF no CPF e hipocampo. No CPF
    observamos aumento na expressão de GRP78 (p<0.0001), ATF6 (p<0.0001) e BDNF
    (p<0.0001) em resposta a DPM. Quando associada ao TFA, ele reduziu os níveis de
    expressão de GRP78 (p<0.0001), ATF6 (p<0.0001) e BDNF (p<0.0001). No hipocampo,
    observamos o aumento nos níveis de expressão gênica de PERK (p<0.0001), ATF6
    (p<0.0001) e BDNF (p<0.0001). No entanto, quando associado ao TFA durante 4
    semanas houve redução dos indicadores de ERE: PERK (p=0.01) e ATF6 (p<0.0001),
    bem como em BDNF (p<0.0001).Concluímos que o TFA em intensidade moderada
    durante o período de quatro semanas foi capaz de promover melhoria em indicadores de
    funcionalidade mitocondrial, biomarcadores de estresse oxidativo, defesas antioxidante
    enzimática e não enzimática, marcadores de estresse de retículo endoplasmático no
    córtex pré-frontal e hipocampo de ratos machos Wistar submetidos a DPM.


  • Mostrar Abstract
  • Atualmente mesmo com o crescimento de políticas sociais no combate à fome,
    a desnutrição ainda ocorre ao redor do mundo. Dentre elas, a desnutrição
    proteica materna (DPM) que proporciona disfunções no metabolismo oxidativo
    e neurodegeneração em sistemas orgânicos, dentre eles o sistema nervoso. Por
    outro lado, o treinamento físico aeróbio (TFA) surge como possível ferramenta
    para atenuar estas condições. Com isso, avaliamos o efeito do TFA em
    intensidade moderada sobre parâmetros de função mitocondrial, balanço
    oxidativo e estresse de retículo endoplasmático no córtex pré-frontal (CPF) e
    hipocampo de ratos Wistar machos submetidos à DPM. Ratas Wistar prenhas
    receberam dieta contendo 17% ou 8% de caseína durante a gestação e
    lactação. Aos 30 dias de vida, filhotes machos foram divididos em 4 grupos:
    Desnutrido Sedentário (DS), Desnutrido Treinado (DT), Normonutrido
    Sedentário (NS) e Normonutrido Treinado (NT). Em seguida apenas os grupos
    treinados realizaram protocolo de exercício físico por 4 semanas, 5 dias por
    semana, 1 hora por dia. Aos 60 dias de vida, os animais foram sacrificados e
    retirou-se o músculo esquelético, CPF e o hipocampo visando analisar
    biomarcadores de função mitocondrial (citrato sintase, NAD, NADH e razão
    NAD/NADH, estresse oxidativo (MDA e carbonilas), antioxidantes enzimáticos:
    Superóxido Dismutase (SOD), Catalase (CAT) e Glutationa S Transferase (GST)
    e não enzimática: Glutationa Reduzida (GSH), Glutationa Oxidada (GSSG),
    Estado REDOX (GSH/GSSG) e sulfidrilas). No CPF e hipocampo, inicialmente
    observamos o efeito isolado da DPM e TFA associado à DPM. Nos indicadores
    de função mitocondrial observamos que a DPM reduziu citrato sintase (p = 0.02)
    no CPF. Nos biomarcadores de estresse oxidativo não houve diferenças
    significantes MDA (p = 0.21) e carbonilas (p = 0.33). No sistema antioxidante
    enzimático houve redução significante em CAT (p = 0.003) e GST (p = 0.02).
    Além disso, nos não enzimáticos não houve diferença significante causada pela
    DPM. Em relação ao TFA associado à DPM observamos os seguintes
    resultados no CPF. Houve incremento significante em citrato sintase (p = 0.03)
    e NADH (p = 0.005), com redução na razão NAD/NADH (p = 0.03). Nos
    marcadores de estresse oxidativo, encontramos uma redução significante

    apenas em carbonilas (p = 0.01). Nos antioxidantes enzimáticos, houve um
    aumento em SOD (p = 0.02), CAT (p = 0.03) e GST (p = 0.04). Além disso, nos
    não enzimáticos observamos aumento nos níveis de GSH (p = 0.001) e
    sulfidrilas (p = 0.01). No hipocampo, a DPM não alterou citrato sintase (p = 0.86),
    NAD (p = 0.97), NADH (p = 0.93) e razão NAD/NADH (p = 0.18). Entretanto, no
    sistema antioxidante enzimático a DPM reduziu significantemente SOD (p =
    0.01), CAT(p = 0.03) e GST (p = 0.001). Nos não enzimáticos houve redução
    significante em sulfidrilas (p = 0.03). Em seguida observarmos que o TFA + DPM
    não alterou citrato (p = 0.31), NAD (p = 0.99), e razão NAD/NADH (p = 0.45). No
    entanto, em NADH houve aumento significante (p = 0.002). Em seguida no
    sistema antioxidante enzimático, o TFA aumentou a atividade de SOD
    (p<0.0001), CAT(p = 0.04) e GST (p = 0.008). Além disso, promoveu incremento
    significante de GSH (p = 0.03) e GSSG (p = 0.01). Em GSH/GSSG (p = 0.51) e
    sulfidrilas (p = 0.69) não houve diferença. O TFA moderado em 4 semanas foi
    capaz de promover alterações em indicadores de funcionalidade mitocondrial,
    atividade antioxidante, com redução de marcadores de estresse oxidativo no
    CPF e hipocampo de ratos Wistar submetidos à DPM.

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  • VINICIUS BELEM RODRIGUES BARROS SOARES
  • PREVALÊNCIA DE BRUXISMO E FATORES PSICOSSOMÁTICOS ASSOCIADOS
    EM UNIVERSITÁRIOS NO CENÁRIO PÓS PANDEMIA COVID-19

  • Orientador : ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
  • LISIANE DOS SANTOS OLIVEIRA
  • RAFAEL DANYLLO DA SILVA MIGUEL
  • Data: 17/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • O bruxismo é caracterizado pela atividade dos músculos da mastigação, que
    pode ocorrer durante o sono ou enquanto acordado. Características sociais,
    comportamentais e fatores psicológicos, a exemplo do estresse, ansiedade e
    depressão, podem apresentar influência e/ou associação com o bruxismo. Durante a
    Pandemia do Coronavírus (COVID-19), a incerteza e o isolamento social foram
    precursores de vários problemas de saúde mental, apresentando índices elevados de
    estresse e depressão, especialmente em universitários. O presente estudo visou
    avaliar a prevalência do bruxismo e fatores psicossomáticos associados numa
    população de adultos, estudantes de graduação e pós-graduação, da cidade de
    Recife, Pernambuco, Brasil. 352 indivíduos de ambos sexos participaram da pesquisa
    através do preenchimento online de questionários que avaliaram ansiedade, estresse,
    qualidade de sono e bruxismo (IDATE traço/estado, PSS-10, o PSQI e um
    questionário de auto relato para bruxismo, respectivamente). Teste Qui-quadrado de
    Pearson foi utilizado para aferir as prevalências e associações entre as variáveis
    estudadas. Um modelo de regressão logística ajustado e verificado foi realizado para
    avaliar a relação de causalidade entre as variáveis e a predictibilidade dos valores de
    prevalência encontrados. A prevalência de bruxismo na amostra foi de 54,8% para
    bruxismo em vigília e 39,2% para bruxismo do sono. As variáveis sexo, status durante
    a pandemia, estresse, ansiedade traço e estado, bruxismo do sono e suspeita de
    bruxismo do sono apresentaram mostraram relação estatisticamente significativa com
    o bruxismo em vigília (p ≤ 0,05). O modelo de regressão logística mostrou uma maior
    chance para indivíduos do sexo feminino e com níveis de estresse moderado/severo
    de desenvolver bruxismo em vigília (OR ajustada de 1,75 e 2,15 respectivamente)
    (percentual estimado da prevalência na combinação das variáveis do modelo final de
    61,5%), enquanto que indivíduos com má qualidade do sono e estresse
    moderado/severo apresentaram maior chance de desenvolver bruxismo do sono (OR
    ajustada de 1,77 e 2,11 respectivamente) (percentual estimado da prevalência na
    combinação das variáveis do modelo final de 61,8%).


  • Mostrar Abstract
  • De acordo com consenso internacional atual, o bruxismo é uma atividade dos
    músculos da mastigação que podem ocorrer durante o sono (bruxismo do sono) ou
    em vigília (bruxismo diurno ou do dia), de forma rítmica ou não, repetida ou sustentada
    através de contato dentário, com ou sem movimentos de rangidos em lateralidade ou
    propulsão mandibular. Em indivíduos livres de qualquer outra patologia ou
    comorbidade, o bruxismo não deve ser considerado como uma disfunção ou
    desordem do aparelho estomatognático. Em sua iteração mais moderna, o bruxismo
    é classificado como um hábito potencialmente danoso, podendo, inclusive, ser
    considerado protetivo a depender de outros fatores associados. (LOBBEZOO e colab.,
    2018)
    A especificidade de tais atividades motoras e estado mental de consciência
    acerca do bruxismo levanta a possibilidade para diferentes causas e consequências.
    (MACHADO e colab., 2020)
    Apesar de possíveis alterações morfológicas serem observadas nas estruturas
    anatômicas que envolvem o funcionamento mandibular, a exemplo de processo
    coronóide e côndilo da mandíbula, as mesmas não parecem atrapalhar o
    funcionamento ou causar distúrbios de forma isolada. (CEZAIRLI e colab., 2022)
    Sendo um hábito, características sociais, comportamentais e fatores
    psicológicos (estresse, ansiedade e depressão), possuem influência e/ou associação
    com o bruxismo (MANFREDINI e colab., 2016; WINOCUR e colab., 2011). Revisões
    recentes apontam que pacientes com altos níveis de estresse estavam 6 vezes mais
    propensos a reportarem bruxismo em vigília, reforçando a teoria da contração
    muscular sustentada causada pelo reflexo de luta ou fuga típico do estado ansioso ou
    de estresse (JASIELSKA e colab., 2019). A maioria dos estudos indica efeitos
    adversos do status emocional sobre o bruxismo, o que pode levar a um aumento dos
    sintomas (frequência ou intensidade) e até mesmo aparecimento de novos como dor
    do complexo orofacial. (EMODI-PERLMAN e colab., 2020; EMODI-PERLMAN e ELI,
    2021)
    Estudos de revisão sistemática mostram que a prevalência do bruxismo em
    uma população adulta pode variar de 10 a 13% para a bruxismo do sono e de 22 a
    31% para o bruxismo em vigília. (MANFREDINI e colab., 2013)

    Durante a Pandemia de Covid-19, a incerteza e o isolamento foram precursores
    de vários problemas de saúde mental, apresentando índices tão altos quanto 57,4%
    para estresse, e 58,6% para depressão em adultos. Segundo o estudo Shah e
    colaboradores, mulheres entre 18–24 anos, em relações não conjugais, apresentaram
    todas os sintomas para a variáveis estudadas (estresse, ansiedade e depressão.
    (SHAH e colab., 2021)
    Sendo o bruxismo diurno de característica comportamental, enquanto o diurno
    se mostra muito mais como um reflexo protetivo a doenças associadas ao
    sono(LOBBEZOO e colab., 2013; RAPHAEL e colab., 2016), espera-se que o mesmo
    sofra maior influência do aumento dos índices de doenças psicossomáticas
    observados durante a pandemia de COVID-19.
    Estudantes de graduação e pós-graduação foram afetados em mais de uma
    maneira pela pandemia de COVID-19. Além da incerteza do futuro, insegurança no
    suporte de saúde e fatores biopsicossociais associados ao isolamento e subsequente
    uso ostensivo de máscaras e outros itens de biossegurança, tal população, para se
    adaptar a nova realidade e não arcar com prejuízos acadêmicos, teve que se submeter
    a um novo método de aprendizado. Aulas através das plataformas on-line
    representaram uma parcela significativamente importante para continuidade da
    escolarização em geral. Não obstante, problemas devido ao choque de metodologia
    de ensino e a adaptação de pessoas pouco versadas em tecnologia, fez com que
    muita informação se perdesse no meio de tantas horas de ministradas.
    A utilização em larga escala de aparelho eletrônicos por horas prolongadas,
    tornou possível a transição para o ensino a distância durante a fase de isolamento
    social e posteriormente durante a fase vacinal. Contudo, o aumento do tempo de
    exposição a telas foi associado a índices aumentados depressão, ansiedade e
    estresse, quando comparado a uma manutenção ou diminuição da exposição
    (JÁUREGUI e colab., 2022). Podemos apontar que a situação como um todo
    (adaptações feitas nos métodos de ensino e aprendizado durante a pandemia) afetou
    significantemente a saúde mental dos estudantes, particularmente os níveis de
    ansiedade. (BONDARENKO e colab., 2022)
    Em seu estudo piloto preliminar, Lorio e colaboradores apontaram que 83% dos
    estudantes relataram não aprender bem durante as aulas remotas. Porém, no mesmo

    estudo, constatou-se um aumento nas notas dos estudantes, o que, para o autor,
    parece conflitante com o relato dos mesmos. Em sua conclusão, recomenda que o
    objetivo final dessa fase seja evitar estresse e burnout entre os estudantes. (LORIO e
    colab., 2021)
    Dessa forma, o presente estudo visa investigar as possíveis alterações no perfil
    epidemiológico do bruxismo nessa população.

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  • MARILIA MARINHO DE LUCENA
  • ESTIMULAÇÃO ACÚSTICA NÃO-PERIÓDICA EM EPILEPSIA

    REFRATÁRIA: UMA ABORDAGEM ELETROFISIOLÓGICA

  • Orientador : BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLYNTON LOURENÇO CORRÊA
  • JOSÉ GARCIA VIVAS MIRANDA
  • RODRIGO NEVES ROMCY PEREIRA
  • TONY MEIRELES DOS SANTOS
  • WELLINGTON PINHEIRO DOS SANTOS
  • Data: 25/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • A epilepsia representa um grande desafio contemporâneo. Aproximadamente um terço dos pacientes
    epilépticos são considerados refratários, isto é, são resistentes ao tratamento farmacológico
    convencional. Procedimentos invasivos como a cirurgia intracraniana oferecem riscos e nem sempre
    são indicados, e quando realizados não garantem sucesso em todos os casos. Nem sempre os
    medicamentos possuem igual eficácia conforme o tipo encontrado no paciente. Diante da necessidade
    de métodos alternativos para controle de epilepsia, nosso grupo de pesquisa desenvolveu a
    Estimulação Acústica Não-Periódica (ANPS). A presente tese apresenta dois experimentos
    independentes realizados com o ANPS a fim de avaliar a segurança e a viabilidade desta técnica, além
    de analisar as caraterísticas eletrofisiológicas em resposta deste estímulo em pacientes com epilepsia
    e controles saudáveis. O experimento 1 buscou avaliar se o ANPS seria uma técnica segura e viável
    a nível comportamental (presença de crises convulsivas) e eletrofisiológicas. Por meio de análise
    questionários de efeitos adversos e avaliação eletrofisiológica (EEG) em indivíduos com epilepsia
    refratária em ambiente hospitalar. Este estudo mostrou que o ANPS não apresentou efeitos advsersos
    ou eventos ictais ou interictais avaliados no EEG, e sim uma diminuição das descargas epiletiformes
    logo após o uso do ANPS, como também um aumento da entropia de sinais, e alteração da sincronia
    avaliadas pelo PLV. Diante desses achados, o ANPS se mostra bem seguro em pacientes com
    epilepsia refratária. O experimento 2, buscou avaliar as características eletrofisiológicas do ANPS em
    pacientes com epilepsia (grupo experimental – GE) e controles sem epielpsia (grupo controle -GC),
    e se esse estímulo causaria o mesmo efeito que um estímulo controle ruído branco (RB). Foram
    realizadas avaliações por meio de EEG antes, durante e após o uso do ANPS e RB nos grupos. A
    análise foi feita com base na densidade elétrica intracortical (sLORETA) e em índices de redes
    funcionais cerebrais (RFCs). O ANPS, mas não o RB apresentou diferença estatística na ativação na
    faixa de frequência teta e beta 1 no GE mas não no GC. As áreas de maior ativação foram aquelas da
    região frontal e parietal. Na análise de RFC o GE, mas não o GC, apresentaram diferença estatística
    durante o uso do ANPS, mas não no RB. Houve alteração na conectividade intra-hemisférica no
    hemisfério esquerdo, mais precisamente na região temporal esquerda e frontal. Não foi observada
    diferença estatística na conectividade funcional e no índice de hubs nos grupos. Esses achados
    sugerem que o ANPS apresentou características eletrofisiológicas distintas do RB, e que os pacientes
    com epilepsia respondem de forma diferente ao ANPS quando comparado à indivíduos sem epilepsia.
    O ANPS em pacientes com epilepsia promove um aumento atividade de regiões envovidas na via
    dorsal, provavelmente devido interferindo na função de localização da fonte sonora. Este estímulo
    ainda, apresenta efeitos moduladores sincronia cerebral, sendo que a configuração temporal do
    estímulo desempenha um papel preponderante nesse processo.


  • Mostrar Abstract
  • A epilepsia representa um grande desafio contemporâneo. Aproximadamente um terço dos
    pacientes epilépticos são considerados refratários, isto é, são resistentes ao tratamento
    farmacológico convencional. Procedimentos invasivos como a cirurgia intracraniana
    oferecem riscos e nem sempre são indicados, e quando realizados não garantem sucesso em
    todos os casos. Além disso, existem também diferentes tipos de epilepsia, sendo os principais
    a generalizada ou focal. Nem sempre os medicamentos possuem igual eficácia conforme o
    tipo encontrado no paciente. Diante da necessidade de métodos alternativos para controle de
    epilepsia refratária, nosso grupo de pesquisa desenvolveu a Estimulação Acústica
    Não-Periódica (EANP*). Diante disso, o objetivo do estudo foi analisar os efeitos do EANP
    em pacientes com epilepsia refratária. O estudo foi dividido em 3 fases: 1) Avaliar o efeito
    agudo da estimulação acústica não periódica em parâmetros eletrofisiológicos de pacientes
    com epilepsia refratária; 2) Desenvolver um software para viabilizar o uso da estimulação
    acústica não-periódica para pacientes com epilepsia refratária, como também avaliar a
    usabilidade deste software; 3) Investigar o efeito crônico da EANP de pacientes com
    diferentes tipos de epilepsia refratária, segundo critérios da ILAE (2017). Na fase um o
    estudo foi conduzido no hospital das clínicas, com um n= 14 pacientes com epilepsia
    refratária. Foi avaliada a atividade eletrográfica antes e após o uso do som, e medidas como
    contagem de descargas epileptiformes, entropia e PLV foram analisadas, bem como a
    segurança e tolerabilidade do EANP para esta amostra. Para a fase 2 foi feito o
    desenvolvimento de um aplicativo através do método scrum, em seguida a avaliação da
    usabilidade deste software para pacientes com epilepsia, profissionais de saúde e da área de
    tecnologia (ainda em andamento). Na fase 3 o estudo está sendo conduzido através de ensaio
    clínico controlado, randomizado e duplo cego. A amostra é composta por pacientes
    epilépticos refratários que estão sendo divididos em dois grupos, G1 e G2. A avaliação está
    sendo através de medidas avaliadas em um diário de crises, como frequência, intensidade,
    duração, antes e após a intervenção com a EANP e o ruído branco (controle). A intervenção
    tem duração de 60 dias, onde os participantes escutam EANP ou ruído branco 30 minutos por
    dia. Nossa hipótese de trabalho é que o EANP será eficaz mesmo em diferentes tipos de
    epilepsia. Acreditamos que este trabalho contribuirá para a padronização de uma nova forma
    não-farmacológica para controle de epilepsia. Os resultados da fase 1 demonstram que a
    EANP induziu uma diminuição significativa das descargas epileptiformes, diminuição nos
    valores de entropia no EEG durante o período pós estimulação em relação a antes da
    estimulação. Quanto ao PLV, foi observado que em algumas redes observou-se diminuição da
    sincronia, e em outras aumento.
    *em processo de patente número BR 10 2019 009701-9

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  • JULLYANE FLORENCIO PACHECO DA SILVA
  • SINTOMAS NÃO MOTORES NA DOENÇA DE PARKINSON: aspectos da cognição, fala e deglutição

  • Orientador : PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DHARAH PUCK CORDEIRO FERREIRA BISPO
  • PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • TATIANA DE PAULA SANTANA DA SILVA
  • ZULINA SOUZA DE LIRA
  • Data: 20/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • O objetivo desta pesquisa foi compreender a correlação entre a deglutição e a
    cognição em pacientes com a Doença de Parkinson. Trata-se de uma revisão
    integrativa guiada pela pergunta condutora: ―Qual a relação entre a deglutição e
    cognição na Doença de Parkinson?”. Foram utilizados os seguintes descritores em
    saúde: Doença de Parkinson, Cognição, Disfunção Cognitiva, Mastigação,
    Deglutição e Transtornos de deglutição. As bases de dados pesquisadas foram
    LILACS, MEDLINE/Pubmed, SciELO, Web of Science, Embase e Scopus. A seleção
    se deu de forma independente, por meio da leitura por pares, sendo inclusos
    publicações disponibilizadas na íntegra em português, inglês ou espanhol, sem
    restrição de ano. Estudos que descreviam o comprometimento cognitivo e motor oral
    associado a outras síndromes parkinsonianas ou diferentes doenças
    neurodegenerativas foram excluídos. Dos 1587 estudos, foram excluídos 296
    duplicados sendo, a partir da leitura dos resumos, aplicando-se os critérios de
    seleção, selecionados 23 estudos para leitura na íntegra, dos quais, 14 foram
    incluídos nesta revisão. Observou-se associação significativa entre o declínio
    cognitivo e a fase oral da deglutição. Conclui-se que a cognição influencia o
    desempenho da deglutição, sendo essa correlação mais evidente na fase oral.
    Quanto à fase faríngea, ainda há controvérsia.


  • Mostrar Abstract
  • O objetivo desta pesquisa foi compreender a correlação entre a deglutição e a
    cognição em pacientes com a Doença de Parkinson. Trata-se de uma revisão
    integrativa guiada pela pergunta condutora: ―Qual a relação entre a deglutição e
    cognição na Doença de Parkinson?”. Foram utilizados os seguintes descritores em
    saúde: Doença de Parkinson, Cognição, Disfunção Cognitiva, Mastigação,
    Deglutição e Transtornos de deglutição. As bases de dados pesquisadas foram
    LILACS, MEDLINE/Pubmed, SciELO, Web of Science, Embase e Scopus. A seleção
    se deu de forma independente, por meio da leitura por pares, sendo inclusos
    publicações disponibilizadas na íntegra em português, inglês ou espanhol, sem
    restrição de ano. Estudos que descreviam o comprometimento cognitivo e motor oral
    associado a outras síndromes parkinsonianas ou diferentes doenças
    neurodegenerativas foram excluídos. Dos 1587 estudos, foram excluídos 296
    duplicados sendo, a partir da leitura dos resumos, aplicando-se os critérios de
    seleção, selecionados 23 estudos para leitura na íntegra, dos quais, 14 foram
    incluídos nesta revisão. Observou-se associação significativa entre o declínio
    cognitivo e a fase oral da deglutição. Conclui-se que a cognição influencia o
    desempenho da deglutição, sendo essa correlação mais evidente na fase oral.
    Quanto à fase faríngea, ainda há controvérsia.

2022
Dissertações
1
  • LUIZ SEVERO BEM JUNIOR
  • A HEMICRANIECTOMIA DESCOMPRESSIVA NO TRATAMENTO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO MALIGNO DO TERRITÓRIO DA ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA

  • Orientador : HILDO ROCHA CIRNE DE AZEVEDO FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIANA PATRIZIA ALVES DE ANDRADE VALENCA
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • PAULO THADEU BRAINER DE QUEIROZ LIMA
  • Data: 04/01/2022

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  • O AVC isquêmico maligno é caracterizado por deterioração neurológica devido a edema
    progressivo, aumento da pressão intracraniana e herniação cerebral secundários a isquemia
    cerebral. A hemicraniectomia descompressiva (HCD) é uma técnica cirúrgica utilizada em

    casos de hipertensão intracraniana refratária. Controvérsias referentes a prognóstico pós-
    operatório ainda estão no centro de discussão da literatura científica. O objetivo deste

    trabalho visa identificar os fatores clínicos prognósticos, melhor momento de indicação do

    procedimento e morbimortalidade associados à HCD. Quanto aos métodos, analisamos
    retrospectivamente as características clínicas e cirúrgicas de pacientes submetidos à HCD
    secundária a AVC isquêmico maligno em um centro médico brasileiro entre 2013 e 2018,
    associando estas com o desfecho clínico no momento da alta hospitalar, 6 e 12 meses após
    procedimento neurocirúrgico. Nossos critérios de inclusão foram HCD secundária isquemia
    cerebral envolvendo pelo menos 2/3 do território da artéria cerebral média em pacientes
    adultos (> 18 anos) com sinais de pressão intracraniana (PIC) elevada. Como resultado, o
    presente estudo avaliou um total de 145. Identificado que pacientes provenientes de cidades
    com distância superior a 100km possuíram tendência a pior prognóstico. O lado da cabeça
    cirúrgica (p = 0,001), tempo de internação (p <0,001) e o momento da indicação da
    intervenção (p <0,001) foram estatisticamente relevantes para obtenção de pior desfecho
    clínico. Os pacientes com melhor desfecho pós-operatórios tiveram o lado direito operados,
    em um intervalo de 12-24 horas do início do ictus e provenientes de localidades inferior a
    100km de distância do centro neurocirúrgico. A idade não apresentou relevância estatística,
    não devendo ser um fator isolado na determinação de indicação cirúrgica.


  • Mostrar Abstract
  • O AVC isquêmico maligno é caracterizado por deterioração neurológica devido a edema
    progressivo, aumento da pressão intracraniana e herniação cerebral secundários a isquemia
    cerebral. A hemicraniectomia descompressiva (HCD) é uma técnica cirúrgica utilizada em

    casos de hipertensão intracraniana refratária. Controvérsias referentes a prognóstico pós-
    operatório ainda estão no centro de discussão da literatura científica. O objetivo deste

    trabalho visa identificar os fatores clínicos prognósticos, melhor momento de indicação do

    procedimento e morbimortalidade associados à HCD. Quanto aos métodos, analisamos
    retrospectivamente as características clínicas e cirúrgicas de pacientes submetidos à HCD
    secundária a AVC isquêmico maligno em um centro médico brasileiro entre 2013 e 2018,
    associando estas com o desfecho clínico no momento da alta hospitalar, 6 e 12 meses após
    procedimento neurocirúrgico. Nossos critérios de inclusão foram HCD secundária isquemia
    cerebral envolvendo pelo menos 2/3 do território da artéria cerebral média em pacientes
    adultos (> 18 anos) com sinais de pressão intracraniana (PIC) elevada. Como resultado, o
    presente estudo avaliou um total de 145. Identificado que pacientes provenientes de cidades
    com distância superior a 100km possuíram tendência a pior prognóstico. O lado da cabeça
    cirúrgica (p = 0,001), tempo de internação (p <0,001) e o momento da indicação da
    intervenção (p <0,001) foram estatisticamente relevantes para obtenção de pior desfecho
    clínico. Os pacientes com melhor desfecho pós-operatórios tiveram o lado direito operados,
    em um intervalo de 12-24 horas do início do ictus e provenientes de localidades inferior a
    100km de distância do centro neurocirúrgico. A idade não apresentou relevância estatística,
    não devendo ser um fator isolado na determinação de indicação cirúrgica.

2
  • ANA PATRÍCIA DA SILVA SOUZA
  • SÍNDROME METABÓLICA: UMA INVESTIGAÇÃO DOS SINTOMAS PRODRÔMICOS DA DOENÇA DE PARKINSON NA POPULAÇÃO DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO-PE

  • Orientador : SANDRA LOPES DE SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DAS GRACAS WANDERLEY DE SALES CORIOLANO
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • Data: 08/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Mecanismos como a neuroinflamação, disfunção mitocondrial e aumento do estresse
    oxidativo interligam a Síndrome Metabólica (SM) e a Doença de Parkinson (DP). No
    estado prodrômico da DP, o processo da doença limita-se à região inferior do tronco
    cerebral e se associa a algumas condições específicas não motoras. Objetivou-se
    com esse trabalho investigar a frequência da SM nos pacientes adultos das unidades
    básicas de saúde no município de Vitória de Santo Antão-PE, e relacioná-la a
    possíveis sintomas vivenciados no período prodrômico da DP. Trata-se de um estudo
    transversal, no qual foram realizadas coletas de dados sociodemográficos e de
    sangue, essa para a análise dos níveis séricos de glicose em jejum, triglicerídeos,
    colesterol lipoproteína de alta densidade e colesterol lipoproteína de baixa densidade.
    Para avaliar a sonolência diurna aplicou-se a escala de sonolência de Epworth, para

    sintomas sugestivos de Depressão usou-se o Questionário sobre a saúde do paciente-
    9, com a versão brasileira da Avaliação cognitiva de Montreal foi verificada a função

    cognitiva. Além da realização de antropometria, aferição da pressão arterial sistêmica
    e execução do teste de equilíbrio de Berg. Foram avaliados 179 indivíduos, dentre
    esses a maioria 141 (78,8%) do sexo feminino, com idade média de 49,64 (±6,0) anos.
    Com relação à raça ou cor, a maioria 70 (39,1%) declarou-se da cor morena, seguidos
    pela branca 49 (27,4%). Do total de avaliados 84 (46,9%) afirmam ter uma renda que
    varia entre meio e um salário mínimo, apenas 58 (32,4%) afirmaram realizar atividade
    física. Para alocação dos grupos com e sem a SM obteve-se uma amostra de 89
    voluntários com idade média de 48,6 anos (±5,8), dentre os quais 33 (71,7%)
    apresentam-se obesos. A frequência da SM entre os avaliados foi de 51,7% e houve
    relação entre os seus componentes e sintomas prodrômicos da DP tais como, a
    sonolência diurna excessiva e o comprometimento cognitivo leve, tanto em indivíduos
    com a SM como naqueles sem a síndrome. Tais condições são compatíveis com a
    literatura, ratificando a importância da implantação de estratégias de prevenção e
    tratamento não só da SM, mas também dos seus componentes individuais.


  • Mostrar Abstract
  • A síndrome metabólica (SM) consiste em um conjunto de fatores que quando
    interligados aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes
    mellitus tipo 2 e acidente vascular cerebral. Acredita-se que mecanismos como a
    neuroinflamação, disfunção mitocondrial e aumento do estresse oxidativo interligam a
    SM e a Doença de Parkinson (DP). Nessa patologia neurodegenerativa, o acúmulo
    gradual dos corpos de Lewy, ricos em α-sinucleína, inicia-se na região do bulbo e nas
    estruturas olfativas anteriores, em seguida ascende em direção ao neocórtex. Essa

    condição caracteriza o estado prodrômico da DP, em que o processo da doença limita-
    se à região inferior do tronco cerebral e se associa a algumas condições específicas

    não motoras. Objetiva-se com esse trabalho investigar a prevalência da síndrome
    metabólica nos pacientes adultos das unidades básicas de saúde no município de
    Vitória de Santo Antão-PE, e relacioná-la a possíveis sintomas vivenciados no período
    prodrômico da doença de Parkinson. Trata-se de um estudo transversal, no qual estão
    sendo realizadas coletas de dados sociodemográficos e de sangue, esta para a
    análise dos níveis séricos de glicose em jejum, triglicerídeos, colesterol lipoproteína
    de alta densidade e colesterol lipoproteína de baixa densidade. Aplicação de escala
    de sonolência de Epworth, Questionário sobre a saúde do paciente- 9, a versão
    brasileira da Avaliação cognitiva de Montreal, além da antropometria, aferição da
    pressão arterial sistêmica e execução do teste de equilíbrio de Berg. Foram avaliados
    até o momento 107 indivíduos, dentre esses 17 (15,9%) do sexo masculino e 90
    (84,1%) feminino, com idade média de 50,09 anos. Sobre alguns componentes da
    SM, 41 (38,31%) do total de voluntários referiram ser hipertensos, diabéticos foram 15

    (14,01%), e com relação à circunferência da cintura, 96 pessoas (91,42%) encontram-
    se com medidas consideradas elevadas. Sobre os pródromos da DP, 22 (26,51%)

    apresentam sonolência excessiva diurna; com sintomas que sugerem risco de
    depressão são 40 (37,74%) e 46 (55,42%) demonstraram comprometimento cognitivo
    leve. Considera-se aceitável/ moderado o equilíbrio/risco de quedas de 21 indivíduos
    (19,81%). No que se refere aos fatores de risco para DP, o mais frequente foi a
    presença da obesidade em 59 (55,66%) do total de avaliados.

3
  • MARILUCE RODRIGUES MARQUES SILVA
  • AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DEPRESSIVOS E PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO EM PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM RECIFE-PE

  • Orientador : SANDRA LOPES DE SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • MATILDE CESIANA DA SILVA
  • VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
  • Data: 15/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • A depressão tem afetado diversas pessoas no mundo inteiro, resultando em
    consequências que muitas vezes podem acumular prejuízos aos órgãos públicos por
    ocasionarem danos permanentes quando relacionados a incapacidades provocadas
    por doenças não transmissíveis. Esse mal tem sido apontado como o segundo
    causador de danos permanentes em todo o mundo até 2030. Objetivou-se com esse
    estudo realizar uma avaliação de sintomas depressivos em Agentes Comunitários de
    Saúde (ACSs) da cidade de Recife-PE, além de traçar um perfil sociodemográfico
    desses profissionais. Para isso foi confeccionado um questionário eletrônico
    disponibilizado por uma plataforma online que ficou disponibilizado para recebimento
    de respostas por um período de 3 meses. No total, 162 profissionais responderam ao
    questionário. Como resultado, verificou-se que a maioria dos participantes foi do sexo
    feminino, o que equivale a 90,1% da população estudada; a maioria de estado civil
    casado, com 51,8%. Com relação à escolaridade, 60,4% concluíram o ensino médio,
    seguidos de 22,8% que também possuem ensino superior completo. 88,8% recebem
    de 1-2 salários mínimos. Nessa amostra, 38,27% apresentam-se com sobrepeso,
    sendo 25,30%, com obesidade do tipo I e 58,6% da população estudada se considera
    pardo. Com relação a sintomas depressivos, 27,1% relataram depressão leve a
    moderada e 6,7% depressão grave, de acordo com resultados do inventário de
    depressão de Beck. O questionário de saúde do paciente PHQ 9 também foi utilizado
    para traçar sintomas depressivos e os resultados expressam que 27,7%
    demonstraram depressão leve seguidos de 13,5%, depressão grave. Quando
    realizada correlação entre níveis de sintomas depressivos avaliados pelo inventário
    de depressão de Beck, e estado nutricional, observou-se que houve correlação
    positiva fraca entre sobrepeso e níveis leve de sintomas depressivos. Ainda houve
    correlação moderada e negativa entre obesidade e sintomas moderados de
    depressão. Porém, houve correlação positiva forte entre sobrepeso e sintomas grave
    de depressão bem como correlação positiva forte entre obesidade com níveis de
    sintomas grave de depressão. De forma geral, os resultados demonstram que o
    estado nutricional teve relação com sintomas depressivos apresentados pela
    população estudada e ainda que os ACSs da cidade do Recife são substancialmente
    vulneráveis a sofrerem de depressão, o que apoia um prognóstico mundial de doenças
    psicossomáticas que tem alcançado grande parte da população. Além do mais, a

    exposição a situações estressantes pode ser um fator de risco para o surgimento de
    eventos depressivos em uma categoria de profissionais de saúde da atenção básica.


  • Mostrar Abstract
  • A vitamina D é um hormônio lipossolúvel e sua produção acontece de forma endógena na pele após a exposição ao sol pela ação de raios UVB (290-315 nm)(HOLICK MF 2004), ou sua obtenção acontece através de alimentos que contenham de forma natural essa vitamina, dentre esses estão os óleos de peixes gordurosos, ovos, leite
    e seus derivados (HOSSEIN-NEZHAD A, HOLICK MF, 2012; HOLICK, 2018).
    Contudo, cerca de 80-90% da circulação de vitamina D no sangue dos humanos resulta
    da exposição aos raios do sol (HOLICK, 2018). Receptores da vitamina D (VDR) têm
    atuação ativa em vários tecidos do corpo humano, tais como células da pele, osso,
    placenta, pâncreas, mama, próstata e células T (STUMPF et al, 1979; CANTORNA,
    MARGHERITA T 2006; CHRISTAKOS et al al 2013). Especificamente, são
    encontrados VDR no sistema nervoso central (SNC) (GARCION et al, 2002; EYLES et
    al 2005; BROUWER 2015), em tecidos de estruturas como córtex pré-frontal, giro do
    cíngulo, tálamo, substância negra, hipocampo e também o hipotálamo, uma área do
    cérebro que regula outras funções, como o sistema endócrino proporcionando homeostase
    (GARCION et al, 2002; SAPER, SCAMMELL E LU, 2005; EYLES et al 2005;
    BROUWER 2015). A vitamina D ainda atua com efeitos neuroprotetores, incluindo
    regulação e síntese do fator de crescimento do nervo (NGF) (WION, DIDIER et al, 1991).

4
  • MARIA EDUARDA PONTES DOS SANTOS
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE ANSIEDADE E DOR MUSCULOESQUELÉTICA EM ADOLESCENTES DA REDE PÚBLICA DE CARUARU-PE

     

  • Orientador : PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEONARDO MACHADO TAVARES
  • LUCIANO MACHADO FERREIRA TENORIO DE OLIVEIRA
  • SUELEM BARROS DE LORENA
  • Data: 18/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • OBJETIVO: O presente estudo visou verificar a associação entre ansiedade e a dor
    musculoesquelética nos adolescentes da rede pública de Caruaru-PE. MATERIAIS E
    MÉTODOS: Utilização de banco de dados secundários de um projeto maior realizado em
    2017. Tratou-se de um estudo epidemiológico transversal de abrangência municipal, com
    base escolar, com adolescentes (14 a 19 anos) do ensino médio da rede pública estadual.
    Foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Pernambuco
    e aprovado para análise dos dados secundários do projeto maior (CAAE:
    43973921.9.0000.5208). A coleta de dados foi realizada em maio de 2021. A análise dos
    dados foi realizada por meio do programa SPSS 20.0, utilizando procedimentos de
    estatística descritiva e inferencial (teste de qui-quadrado e a regressão logística binária).
    RESULTADOS: Verificou-se associação estatisticamente significante para todas as
    variáveis avaliadas: pescoço (p=0,001), ombros (p=0,001), parte superior das costas
    (p=0,001), cotovelos (p=0,001), punhos/mãos (p=0,001), parte inferior das costas
    (p=0,001), quadril/coxas (p=0,001), joelhos (p=0,001) e tornozelos/pés (p=0,001).
    CONCLUSÃO: Conclui-se que houve associação estatisticamente significante para
    todas as partes do corpo avaliadas nos adolescentes.


  • Mostrar Abstract
  • Na fase de desenvolvimento, os adolescentes deparam-se com muitas dúvidas e
    desafios em decorrência das mudanças experimentadas, podem estar predispostos à
    alterações psicoafetivas. Mudanças no estilo de vida associadas ao processo de
    desenvolvimento imperfeito na capacidade de regular as emoções nessa fase, podem levar
    a problemas de saúde como ansiedade. Tornando-se indicador de condição de saúde
    mental dos adolescentes (DANESE et al., 2019; BLAKEMORE; MILLS, 2014).
    É caracterizada por sentimento desagradável de medo, apreensão, tensão ou
    desconforto consequente de antecipação do perigo, desconhecido ou estranho. Quando
    em excesso, é considerada patológica (HOLMES et al., 2020). Faz parte das doenças
    psiquiátricas mais frequentes na fase da adolescência, tendo início precoce e com
    prevalência aproximadamente de 10% a 30%. Pode afetar mais o sexo feminino e são
    possivelmente está associados à menor escolaridade (SACHS‐ERICSSON, 2017).

5
  • BÁRBARA PEREIRA DE MELO MEDEIROS LIPPI
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE INSATISFAÇÃO CORPORAL, SINTOMAS DEPRESSIVOS E COMER INTUITIVO EM GESTANTES DE ALTO RISCO

  • Orientador : ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL DANYLLO DA SILVA MIGUEL
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • TIAGO QUEIROZ CARDOSO
  • Data: 18/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Mudanças vividas do período gestacional podem promover a insatisfação com a
    imagem corporal, aumentar o risco para distúrbios de humor como a depressão
    e promover alterações no comportamento alimentar, comprometendo a saúde
    da mãe e do feto. Sendo assim, este estudo objetivou avaliar a relação entre
    insatisfação corporal, sintomas depressivos e comer intuitivo em gestantes
    acompanhadas em ambulatório de alto risco. Trata-se de um estudo
    observacional transversal. Trata-se de um estudo observacional transversal,
    realizado com 113 gestantes, maiores de 18 anos, atendidas no programa de
    pré-natal de alto risco de hospital universitário de referência no nordeste do
    Brasil. Para avaliação da insatisfação corporal, sintomas depressivos e comer
    intuitivo foram utilizados instrumentos autoaplicáveis (Body Shape
    Questionnaire, Beck Depression Inventory e Intuitive Eating Scale-2). A
    prevalência de insatisfação corporal e presença de sintomas depressivos na
    amostra foi de 28,32% e 32,74%, respectivamente. O escore médio para
    comportamento alimentar intuitivo foi de 3,28±0,56. Houve correlação entre as
    variáveis de insatisfação corporal, sintomas depressivos e comer intuitivo
    (p<0,001), assim como entre insatisfação corporal e IMC prévio e IMC
    gestacional (p<0,001). Conclui-se que o comer intuitivo pode ser um fator
    protetivo para a insatisfação corporal e para sintomas depressivos durante a
    gestação de alto risco. Sugere-se futuras investigações para identificar como
    esses parâmetros se comportam de acordo com a idade gestacional.


  • Mostrar Abstract
  • No período gestacional, o corpo das mulheres apresenta diversas variações de peso
    e tamanho. Porém, mesmo esperadas, essas mudanças podem promover a
    insatisfação com a imagem corporal e aumentar o risco para distúrbios de humor
    como a depressão e promover alterações no comportamento alimentar,
    comprometendo a saúde corporal da mãe e do feto. Sendo assim, o objetivo desta
    pesquisa foi avaliar a relação entre insatisfação corporal, sintomas depressivos e
    comer intuitivo em gestantes. Trata-se de um estudo observacional transversal. Foi
    realizado com 170 gestantes, maiores de 18 anos, atendidas no programa de
    pré-natal de alto risco do Hospital das Clínicas da UFPE. Para a avaliação da
    insatisfação corporal, sintomas depressivos e comer intuitivo foram utilizados
    instrumentos autoaplicáveis (BSQ, BDI e IES-2, respectivamente). A prevalência de
    insatisfação corporal e presença de sintomas depressivos na amostra foi de 29% e
    33%, respectivamente. O escore médio para comportamento alimentar intuitivo foi
    de 3,25. Houve correlação entre as variáveis de insatisfação corporal, sintomas
    depressivos e comer intuitivo. A insatisfação corporal variou positivamente de acordo
    com o IMC gestacional. A correlação existente entre as variáveis foi diferente de
    acordo com trimestres gestacionais, com a tendência de fortalecer essa correlação
    com o passar da gestação. Pode-se concluir que [1] a insatisfação corporal e
    sintomas depressivos são correlacionados positivamente entre si e de forma
    negativa com o comportamento alimentar intuitivo; [2] a insatisfação corporal e
    sintomas depressivos se relacionam de forma diferenciada com os domínios do
    comportamento alimentar intuitivo; e [3] o IMC e trimestre gestacional são fatores de
    influência para as variáveis e suas associações.

6
  • LEANDRO MOURA SILVA
  • NOVA ABORDAGEM NÃO INVASIVA PARA LOCALIZAÇÃO DO CÓRTEX MOTOR PRIMÁRIO DA MÃO: ESTUDO POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

  • Orientador : PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • IVSON BEZERRA DA SILVA
  • JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • Data: 20/05/2022

  • Mostrar Resumo
  • A área da mão do córtex motor primário (M1-Hand) é um alvo utilizado na estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC). Na prática da ETCC, as posições C3 e C4 do sistema internacional 10-20 identificam a M1-Hand com baixo custo e praticidade, porém com menor precisão do que o mapeamento motor por estimulação magnética transcraniana. O objetivo do estudo foi desenvolver um método de baixo custo com maior precisão na localização da M1-Hand do que as posições C3 e C4 do sistema internacional 10-20. A amostra utilizada foi 60 imagens de ressonância magnética da cabeça. As etapas de construção do método foram: (I) identificação da M1-Hand; (II) medição das distâncias entre os pontos de referência da cabeça conforme realizado no sistema internacional 10-20 e (III) criação de dois valores percentuais utilizando dados das etapas anteriores para identificação específica da M1-Hand. Para comparar a precisão do método proposto e do sistema internacional 10-20, medimos suas distâncias à M1-Hand. O método proposto apresentou maior proximidade da M1-Hand tanto no lado esquerda (0,67 ± 0,44 cm) quanto no direito (0,64 ± 0,46 cm) em comparação com as posições C3 (2,65 ± 0,51 cm) e C4 (2,90 ± 0,46 cm) do sistema internacional 10-20. Logo, o método proposto demonstrou ser uma boa alternativa para a identificação não invasiva da M1-Hand, pois é mais preciso do que as posições C3 e C4 do sistema internacional 10-20.


  • Mostrar Abstract
  • A área da mão do córtex motor primário (M1-Hand) é um alvo utilizado na
    estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC). Na prática da ETCC, as
    posições C3 e C4 do sistema internacional 10-20 identificam a M1-Hand com baixo
    custo e praticidade, porém com menor precisão do que o mapeamento motor por
    estimulação magnética transcraniana. O objetivo do estudo foi desenvolver um
    método de baixo custo com maior precisão na localização da M1-Hand do que as
    posições C3 e C4 do sistema internacional 10-20. A amostra utilizada foi 60 imagens
    de ressonância magnética da cabeça. As etapas de construção do método foram: (I)
    identificação da M1-Hand; (II) medição das distâncias entre os pontos de referência
    da cabeça conforme realizado no sistema internacional 10-20 e (III) criação de dois
    valores percentuais utilizando dados das etapas anteriores para identificação
    específica da M1-Hand. Para comparar a precisão do método proposto e do sistema
    internacional 10-20, medimos suas distâncias à M1-Hand. O método proposto
    apresentou maior proximidade da M1-Hand tanto no lado esquerda (0,67 ± 0,44 cm)
    quanto no direito (0,64 ± 0,46 cm) em comparação com as posições C3 (2,65 ± 0,51
    cm) e C4 (2,90 ± 0,46 cm) do sistema internacional 10-20. Logo, o método proposto
    demonstrou ser uma boa alternativa para a identificação não invasiva da M1-Hand,
    pois é mais preciso do que as posições C3 e C4 do sistema internacional 10-20.

7
  • ALISSON VINICIUS DOS SANTOS
  • BULLYING EM ADOLESCENTES E SUA RELAÇÃO COM SINTOMAS DEPRESSIVOS E IDEAÇÃO SUICIDA DURANTE A PANDEMIA DA COVID- 19

  • Orientador : ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
  • JULIANA LOURENCO DE ARAUJO VERAS
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • Data: 08/07/2022

  • Mostrar Resumo
  • A violência relacionada à prática do bullying é mais frequente no âmbito
    escolar e esta prática pode, inclusive, prejudicar a saúde mental dos
    adolescentes, predispondo a alguns transtornos mentais, como depressão e
    suicido, o que pode ter sido agravado durante o período da pandemia da
    COVID-19 Diante disso, o objetivo do estudo foi verificar as prevalências dos
    sintomas depressivos e ideação suicida, bem como suas associações com as
    práticas do bullying em adolescentes. Método: Estudo transversal, com 435
    adolescentes de escolas públicas do Recife, de 11 a 19 anos, de ambos os
    sexos. Foram utilizados os instrumentos: Questionário sobre Bullying; Escala
    de Ideação Suicida de Beck – BSI e o Questionário de autoavaliação da escala
    de Hamilton para Depressão (QAEH-D), em suas versões autoaplicáveis e
    validadas para adolescentes. Resultados: Foi visto que cerca de 43,7% dos
    adolescentes foram classificados como vítimas de bullying; 3,4% como
    agressores; 10,3%, vítima/agressor e 18,4%, testemunhas. Segundo a escala
    QAEH-D, cerca de 32,6% dos adolescentes apresentaram sintomas
    depressivos e segundo a BSI, 22,8% foram identificados com a presença de
    ideação suicida. Evidenciamos que houve associação entre o sexo feminino e
    presença de sintomas depressivos (p&lt;0,001), ideações suicidas (p&lt;0,001) e
    vitimização do bullying (p&lt;0,001). Não observamos associação significativa
    entre o número de amigos e sintomas depressivos (p&lt;0,223), ideação suicida
    (p&lt;0,244) e algum tipo de bullying (p&lt;0,451). Os adolescentes que sofreram
    vitimização do bullying apresentaram uma correlação positiva com sintomas
    depressivos (p&lt;0,001) e com ideação suicida (p&lt;0,023). Conclusão: Houve
    uma maior frequência de cyberbullying sofrido pelas vítimas, mais
    especificamente as do sexo feminino, bem como de sua associação com os
    sintomas depressivos e ideação suicida.

    Palavras-chave: Adolescente; Bullying; Depressão; Suicídio.

    6

    ABSTRACT

    Violence related to the practice of bullying is more frequent in the school
    environment and this practice can even harm the mental health of adolescents,
    predisposing them to some mental disorders, such as depression and suicide,
    which may have been aggravated during the period of the pandemic. COVID-19
    Therefore, the objective of the study was to verify the prevalence of depressive
    symptoms and suicidal ideation, as well as their associations with bullying
    practices in adolescents. Method: Cross-sectional study, with 435 adolescents
    from public schools in Recife, aged 11 to 19 years, of both sexes. The following
    instruments were used: Questionnaire on Bullying; Beck&#39;s Suicidal Ideation
    Scale - BSI and the Hamilton Depression Scale Self-Assessment Questionnaire
    (QAEH-D), in their self-applied and validated versions for adolescents. Results:
    It was seen that about 43.7% of adolescents were classified as victims of
    bullying; 3.4% as aggressors; 10.3%, victim/aggressor and 18.4%, witnesses.
    According to the QAEH-D scale, about 32.6% of adolescents had depressive
    symptoms and, according to the BSI, 22.8% were identified with the presence of
    suicidal ideation. We showed that there was an association between being
    female and the presence of depressive symptoms (p&lt;0.001), suicidal ideation
    (p&lt;0.001) and bullying victimization (p&lt;0.001). We did not observe a significant
    association between the number of friends and depressive symptoms
    (p&lt;0.223), suicidal ideation (p&lt;0.244) and some type of bullying (p&lt;0.451).
    Adolescents who suffered bullying victimization showed a positive correlation
    with depressive symptoms (p&lt;0.001) and with suicidal ideation (p&lt;0.023).
    Conclusion: There was a higher frequency of cyberbullying suffered by victims,
    more specifically females, as well as its association with depressive symptoms
    and suicidal ideation.


  • Mostrar Abstract
  • A violência relacionada à prática do bullying é mais frequente no âmbito
    escolar, sendo caracterizada por agressões intencionais e repetitivas, com o
    objetivo de causar danos direta ou indiretamente a alguém. Esta prática pode,
    inclusive, prejudicar a saúde mental dos adolescentes, predispondo a alguns
    transtornos psiquiátricos, como depressão e ideação suicida. Diante disso, o
    objetivo do estudo foi verificar as prevalências dos sintomas depressivos e
    ideação suicida, bem como suas associações com as práticas do bullying em
    adolescentes. Método: Estudo transversal, com 435 adolescentes de escolas
    públicas do Recife, de 11 a 19 anos, de ambos os sexos. Foram utilizados os
    instrumentos: Questionário sobre Bullying; Escala de Ideação Suicida de Beck
    – BSI e o Questionário de auto-avaliação da escala de Hamilton para Depressão
    (QAEH-D), em suas versões autoaplicáveis e validadas para adolescentes.
    Resultados: Foi visto que cerca 43,7% dos adolescentes foram classificados
    como vítimas de bullying; 3,4% como agressores; 10,3% vítima/agressor e
    18,4% testemunhas. Segundo a escala de QAEH-D, cerca de 32,6% dos
    adolescentes apresentaram sintomas depressivos e segundo BSI 2,8% foram
    identificados com a presença de ideação suicida. Evidenciamos que houve
    associação entre o sexo feminino e presença de sintomas depressivos
    (p<0,001), ideações suicidas (p<0,001) e vitimização do bullying (p<0,001). Não
    observamos associação significativa entre o número de amigos e sintomas
    depressivos (p<0,223), ideação suicida (p<0,244) e algum tipo de bullying
    (p<0,451). Os adolescentes que sofreram vitimização do bullying apresentaram
    uma correlação positiva com sintomas depressivos (p<0,001) e com ideação
    suicida (p<0,023).

8
  • JOSE CARLOS DA SILVA JUNIOR
  • O impacto do isolamento social associado à administração de dextrocetamina na memória espacial e no comportamento da ansiedade experimental através do modelo de esquizofrenia em camundongos

  • Orientador : DAYANE APARECIDA GOMES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • GISELLE MACHADO MAGALHAES MORENO
  • RAPHAELLE LIMA DE ALMEIDA BELTRAO
  • Data: 12/07/2022

  • Mostrar Resumo
  • A esquizofrenia é um distúrbio psiquiátrico grave que afeta até 1% da população do
    mundo. Seus sintomas são divididos em: positivos, negativos e alterações cognitivas.
    A adoção de modelos experimentais com animais para a pesquisa acerca da
    esquizofrenia é bastante profícua, uma vez que é observado na literatura uma enorme
    variedade de modelos de esquizofrenia para animais, que incluem privação materna,
    administração de cetamina sub-crônica, infecção viral/bacteriana e isolamento social.
    O isolamento social pós-desmame implica alterações em diferentes domínios, como,
    por exemplo, na função cerebral, além de mudanças comportamentais, que podem
    ser por alterações nos comportamentos da ansiedade experimental e memória
    espacial de curto prazo. Tendo isso em vista, esta pesquisa objetiva investigar os
    fenótipos comportamentais induzidos pelo isolamento social associado à
    administração de dextrocetamina em camundongos machos. Para tanto,
    metodologicamente, no 31o dia pós-natal, os camundongos machos (swiss) foram
    divididos aleatoriamente em 4 grupos experimentais: controle, controle +
    dextrocetamina, isolamento social e isolamento social + dextrocetamina. Para os
    grupos controle, foram utilizados 4 animais/gaiola; e nos grupos isolamento social, 1
    animal/gaiola. Os grupos foram tratados por 15 dias com salina 0.9% (1ml/kg, ip) ou
    dextrocetamina (20mg/kg, ip;). Posteriormente, no 61o dia pós-natal, os animais foram
    submetidos à análise de memória espacial de curto prazo através do teste de labirinto
    em Y; no 63o dia pós-natal, à análise da ansiedade experimental por meio do teste do
    campo aberto. Os resultados demonstraram que o isolamento social bem como o
    tratamento de dextrocetamina não determinaram alterações na ansiedade
    experimental. No que se refere a análise da memória de trabalho o isolamento social
    não promoveu mudanças com relação ao grupo controle. Contudo, a dextrocetamina
    reduziu significativamente a alternação espontânea no teste de labirinto em Y
    (p<0.01). Em suma, o isolamento social não afetou o comportamento da ansiedade
    experimental nem a memória espacial de curto prazo, porém a dextrocetamina reduziu
    a memória espacial de curto prazo do grupo isolamento social.

    Palavras-chave: Esquizofrenia; Isolamento social; Ansiedade; Dextrocetamina;
    Memória espacial de curto prazo

    ABSTRACT

    Schizophrenia is a serious psychiatric disorder that affects up to 1% of the world's
    population. Its symptoms are divided into: positive, negative and cognitive changes.
    The adoption of experimental animal models for research on schizophrenia is quite
    fruitful, since a huge variety of animal models of schizophrenia are observed in the
    literature, which include maternal deprivation, sub-chronic ketamine administration,
    viral/bacterial infection and social isolation. The social isolation of post-weaning result
    in different domains, such as, in brain function, beyond of behaviour changes, it can
    be by changes in behaviours of experimental anxiety and short-term spatial memory.
    In light of this, this research aims to investigate the behavioural phenotypes induced
    by social isolation associated with the administration of dextrocetamina in male
    mouses. For this purpose, methodologically, on the 31th day, post-birth, the male
    mouses (swiss) were divided random in four experimental groups: control, control +
    dextrocetamina, social isolation and social isolation + dextrocetamina. For control
    groups, it were used four cage/animals; and social isolation groups, one cage/animal.
    The groups were treated fifteen days with salina 0.9% (1ml/kg, ip) or dextrocetamina
    (20mg/kg, ip;). Subsequently, on the 61th day, post-birth, the animals were submitted
    for analysis of short-term spatial memory through hearing tests of labyrinth in Y; on the
    63th Day, post-birth, by analysis of experimental anxiety through open field camp. The
    results demonstrated that the social isolation as well as the treatment of
    dextrocetamina determined alterations in experimental anxiety. In relation to the
    analysis of work memory, the social isolation did not bring changes in relation to control
    group. However, the dextrocetamina reduced significantly the spontaneous alternation
    in the test of labyrinth in Y (p<0.01). In conclusion, the social isolation did not affect
    neither the behaviour of experimental anxiety nor short-term spatial memory, but the
    dextrocetamina reduced the short-term spatial memory of group of social isolation.


  • Mostrar Abstract
  • O isolamento social pós-desmame implica alterações em diferentes domínios, como,
    por exemplo, na função cerebral, além de mudanças comportamentais, que podem
    ser por alterações nos comportamentos da ansiedade experimental e memória
    espacial de curto prazo. Tendo isso em vista, esta pesquisa objetiva investigar os
    fenótipos comportamentais induzidos pelo isolamento social associado à
    administração de dextrocetamina em camundongos machos. Para tanto,
    metodologicamente, no 31o dia pós-natal, os camundongos machos (swiss) foram
    divididos aleatoriamente em 4 grupos experimentais: controle, controle +
    dextrocetamina, isolamento social e isolamento social + dextrocetamina. Para os
    grupos controle, foram utilizados 4 animais/gaiola; e nos grupos isolamento social, 1
    animal/gaiola. Os grupos foram tratados por 15 dias com salina 0.9% (1ml/kg, ip) ou
    dextrocetamina (20mg/kg, ip;). Posteriormente, no 61o dia pós-natal, os animais foram
    submetidos à análise de memória espacial de curto prazo através do teste de labirinto
    em Y; no 63o dia pós-natal, à análise da ansiedade experimental por meio do teste do
    campo aberto. Os resultados demonstraram que o isolamento social bem como o
    tratamento de dextrocetamina não determinaram alterações na ansiedade
    experimental. No que se refere a análise da memória de trabalho o isolamento social
    não promoveu mudanças com relação ao grupo controle. Contudo, a dextrocetamina
    reduziu significativamente a alternação espontânea no teste de labirinto em Y
    (p<0.01). Em suma, o isolamento social não afetou o comportamento da ansiedade
    experimental nem a memória espacial de curto prazo, porém a dextrocetamina reduziu
    a memória espacial de curto prazo do grupo isolamento social.

9
  • PAULO DAYWSON LOPES DA SILVA
  • CONSCIÊNCIA INTEROCEPTIVA E SINTOMAS DE DEPRESSÃO E ANSIEDADE: VALIDAÇÃO DE QUESTIONÁRIO E ESTUDO ASSOCIATIVO

  • Orientador : TONY MEIRELES DOS SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRE DOS SANTOS COSTA
  • HELENA SALES DE MORAES
  • TONY MEIRELES DOS SANTOS
  • Data: 15/07/2022

  • Mostrar Resumo
  • Os transtornos depressivos (TD) e de ansiedade (TA) provocam
    alterações do humor e comportamento, possuindo uma relação de comorbidade,
    agravando o quadro sintomático. Dentre as alterações percebidas, a consciência
    interoceptiva (CI) é uma das vertentes que vêm sendo utilizada para explicar a relação
    dos sintomas e mudanças comportamentais. Para se medir a CI, o Multidimensional
    Assessment of Interoceptive Awareness (MAIA) é amplamente utilizado na literatura.
    No entanto uma validação do instrumento para a população brasileira se faz
    necessária. Objetivo. Verificar a relação entre CI e sintomas sugestivos de TA e TD
    em adultos. Método. O estudo foi dividido em duas fases, onde a Fase I constituiu em
    um estudo de validação de uma versão em português do MAIA para a população
    brasileira (MAIA-BR), através de uma análise fatorial exploratória (AFE), com retenção
    fatorial através da análise paralela e método de extração Robust Diagonally Weighted
    Least Squares e análise fatorial confirmatória (AFC), analisando através dos índices
    de ajuste de X2, CFI, TLI, RMSEA e índices de modificação. A Fase II do estudo
    verificou a associação das dimensões-chave do MAIA-BR com a presença/ausência
    de sintomas sugestivos de ansiedade e depressão, onde foi realizada a criação de
    percentis de 50%, 66% e 80% para as dimensões do MAIA-BR. Posteriormente, foi
    observada a prevalência de sintomas de TA e TD em sujeitos com alta CI. Resultado.
    A AFE do MAIA-BR apresentou quatro fatores adequados e consistentes. Além disso,
    a AFC indicou que o modelo de quatro fatores do MAIA-BR possui índices de ajustes
    adequados para a amostra analisada. A análise de associação das dimensões de CI
    com a presença/ausência não obteve significância estatística na maioria dos seus
    resultados, no entanto, pudemos observar que em sujeitos com alta CI nos domínios
    “Autorregulação” e “Confiando” possuem uma menor probabilidade em apresentar TD,
    TA e os transtornos de forma comórbida, assim como alta CI para os domínios
    “Percebendo” e “Consciência emocional” possui uma maior probabilidade para TA, TD
    e uma relação comórbida entre os dois transtornos. Conclusão. Dessa forma,
    pudemos concluir que o MAIA-BR é adequado para medir a CI na população brasileira
    e que a prevalência de sintomas de ansiedade e/ou depressivos varia em pessoas
    com alta CI dependendo do domínio que é analisado.


  • Mostrar Abstract
  • Os transtornos depressivos (TD) e de ansiedade (TA) provocam alterações do humor
    e comportamento, possuindo uma relação de comorbidade, agravando o quadro
    sintomático. Dentre as alterações percebidas, a consciência interoceptiva (CI) é uma
    das vertentes que vêm sendo utilizada para explicar a relação dos sintomas e
    mudanças comportamentais. Para se medir a CI, o Multidimensional Assessment of
    Interoceptive Awareness (MAIA) é amplamente utilizado na literatura. No entanto uma
    validação do instrumento para a população brasileira se faz necessária. Com este
    cenário, o objetivo deste estudo foi de verificar a relação entre CI e sintomas
    sugestivos de TA e TD em adultos. O estudo foi dividido em duas fases, onde a Fase
    I constituiu em um estudo de validação de uma versão em português do MAIA para a
    população brasileira. A Fase II do estudo verificou a associação das dimensões-chave
    do MAIA com a presença/ausência de sintomas sugestivos de ansiedade e depressão.
    A análise de retenção fatorial do MAIA neste estudou apresentou divergência com o
    instrumento original. Além disso, foram observadas cargas fatoriais cruzadas na
    maioria dos itens do instrumento, além de baixa confiabilidade fatorial na maioria dos
    fatores. A análise de associação das dimensões de CI com a presença/ausência não
    obteve significância estatística na maioria dos seus resultados, no entanto, parece
    haver uma tendência de associação entre a prevenção de sintomas depressivos
    quando os scores de CI são altos, assim como para os mesmos altos scores de CI,
    existe um maior risco para sintomas de ansiedade.

10
  • ELIFRANCES GALDINO DE OLIVEIRA
  • Dextrocetamina previne as alterações comportamentais e modula a expressão
    de citocinas em camundongos expostos à ativação imune materna

  • Orientador : DAYANE APARECIDA GOMES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • JULLIET ARAUJO DE SOUZA
  • Data: 29/07/2022

  • Mostrar Resumo
  • Doenças do neurodesenvolvimento como o autismo e esquizofrenia acometem cerca
    de 1% da população mundial. Eventos que ocorrem durante o desenvolvimento,
    como a ativação imune materna, têm sido relacionados com a apresentação destas
    doenças. Estudos em roedores corroboram que a prole exposta à ativação imune
    materna apresenta alterações comportamentais que são observadas na vida adulta.
    Dentro do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar, em camundongos
    machos, os efeitos da administração de dextrocetamina nas alterações
    comportamentais e moleculares induzidas pela ativação imune materna. Fêmeas
    gestantes receberam administração de LPS (100 μg/kg) ou salina (1 ml/kg) no 15o e
    16o dia gestacional. A prole destas fêmeas foi alocada nos grupos controle, grupo
    dextrocetamina (DEX), grupo ativação imune materna (MIA) ou MIA+DEX de acordo
    com a administração de dextrocetamina (20 mg/kg) ou salina (1 ml/kg) no período do
    36o ao 50o dia pós-natal. No 60o dia pós-natal os animais foram testados no labirinto
    em Y, para a análise de memória espacial de trabalho, e no 62o dia pós-natal foram
    testados no campo aberto, para análise do comportamento relacionado à ansiedade

    e interação social. No 63o dia pós-natal foram coletadas amostras do córtex pré-
    frontal, hipocampo e cerebelo para análise da expressão gênica das citocinas IL-1β,

    IL-6, TNF-α e TGF-β1. Nos testes comportamentais, os resultados demonstraram
    que dextrocetamina preveniu o aumento da ansiedade experimental e a redução da
    interação social induzidas pela ativação imune materna. A análise da expressão
    gênica no cerebelo demonstrou que a dextrocetamina preveniu o aumento na
    expressão de TNF-α induzido pela ativação imune materna. No hipocampo, a
    dextrocetamina induziu aumento da expressão de TGF- β1 e no córtex pré-frontal
    preveniu o aumento da expressão de IL-1β, IL-6, e TGF-β1. Assim, concluímos que
    a administração de dextrocetamina previne o aumento da ansiedade experimental e
    a redução da interação social induzidos pela ativação imune materna, associado à
    regulação da expressão de citocinas no cerebelo, hipocampo e córtex pré-frontal.


  • Mostrar Abstract
  • O neurodesenvolvimento começa antes do nascimento e durante o período pré-
    natal o programa genético inerente somado às modificações epigenéticas e eventos

    ambientais organiza a formação de uma rede neural estrutural e funcional complexa,
    o conectoma, através de processos incrivelmente orquestrados e precisos. Dada a
    sutileza desses processos, o sistema nervoso é consideravelmente vulnerável durante
    o desenvolvimento fetal (in utero). Eventos ocorrendo nesse período crítico são
    potencialmente indutores de danos que podem ser permanentes (ESTES;
    MCALLISTER, 2016). Alguns desses eventos são reconhecidos hoje como fatores de
    risco para o desenvolvimento de doenças como transtorno do espectro autista (TEA),
    esquizofrenia, paralisia cerebral, epilepsia, depressão e déficits cognitivos
    (KNUESEL; CHICHA; BRITSCHGI; SCHOBEL et al., 2014).
    Evidências sugerem que a ativação imune materna (MIA, do inglês maternal
    immune activation) pode ser um desses eventos prejudiciais ao sistema nervoso,
    expondo o embrião/feto a condições adversas por modificar as condições de
    funcionamento na interface materno-fetal e/ou por ação direta no próprio organismo
    em desenvolvimento (LU-CULLIGAN; IWASAKI, 2020). A MIA pode ser definida como
    ativação e resposta do sistema imune inato e/ou adaptativo de uma gestante a um
    agente infeccioso ou não-infeccioso. Na ausência de um agente infeccioso a MIA pode
    ser desencadeada por estresse, doença autoimune, asma, alergias e outros
    ativadores da resposta imune (JIANG; COWAN; MOONAH; PETRI, 2018;
    ZENGELER; LUKENS, 2021). Apesar da MIA ser necessária e originalmente
    protetiva, pode imprimir alterações nos sistemas imune e nervoso do feto por si só,
    bem como, influenciar a vulnerabilidade a outros fatores de risco posteriormente na
    vida.

11
  • ANA BEATRIZ JANUÁRIO DA SILVA
  • NÍVEIS SÉRICOS DE VITAMINA D, PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS E ASPECTOS NEUROMOTORES EM CRIANÇAS DE 7 A 11 ANOS EM ESCOLAS MUNICIPAIS DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - PE

  • Orientador : CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAQUEL DA SILVA ARAGAO
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • TALITTA RICARLLY LOPES DE ARRUDA LIMA
  • Data: 29/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • A vitamina D (Vit. D) é uma vitamina lipossolúvel e junto com seus metabólitos
    desempenham funções como a homeostase do cálcio, além de ações extra
    esqueléticas. Tem seu armazenamento nos tecidos adiposo e muscular. Baixos níveis
    de Vit. D podem prejudicar o desenvolvimento do desempenho motor e da
    coordenação, além de apresentar associação negativa com o índice de massa
    corporal (IMC), contudo tais fenômenos não são consenso para população infantil.
    Objetiva-se com esse estudo investigar a relação entre os níveis de vitamina D,
    antropometria e aspectos neuromotores de crianças entre 7 e 11 anos em escolas
    municipais da cidade de Vitória de Santo Antão-PE. Trata-se de um estudo
    transversal, em que foram analisadas coletas de dados sociodemográficos e aplicada
    escala para maturação sexual. Para a composição corporal, foram mensurados peso
    corporal, estatura, circunferência de cintura e dobras cutâneas. Já com relação aos
    aspectos neuromotores foram medidos a força de preensão manual (FPM) e o
    desempenho motor. Por fim, foram coletadas amostras de sangue para quantificar os
    níveis séricos de Vit. D. Foram avaliados 134 indivíduos que apresentavam idade
    entre 7 e 11 anos e 11 meses de idade (9,2 ± 1,38 anos de idade), dentre essas 68
    (50,74%) do sexo masculino e 66 (49,25%) feminino. Com relação à antropometria,
    as crianças avaliadas em sua maioria estavam com peso, altura e IMC adequados
    para a idade, assim como o % gordura corporal (%G) também estava adequado. No
    que diz respeito à FPM, as crianças estavam, em sua maioria, no percentil 75 em
    ambos os hemicorpos avaliados. Já em relação ao desempenho motor, a média do
    quociente motor foi 98,08 ± 15,48 pontos no score. Independente do grupo analisado,
    as crianças obtiveram classificação normal para o desempenho motor. As correlações
    entre os níveis de Vit. D e os parâmetros antropométricos e neuromotores foram
    significantes: entre Vit. D x score do KTK fraca positiva (7 a 9 anos e 11 meses) (r=
    0,31, p= 0,039), entre Vit. D x score do KTK fraca positiva (10 a 11 anos e 11 meses)
    (r= 0,35, p= 0,029); entre Vit. D x peso corporal fraca negativa (10 a 11 anos e 11
    meses) (r= - 0,34, p= 0,031); entre Vit. D x %G fraca negativa (10 a 11 anos e 11
    meses) (r= - 0,32, p= 0,046). Os resultados reforçam a importância da identificação
    precoce da hipovitaminose D e suas correlações com os parâmetros antropométricos
    e os aspectos neuromotores ainda na infância, afim de reduzir danos na
    funcionalidade muscular e metabólica.


  • Mostrar Abstract
  • A vitamina D (Vit. D) é uma vitamina lipossolúvel e junto com seus metabólitos
    desempenham funções como a homeostase do cálcio, além de ações extra
    esqueléticas. Tem seu armazenamento nos tecidos adiposo e muscular. Baixos níveis
    de Vit. D podem prejudicar o desenvolvimento do desempenho motor e da
    coordenação, além de apresentar associação negativa com o índice de massa
    corporal (IMC), contudo tais fenômenos não são consenso para população infantil.
    Dessa forma, verificar os níveis de Vit. D e suas possíveis associações à
    antropometria e aspectos neuromotores em crianças na região nordeste do Brasil é
    necessário. Trata-se de um estudo transversal, no qual estão sendo coletadas
    informações sociodemográficas, de composição corporal, de aspectos neuromotores
    e de sangue para mensuração dos níveis de Vit. D. Para avaliar a composição
    corporal, foi mensurado altura, peso corporal, dobras cutâneas e circunferência de
    cintura. Os aspectos neuromotores avaliados foram a força e a coordenação motora,
    para a força utilizou-se dinamômetro manual eletrônico e para a coordenação motora
    foi aplicada a bateria de testes Korperkoordination Test furKinder (KTK). Além da
    aferição de pressão arterial sistêmica e avaliação da maturação sexual. Até o
    momento foram analisadas 117 crianças com idade média de 8,75 anos, sendo 68
    (58,11 %) do sexo masculino e 49 (41,88 %) do sexo feminino. Além disso a maior
    parte dessa crianças 47 (43,51%) declararam ser morena clara. Na força de preensão
    manual, a maior parte das crianças 14 (66.66%) apresentaram classificação normal,
    e para o desempenho motor 68 (73,91 %) crianças atingiram quociente motor entre
    86 e 115 pontos no score do teste KTK atingindo classificação normal. Em relação ao
    IMC comparado ao estado nutricional, quanto maior o IMC, pior é a classificação do
    estado nutricional. As dobras cutâneas apresentaram diferenças significativas quando
    comparadas aos pares dos grupos do estado nutricional. Não houve diferença
    significativa entre o desempenho motor e o estado nutricional, contudo foi observado
    maior prejuízo no grupo obesidade em relação ao grupo magreza, eutrófico e
    sobrepeso.

12
  • ALICIA RAFAELA MARTINEZ ACCIOLY
  • APLICAÇÃO DO APRENDIZADO DE MÁQUINA EM IMAGENS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO NEOESTRIADO PARA O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA DE PARKINSON EM FASE PRECOCE

  • Orientador : PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIO LUCIANO DE MELO SILVA JUNIOR
  • MICHEL MOZINHO DOS SANTOS
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • Data: 19/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • Até o momento, o diagnóstico da doença de Parkinson in vivo é clínico e tardio no
    processo neurodegenerativo. É resultado da morte de neurônios na pars compacta da
    substância negra, os quais projetam terminais axonais para neoestriado, região do
    telencéfalo onde pesquisas recentes têm mostrado que as alterações ocorram mais
    precocemente. A inteligência artificial, por meio da radiômica, mostra-se como um
    caminho promissor na medicina. Já aplicadas à oncologia, tem potencial no campo
    das doenças neurodegenerativas, na forma de predições diagnósticas e descoberta
    de biomarcadores. O objetivo consistiu em desenvolver modelos de predição
    diagnóstica baseados em aprendizado de máquina a partir de características
    radiômicas extraídas de imagem de ressonância magnética do neoestriado em
    indivíduos na fase precoce da doença de Parkinson. Conduziu-se um estudo
    retrospectivo, caso-controle, com amostra de 70 indivíduos com DP de início precoce
    e 22 controles, extraída do Parkinson’s Progression Markers Initiative. A partir de
    ressonância magnética ponderada em T1, foi feita segmentação automática do
    neoestriado e extraídas 108 características radiômicas semânticas, de primeira e
    segunda ordem. Foram testados 11 algoritmos de aprendizado de máquina e os
    quatro melhores foram usados para desenvolver modelos de classificação, usando a
    técnica de validação cruzada 10-fold, a partir dos dados balanceados, normalizados e
    reduzidos por meio da análise de componentes principais. As métricas para avaliar os
    desempenhos foram acurácia, sensibilidade, especificidade e área sob a curva ROC.
    Dos resultados, a Máquina de Suporte de Vetores, Análise Discriminante Quadrática,
    Regressão Logística, e Floresta Aleatória foram os modelos com melhores
    desempenhos, destacando-se este último com acurácia de 84,8%, sensibilidade
    76,4%, especificidade 92,9% e AUC 84,7%. Conclui-se que o diagnóstico por
    aprendizado de máquina apresentou boa performance na detecção da doença de
    Parkinson em fase precoce a partir de características radiômicas de RM do
    neoestriado.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: até o momento, o diagnóstico da doença de Parkinson in vivo é clínico e
    tardio no processo neurodegenerativo. É resultado da morte de neurônios na pars
    compacta da substância negra, os quais projetam terminais axonais para o núcleo
    caudado e o putâmen, região do telencéfalo onde pesquisas recentes têm mostrado
    que as alterações ocorram mais precocemente. A inteligência artificial, por meio da
    radiômica, mostra-se como um caminho promissor na medicina. Já aplicadas à
    oncologia, tem potencial no campo das doenças neurodegenerativas, associada a
    técnicas quantitativas de imagem, dentre as quais, a ressonância magnética.
    Objetivos: investigar atributos radiômicos do neostriado a partir de imagens de
    ressonância magnética que possam apresentar boa acurácia com o diagnóstico
    clínico da doença de Parkinson e correlacioná-los com os dados clínicos. Método:
    desenvolveu-se um estudo retrospectivo, caso-controle, com amostra de
    conveniência composta de 73 pacientes com doença de Parkinson de início precoce
    e 22 indivíduos saudáveis, extraída do consórcio internacional Parkinson’s
    Progression Markers Initiative. Foram coletados dados clínicos, escala unificada de
    avaliação da doença de Parkinson, escala de Hoehn & Yahr e a avaliação cognitiva
    Montreal. A segmentação automática e o cálculo do volume do putâmen e do núcleo
    caudado, foram feitas utilizando o software Freesurfer, a partir de imagens de
    ressonância magnética, com sequências ponderadas em T1 e por tensor de difusão.
    A mineração das características radiômicas foi realizada através do software Weka,
    com os métodos de classificação supervisionados Support Vector Machine e Random
    Forest. Para análise dos dados clínicos utilizou-se o software SPSS Statistics.
    Resultados: O Support Vector Machine obteve concordância de classificação entre
    os grupos de 52,95% (coeficiente Kappa de 0,061) e o método Random Forest obteve
    uma concordância maior, de 82,22% (Kappa de 0,644), considerada uma
    confiabilidade moderada neste último caso. As correlações entre os dados clínicos e
    o atributo radiômico de volume do neoestriado apresentaram relações inversamente
    significantes entre o volume do putamen direito e os escores da parte Ib (coeficiente
    de Spearman de -0,249 e p=0,034), da parte III (coeficiente de Spearman de -0,277 e
    p = 0,018) e total (coeficiente de Spearman de -0,269 e p = 0,031) do UPDRS, apenas
    no grupo dos indivíduos com DP. Conclusão: A radiômica pode, portanto, contribuir
    para o diagnóstico da DP precoce e estar relacionadas a escores de avaliações de
    comprometimento clínico. Como continuidade serão extraídos outros atributos e a
    mesma análise será realizada.

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  • ANTONIO SAVIO INACIO
  • DEPRESSÃO E ANSIEDADE NA EQUIPE DE ENFERMAGEM DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19: REVISÃO SISTEMÁTICA

  • Orientador : LEONARDO MACHADO TAVARES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • FELICIALLE PEREIRA DA SILVA
  • Data: 26/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • A COVID-19 é uma síndrome aguda de origem respiratória de elevado grau de
    disseminação e mortalidade provocada pelo novo coronavírus. Os profissionais de
    enfermagem atuam diretamente no cuidado aos pacientes infectados e apresentam alto risco
    de disseminação na cadeia epidemiológica e contaminação pelo vírus, devido sua elevada
    exposição ocupacional diária e contínua. No Brasil, a morte de profissionais de Enfermagem
    representa um terço do total das mortes de profissionais de saúde. Objetivo: Avaliar a
    prevalência de transtornos mentais em profissionais de Enfermagem que atuam no
    atendimento à pacientes com Covid-19. Método: Trata-se de uma revisão sistemática
    elaborada mediante as recomendações do PRISMA, por meio de busca nas bases de dados
    eletrônicos da Pubmed, LILACS, Scielo e BVS, com delimitação do escopo de pesquisa
    baseado na estratificação de componentes PICOT. Resultados Esperados: Com o término da
    execução do presente estudo espera-se que ocorra a identificação da prevalência de
    transtornos mentais nos profissionais de enfermagem e a definição dos principais fatores de
    risco e desencadeantes de transtornos mentais.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: A COVID-19 é uma síndrome aguda de origem respiratória de elevado grau de disseminação e mortalidade provocada pelo novo coronavírus. Os profissionais de enfermagem atuam diretamente no cuidado aos pacientes infectados e apresentam alto risco de disseminação na cadeia epidemiológica e contaminação pelo vírus, devido sua elevada exposição ocupacional diária e contínua. No Brasil, a morte de profissionais de Enfermagem representa um terço do total das mortes de profissionais de saúde. Objetivo: Avaliar a prevalência de transtornos mentais em profissionais de Enfermagem que atuam no atendimento à pacientes com Covid-19. Método: Trata-se de uma revisão sistemática elaborada mediante as recomendações do PRISMA, por meio de busca nas bases de dados eletrônicos da Pubmed, LILACS, Scielo e BVS, com delimitação do escopo de pesquisa baseado na estratificação de componentes PICOT. Resultados Esperados: Com o término da execução do presente estudo espera-se que ocorra a identificação da prevalência de transtornos mentais nos profissionais de enfermagem e a definição dos principais fatores de risco e desencadeantes de transtornos mentais. Descritores: Transtorno Mental; COVID-19; Equipe de Enfermagem; Enfermagem

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  • THAILANE MÁRIE FEITOSA CHAVES
  • ACHADOS DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE CRÂNIO DE PACIENTES COM COVID-19 NA ADMISSÃO
    EM UNIDADE TERCIÁRIA DE PERFIL NEUROVASCULAR: ESTUDO COMPARATIVO COM PACIENTES ADMITIDOS ANTES DA PANDEMIA

  • Orientador : MARIA CAROLINA MARTINS DE LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
  • THALES PAULO BATISTA
  • Data: 26/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • Apesar dos avanços no conhecimento da COVID-19 nos últimos anos, essa é uma
    doença multifacetada, com repercussão na saúde e economia mundiais. O
    entendimento dos achados clínicos e imaginológicos em distintos grupos
    populacionais, fases específicas da pandemia e associado às distintas cepas virais
    permanece uma necessidade. Objetivou-se analisar comparativamente dados de
    grupos de pacientes com e sem COVID-19 encaminhados a Unidade Neurológica.
    Para efeito, foram utilizadas 116 tomografias computadorizadas de crânio da
    admissão (primeiras 24h) de pacientes com positividade (SARS-CoV-2 RT-PCR) para

    COVID-19, encaminhados a Unidade Terciária SUS, de perfil primário cardio-
    neurovascular, no semestre inicial (Abr-Set/2020) do aparecimento da pandemia em

    Pernambuco, Brasil. Os achados desse grupo foram comparados com grupo de 86
    pacientes conduzidos sob mesmos protocolos institucionais, em período em que
    COVID-19 não era problema de Saúde-Pública. Tomografias utilizadas nesse são
    parte do Banco-de-Imagens-Clínicas institucional (BIC-HPS), que armazena de modo
    automático exames realizados na Unidade desde Out/2014. O material para pesquisa

    laboratorial-COVID-19 foi processado de acordo com normativas da Secretaria-de-
    Estado-de-Saúde – Pernambuco, à época. Os grupos foram semelhantes quanto (a)

    idade, (b) sexo (p=0,688 e p=0,784) e (c) principais comorbidades à admissão
    (hipertensão (p=0,299), diabetes-2 (p=0,094). Idade variou entre 22-99 anos, com
    maioria de idosos e homens. No grupo-COVID-19, doença renal (21,6%, p=0,004),
    requerendo diálise (p=0,022) e distúrbio hidroeletrolítico (11,2%, p=0,017) foram
    principais complicações desenvolvidas durante internamento, com diferença
    significativa para o grupo-não-COVID-19. Foi também significativa a diferença a favor
    do grupo-COVID-19 no número de exames imaginológicos (p<0,001), radiológicos
    (p<0,001) e média de tomografias totais (média 3,4, 1-12, ±2,0, p<0,001) realizados.
    Dentre achados-agudos nas tomografias de crânio das primeiras 24h,
    ventriculomegalia (28,4%), aumento da espessura do nervo óptico (24,1%) e
    hipodensidade aguda (19,8%) foram mais frequentes no grupo-COVID-19. Já entre
    achados não-agudos, calcificações (99,1%) e atrofia cortical (54,3%) foram mais
    frequentes, porém sem diferença entre grupos (p >0,05). Alteração de substância
    branca foi mais frequente no grupo-controle (p=0,009), porém quando desmembradas

    em agudas (p=0,289), não-agudas (p=0,079) e indeterminadas (p=0,462) não se
    verificou diferença entre grupos. O desfecho dos pacientes, na alta, foi
    significativamente distinto entre grupos (p<0,001). No grupo-COVID-19 predominaram
    óbitos (33,3%) e sobrevivência associada à importante-limitação-funcional (20,2%).
    Na alta, parcela significativa (32,8%) dos pacientes COVID-19 foi transferida
    (p<0,001). Esse estudo utilizou oportunidade de analisar grupos de pacientes com e
    sem COVID-19, na admissão em Unidade-Neurológica, comparando achados da
    tomografia de crânio das primeiras 24h. Os achados demonstram não haver diferença
    entre grupos nesses aspectos. Para confrontação desses achados com a literatura e
    necessária observação da origem dos pacientes estudados e momento em que a
    investigação foi realizada. Dados desse estudo acrescentam informação de uso
    prático para profissionais atuando nas emergências e aponta elevado número de
    exames realizados nos pacientes com COVID-19 avaliados no período, sinalizando
    riscos - inclusive à longo prazo, derivados da exposição radiológica. Esse estudo
    demonstra desfechos pobres e acentuada mortalidade quando há associação de
    quadro neurológico e COVID-19 e aponta diferenças na condução do paciente
    neurológico com COVID-19, na realidade local; lançando bases para estudos
    adicionais de interesse para a Saúde-Pública em Pernambuco.


  • Mostrar Abstract
  • O Pandemia COVID-19 surgiu no final de 2019 com quadros respiratórios leves a
    graves e posteriormente com surgimento de sintomas neurológicos em alguns
    casos. Diante de uma doença nova, com repercussão na saúde e economia
    mundiais, os estudos científicos tiveram e tem importante papel para entender a
    doença e definir o melhor manejo. Os estudos de neuroimagem são de grande
    valor, pois o padrão de alterações encontradas podem sugerir fisiopatologia,
    prognóstico, terapêutica necessária, protocolos de conduta. E o Hospital
    Metropolitano Oeste Pelópidas Silveira é um hospital com perfil cardio-neurológico
    e que dispõe de um banco de imagens clínicas (BIC) que armazena exames de
    imagem sem deleções, permitindo uma amostra não viciada de pacientes com
    sintomas neurológicos. Com o acervo de imagens de pacientes com COVID que
    passaram pelo serviço durante a pandemia objetivamos avaliar os exames de
    tomografia de crânio desses pacientes e tentar responder algumas perguntas.
    Afinal, a tomografia precoce no paciente com covid e sintomas neurológicos em
    um hospital de referência pode mostrar detalhes da doença que ajudem a definir o
    melhor manejo? Existe um padrão que pode levantar a suspeita de acometimento
    neurológico pelo COVID? A tomografia de crânio precoce é um exame essencial
    para todos os pacientes com COVID e qualquer sintoma neurológico? Quais as
    lesões mais frequentes? Qual o prognóstico desses pacientes? Os achados
    sugerem alguma fisiopatologia da doença?. Para isso, serão avaliadas as
    tomografias das primeiras 24horas de entrada de pacientes com COVID que foram
    encaminhados ao serviço com sintomas neurológicos e tiveram o exame realizado.
    Os resultados do estudo piloto não permitiram concluir ainda sobre o padrão
    tomográfico porém sugeriu alguns achados que serão melhor estudados ao longo
    do estudo da amostra populacional completa.

15
  • CATARINA DE MORAES BRAGA
  • Formação, características individuais e satisfação sexual dos médicos: quais fatores estão associados à abordagem de queixas sexuais em consultas médicas?

  • Orientador : LEONARDO MACHADO TAVARES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLA FONSECA ZAMBALDI
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • VILMA MARIA DA SILVA
  • Data: 28/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • Introdução: A sexualidade é uma importante dimensão humana e a resposta sexual

    saudável é um componente significativo da qualidade de vida. Doenças crônicas, me-
    dicações e intervenções médicas podem impactar negativamente a sexualidade e por

    isso é fundamental que o médico inclua avaliação da saúde sexual na consulta mé-
    dica. Entretanto, médicos evitam colher a história sexual do paciente. Este estudo

    propõe avaliar a relação entre dados sociodemográficos, formação médica e satisfa-
    ção sexual de médicos e a prática de abordar queixas sexuais durante atendimentos

    médicos.
    Objetivos: Este trabalho tem como objetivo geral identificar fatores associados à

    abordagem de questões sobre sexualidade e disfunções sexuais em consultas médi-
    cas. Como objetivos específicos, avaliar se fatores socioculturais, dados da formação

    médica e satisfação sexual do médico estão associados à abordagem de queixas se-
    xuais por parte do profissional.

    Método: Trata-se de um estudo observacional transversal quantitativo a ser realizado
    através de questionário online. Foram estudados profissionais em atuação em hospital

    escola vinculado à Universidade Federal de Pernambuco. Além da aplicação de ques-
    tionário sociodemográfico e informações a respeito da formação médica, foram ques-
    tionadas crenças sobre a relevância da saúde sexual na qualidade de vida e atitudes

    dos profissionais em relação a aspectos da saúde sexual dos pacientes. Para avalia-
    ção da satisfação sexual dos profissionais, foi realizada a aplicação de itens sobre

    saúde sexual (faceta 15) do Instrumento de Avaliação de qualidade de Vida da OMS.
    Resultados: Dados individuais e satisfação sexual dos médicos não influenciaram na
    abordagem de queixas sexuais. Por outro lado, contato com a temática ao longo da
    residência médica influenciou no conforto e iniciativa em lidar com queixas sexuais.
    Conclusões: Educação em sexualidade na residência e especialização influencia na
    realização de anamnese sexual e de conforto em manejar transtornos da sexualidade.


  • Mostrar Abstract
  • A sexualidade é uma importante dimensão humana que se relaciona intimamente
    com a identidade. Para Foucault, o sexo, mesmo no contexto moderno, é tido como
    proibido, de modo que falar sobre sexo pode ser entendido como um ato subversivo o que
    pode levar ao silenciamento (Foucault, 1988). E, apesar de entidades médicas e a
    organização mundial de saúde (OMS) incluírem a sexualidade como um dos pilares da
    saúde, aspectos culturais, religiosos e pessoais do profissional podem influenciar a sua
    visão acerca da temática (Baker K; Beagan B, 2014; OMS, 2015).
    Apesar de ser um tema amplamente discutido em diversos contextos culturais e
    acadêmicos, o estudo da saúde sexual e das disfunções sexuais passou a ser abordado
    clinicamente com os estudos de Masters e Jonhson que ficaram marcados com a
    publicação dos livros “A Resposta Sexual Humana” (em de 1966 ) e “A Inadequação
    Sexual Humana” em 1970. O casal de terapeutas aprimorou exercícios e práticas para
    reduzir queixas sexuais, com o foco específico em casais heterossexuais. Kaplan também
    propôs diversas técnicas de terapia sexual que ainda na presente data são utilizadas.
    Esta pesquisadora argumenta ainda que mudanças culturais acompanharam um maior
    acúmulo de conhecimento a respeito da saúde sexual e que, nesse contexto, cada vez
    mais pessoas passaram a procurar profissionais da saúde para manejo de insatisfações
    sexuais. No Brasil, em 1980, o Conselho Federal de Medicina reconheceu a sexologia
    como especialidade médica, pela Resolução 1.019/1980 e referendada pela Resolução
    1.441, de 12 de agosto de 1994 (Kaplan, 1987; Sena, 2010) reforçando a importância da
    temática dentro do contexto médico.
    Após anos de estudo e de interesse da medicina na área da sexualidade, ficou
    evidente que a resposta sexual saudável é um componente significativo da qualidade de
    vida. Está associada ao bem-estar físico e mental e com a satisfação em relacionamentos
    amorosos (Levin, 2007; OMS, 2015). Entretanto, a resposta sexual pode ser prejudicada
    por diversos fatores médicos, psicológicos e socioculturais. Para manter a função sexual
    satisfatória, é necessário ter boa saúde física e, em certa medida, estar
    momentaneamente livre de afetos negativos, de conflitos psicológicos intensos e de
    controle cognitivo excessivo (Kaplan, 1987). Além de questões psicológicas,
    comorbidades podem contribuir negativamente para a resposta sexual, e frequentemente
    é importante adequar expectativas, conhecer as modificações na resposta sexual
    esperadas ao longo da vida e, muitas vezes, exercitar flexibilizações de comportamento e

    5
    práticas sexuais de modo a adequar a função sexual a nova realidade. Existem técnicas
    comportamentais, medicações e até cirurgias que podem auxiliar na manutenção da
    funcionalidade sexual do paciente. Entretanto, para desejar ter acesso a tais intervenções
    o paciente precisa primeiro saber que elas existem e até entender que a consulta médica
    é um espaço de cuidado da saúde sexual (Abdo, 2014; OMS, 2015).
    Ao longo da vida, diversas fases estão associadas a queixas especificas na esfera
    da sexualidade. Na gestação e puerpérios algumas pacientes vivenciam redução do
    desejo sexual, crenças disfuncionais sobre o sexo que levam a evitação da atividade
    sexual. Estudo realizado em São Paulo relatou que 70% dos residentes entrevistados
    concordaram que a sexualidade deve ser abordada nas consultas de gestantes.
    Curiosamente, apenas 20% relataram ter iniciativa de realizar anamnese sexual. O estudo
    mostrou ainda que fatores individuais dos profissionais também influenciaram no conforto
    em lidar com as queixas sexuais das pacientes (p.ex.: médicos homens tiveram maior
    constrangimento do que as mulheres) (Vieira et al, 2012).

Teses
1
  • JOSEPHA KARINNE DE OLIVEIRA FERRO
  • EFEITOS DE PADRÕES PÉLVICOS DA FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA NOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO.

  • Orientador : DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
  • ANGELICA DA SILVA TENORIO
  • DIEGO DE SOUSA DANTAS
  • JULIANA NETTO MAIA
  • LEILA MARIA ALVARES BARBOSA
  • Data: 26/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • OBJETIVO: Analisar o efeito dos padrões pélvicos do conceito de Facilitação
    Neuromuscular Proprioceptiva (conceito FNP) nos músculos do assoalho pélvico
    (MAP), bem como o comportamento eletromiográfico dos músculos sinérgicos ao
    assoalho pélvico em mulheres jovens e saudáveis. MÉTODO: Estudo observacional,
    realizado com 31 mulheres de 18 a 35 anos, média de idade 23.3 (22.1–24.4; IC 95%).
    O complexo muscular transverso do abdômen/oblíquo interno (TrA/OI) direito, grácil
    bilateral e os MAP, representados pelo músculo esfíncter anal externo (EAE) foram
    monitorizados por eletromiografia de superfície (sEMG) durante à execução da técnica

    combinação de isotônicas nos quatro padrões pélvicos do conceito FNP: ântero-
    elevação (AE), póstero-depressão (PD), ântero-depressão (AD) e póstero-elevação

    (PE). Foram realizadas três repetições com intervalos de dois minutos entre elas. Para
    análise do sinal eletromiográfico foi extraída uma época de 500ms ajustado ao valor
    central e analisada a amplitude Root Mean Square. Teste ANOVA de duas vias com
    medidas repetidas foi utilizado para verificar a diferença de média entre os tipos de
    contração da técnica, padrões pélvicos e atividade mioelétrica dos músculos TrA/OI e
    grácil bilateral em relação a atividade mioelétrica dos MAP, utilizando o software
    Statistical Package for Social Sciences e intervalo de confiança 95%. RESULTADOS:
    Não houve diferença estatística entre os padrões pélvicos em relação a atividade
    mioelétrica do assoalho pélvico. Porém, houve efeito da técnica combinação de
    isotônicas sob os MAP quando comparado ao baseline [F (1.6, 48.2) = 71.5; p<0.000],
    com grande magnitude de efeito (Partial ƞ2 = 0,705), mostrando que as contrações
    concêntricas (22.4μV ± 1.1), isométricas (17.3μV ± 0.6) e excêntricas (15μV ± 0.5) da
    técnica combinação de isotônicas aumentam a atividade dos MAP quando comparado
    ao baseline (10.8μV ± 0.4) em todos os padrões pélvicos. Ao analisar o
    comportamento eletromiográfico dos músculos sinérgicos ao assoalho pélvico, a
    ANOVA de duas vias com medidas repetidas mostrou há efeito de cada fator isolado,
    bem como há efeito da interação do tipo de contração, padrão pélvico do conceito
    FNP e músculos sinérgicos sobre a atividade mioelétrica do esfíncter anal externo [F
    (3.2, 96.5) = 5.6; p<0.000], com grande magnitude de efeito (Partial ƞ2 = 0.15). Nos
    quatro padrões pélvicos do conceito FNP foi observado que no padrão AE os
    músculos TrA/OI e grácil esquerdo apresentam sinergia em fase com o músculo EAE

    em todos os tipos de contração (p<0,00), sendo o maior nível de atividade encontrado

    nas contrações concêntricas, um comportamento que se mostrou repetitivo nos
    demais padrões estudados. No padrão AD observou-se uma menor atividade
    eletromiográfica do músculo grácil direito em relação ao EAE em todas as contrações
    (p<0,00) e um aumento de atividade do músculo grácil esquerdo, porém sem diferença
    estatística em relação ao EAE. No entanto, nos padrões posteriores (PE e PD),
    evidenciou-se diminuição do nível de atividade de todos os músculos (p<0,01), com
    exceção do músculo EAE que manteve o mesmo nível de atividade em todos os
    padrões. CONCLUSÃO: Não houve diferença estatística entre os padrões pélvicos
    sob a atividade mioelétrica dos MAP. No entanto, há efeito da técnica combinação de
    isotônicas sob os MAP quando comparado ao baseline, sendo a contração
    concêntrica a que apresenta maior atividade. Porém, no padrão AE os músculos
    TrA/OI e grácil esquerdo apresentam sinergia em fase com os MAP e nos padrões
    posteriores (PE e PD) houve diminuição do nível de atividade de todos os músculos
    sinérgicos, sem alterar o nível de atividade dos MAP. Dessa forma, os padrões
    pélvicos do conceito FNP podem ser usados para aumentar o recrutamento dos MAP
    em mulheres jovens e saudáveis.


  • Mostrar Abstract
  • EFEITOS DE PADRÕES PÉLVICOS DA FACILITAÇÃO NEUROMUSCULAR PROPRIOCEPTIVA NOS MÚSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO.

2
  • MANUELLA MORAES MONTEIRO BARBOSA BARROS
  • ANÁLISE DO IMPACTO DA SENSIBILIZAÇÃO CENTRAL, CATASTROFIZAÇÃO DA DOR E PRESENÇA DE MIGRÂNEA NA FUNÇÃO FÍSICA DE MULHERES FIBROMIÁLGICAS

     

  • Orientador : DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
  • DANIELLA CUNHA BRANDAO
  • DEBORA WANDERLEY VILLELA
  • GISELA ROCHA DE SIQUEIRA
  • JULIANA FERNANDES DE SOUZA BARBOSA
  • Data: 31/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • Introdução: A fibromialgia é uma doença que cursa com dor crônica
    musculoesquelética difusa, acompanhada de cefaleia, distúrbios do sono, fadiga crônica,
    rigidez muscular, parestesias e distúrbios psicológicos relacionados com a ansiedade e
    depressão. Possui fisiopatologia multifatorial relacionada à fatores genéticos, distúrbios
    neuroendócrinos, vasculares e alterações no processamento de dor. Já se sabe que
    pacientes com fibromialgia apresentam uma redução em sua função física, porém não se
    sabe ainda explicar qual a causa dessa incapacidade e descondicionamento. Objetivo:
    analisar se a idade, tempo de diagnóstico da fibromialgia, presença de migrânea,
    impacto da fibromialgia, catastrofização da dor e síndrome da sensibilização central
    interferem na função física e capacidade funcional de mulheres fibromiálgicas.
    Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal realizado com 100 mulheres
    com diagnóstico clínico de fibromialgia (média de idade de 47±8 anos). Para o rastreio
    da migrânea, foram utilizados os critérios da 3rd International Headache Classification.
    O impacto da fibromialgia na qualidade de vida foi avaliado pelo Fibromyalgia Impact
    Questionnaire- Revised (FIQ-R). As relações entre pensamentos catastróficos e dor
    crônica foram avaliadas pela Escala de Catastrofização de Dor (PCS), a presença de
    síndrome de sensibilização central pelo Inventário de Sensibilização Central (CSI). A
    função física foi avaliada pelo Short Physical Performance Battery (SPPB) e, a
    capacidade funcional pelo Teste de caminhada de 6 minutos (TC6M). Resultados: Com
    o TC6M como variável dependente, a redução da capacidade funcional das pacientes
    pode ser explicada pela idade, impacto da fibromialgia e presença da síndrome da
    sensibilização central (p<0,05). Com o SPPB como variável dependente, apenas as
    variáveis idade e impacto da fibromialgia explicam a redução na função física destas
    mulheres (p<0,05). Conclusão: O aumento da idade, maiores impactos da fibromialgia
    na qualidade de vida e níveis mais graves da síndrome da sensibilização central
    explicaram a redução da função física em mulheres com fibromialgia.


  • Mostrar Abstract
  • EFEITO DO TREINO COM EXERCÍCIOS AERÓBICOS EM MULHERES COM FIBROMIALGIA E MIGRANEA. 

3
  • WALESKA MARIA ALMEIDA BARROS
  • ANÁLISE ENTRE OS ASPECTOS NUTRICIONAIS E A COORDENAÇÃO MOTORA NAS FASES DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA EM ESCOLA DO LOTEAMENTO CONCEIÇÃO II NO MUNICÍPIO DA VITÓRIA DE SANTO ANTÃO - PE

  • Orientador : SANDRA LOPES DE SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • ANA ELISA TOSCANO MENESES DA SILVA CASTRO
  • MATILDE CESIANA DA SILVA
  • DAVID FILIPE DE SANTANA
  • GLAUBER RUDÁ FEITOZA BRAZ
  • Data: 01/02/2022

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  • Obesidade e sobrepeso infantil são um grave problema de saúde pública mundial e
    pode estar associado ao surgimento de transtorno de déficit de coordenação e causar
    desempenho motor prejudicado, além de ocasionar modificações no funcionamento
    do sistema cardiometabólico. Objetiva-se com esse trabalho identificar a presença de
    aspectos relacionados a doenças cardiometabólicas, sobrepeso e obesidade nas
    fases da infância e adolescência em escola do Loteamento Conceição II município da
    Vitória de Santo Antão - PE. Assim como, verificar a interação entre o sobrepeso e a
    obesidade e a coordenação motora grossa nessas crianças. Trata-se de um estudo
    transversal, em que foram realizadas coletas de dados sociodemográficos e de
    sangue, essa para a análise dos níveis séricos de glicose em jejum, triglicerídeos,
    colesterol lipoproteína de alta densidade (HDL) e colesterol lipoproteína de baixa
    densidade (LDL), além do eritrograma, leucograma, função renal, função hepática,
    proteína total e função tireoidiana. Para avaliar o consumo alimentar aplicou-se um
    screener alimentar, para coordenação motora usou-se o KTK. Além da realização de
    antropometria e aferição da pressão arterial sistêmica e frequência cardíaca. Foram
    avaliados 120 indivíduos que apresentavam entre 4 e 14 anos e 11 meses de idade
    (média = 9,77 anos; DP= 3,26), dentre os quais, 66 (55%) eram do sexo masculino e
    54 (45%) do feminino, com 37 crianças com a idade variando entre 4 a 7 anos e 11
    meses e 83, entre 5 a 14 anos e 11 meses. Com relação ao consumo alimentar, os
    grupos eutrófico (EU), sobrepeso (SB) e obeso (OB) apresentaram perfil semelhante,

    com tendência global para o elevado consumo de alimentos processados e ultra-
    processados. O grupo OB apresentou aumento na concentração sérica de leucócitos,

    monócitos, ureia, ácido úrico, albumina e globulina quando comparado ao grupo EU.
    O grupo SB mostrou um aumento nas células vermelhas, hematócrito, neutrófilos,
    eosinófilos e monócitos quando comparado ao grupo EU. Os grupos SB e OB
    apresentaram aumento na concentração sérica de colesterol total, LDL, VLDL e
    triglicerídeos quando comparados ao grupo EU. Houve ainda diminuição nos níveis
    séricos de HDL no grupo OB comparado ao EU. Os parâmetros bioquímicos
    relacionados ao perfil lipídico dos grupos SB e OB apresentaram-se com perfil
    condizente com uma alteração no metabolismo lipídico. Relativo ao status nutricional
    e à competência da coordenação motora, houve efeitos negativos do SB e OB sobre
    os parâmetros da coordenação motora grossa quando comparados ao grupo EU. O

    25

    sobrepeso e, principalmente, a obesidade em crianças e adolescentes estão
    associados não apenas ao desempenho insuficiente durante as atividades de
    coordenação motora grossa, mas também a um maior risco à saúde física.


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  • Sobrepeso e obesidade estão associados a várias doenças, dentre essas estão as 

    doenças neurodegenerativas. As alterações metabólicas provenientes de dietas 

    ricas em lipídios podem alterar fatores neurotróficos e inflamatórios em algumas 

    áreas do sistema nervoso, como o hipocampo, que tem importante função na 

    memória e aprendizado. Portanto, objetivou-se estudar os efeitos a longo prazo da 

    ingestão de dieta hipercalórica na fase precoce sobre a relação entre a expressão 

    de fatores inflamatórios e neurodegenerativos, mediados por neurotrofinas no 

    hipocampo, bem como repercussões na memória de ratos na senescência. Para 

    isso, foram utilizados Machos Wistar alocados em dois grupos, conforme a dieta 

    ofertada às mães na gestação e lactação, controle (C, Labina®, n = 6) e 

    hipercalórico (H, 37% lipídio, n = 6) desde o início da gestação até o desmame dos 

    filhotes. Aos 25 dias os animais foram desmamados, receberam a dieta padrão (ração Labina®) até os 195 dias de vida. Nesse momento, os ratos foram submetidos 

    ao estímulo dietético durante 5 dias, por uma hora, assim obteve-se os subgrupos: C 

    + labina (CL, n = 15); C + hipercalórico (CH, n= 15); H + labina (HL, n=15) e H + 

    hipercalórico (HH, n= 15). Foram avaliados a evolução ponderal, traços de 

    ansiedade pelo teste do labirinto em cruz elevado, memória espacial, pelo teste do 

    Labirinto aquático de Morris. Aos 200 dias de vida, os animais foram decapitados, o 

    hipocampo foi dissecado para análise da expressão gênica e a coleta do sangue 

    para a análise do perfil bioquímico plasmático. Para análise estatística foram 

    utilizados o teste T de Student, two-way ou three-way ANOVA, seguidos do teste 

    post-hoc Tukey. Todos os procedimentos foram aprovados pela CEUA-UFPE, sob 

    número de aprovação: 0045/2018. Verificou-se que em 60 dias houve um maior 

    ganho de peso nos animais hipercalóricos. Esse grupo, também apresentou traços 

    de ansiedade, entrando mais vezes no braço fechado (p=0,032), reduzindo a 

    frequência de entrada no braço aberto(p<0,0001), como também o tempo de 

    permanência no centro (p=0,0003). Além disso, houve aumento nos níveis de 

    proteína total (p=0,05) e glicose (p=0,007) no grupo que recebeu a dieta 

    hipercalórica precocemente e de colesterol (p=0,03), quando esse grupo também foi 

    estimulado pela mesma dieta no período da senescência. Expressão gênica de 

    fatores inflamatórios no hipocampo foi aumentada em animais hipercalóricos il-6 

    (p=0,000) e tnfα (p=0,005). Entretanto, a dieta precoce reduziu a expressão gênica 

    no mapt (p=0,01), aumentou a expressão do bdnf (p=0,004), diminuiu os níveis do 

    creb (p=0,000) e trkb (p=0,000). Não houve diferença entre os grupos durante os 

    dias de treinamento no labirinto aquático de Morris, porém, o grupo hipercalórico 

    exibiu maior latência de escape para alcançar a plataforma oculta (p=0,04). Os 

    resultados ratificam a possiblidade do desenvolvimento de doenças cognitivas serem 

    originadas na fase precoce da vida. Assim, tomados em conjunto, os dados mostram 

    que houve susceptibilidade das vias gênicas de inflamação e neurodegeneração, 

    resultando na diminuição da memória espacial em animais que receberam dieta 

    hipercalórica na fase precoce. Esse perfil é mediado pela expressão do bdnf e das 

    interleucinas il-6 e tnfα


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  • IGOR TCHAIKOVSKY MELLO DE OLIVEIRA
  • Caracterização neurofisiológica do efeito da estimulação acústica binaural não-periódica em pacientes epiléticos e controles saudáveis.

  • Orientador : BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PEDRO VALADAO CARELLI
  • RAPHAEL SILVA DO ROSÁRIO
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • WELLINGTON PINHEIRO DOS SANTOS
  • Data: 24/02/2022

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  • Aproximadamente um terço dos pacientes epilépticos são refratários às terapias
    farmacológicas conteporâneas, e procedimentos invasivos como a cirurgia nem
    sempre são indicados, e quando realizados não há garantia completa de sucesso.
    Diante da necessidade de métodos alternativos para controle de epilepsia, nosso
    grupo de pesquisa desenvolveu a Estimulação Acústica Binaural não-Periódica
    (EABNP). Embora resultados preliminares demonstrem a efetividade desta
    estimulação na redução de atividades epiléptiformes no eletroencefalograma de
    pacientes com epilepsia refratária, ainda não se sabe o mecanismo neurofisiológico
    por trás desta técnica, sendo este o objetivo do trabalho. Pacientes epilépticos
    refratários a medicamentos e sem indicação cirúrgica, e também controles saudáveis,
    serão expostos ao ruido branco por 10 minutos e ao som da EABNP também 10
    minutos, com registro simultâneo de eletroencefalograma de alta resolução (64
    canais), para posterior análise off line das densidades de corrente cortical com a
    ferramenta e-Loreta. O estudo será conduzido através de ensaio clínico controlado,
    randomizado e duplo cego. A hipótese de nosso trabalho é que a EABNP induzirá a
    dessincronização dos ritmos oscilatórios corticais a partir do córtex parietal e se
    extendendo as outras localidades do cérebro, sendo tal efeito mais pronunciado em
    pacientes do que em controles saudáveis. Acreditamos que este trabalho contribuirá
    para a padronização de uma nova forma não- farmacológica para controle de
    epilepsia.


  • Mostrar Abstract
  • Aproximadamente um terço dos pacientes epilépticos é refratário às terapias
    farmacológicas contemporâneas, e procedimentos invasivos como a cirurgia nem
    sempre são indicados, e quando realizados não há garantia completa de sucesso.
    Diante da necessidade de métodos alternativos para controle de epilepsia, nosso
    grupo de pesquisa científica desenvolveu e patenteou a Estimulação Acústica
    Binaural não-Periódica (EABNP). Resultados preliminares demonstram a
    efetividade desta estimulação na redução de atividades epileptiformes no
    eletroencefalograma de pacientes com epilepsia refratária. Entretanto não se sabe
    o mecanismo neurofisiológico envolvidos nos efeitos desta técnica. A hipótese de
    nosso trabalho é que a EABNP induzirá a dessincronização dos ritmos oscilatórios
    de áreas corticais a partir do córtex parietal e se estendendo as outras localidades
    do cérebro. Pacientes com epilpesia e refratários a medicamentos e indivíduos
    saudáveis, serão expostos a um ruído branco por 10 minutos e ao som da EABNP
    também por 10 minutos, com registro simultâneo de eletroencefalograma de alta
    resolução (64 canais), para posterior análise off-line da atividade da corrente
    cortical com a ferramenta Loreta. O estudo será conduzido através de ensaio
    clínico controlado, randomizado e duplo cego. Acreditamos que este trabalho
    contribuirá para a padronização de uma nova ferramenta não-farmacológica para
    tratamento da epilepsia refratária.

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  • PAULO GUSTAVO XAVIER RAMOS
  • GEOGRAFIA DO SUICÍDIO: PERFIL DOS SUICÍDIOS NA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE DE 1980 A 2020

  • Orientador : EVERTON BOTELHO SOUGEY
  • MEMBROS DA BANCA :
  • HUMBERTO CORRÊA DA SILVA FILHO
  • RAUL MANHAES DE CASTRO
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • SERGIO DE CARVALHO BEZERRA
  • TATIANA DE PAULA SANTANA DA SILVA
  • Data: 25/02/2022

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  • Resumo: Atualmente, o número de mortes no mundo por suicídio é de cerca de um
    milhão de pessoas. Estudos recentes apontam que as taxas de suicídios vêm
    aumentando acima do crescimento populacional nas últimas décadas. O Brasil apresenta
    uma taxa média de 4 a 6 mortes por 100mil habitantes. A principal fonte de dados utilizada
    para estudos de prevalência de suicídios no nosso país é o DATA-SUS, que enfrenta os
    problemas de subnotificação. Objetivos: Analisar do perfil dos suicídios ocorridos na RMR entre 1980 e 2020 e avaliar
    a distribuição desses suicídios pelos bairros da RMR ao longo dos últimos 40 anos,
    identificando condições de vulnerabilidade, bem como as correlações com fatores
    socioeconômicos, demográficos, sazonais e a evolução espaço-temporal e propor um
    modelo matemático preditivo para a curva de suicídios. Método: A presente pesquisa constitui-se de um estudo híbrido. Uma parte é composta
    de um estudo analítico observacional do tipo ecológico, ao analisar a distribuição
    geográfica dos casos de suicídio na RMR de 1980 a 2020 e suas correlações com
    eventos históricos, ambientais e geopolíticos. A outra parte da pesquisa constitui-se de um
    estudo transversal sobre a evolução espaço-temporal desses suicídios, buscando avaliar
    aspectos como sazonalidade, ciclos e tendência. Para o tratamento estatístico foram
    utilizadas ferramentas de análise de séries temporais: Modelo ARIMA, Médias Móveis e
    Regressão Linear. Com base no comportamento da curva histórica de suicídios, propomos um modelo matemático que possa se ajustar aos dados observados e prever o
    comportamento futuro da curva. 


  • Mostrar Abstract
  • Atualmente, o número de mortes no mundo por suicídio é de cerca de um
    milhão de pessoas. Estudos recentes apontam que as taxas de suicídios vêm
    aumentando acima do crescimento populacional nas últimas décadas. O Brasil apresenta
    uma taxa média de 4 a 6 mortes por 100mil habitantes. A principal fonte de dados utilizada
    para estudos de prevalência de suicídios no nosso país é o DATA-SUS, que enfrenta os
    problemas de subnotificação. O presente trabalho tem o intuito de realizar um estudo
    sobre o perfil dos suicídios na Região Metropolitana do Recife (RMR) durante as últimas
    quatro décadas, tendo por base dos dados registrados no Instituto de Criminalística de
    Pernambuco, que é responsável por todas as perícias de suicídio na RMR. Os registros
    do Instituto são mais abrangentes e fidedignos que os do DATA-SUS, visto que dispõem
    de um maior número de variáveis e não enfrenta os problemas de subnotificação, já que a
    legislação exige que todos os casos de suicídios sejam periciados. A aquisição dessas
    informações nos permitiu montar um abrangente bando de dados sobre o tema, e sua
    análise desses dados pode produzir um amplo estudo sobre o tema, fornecendo
    informações sobre o perfil dos suicídios na RMR e sua evolução espaço-temporal,
    revelando aspectos geográficos e sazonais.

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  • EDUARDO VIEIRA DE CARVALHO JUNIOR
  • TRATAMENTO MICROCIRÚRGICO DOS ANEURISMAS CEREBRAIS ROTOS NA ERA ENDOVASCULAR: CARACTERÍSTICAS, CURVA DE APRENDIZADO E COMPARAÇÃO DE MÉTODOS DE TRATAMENTO.

  • Orientador : HILDO ROCHA CIRNE DE AZEVEDO FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • HILDO ROCHA CIRNE DE AZEVEDO FILHO
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • MARIA DE FATIMA LEAL GRIZ
  • MAURUS MARQUES DE ALMEIDA HOLANDA
  • PAULO THADEU BRAINER DE QUEIROZ LIMA
  • Data: 11/04/2022

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  • E

    Introdução: Atualmente, a maioria dos aneurismas rotos é tratado por método endovascular.
    No entanto, nem todos os aneurismas são passíveis de tratamento endovascular. Estes
    aneurismas, porém, têm características anatômicas que tornam o tratamento microcirúrgico
    complexo, tal fato pode mudar as características de pacientes e aneurismas tratados por
    microcirurgia em relação àquelas classicamente descritas na literatura. Adicionalmente, a
    formação de novos neurocirurgiões dedicados à neurocirurgia vascular aberta pode tornar-se
    desafiadora em um cenário onde aneurismas complexos devem ser tratados no início da
    carreira, levantando questões sobre a segurança da curva de aprendizado. Objetivos: analisar
    as características de pacientes e aneurismas tratados com microcirurgia após hemorragia
    subaracnóidea, avaliando: 1) a curva de aprendizado, buscando identificar períodos críticos à
    segurança do paciente; 2) o impacto da presença de colo largo nos resultados clínicos e
    radiológicos da microcirurgia; e 3) a aplicabilidade dos resultados dos estudos randomizados
    controlados (ERCs) à prática clínica diária, comparando os resultados dos métodos
    microcirúrgico e endovascular. Métodos: analisamos prospectivamente as características dos
    pacientes e os resultados clínicos e radiológicos do tratamento microcirúrgico de aneurismas
    cerebrais rotos no Hospital da Restauração entre 2014 a 2021. A incidência de complicações
    cirúrgicas e os resultados clínicos obtidos durante a curva de aprendizado foram analisados.
    Adicionalmente comparamos as características e resultados de pacientes com aneurismas de
    colo estreito e largo, buscando avaliar o impacto da presença do colo largo nos resultados após
    microcirurgia. O estudo comparativo entre o tratamento endovascular e a microcirurgia foi
    realizado em duas etapas: uma retrospectiva e uma prospectiva, esta última buscando validar
    os resultados obtidos na análise retrospectiva. Resultados: na análise da curva de aprendizado,
    foi observada uma alta frequência de aneurismas de colo largo. Uma correlação entre a
    experiência cirúrgica e os desfechos clínicos foi observada, com experiência cirúrgica
    progressiva resultando em menor incidência de desfechos desfavoráveis. Também observamos
    maior frequência de desfechos desfavoráveis entre os primeiros 40 casos tratados. Pacientes
    com aneurismas de colo largo apresentaram idade e grau de Hunt-Hess mais elevados. Não
    observamos diferenças significantes nos resultados clínicos e radiológicos entre pacientes com
    aneurismas de colo estreito e largo. Por fim, não observamos superioridade do tratamento
    endovascular sobre a microcirurgia em nenhuma das duas coortes (retrospectiva e prospectiva).
    Houve, no entanto, um menor tempo entre ictus e oclusão do aneurisma e uma tendência a
    maior mortalidade após tratamento endovascular, contrariando os resultados dos ERCs.
    Conclusões: Observamos uma alta prevalência de aneurismas de colo largo. Os neurocirurgiões
    jovens devem ser treinados e preparados para lidar com esses aneurismas no início de suas
    carreiras. Os primeiros 40 casos foram associados a piores desfechos, indicando que esse
    período pode ser mais crítico para a segurança do paciente. Não observamos impacto
    significativo da presença de colo largo nos resultados clínicos e radiológicos obtidos após
    microcirurgia. Contrariando os resultados dos ERCs, não observamos superioridade do
    tratamento endovascular sobre o tratamento microcirúrgico dos aneurismas cerebrais rotos.


  • Mostrar Abstract
  • Em 2005, a publicação do ISAT mudou a forma como os aneurismas cerebrais
    rotos são tratados (1). O estudo randomizado controlado multicêntrico mostrou que o
    desfecho clínico de pacientes tratados através de método endovascular foi superior ao
    daqueles tratados por meio de microcirurgia convencional. Desde então, uma mudança
    de paradigma vem ocorrendo no tratamento dos aneurismas cerebrais rotos, com o
    tratamento endovascular suplantando o tratamento microcirúrgico e, em muitos centros,
    tornando-se o tratamento preferencial (2). Tal processo vem comprometendo
    sobremaneira o treinamento e formação de novos neurocirurgiões dedicados ao
    tratamento microcirúrgico dos aneurismas cerebrais (3,4).

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  • CAROLINA CADETE LUCENA CAVALCANTI
  • USO DE FLUOXETINA OU DE RESVERATROL EM RATOS JOVENS SUBMETIDOS À DIETA HIPERLIPÍDICA MATERNA: ESTUDO COMPORTAMENTAL E MOLECULAR


  • Orientador : RAUL MANHAES DE CASTRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JULLIET ARAUJO DE SOUZA
  • LIGIA CRISTINA MONTEIRO GALINDO
  • OMAR GUZMAN-QUEVEDO
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • TASSIA KARIN FERREIRA BORBA
  • Data: 31/05/2022

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  • A exposição materna a dieta hiperlipídica durante os períodos de gestação e de lactação pode
    alterar o comportamento relacionado à ansiedade e a responsividade do sistema
    serotoninérgico a tratamento medicamentoso ou fitoterápico. Este trabalho teve como objetivo

    avaliar os efeitos do uso crônico de fluoxetina ou de resveratrol durante o período pós-
    desmame sobre o comportamento relacionado à ansiedade e sobre a expressão do sistema

    serotoninérgico em ratos adulto-jovens expostos à dieta hiperlipídica materna. Foram
    utilizadas 27 ratas da linhagem Wistar. Após a confirmação da gestação, as fêmeas foram
    divididas em dois grupos de acordo com a dieta recebida durante a gestação e a lactação:
    Controle (CTR=13) e Hiperlipídico/hipercalórico (HH=14). O peso corporal e o eixo
    longitudinal dos filhotes foram registrados a cada quatro dias durante as três semanas da
    lactação e no 28o, 35o, 42o, 49o e 56o dia de vida pós-natal. Na nona semana pós-natal, os
    grupos CTR e HH foram subdivididos em quatro subgrupos, de acordo com a manipulação
    farmacológica recebida durante dezessete dias: salina (via i.p.), fluoxetina (10 mg/kg, via i.p.),
    etanol (via oral) ou resveratrol (50 mg/L, via oral). Considerando as duas manipulações,
    foram formados oito grupos experimentais: Controle – Salina (CTRS, n=14); Controle –
    Fluoxetina (CTRF, n=15); Controle – Etanol (CTRE=14); Controle – Resveratrol
    (CTRR=14); Hiperlipídico/Hipercalórico – Salina (HHS, n=15); Hiperlipídico/Hipercalórico
    – Fluoxetina (HHF, n=15); Hiperlipídico/Hipercalórico – Etanol (HHE, n=16) e
    Hiperlipídico/Hipercalórico – Resveratrol (HHR, n=16). Os filhotes foram avaliados no
    campo aberto (CA), staircase (SC) e labirinto elevado em cruz (LEC). O grupo CTRF
    apresentou aumento na distância percorrida, diminuição no tempo de imobilidade e aumento
    no tempo em grooming quando comparado ao grupo CTRS. De maneira semelhante, o grupo
    HHF apresentou aumento na distância percorrida e no número de rearing quando comparado
    ao grupo HHS. O grupo HHE passou mais tempo e maior porcentagem de tempo na área
    central no labirinto quando comparado ao grupo CTRE. Em suma, a administração crônica de
    fluoxetina levou à hiperatividade e ao aumento no comportamento relacionado à ansiedade. A
    oferta de resveratrol, por outro lado, recuperou o comportamento emocional, induzido pela
    exposição materna à dieta hiperlipídica nos períodos de gestação e de lactação, no grupo
    HHE.



  • Mostrar Abstract
  • O início da vida, período correspondente à gestação, lactação e primeira infância é marcado por um conjunto de eventos importantes para o desenvolvimento da prole (DOBBING, 1966; RICE e BARONE JR, 2000; ANDERSEN, 2003). É nesse intervalo de tempo que o sistema nervoso, por exemplo, passa por rápidas mudanças, sendo caracterizado por diversas fases: proliferação, migração e diferenciação celular, sinaptogênese, gliogênese, mielinização e apoptose (RICE e BARONE JR, 2000). Por isso, qualquer insulto que atue durante essa fase do desenvolvimento pode alterar a maneira como a prole se desenvolve (DOBBING, 1966). Fatores como nutrição, estresse, uso de medicamentos e atividade física estão entre os principais catalisadores dessas modificações (BARROS et al., 2006; DEIRÓ et al., 2006; DA SILVA ARAGÃO et al., 2011; FALCÃO-TEBAS et al., 2012; MUNIZ et al., 2014). No que diz respeito à nutrição materna, a exposição a uma dieta balanceada durante a fase inicial da vida é essencial para o adequado desenvolvimento (físico, fisiológico e etológico) da prole (ARMITAGE et al., 2004; BARKER, 2007; TAYLOR e POSTON, 2007).


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  • FELIPE ARAUJO ANDRADE DE OLIVEIRA
  • CEFALEIA E ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO: AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE MIGRÂNEA E PENUMBRA ISQUÊMICA E ESTUDO DA CEFALEIA PERSISTENTE ATRIBUÍDA AO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO

  • Orientador : PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELCIO JULIATO PIOVESAN
  • JOAO EUDES MAGALHAES
  • MARIA DE FATIMA VIANA VASCO ARAGAO
  • MARIO LUCIANO DE MELO SILVA JUNIOR
  • PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
  • Data: 13/06/2022

  • Mostrar Resumo
  • Introdução: O AVCi e a migrânea são considerados problemas de saúde pública mundial. Existe uma hipótese de que a migrânea interfira no comportamento da penumbra isquêmica durante a fase aguda do AVCi. A cefaleia também é uma manifestação frequente do AVCi, ocorrendo tanto na fase aguda como persistindo após 03 meses do AVCi. Na última Classificação Internacional das Cefaleias foi incluída a cefaleia persistente atribuída a AVCi prévio.
    Objetivos: Avaliar se a presença do diagnóstico de migrânea modifica a existência e o volume da divergência  entre as áreas de difusão e perfusão no AVCi (área de penumbra). Avaliar se a presença do diagnóstico de migrânea implica em pior evolução clínica após o AVCi. Avaliar a incidência, a evolução e o impacto da cefaleia persistente atribuída a AVCi prévio. Identificar os fatores de risco para o desenvolvimento da cefaleia persistente
    atribuída a AVCi prévio.
    Métodos: Estudo observacional tipo coorte prospectiva. Avaliamos pacientes internados com AVCi admitidos com até 72 horas do início dos sintomas no Real Hospital Português de Beneficência de Pernambuco. Realizamos questionário semiestruturado para caracterização sociodemográfica, caracterização da doença cerebrovascular e caracterização das cefaleias segundo os critérios diagnósticos da Classificação Internacional das Cefaleias. Utilizamos como escalas a escala de AVCi do NIHSS, a escala de Rankim modificada e a escala HIT-6. Os pacientes realizaram RM de encéfalo com difusão e com perfusão com volumetria para determinação da presença de penumbra isquêmica. Os pacientes foram avaliados posteriormente com 03 meses para determinação do prognóstico e com 01 ano para avaliação da cefaleia persistente
    atribuída a AVCi prévio.
    Resultados: Foram incluídos 221 pacientes, sendo a maioria do sexo masculino (59,3%) e cuja idade média foi de 68,2 anos ± 13,8. Foi realizada a análise de penumbra isquêmica em 118 pacientes e não encontramos relação entre o diagnóstico de migrânea e a ausência de penumbra isquêmica ao avaliarmos o volume da difusão e da perfusão na fase aguda do AVCi (OR: 1,22 (0,52 – 2,87) p=0,649). A migrânea não interferiu no
    prognóstico do AVCi após 03 meses (OR: 2,30 (1,11-4,74) p=0,024). A cefaleia persistente atribuída a AVCi prévio apresentou uma frequência de 10,1% (IC95%: 5,3 a 17,0%) após 01 ano do AVCi com um elevado impacto em um terço dos pacientes e cuja principal características foi um padrão semelhante à migrânea. Não encontramos fatores de risco para a o desenvolvimento da cefaleia persistente atribuída a AVCi prévio.

    Conclusão: Migrânea não está associada a uma maior frequência de ausência de penumbra isquêmica ou ao volume da penumbra isquêmica ou ao prognóstico do AVCi. A cefaleia persistente atribuída a AVCi prévio é uma complicação frequente após o AVCi, tem um impacto importante na vida de um terço dos pacientes que dela sofrem e tem como fenótipo mais frequente um padrão semelhante à migrânea.


  • Mostrar Abstract
  • A migrânea é considerada um problema de saúde pública mundial pela Organização Mundial de
    Saúde, sendo uma das principais causas de incapacidade, contribuindo com 1,4% da carga de anos vividos
    com incapacidade no mundo, chegando a 2% quando avaliadas exclusivamente as mulheres. Pessoas com
    migrânea apresentam redução na capacidade de trabalho e nas atividades sociais com consequente
    comprometimento físico, emocional, social e econômico (1).
    A prevalência da migrânea também é considerada elevada, variando entre 4 e 9,5% no sexo
    masculino e entre 11,2 e 25% no sexo feminino nos países ocidentais. Evidências também demonstram
    elevada prevalência em países latino-americanos com elevada sobrecarga econômica e em seus sistemas
    de saúde (1).
    Já o acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi), é considerado um evento agudo e
    frequentemente catastrófico, sendo a segunda maior causa de mortalidade no mundo e estando na
    liderança entre as causas de incapacidade adquirida em adultos nos EUA (2).
    Migrânea e AVCi possuem diversas diferenças quanto à predominância sexual, idade de início,
    apresentação clínica e tratamento. Entretanto, existem evidências na literatura na associação entre ambas
    as condições (2, 3).

9
  • ANA PATRÍCIA BASTOS FERREIRA
  • AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DAS CITOCINAS, DO POLIMORFISMO DA INTERLEUCINA 6 E DA CARGA PROVIRAL COM A MIELOPATIA, A DOR E A CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES INFECTADOS PELO VÍRUS LINFOTRÓPICO CÉLULAS T HUMANAS TIPO I

  • Orientador : PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAUL EMÍDIO DE LIMA
  • FABÍOLA DACH
  • DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
  • HEYTOR VICTOR PEREIRA DA COSTA NECO
  • PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
  • Data: 30/06/2022

  • Mostrar Resumo
  • O Brasil é um país endêmico para a infecção pelo vírus Linfotrópico de células T
    humanas (HTLV). Aproximadamente 4% dos portadores do vírus irão desenvolver a
    Mielopatia Associada ao HTLV-1/Paraparesia Espástica Tropical (MAH/PET). A
    MAH/PET promove a perda progressiva da capacidade de locomoção, do controle
    urinário e da função sexual, e níveis elevados de dor. Este conjunto de fatores
    influencia negativamente na independência funcional e na qualidade de vida dos
    pacientes. Fatores virais, polimorfismo genéticos, carga proviral e a resposta imune
    do hospedeiro são determinantes para o desenvolvimento da mielopatia. Esta
    pesquisa buscou verificar a associação das características sociodemográficas e
    clínicas, das citocinas, da carga proviral, do polimorfismo da interleucina 6 com a
    mielopatia, a dor, e a dependência funcional em pacientes com HTLV-1. Também foi
    verificada a associação das características sociodemográficas e clínicas com a
    lombalgia. Foi realizado um estudo transversal, com os pacientes de ambos os sexos
    atendidos ambulatoriamente. Foram utilizados na avaliação questionário
    semiestruturado, a Medida de independência funcional, Escala visual analógica
    numérica para dor, Questionário de dor McGill e Questionário de dor neuropática. A
    genotipagem da IL-6 e a quantificação da carga proviral foram realizadas por reação
    em cadeia da polimerase em tempo real. Os níveis das citocinas foram mensurados
    no plasma por citometria de fluxo. Foram incluídos 165 pacientes, 71,5% eram
    mulheres, média etária de 52±13,1 anos, 23% eram dependentes funcionais e 20,6%
    tinham mielopatia. A mediana da carga proviral foi de 831,4 x104 copias (132,9 –
    12159) e 81,7% tinham genótipo CC da IL-6. A dependência funcional foi associada
    com a mielopatia (p=0,023), maior tempo de diagnóstico de HTLV-1 (p=0,042), com a
    frequência de dor (p=0,016) (regressão logística). A dependência funcional também
    associada com altos níveis séricos de IL-6 (p=0,024), IL-8 (p=0,009) e baixos níveis
    de IL-10 (p=0,015) (regressão logística). A dor crônica foi mais prevalente em
    mulheres (p=0,005), com baixa escolaridade (p=0,003), com maior tempo de
    diagnóstico de HTLV-1 (p=0,001), e depressão (p<0,001) (regressão logística). A
    lombalgia do tipo neuropática foi associada com a mielopatia (p=0,031). A mielopatia
    foi associada altos níveis de IL-6 (p=0,024) e IL-8 (p=0,025) (regressão logística). O
    polimorfismo da IL-6 e a carga proviral não foram associados a mielopatia, a
    dependência funcional ou a dor crônica. As citocinas, a carga proviral e o polimorfismo

    da IL-6 não foram associados com a intensidade ou a frequência de dor. Em

    conclusão, a dor crônica é frequente e está associada a um maior tempo com HTLV-
    1 e com uma maior incapacidade. A incapacidade está associada com a mielopatia,

    com maior tempo diagnostico, com a frequência de dor e com altos níveis de citocinas.

    A IL-6 e IL-8 estão associadas a mielopatia e a dependência funcional, enquanto a IL-
    10 mostrou efeito protetor sobre a funcionalidade.


  • Mostrar Abstract
  • ASSOCIAÇÃO DE MARCADORES INFLAMATÓRIOS E DA CARGA PRÓ VIRAL
    COM A DOR E A CAPACIDADE FUNCIONAL EM PACIENTES INFECTADOS
    PELO VÍRUS LINFOTRÓPICO DE CÉLULAS T HUMANAS TIPO 1 (HTLV-1)

10
  • ANA CAMILA NOBRE DE LACERDA BRITO PAZ
  • UTILIZAÇÃO DE UM BIOFILME DE ÁLCOOL POLIVINÍLICO COM ÁCIDO ASCÓRBICO COMO COADJUVANTE NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO DO NERVO CIÁTICO

  • Orientador : SILVIA REGINA ARRUDA DE MORAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • NAIANNE KELLY CLEBIS
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • MÁRCIO ALMEIDA BEZERRA
  • Data: 26/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • Devido aos prejuízos estruturais e funcionais decorrentes de uma ruptura total
    do nervo (neurotmese), e, consequentemente, ao período prolongado de
    imobilização após a reparação cirúrgica, o presente estudo tem o objetivo de
    avaliar se a utilização cirúrgica de um biofilme de álcool polivinílico com ácido
    ascórbico acelera o processo de cicatrização de uma neurotmese do nervo
    ciático em ratos Wistar. Foram utilizados 84 ratos, Wistar, randomicamente
    distribuídos em quatro grupos: Grupo Controle (GC; n = 24); Grupo Lesão (GL;
    n = 24); Grupo Lesão Biofilme (GLB; n = 18) e Grupo Lesão e Biofilme com ácido
    ascórbico (GLBA; n = 18). Seis nervos ciáticos por grupo foram coletados e
    avaliados na 1a, 3a ou 6a semana pós-operatório, o GC e do GL também tiveram
    nervos avaliados no dia da cirurgia. Aos 60 dias de vida os animais dos grupos
    lesão foram submetidos à neurotmese do ciático direito, seguida de sua sutura
    e o nervo foi envolvido ou não pelo biofilme de álcool polivinílico com ou sem o
    ácido ascórbico em sua estrutura. Foi realizado o índice funcional do nervo
    ciático um dia antes da cirurgia, na 1a, 3a e 6a semana pós-operatória e, em
    seguida, os animais foram anestesiados, tiveram o nervo ciático coletado, foi
    realizada uma avaliação macroscópica da cicatrização e as amostras foram
    encaminhadas para análise histomorfométrica. Na análise estatística foi
    utilizado o teste de normalidade Kolmogorov-Smirnorv, seguido do ANOVA com
    post hoc de Bonferroni, para as variáveis paramétricas e utilizado o Teste de
    Kruskal-Wallis, seguido da comparação em pares para variáveis não
    paramétricas, os resultados expressos em média e desvio padrão ou mediana e
    intervalos interquartis, respectivamente e o nível de significância foi de 5 %.
    Todos os grupos apresentaram boa reparação da pele, porém 33,30% do GC
    apresentaram rompimento de pontos da pele. Além disso, 16,70% dos cotos não
    estavam alinhados estruturalmente e 33,30% apresentavam neuromas no GL,
    enquanto todos os cotos estavam alinhados e nenhum apresentava neuroma no
    GLB. Houve alinhamento estrutural em todos os animais do GLBA. Células de
    Schwann: GLBA3asem > GL3asem (p = 0,016), GLB6asem > GC6asem e
    GL6asem (p < 0,001 e 0,002), GLBA6asem < GLB6asem (p = 0,031); Área de
    secção transversa do nervo: GLB1asem > GC1asem e GL1asem (p < 0,001 e p =
    0,011), GLB3asem > GC3asem e G3asem L (p = 0,004 e p = 0,042), GLB6asem
    e GLBA6asem > GC6asem (p = 0,020 e 0,042). Portanto, o biofilme de PVA com
    ácido ascórbico parece ter acelerado a regeneração nervosa do ponto de vista
    macroscópico e microscópico. Além disso, a presente pesquisa forneceu um
    protocolo de revisão sistemática para avaliar a eficácia da técnica de tubulização
    com biomateriais no processo de reparação histológica e funcional após uma
    neurotmese periférica em ratos adultos jovens e os resultados da revisão
    sistemática serão úteis para pesquisas científicas em neurocirurgia.
    Palavras-Chave: Lesão do nervo periférico; Nervo Ciático; Nervo Periférico;
    Procedimento neurocirúrgico. Rato.

    ABSTRACT

    Due to the structural and functional damage resulting from a total nerve rupture
    (neurotmesis), and, consequently, to the prolonged period of immobilization after
    surgical repair, the present study aims to assess whether the surgical use of a
    polyvinyl alcohol biofilm with Ascorbic acid accelerates the healing process of a
    sciatic nerve neurotmesis in Wistar rats. Eighty-four male Wistar rats were
    randomly assigned to four groups: Control Group (CG; n = 24); Lesion Group
    (LG; n = 24); Lesion Biofilm Group (LBG; n = 18) and Lesion and Biofilm Group
    with ascorbic acid (LBGA; n = 18). Six sciatic nerves per group were collected
    and evaluated at the 1st, 3rd or 6th postoperative week, the CG and the LG also
    had nerves evaluated on the day of surgery. At 60 days of age, the animals in the
    lesion groups were submitted to neurotmesis of the right sciatic nerve, followed
    by its suture and the nerve was involved or not by the polyvinyl alcohol biofilm
    with or without ascorbic acid in its structure. The functional index of the sciatic
    nerve was performed one day before surgery, in the 1st, 3rd and 6th
    postoperative week, and then the animals were anesthetized, had the sciatic
    nerve collected, a macroscopic evaluation of healing was performed and the
    samples were sent for histomorphometric analysis. In the statistical analysis, the
    Kolmogorov-Smirnov normality test was used, followed by Bonferroni's post hoc
    ANOVA, for parametric variables and the Kruskal-Wallis Test was used, followed
    by pairwise comparison for non-parametric variables, the results expressed as
    mean and standard deviation or median and interquartile ranges, respectively,
    and the significance level was 5%. All groups showed good skin repair, but
    33.30% of the CG had broken skin stitches. Furthermore, 16.70% of the stumps
    were not structurally aligned and 33.30% had neuromas in the LG, while all the
    stumps were aligned and none had neuroma in the LBG. There was structural
    alignment in all LBGA animals. Schwann cells: LGBA3wk > LG3wk (p=0.016),
    LBG6thwk > CG6thwk and LG6thwk (p<0.001 and 0.002), LGBA6thwk <
    LBG6thwk (p=0.031); Nerve cross-sectional area: LBG1stweek > CG1stweek
    and LG1stweek (p < 0.001 and p = 0.011), LBG3rdweek > CG3thweek and
    G3rdweek L (p = 0.004 and p=0.042), LBG6thweek and LGBA6thweek >
    CG6thweek (p = 0.020 and 0.042). Therefore, the PVA biofilm with ascorbic acid
    appears to have accelerated nerve regeneration from a macroscopic and
    microscopic point of view. In addition, the present research provided a systematic
    review protocol to evaluate the effectiveness of the tubulization technique with
    biomaterials in the histological and functional repair process after peripheral
    neurotmesis in young adult rats and the results of the systematic review will be
    useful for scientific research in neurosurgery.
    Keywords: Peripheral nerve injury; Sciatic nerve; Peripheral Nerve;
    Neurosurgical procedure. Rats.


  • Mostrar Abstract
  • Devido aos prejuízos estruturais e funcionais decorrentes de uma neurotmese,
    e, consequentemente, ao período prolongado de imobilização após a reparação
    cirúrgica, o presente estudo tem o objetivo de avaliar se a utilização cirúrgica de
    um biofilme de Álcool Polivinílico com ácido ascórbico acelera o processo de
    cicatrização de uma neurotmese do ciático. Foram utilizados 84 ratos machos,
    Wistar, randomicamente distribuídos em quatro grupos: Grupo Controle (GC; n
    = 24); Grupo Lesão (GL; n = 24); Grupo Lesão Biofilme (GLB; n = 18) e Grupo
    Lesão e Biofilme com ácido ascórbico (GLBA; n = 18). Seis nervos ciáticos por
    grupo foram coletados e avaliados na 1a, 3a ou 6a semana pós-operatório, o GC
    e do GL também tiveram nervos avaliados no dia da cirurgia. Aos 60 dias de
    vida os animais dos grupos lesão foram submetidos à neurotmese do ciático
    direito, seguida de sua sutura e o nervo foi envolvido ou não pelo biofilme de
    álcool polivinílico com ou sem o ácido ascórbico em sua estrutura. Foi realizado
    o índice Funcional de Ciático um dia antes da cirurgia, na 1a, 3a e 6a semana
    pós-operatória e, em seguida, os animais foram anestesiados, tiveram o nervo
    ciático coletado, foi realizada uma avaliação macroscópica da cicatrização e as
    amostras foram encaminhadas para a imunohistoquímica e análise
    histomorfométrica. Para a análise estatística foi utilizado o teste de normalidade
    Kolmogorov-Smirnorv, seguido do ANOVA com post hoc de Bonferroni, para as
    variáveis paramétricas e utilizado o Teste de Kruskal-Wallis, seguido da
    comparação em pares para variáveis não paramétricas, o nível de significância
    foi de 5 % e os resultados expressos em média e desvio padrão.

11
  • PEDRO PAULO GOMES DO NASCIMENTO
  • ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DE MELHORIA DA SAÚDE SEXUAL DE

    HOMENS COM EPILEPSIA

  • Orientador : LUCIANA PATRIZIA ALVES DE ANDRADE VALENCA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ISABELLA D'ANDREA MEIRA
  • CLARISSA MARIA DUBEUX LOPES BARROS
  • MARIO LUCIANO DE MELO SILVA JUNIOR
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • TEREZA MACIEL LYRA
  • Data: 25/11/2022

  • Mostrar Resumo
  • A epilepsia é uma das doenças neurológicas mais frequentes no mundo, afetando
    discretamente mais o sexo masculino. Homens com epilepsia (HCE) sofrem mais com o
    impacto decorrente dessa doença, mas não possuem diretrizes de cuidados específicas para
    eles. Quando se pensa em saúde do homem de maneira geral, fatores psicossociais são
    relevantes para a ocorrência de depressão, ansiedade e disfunções sexuais. Sugere-se ainda
    que autocompaixão pode ser um fator protetor para a ocorrência de transtornos psiquiátricos.
    Esse estudo tem por objetivo avaliar a inter-relação entre características clínicas, conceitos
    de masculinidade, depressão, ansiedade e autocompaixão na ocorrência de disfunções
    sexuais em HCE. Foram avaliados 52 homens quanto características clínicas,
    sociodemográficas. Seguiu-se o uso de escalas Likert para indagar sobre crenças de
    masculinidade, a escala de autocompaixão, o coeficiente de saúde sexual masculina para
    avaliar a ocorrência de disfunções sexuais e a Escala Hospitalar de Depressão de Ansiedade
    – HADS para avaliar ansiedade e depressão. HCE citaram os conceitos de ter o respeito dos
    amigos e ser um homem honrado como as principais características de um homem ideal.
    Autocompaixão está relacionada a menores sintomas de ansiedade e depressão em HCE.
    Depressão e ansiedade foram fatores relevantes na ocorrência de disfunções sexuais que
    apresentaram frequências compatíveis com a literatura. Exercícios de autocompaixão se
    mostraram efetivos para melhora de sintomas ansiosos e depressivos. Em conclusão, as
    normas masculinas estão implicadas na ocorrência de ansiedade, depressão e
    comportamento de autocompaixão em HCE. A ocorrência de disfunções sexuais em HCE é
    frequente e diretamente relacionada a sintomas depressivos e ansiosos. A autocompaixão é
    um fator de proteção contra sintomas depressivos e ansiosos, representando uma estratégia
    promissora para promoção de saúde mental em HCE.


  • Mostrar Abstract
  • A epilepsia é uma doença neurológica altamente prevalente ao acometer mais
    de 60 milhões de pessoas no mundo, com expressiva parcela destas vivendo em
    países subdesenvolvidos (BELL; NELIGAN; SANDER, 2014; NGUGI et al., 2010).
    Destaca-se a ocorrência de casos em todos os países, etnias, gêneros, classes
    sociais e idades, sendo principalmente prevalente nas primeiras duas décadas de vida
    e após os 60 anos (de BOER, 2008). Sua prevalência mundial é estimada em 3 a 16
    por 1000 habitantes, maior em países em desenvolvimento (BEGLEY et al., 2007). No
    Brasil, a prevalência varia de 8,2 a 16,5 por 1000 habitantes em diferentes estudos
    (BORGES et al., 2004; FERNANDES et al., 1992; MARINO et al., 1986).

2021
Dissertações
1
  • CLAUDIA DEROSIER
  • PARALISIA CEREBRAL EXPERIMENTAL: EFEITOS DO TRATAMENTO NEONATAL COM KAEMPFEROL SOBRE A COORDENAÇÃO MOTORA E ESTADO INFLAMATÓRIO DO CEREBELO

  • Orientador : OMAR GUZMAN-QUEVEDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAROLINA PEIXOTO MAGALHAES
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • Data: 25/02/2021

  • Mostrar Resumo
  • A paralisia cerebral é uma síndrome que inclui um conjunto de distúrbios de
    movimento e postura que resulta de uma lesão estática no cérebro em desenvolvimento
    que leva a limitação da atividade. A prevalência de paralisia cerebral nos últimos 40
    anos foi de 2 a 3,5 crianças por 1.000 nascidos vivos, chegando até 7 por cada 1.000 em
    países subdesenvolvidos. Sua maior incidência está correlacionada com asfixia perinatal
    e infecções maternas e está fortemente relacionado a estados neuroinflamatórios. O
    kaempferol, entre outros flavonóides, demonstrou ser um importante agente
    antioxidante e anti-inflamatório, com ações registradas à nível das células microgliais.
    Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi determinar o efeito do tratamento neonatal
    com kaempferol sobre parâmetros murinométricos, coordenação motora e inflamação
    cerebelar em ratos com paralisia cerebral experimental. Assim, ratos neonatais foram
    submetidos a anóxia perinatal e imobilização dos membros inferiores combinados
    durante a lactação. Paralelamente, o kaempferol (1 mg/kg) foi administrado diariamente
    durante a lactação até o dia 21. Semanalmente, durante o tratamento, os animais foram
    avaliados quanto ao peso corporal e diferentes parâmetros murinométricos. Aos 33 dias
    de idade, foram submetidos a um teste de coordenação motora e foram sacrificados aos
    36 dias para avaliação do estado inflamatório no cerebelo, uma estrutura do cérebro
    ligada com a coordenação motora. Os resultados obtidos mostraram que o tratamento
    neonatal com kaempferol aumenta o peso corporal diminuído pela paralisia cerebral.
    Aumenta também a latência de queda durante a avaliação da coordenação motora
    comprometida pela doença. Análises neuroanatômicas por imuno-histoquímica
    revelaram uma diminuição da ativação da microglia, induzida pela paralisia, na camada
    molecular do córtex cerebelar. Esses resutlados sugerem que o kaempferol poderia
    disminuir a gravedad do quadro de paralisia via uma ação anti-inflamatória no cerebelo.
    Em conclusão, esse estudo mostra o potencial uso do kaempferol como estratégia
    terapêutica para implementação em neonatos diagnosticados com paralisia cerebral.


  • Mostrar Abstract
  • A paralisia cerebral é uma síndrome que inclui um conjunto de distúrbios de
    movimento e postura que resulta de uma lesão estática no cérebro em desenvolvimento
    que leva a limitação da atividade. A prevalência de paralisia cerebral nos últimos 40
    anos foi de 2 a 3,5 crianças por 1.000 nascidos vivos, chegando até 7 por cada 1.000 em
    países subdesenvolvidos. Sua maior incidência está correlacionada com asfixia perinatal
    e infecções maternas e está fortemente relacionado a estados neuroinflamatórios. O
    kaempferol, entre outros flavonóides, demonstrou ser um importante agente
    antioxidante e anti-inflamatório, com ações registradas à nível das células microgliais.
    Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi determinar o efeito do tratamento neonatal
    com kaempferol sobre parâmetros murinométricos, coordenação motora e inflamação
    cerebelar em ratos com paralisia cerebral experimental. Assim, ratos neonatais foram
    submetidos a anóxia perinatal e imobilização dos membros inferiores combinados
    durante a lactação. Paralelamente, o kaempferol (1 mg/kg) foi administrado diariamente
    durante a lactação até o dia 21. Semanalmente, durante o tratamento, os animais foram
    avaliados quanto ao peso corporal e diferentes parâmetros murinométricos. Aos 33 dias
    de idade, foram submetidos a um teste de coordenação motora e foram sacrificados aos
    36 dias para avaliação do estado inflamatório no cerebelo, uma estrutura do cérebro
    ligada com a coordenação motora. Os resultados obtidos mostraram que o tratamento
    neonatal com kaempferol aumenta o peso corporal diminuído pela paralisia cerebral.
    Aumenta também a latência de queda durante a avaliação da coordenação motora
    comprometida pela doença. Análises neuroanatômicas por imuno-histoquímica
    revelaram uma diminuição da ativação da microglia, induzida pela paralisia, na camada
    molecular do córtex cerebelar. Esses resutlados sugerem que o kaempferol poderia
    disminuir a gravedad do quadro de paralisia via uma ação anti-inflamatória no cerebelo.
    Em conclusão, esse estudo mostra o potencial uso do kaempferol como estratégia
    terapêutica para implementação em neonatos diagnosticados com paralisia cerebral.

2
  • ALINE RODRIGUES MACIEL LEMOS
  • USO DOS BENZODIAZEPÍNICOS CLOBAZAM E CLONAZEPAM COMO ADJUVANTES NO TRATAMENTO DA EPILEPSIA FOCAL: eficácia, tolerância e efeitos adversos

  • Orientador : LUCIANA PATRIZIA ALVES DE ANDRADE VALENCA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOAO EUDES MAGALHAES
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
  • Data: 16/03/2021

  • Mostrar Resumo
  • Objetivo: Verificar e comparar a eficácia do clobazam e do clonazepam como drogas
    antiepilépticas adjuvantes. Método: Quarenta e um pacientes adultos com diagnóstico
    de epilepsia focal refratária participaram de um ensaio clínico randomizado, aberto,
    controlado e grupo independente, durante 24 semanas. Clobazam foi associado ao
    esquema antiepiléptico de 21 pacientes e clonazepam, ao de 20. Os participantes
    foram avaliados quanto redução da frequência de crise epiléptica, ocorrência de
    efeitos adversos e de tolerância farmacológica. A eficácia das medicações foi medida
    através da análise da frequência de crises (avaliada por diário de crise). A escala de
    Liverpool (LAEP, varia de 19 a 76 pontos, com ponto de corte para toxicidade em
    valores > 45) foi utilizada para pesquisar a ocorrência de efeitos adversos. Os
    participantes foram avaliados 1, 3 e 6 meses após a intervenção e a titulação das
    drogas de intervenção foi realizada no primeiro mês do seguimento; após isso as
    doses não foram alteradas. Não houve mudança na dose dos antiepilépticos que já
    constituíam o esquema antiepiléptico dos participantes. Resultados: O grupo do
    clobazam teve 14 mulheres e o do clonazepam, 10. Os pacientes no grupo do
    clonazepam tiveram uma média de idade de 43,2 anos vs 32,3 anos no do clobazam
    (p < 0,007). Epilepsia mesial temporal foi a etiologia mais comum, seguida por causa
    indeterminada em ambos os grupos. Cinquenta por cento (8/16) dos pacientes no
    grupo do clobazam ficaram livre de crises vs 28,6% (4/14) no grupo do clonazepam
    aos 6 meses de tratamento (p = 0,451). A curva de Kaplan-Meier, considerando como
    evento a redução de 100% de crise no período de 6 meses, mostrou maior
    probabilidade de o evento ocorrer no grupo do clobazam que no grupo do clonazepam
    (67% vs 31%; p = 0,05). A média da LAEP foi 36,7 pontos para o clobazam e 42,5
    para o clonazepam aos 6 meses (p = 0,150); 5/16 (31,2%) pacientes no grupo do
    clobazam tiveram LAEP > 45 vs 6/14 (42,9%) no clonazepam nesse período (p =
    0,707). Os sintomas mais comuns foram agitação e ansiedade para clobazam vs
    sonolência e tontura para clonazepam. Foram excluídos prematuramente do estudo
    23,8% (n = 5) dos pacientes do grupo do clobazam e 30% (n = 6) dos pacientes do
    grupo do clonazepam. Tolerância surgiu em 1 paciente no grupo do clobazam e em 3
    no grupo do clonazepam aos 6 meses (p = 0,442). Conclusão: Clobazam e

    Lemos, Aline R. M. Uso dos benzodiazepínicos clobazam e clonazepam como adjuvantes no tratamento...
    Resumo
    clonazepam se mostraram igualmente eficazes, seguros e bem tolerados como
    drogas adjuvantes na epilepsia focal refratária, sem surgimento de tolerância
    significativa em 6 meses. Dessa forma, devem ser consideradas como opções de
    tratamento adjuvante na epilepsia focal.
    Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (REBEC): número RBR-4frcs6


  • Mostrar Abstract
  • Objetivo: Verificar e comparar a eficácia do clobazam e do clonazepam como drogas
    antiepilépticas adjuvantes. Método: Quarenta e um pacientes adultos com diagnóstico
    de epilepsia focal refratária participaram de um ensaio clínico randomizado, aberto,
    controlado e grupo independente, durante 24 semanas. Clobazam foi associado ao
    esquema antiepiléptico de 21 pacientes e clonazepam, ao de 20. Os participantes
    foram avaliados quanto redução da frequência de crise epiléptica, ocorrência de
    efeitos adversos e de tolerância farmacológica. A eficácia das medicações foi medida
    através da análise da frequência de crises (avaliada por diário de crise). A escala de
    Liverpool (LAEP, varia de 19 a 76 pontos, com ponto de corte para toxicidade em
    valores > 45) foi utilizada para pesquisar a ocorrência de efeitos adversos. Os
    participantes foram avaliados 1, 3 e 6 meses após a intervenção e a titulação das
    drogas de intervenção foi realizada no primeiro mês do seguimento; após isso as
    doses não foram alteradas. Não houve mudança na dose dos antiepilépticos que já
    constituíam o esquema antiepiléptico dos participantes. Resultados: O grupo do
    clobazam teve 14 mulheres e o do clonazepam, 10. Os pacientes no grupo do
    clonazepam tiveram uma média de idade de 43,2 anos vs 32,3 anos no do clobazam
    (p < 0,007). Epilepsia mesial temporal foi a etiologia mais comum, seguida por causa
    indeterminada em ambos os grupos. Cinquenta por cento (8/16) dos pacientes no
    grupo do clobazam ficaram livre de crises vs 28,6% (4/14) no grupo do clonazepam
    aos 6 meses de tratamento (p = 0,451). A curva de Kaplan-Meier, considerando como
    evento a redução de 100% de crise no período de 6 meses, mostrou maior
    probabilidade de o evento ocorrer no grupo do clobazam que no grupo do clonazepam
    (67% vs 31%; p = 0,05). A média da LAEP foi 36,7 pontos para o clobazam e 42,5
    para o clonazepam aos 6 meses (p = 0,150); 5/16 (31,2%) pacientes no grupo do
    clobazam tiveram LAEP > 45 vs 6/14 (42,9%) no clonazepam nesse período (p =
    0,707). Os sintomas mais comuns foram agitação e ansiedade para clobazam vs
    sonolência e tontura para clonazepam. Foram excluídos prematuramente do estudo
    23,8% (n = 5) dos pacientes do grupo do clobazam e 30% (n = 6) dos pacientes do
    grupo do clonazepam. Tolerância surgiu em 1 paciente no grupo do clobazam e em 3
    no grupo do clonazepam aos 6 meses (p = 0,442). Conclusão: Clobazam e

    Lemos, Aline R. M. Uso dos benzodiazepínicos clobazam e clonazepam como adjuvantes no tratamento...
    Resumo
    clonazepam se mostraram igualmente eficazes, seguros e bem tolerados como
    drogas adjuvantes na epilepsia focal refratária, sem surgimento de tolerância
    significativa em 6 meses. Dessa forma, devem ser consideradas como opções de
    tratamento adjuvante na epilepsia focal.
    Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (REBEC): número RBR-4frcs6

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  • VICTOR ISAAC MELENDEZ DIAZ
  • Efeitos do Desmame Precoce Associado ao Estresse Alimentar
    Agudo e Crônico Sobre os Comportamentos Emocional e
    Alimentar em Ratas Wistar Fêmeas Adultas.

  • Orientador : SANDRA LOPES DE SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LISIANE DOS SANTOS OLIVEIRA
  • MATILDE CESIANA DA SILVA
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • Data: 21/07/2021

  • Mostrar Resumo
  • O aleitamento materno é uma fonte de alimentação crucial à nutrição
    durante os estágios precoces da vida dos mamíferos, tendo influência sobre o
    desenvolvimento de diversas estruturas anatómicas e mecanismos fisiológicos
    até a vida adulta. A sua retirada precoce tem se associado a transtornos na
    alimentação e comportamentais, mas essas sequelas têm se estudado
    principalmente em machos, enquanto que nos humanos a prevalência deles é
    maior em mulheres. Em vista disso decidimos submeter ratas Wistar fêmeas
    adultas que tinham sido desmamadas precocemente (DP) mediante separação
    materna aos 15 dias de idade a estresse alimentar agudo mediante exposição
    sem consumo a dieta palatável durante 22 días. Nesse período mensuramos a
    ingesta de dieta padrão e água cada 24 horas e a ingesta de dieta palatável
    durante 1 hora cada 7 días, além de avaliar ansiedade usando o labirinto em
    cruz elevado e peso corporal em intervalos semelhantes. Nos resultados
    achamos um menor consumo de dieta palatável por parte das ratas DP no dia
    2, um maior tempo de permanência na área central do labirinto das ratas DP na
    prova basal, e um maior tempo de permanência no braço aberto das ratas
    controle no dia 7 em comparação ao tempo basal delas. Não achamos
    diferencias significativas nos outros parâmetros. Nosso estúdio amostra a
    importância de determinar o papel que hormônios esteroides gonadais
    femininos como o E2 exercem sobre o comportamento alimentar e a ansiedade
    e até que ponto esses parâmetros podem se ver determinados pela ação
    hormonal.


  • Mostrar Abstract
  • O aleitamento materno é uma fonte de alimentação crucial à nutrição
    durante os estágios precoces da vida dos mamíferos, tendo influência sobre o
    desenvolvimento de diversas estruturas anatómicas e mecanismos fisiológicos
    até a vida adulta. A sua retirada precoce tem se associado a transtornos na
    alimentação e comportamentais, mas essas sequelas têm se estudado
    principalmente em machos, enquanto que nos humanos a prevalência deles é
    maior em mulheres. Em vista disso decidimos submeter ratas Wistar fêmeas
    adultas que tinham sido desmamadas precocemente (DP) mediante separação
    materna aos 15 dias de idade a estresse alimentar agudo mediante exposição
    sem consumo a dieta palatável durante 22 días. Nesse período mensuramos a
    ingesta de dieta padrão e água cada 24 horas e a ingesta de dieta palatável
    durante 1 hora cada 7 días, além de avaliar ansiedade usando o labirinto em
    cruz elevado e peso corporal em intervalos semelhantes. Nos resultados
    achamos um menor consumo de dieta palatável por parte das ratas DP no dia
    2, um maior tempo de permanência na área central do labirinto das ratas DP na
    prova basal, e um maior tempo de permanência no braço aberto das ratas
    controle no dia 7 em comparação ao tempo basal delas. Não achamos
    diferencias significativas nos outros parâmetros. Nosso estúdio amostra a
    importância de determinar o papel que hormônios esteroides gonadais
    femininos como o E2 exercem sobre o comportamento alimentar e a ansiedade
    e até que ponto esses parâmetros podem se ver determinados pela ação
    hormonal.

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  • CLARENCE SILVA RAMOS
  • ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSCRANIANA REPETITIVA NO TRATAMENTO DE SINTOMAS EMOCIONAIS DA SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL

  • Orientador : AMAURY CANTILINO DA SILVA JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEONARDO MACHADO TAVARES
  • RODRIGO COELHO MARQUES
  • SELENE CORDEIRO VASCONCELOS
  • Data: 27/07/2021

  • Mostrar Resumo
  • Introdução: A Síndrome pré-menstrual acomete 50 a 80% das mulheres e é
    caracterizada por sintomas físicos e emocionais que impactam negativamente a
    vida das pessoas acometidas. Os tratamentos mais comuns incluem mudança
    de hábitos de vida, suplementos vitamínicos e minerais, inibidores seletivos de
    recaptação da serotonina e tratamento hormonal. Há uma escassez de estudos
    sobre tratamentos de Neuromodulação para a sintomatologia pré-menstrual.
    Este estudo tem o objetivo de verificar os efeitos da Estimulação Magnética
    Transcraniana Repetitiva (EMTr) no tratamento de sintomas emocionais da
    SPM. Método: Acompanhou-se dois ciclos menstruais de dez participantes com
    diagnóstico de SPM. No primeiro ciclo foi realizada a aplicação de instrumentos
    de avaliação durante a fase lútea para avaliar a evolução sintomática. As escalas
    utilizadas foram a Ferramenta de triagem de sintomas pré-menstruais (PSST), a
    Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D) e a Escala de Ansiedade de
    Hamilton (HAM-A). No segundo ciclo menstrual foram realizadas sessões de
    EMTr durante a fase lútea, além da aplicação das escalas. Dessa forma,
    comparou-se as pontuações dos instrumentos de avaliação no segundo mês
    com as do primeiro fazendo, portanto, uma análise a partir dos escores pré e pós
    tratamento. Resultados: Houve diminuição dos sintomas pré-menstruais,
    resultando em aumento estatisticamente significante do número de rastreios
    negativos no final da fase lútea (p=0,016). Ocorreu diminuição estatisticamente
    significante dos escores da HAM-D na comparação entre os dois meses nas
    avaliações intermediária (13,10 ± 6,62 para 6,50 ± 3,98; p=0,034) e final (18,20
    ± 5,61 para 5,00 ± 4,16; p<0,001). Houve redução estatisticamente significante
    dos escores da HAM-A nas avaliações intermediária (20,90 ± 11,99 para 9,80 ±
    5,43; p=0,019) e final (26,70 ± 9,42 para 8,10 ± 7,20; p=0,001). Conclusão: A
    EMTr parece ter efeito sobre os sintomas emocionais da SPM, com diminuição
    de sintomas pré-menstruais, de modo mais perceptível na metade e final da fase
    lútea. Estudos controlados podem ser realizados para comprovação de eficácia.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: A Síndrome pré-menstrual acomete 50 a 80% das mulheres e é
    caracterizada por sintomas físicos e emocionais que impactam negativamente a
    vida das pessoas acometidas. Os tratamentos mais comuns incluem mudança
    de hábitos de vida, suplementos vitamínicos e minerais, inibidores seletivos de
    recaptação da serotonina e tratamento hormonal. Há uma escassez de estudos
    sobre tratamentos de Neuromodulação para a sintomatologia pré-menstrual.
    Este estudo tem o objetivo de verificar os efeitos da Estimulação Magnética
    Transcraniana Repetitiva (EMTr) no tratamento de sintomas emocionais da
    SPM. Método: Acompanhou-se dois ciclos menstruais de dez participantes com
    diagnóstico de SPM. No primeiro ciclo foi realizada a aplicação de instrumentos
    de avaliação durante a fase lútea para avaliar a evolução sintomática. As escalas
    utilizadas foram a Ferramenta de triagem de sintomas pré-menstruais (PSST), a
    Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D) e a Escala de Ansiedade de
    Hamilton (HAM-A). No segundo ciclo menstrual foram realizadas sessões de
    EMTr durante a fase lútea, além da aplicação das escalas. Dessa forma,
    comparou-se as pontuações dos instrumentos de avaliação no segundo mês
    com as do primeiro fazendo, portanto, uma análise a partir dos escores pré e pós
    tratamento. Resultados: Houve diminuição dos sintomas pré-menstruais,
    resultando em aumento estatisticamente significante do número de rastreios
    negativos no final da fase lútea (p=0,016). Ocorreu diminuição estatisticamente
    significante dos escores da HAM-D na comparação entre os dois meses nas
    avaliações intermediária (13,10 ± 6,62 para 6,50 ± 3,98; p=0,034) e final (18,20
    ± 5,61 para 5,00 ± 4,16; p<0,001). Houve redução estatisticamente significante
    dos escores da HAM-A nas avaliações intermediária (20,90 ± 11,99 para 9,80 ±
    5,43; p=0,019) e final (26,70 ± 9,42 para 8,10 ± 7,20; p=0,001). Conclusão: A
    EMTr parece ter efeito sobre os sintomas emocionais da SPM, com diminuição
    de sintomas pré-menstruais, de modo mais perceptível na metade e final da fase
    lútea. Estudos controlados podem ser realizados para comprovação de eficácia.

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  • RITA DE CASSIA FERREIRA VALENCA MOTA
  • JUNÇÃO CRANIOCERVICAL DE PACIENTES COM INVAGINAÇÃO BASILAR: estudo comparativo

  • Orientador : HILDO ROCHA CIRNE DE AZEVEDO FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • MARIA DE FATIMA VIANA VASCO ARAGAO
  • MAURUS MARQUES DE ALMEIDA HOLANDA
  • Data: 26/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • A junção craniocervical (JCC) é uma região complexa e sua lesão gera elevada
    morbidade e mortalidade. E a anormalidade que é mais frequente nessa região é a
    invaginação basilar (IB). Esse estudo teve como objetivo quantificar e analisar dados
    morfológicos da JCC em pacientes com e sem IB. Estudos de tomografia
    computadorizada (TC) da JCC foram usados para medições de: ângulos da base do
    crânio, presença ou ausência de IB, alterações morfológicas do atlas e do áxis e
    desalinhamento facetário atlantoaxial; medições bilaterais de comprimento e diâmetro
    do côndilo occipital e massa lateral de C1, diâmetro e altura do pars e lâmina de C2,
    diâmetro, comprimento e comprimento do eixo pedículo de C2, índices craniobasais,
    volume da fossa posterior (FP) e ângulo entre o seio reto e a foice do cerebelo; e
    estudos de ressonância magnética (RM) para verificar associação de IB com
    malformação de Chiari (MCh) de 20 pacientes com IB em comparação com 60
    pacientes sem anormalidades da JCC. Dos resultados obtidos, 90% dos homens e
    80% das mulheres com IB apresentaram MCh, 5 de 10 homens com IB apresentaram
    desalinhamento atlantoaxial do tipo II e 7 de 10 mulheres com IB apresentaram do
    tipo III ou ausente. 60% dos homens com IB tinham assimilação do atlas,
    diferentemente da população normal. Todos os homens com IB tinham platibasia, ao
    contrário das mulheres que tiveram ângulo basal de Welcher (ABW) semelhante ao
    grupo controle e ângulo clivocanal (ACC) < 150°. Todos os pacientes com invaginação
    basilar apresentaram valores morfométricos inferiores aos encontrados na população
    normal, com diferença de aproximadamente 6mm no côndilo occipital e 3mm no
    pedículo de C2, por exemplo, além de diferenças na inclinação dos eixos das
    estruturas ósseas, destancando-se o tilt craniocervical cujo valor foi maior no grupo
    de pacientes invaginados, com valores médios de 105,58° (homens) e 92,85°
    (mulheres) com IB, em contraposição com valores médios de 72,89° (homens) e
    71,86° (mulheres) sem IB. Pode-se concluir que este estudo demonstra importantes
    diferenças estruturais entre os pacientes com e sem IB e que esta, geralmente, se
    associa a outras anormalidades que podem resultar em compressão às estruturas
    neurovasculares da JCC, com ou sem instabilidade atlantoaxial demonstrada, apesar
    da enorme variabilidade anatômica encontrada nas duas populações.


  • Mostrar Abstract
  • A junção craniocervical (JCC) é uma região complexa e sua lesão gera elevada
    morbidade e mortalidade. E a anormalidade que é mais frequente nessa região é a
    invaginação basilar (IB). Esse estudo teve como objetivo quantificar e analisar dados
    morfológicos da JCC em pacientes com e sem IB. Estudos de tomografia
    computadorizada (TC) da JCC foram usados para medições de: ângulos da base do
    crânio, presença ou ausência de IB, alterações morfológicas do atlas e do áxis e
    desalinhamento facetário atlantoaxial; medições bilaterais de comprimento e diâmetro
    do côndilo occipital e massa lateral de C1, diâmetro e altura do pars e lâmina de C2,
    diâmetro, comprimento e comprimento do eixo pedículo de C2, índices craniobasais,
    volume da fossa posterior (FP) e ângulo entre o seio reto e a foice do cerebelo; e
    estudos de ressonância magnética (RM) para verificar associação de IB com
    malformação de Chiari (MCh) de 20 pacientes com IB em comparação com 60
    pacientes sem anormalidades da JCC. Dos resultados obtidos, 90% dos homens e
    80% das mulheres com IB apresentaram MCh, 5 de 10 homens com IB apresentaram
    desalinhamento atlantoaxial do tipo II e 7 de 10 mulheres com IB apresentaram do
    tipo III ou ausente. 60% dos homens com IB tinham assimilação do atlas,
    diferentemente da população normal. Todos os homens com IB tinham platibasia, ao
    contrário das mulheres que tiveram ângulo basal de Welcher (ABW) semelhante ao
    grupo controle e ângulo clivocanal (ACC) < 150°. Todos os pacientes com invaginação
    basilar apresentaram valores morfométricos inferiores aos encontrados na população
    normal, com diferença de aproximadamente 6mm no côndilo occipital e 3mm no
    pedículo de C2, por exemplo, além de diferenças na inclinação dos eixos das
    estruturas ósseas, destancando-se o tilt craniocervical cujo valor foi maior no grupo
    de pacientes invaginados, com valores médios de 105,58° (homens) e 92,85°
    (mulheres) com IB, em contraposição com valores médios de 72,89° (homens) e
    71,86° (mulheres) sem IB. Pode-se concluir que este estudo demonstra importantes
    diferenças estruturais entre os pacientes com e sem IB e que esta, geralmente, se
    associa a outras anormalidades que podem resultar em compressão às estruturas
    neurovasculares da JCC, com ou sem instabilidade atlantoaxial demonstrada, apesar
    da enorme variabilidade anatômica encontrada nas duas populações.

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  • GABRIEL BARROS DE LIMA TAVARES
  • Alterações neuroanatômicas relacionadas a autoagressão em
    adolescentes do sexo feminino com bulimia nervosa.

  • Orientador : ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LISIANE DOS SANTOS OLIVEIRA
  • RAFAEL DANYLLO DA SILVA MIGUEL
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • Data: 27/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • O objectivo desta pesquisa é identificar alterações de espessura e volume nas
    estruturas encefálicas em adolescentes do sexo feminino não tratadas com bulimia
    nervosa que exibem comportamento autoagressão. Para este fim, foram escolhidas
    vinte e cinco adolescentes bulímicas. Primeiro, os participantes responderão às
    questões éticas do estudo, seguidas dos questionários (BITE) para o rastreio do
    risco de bulimia nervosa e (DAWBA) para o diagnóstico da bulimia nervosa e a
    identificação de comportamento autoagressão. A MRI foi realizada numa máquina
    de MRI 1,5 Tesla (1,5T); para verificar as análises, a avaliação volumétrica e as
    medições da espessura cortical foram realizadas através da segmentação
    automática das estruturas cerebrais utilizando o software Freesurfer™. Os
    resultados indicaram que a região dos depósitos de sulcos temporais superiores no
    hemisfério direito apresentou uma diminuição do volume de matéria branca nos
    grupos com autoagressão; a região do hipocampo no hemisfério direito mostrou uma
    diminuição do volume de matéria cinzenta no grupo com autoagressão, como um
    volume cortical menor nos grupos com autoagressão. Vale a pena notar que os
    grupos com autoagressão mostraram valores volumétricos inferiores aos dos outros
    grupos, mesmo em regiões que teoricamente não têm qualquer evidência de
    alterações em ambas as condições. Embora não estatisticamente significativa, esta
    descoberta difere do que se encontra na literatura tanto para o BN como para a
    autoagressão.


  • Mostrar Abstract
  • O objectivo desta pesquisa é identificar alterações de espessura e volume nas
    estruturas encefálicas em adolescentes do sexo feminino não tratadas com bulimia
    nervosa que exibem comportamento autoagressão. Para este fim, foram escolhidas
    vinte e cinco adolescentes bulímicas. Primeiro, os participantes responderão às
    questões éticas do estudo, seguidas dos questionários (BITE) para o rastreio do
    risco de bulimia nervosa e (DAWBA) para o diagnóstico da bulimia nervosa e a
    identificação de comportamento autoagressão. A MRI foi realizada numa máquina
    de MRI 1,5 Tesla (1,5T); para verificar as análises, a avaliação volumétrica e as
    medições da espessura cortical foram realizadas através da segmentação
    automática das estruturas cerebrais utilizando o software Freesurfer™. Os
    resultados indicaram que a região dos depósitos de sulcos temporais superiores no
    hemisfério direito apresentou uma diminuição do volume de matéria branca nos
    grupos com autoagressão; a região do hipocampo no hemisfério direito mostrou uma
    diminuição do volume de matéria cinzenta no grupo com autoagressão, como um
    volume cortical menor nos grupos com autoagressão. Vale a pena notar que os
    grupos com autoagressão mostraram valores volumétricos inferiores aos dos outros
    grupos, mesmo em regiões que teoricamente não têm qualquer evidência de
    alterações em ambas as condições. Embora não estatisticamente significativa, esta
    descoberta difere do que se encontra na literatura tanto para o BN como para a
    autoagressão.

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  • ANA CRISTINA VEIGA SILVA
  • Impacto da craniectomia descompressiva no traumatismo

    cranioencefálico

  • Orientador : HILDO ROCHA CIRNE DE AZEVEDO FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIANA PATRIZIA ALVES DE ANDRADE VALENCA
  • OTAVIO GOMES LINS
  • PEDRO AUGUSTO SAMPAIO ROCHA FILHO
  • SILVIO DA SILVA CALDAS NETO
  • Data: 02/09/2021

  • Mostrar Resumo
  • Existe uma estreita relação entre o traumatismo cranioencefálico (TCE) e um aumento da
    pressão intracraniana (PIC). A craniectomia descompressiva (CD) reduz efetivamente a
    PIC, contudo seu papel na CD primária ainda não está bem esclarecido. Foram analisados
    retrospectivamente prontuários de pacientes com TCE, submetidos a CD no Hospital da
    Restauração (HR) em Recife, entre janeiro de 2015 a junho de 2018, com o objetivo de
    avaliar as características sociodemográficas, clínicas, cirúrgicas e identificar fatores
    preditivos de prognóstico que possam estar associados ao tempo de instituição da CD
    primária. Os dados foram coletados em 226 prontuários do banco de dados do hospital. A
    maioria expressiva dos pacientes era de adultos jovens (14-39 anos; 62%) e do sexo
    masculino (87,2%). Os acidentes de trânsito (58,4%), principalmente os envolvendo
    motocicletas (43,8%), foram a principal causa do evento traumático. Na avaliação inicial,
    51,8% dos pacientes foram classificados com TCE grave e a avaliação pupilar não mostrou
    anormalidades (66,4%). Na avaliação tomográfica, 57% apresentaram mais de uma lesão
    concomitante, sendo o hematoma subdural agudo a mais frequente (66,4%). A maioria das
    CD foram precoces (64,6%), antes das 12h de admissão, sendo 54,6% ultra precoce. O
    escore da Escala de Resultados de Glasgow (GOS) foi usado para categorizar os
    desfechos funcionais avaliados na alta e, 72% apresentaram resultado desfavorável, tendo
    sido observado 35,8% de óbitos. Na avaliação de fatores preditivos associados a
    prognóstico de desfecho desfavorável identificou-se: a não realização da plástica dural
    após descompressão craniana (p=0,001); a ECG inicial <8 (p = 0,002), e o tempo de
    instituição da cirurgia acima de 6 horas da admissão (p=0,049). Verificou-se ainda maior
    ocorrência de óbito em pacientes com TCE grave (p=0,005), cujo mecanismo do trauma
    tenha sido agressão (p=0,039). Este estudo mostra a importância da CD para o tratamento
    de TCE grave e que a CD é um procedimento comum usado para manejar pacientes com
    TCE grave no HR, no entanto os resultados enfatizam a dificuldade de estabelecer
    momento ideal de sua realização.


  • Mostrar Abstract
  • Existe uma estreita relação entre o traumatismo cranioencefálico (TCE) e um aumento da
    pressão intracraniana (PIC). A craniectomia descompressiva (CD) reduz efetivamente a
    PIC, contudo seu papel na CD primária ainda não está bem esclarecido. Foram analisados
    retrospectivamente prontuários de pacientes com TCE, submetidos a CD no Hospital da
    Restauração (HR) em Recife, entre janeiro de 2015 a junho de 2018, com o objetivo de
    avaliar as características sociodemográficas, clínicas, cirúrgicas e identificar fatores
    preditivos de prognóstico que possam estar associados ao tempo de instituição da CD
    primária. Os dados foram coletados em 226 prontuários do banco de dados do hospital. A
    maioria expressiva dos pacientes era de adultos jovens (14-39 anos; 62%) e do sexo
    masculino (87,2%). Os acidentes de trânsito (58,4%), principalmente os envolvendo
    motocicletas (43,8%), foram a principal causa do evento traumático. Na avaliação inicial,
    51,8% dos pacientes foram classificados com TCE grave e a avaliação pupilar não mostrou
    anormalidades (66,4%). Na avaliação tomográfica, 57% apresentaram mais de uma lesão
    concomitante, sendo o hematoma subdural agudo a mais frequente (66,4%). A maioria das
    CD foram precoces (64,6%), antes das 12h de admissão, sendo 54,6% ultra precoce. O
    escore da Escala de Resultados de Glasgow (GOS) foi usado para categorizar os
    desfechos funcionais avaliados na alta e, 72% apresentaram resultado desfavorável, tendo
    sido observado 35,8% de óbitos. Na avaliação de fatores preditivos associados a
    prognóstico de desfecho desfavorável identificou-se: a não realização da plástica dural
    após descompressão craniana (p=0,001); a ECG inicial <8 (p = 0,002), e o tempo de
    instituição da cirurgia acima de 6 horas da admissão (p=0,049). Verificou-se ainda maior
    ocorrência de óbito em pacientes com TCE grave (p=0,005), cujo mecanismo do trauma
    tenha sido agressão (p=0,039). Este estudo mostra a importância da CD para o tratamento
    de TCE grave e que a CD é um procedimento comum usado para manejar pacientes com
    TCE grave no HR, no entanto os resultados enfatizam a dificuldade de estabelecer
    momento ideal de sua realização.

8
  • THIAGO DA SILVA FREITAS
  • INSATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL E FATORES ASSOCIADOS EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS

  • Orientador : ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
  • RAFAEL DANYLLO DA SILVA MIGUEL
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • Data: 03/12/2021

  • Mostrar Resumo
  • Os estudantes universitários são uma população com alta prevalência de insatisfação
    corporal, depressão, ansiedade, sendo considerado como um grupo que sofre
    significativas modificações nos hábitos alimentares. Nesse contexto, esta pesquisa
    objetivou avaliar possíveis associações entre a insatisfação com a imagem corporal
    com alterações nos hábitos alimentares, sintomas de ansiedade e depressão em
    estudantes universitários. Trata-se de uma pesquisa transversal realizada com 622
    universitários de ambos os sexos, de instituições de ensino superior de
    Pernambuco. O levantamento de dados foi realizado através dos instrumentos:
    Questionário de dados sociodemográficos, Body Shape Questionnaire para avaliação
    da Insatisfação Corporal, o Questionário de Hábitos Alimentares, adaptado em nosso
    estudo, para avaliar hábitos e consumo alimentar, o Questionário de Autoavaliação da
    Escala de Hamilton para Depressão, para verificar o risco de depressão e o Inventário
    de Ansiedade Traço-Estado para verificar o risco de Ansiedade traço-estado e a coleta
    se deu através de formulários on-line. Para a análise estatística, foi utilizado o
    programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0. Os
    resultados indicaram altas prevalências de alteração da imagem corporal (39,9%),
    risco de moderado (19,3%), grave (16,6%) e muito grave de depressão (5,1%), de
    ansiedade traço (67,5%) e de ansiedade-estado (69,6%). Os examinados
    apresentavam maior predileção por alimentos saudáveis, porém foi constatado o
    consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura por essa população. Os estudantes
    relataram aumento no consumo alimentar (59,2%), aumento de peso corporal (58,2%)
    e aumento no consumo alimentar em função de uma emoção ou sentimento (65,9%)
    durante o último semestre. A insatisfação com a imagem corporal apresentou
    associação positiva com alterações no comportamento alimentar (p<0,001),
    depressão (p<0,001), ansiedade-traço (p<0,001) e ansiedade-estado (p<0,001). Foi
    encontrada significativa associação entre a insatisfação corporal, hábitos alimentares,
    ansiedade e depressão na população estudado. Desse modo, os achados revelam a
    necessidade da ampliação de rede de apoio que fortaleça a prevenção dessas
    desordens e monitoramento dessa população, bem como a realização de estudos que
    investiguem outros fatores que influenciem o desenvolvimento desses agravos e
    consolide tais achados.


  • Mostrar Abstract
  • Os estudantes universitários são uma população com alta prevalência de insatisfação
    corporal, depressão, ansiedade, sendo considerado como um grupo que sofre
    significativas modificações nos hábitos alimentares. Nesse contexto, esta pesquisa
    objetivou avaliar possíveis associações entre a insatisfação com a imagem corporal
    com alterações nos hábitos alimentares, sintomas de ansiedade e depressão em
    estudantes universitários. Trata-se de uma pesquisa transversal realizada com 622
    universitários de ambos os sexos, de instituições de ensino superior de
    Pernambuco. O levantamento de dados foi realizado através dos instrumentos:
    Questionário de dados sociodemográficos, Body Shape Questionnaire para avaliação
    da Insatisfação Corporal, o Questionário de Hábitos Alimentares, adaptado em nosso
    estudo, para avaliar hábitos e consumo alimentar, o Questionário de Autoavaliação da
    Escala de Hamilton para Depressão, para verificar o risco de depressão e o Inventário
    de Ansiedade Traço-Estado para verificar o risco de Ansiedade traço-estado e a coleta
    se deu através de formulários on-line. Para a análise estatística, foi utilizado o
    programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0. Os
    resultados indicaram altas prevalências de alteração da imagem corporal (39,9%),
    risco de moderado (19,3%), grave (16,6%) e muito grave de depressão (5,1%), de
    ansiedade traço (67,5%) e de ansiedade-estado (69,6%). Os examinados
    apresentavam maior predileção por alimentos saudáveis, porém foi constatado o
    consumo de alimentos ricos em açúcar e gordura por essa população. Os estudantes
    relataram aumento no consumo alimentar (59,2%), aumento de peso corporal (58,2%)
    e aumento no consumo alimentar em função de uma emoção ou sentimento (65,9%)
    durante o último semestre. A insatisfação com a imagem corporal apresentou
    associação positiva com alterações no comportamento alimentar (p<0,001),
    depressão (p<0,001), ansiedade-traço (p<0,001) e ansiedade-estado (p<0,001). Foi
    encontrada significativa associação entre a insatisfação corporal, hábitos alimentares,
    ansiedade e depressão na população estudado. Desse modo, os achados revelam a
    necessidade da ampliação de rede de apoio que fortaleça a prevenção dessas
    desordens e monitoramento dessa população, bem como a realização de estudos que
    investiguem outros fatores que influenciem o desenvolvimento desses agravos e
    consolide tais achados.

9
  • ISLA ARIADNY AMARAL DE SOUZA GONZAGA
  • Paralisia cerebral experimental: efeitos da suplementação com creatina associada ao treinamento de resistência sobre o desenvolvimento ósseo e do sistema nervoso periférico.

  • Orientador : ANA ELISA TOSCANO MENESES DA SILVA CASTRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAUL MANHAES DE CASTRO
  • FRANCISCO CARLOS AMANAJAS DE AGUIAR JUNIOR
  • DIEGO CABRAL LACERDA
  • Data: 28/12/2021

  • Mostrar Resumo
  • Durante a vida útil de mamíferos superiores o sistema nervoso central pode se
    adaptar a mudanças no ambiente, por ser uma estrutura altamente plástica. A
    paralisia cerebral (PC) compreende condições neurológicas caracterizadas por
    anormalidades no movimento, postura corporal e tônus muscular, sendo a atrofia e a
    osteoporose duas das principais consequências. Devido ao fato de a descoberta de
    mecanismos subjacentes ao efeito anabólico e neuroprotetor, a creatina passou a
    ser considerada para o tratamento de doenças neurodegenerativas que apresentam
    atrofia muscular e degeneração óssea. Além disso, quando combinado com uma
    nutrição adequada, o exercício resistido pode aumentar a força e amassa muscular.
    Assim, no presente projeto, avaliamos os efeitos da creatina, associada ou não ao
    exercício físico, sobre o desenvolvimento neuromúsculoesquelético em modelo de
    paralisia cerebral. Foram utilizados filhotes machos da linhagem Wistar.Os filhotes
    foram submetidos a dois episódios de anóxia, no P0 e P1. Do P2 ao P28 foi
    realizada a restrição sensório-motora durante 16 horas, e nas 8 horas restantes foi
    permitida a livre movimentação do animal. Após o início da suplementação de
    creatina (300mg/kg/dia) e do programa de treinamento resistido, os seguintes grupos
    foram formados: 1) Controle água não treinado (C-A-NT, n=11); 2) Controle água
    treinado (C-A-T, n=11); 3) Controle creatina não treinado (C-CR-NT, n=11); 4)

    Controle creatina treinado (C-CR-T, n=11); 5) Paralisia cerebral água não treinado (PC-
    A-NT, n=11); 6) Paralisia cerebral água treinado (PC-A-T, n=11); 7) Paralisia cerebral

    creatina não treinado (PC-CR-NT, n=11); 8) Paralisia cerebral creatina treinado (PC-
    CR-T, n=11). Em seguida, foram avaliados: o peso corporal, o consumo alimentar,

    a força muscular máxima, a locomoção avaliada por catwalk, a capacidade de realizar
    o treinamento resistido, o peso e comprimento da tíbia e a morfologia do nervo ciático.
    Nossos resultados demonstraram que a PC ocasionou: redução do peso corporal no
    período pós-natal, diminuição da força muscular máxima, aumento do tempo
    necessário para realizar uma série no treinamento resistido e prejuízos na locomoção.
    Por outro lado, a suplementação de creatina, nos animais com PC ocasionou
    aumento do peso corporal, da força muscular e da área máxima de contato com a
    plataforma do catwalk. Ainda, nos animais controle, a suplementação com creatina
    aumentou o peso corporal e consumo alimentar. A suplementação de creatina pode
    melhorar os danos motores associados à paralisia cerebral principalmente quando
    aplicada no período critico do desenvolvimento.


  • Mostrar Abstract
  • Durante a vida útil de mamíferos superiores o sistema nervoso central pode se
    adaptar a mudanças no ambiente, por ser uma estrutura altamente plástica. A
    paralisia cerebral (PC) compreende condições neurológicas caracterizadas por
    anormalidades no movimento, postura corporal e tônus muscular, sendo a atrofia e a
    osteoporose duas das principais consequências. Devido ao fato de a descoberta de
    mecanismos subjacentes ao efeito anabólico e neuroprotetor, a creatina passou a
    ser considerada para o tratamento de doenças neurodegenerativas que apresentam
    atrofia muscular e degeneração óssea. Além disso, quando combinado com uma
    nutrição adequada, o exercício resistido pode aumentar a força e amassa muscular.
    Assim, no presente projeto, avaliamos os efeitos da creatina, associada ou não ao
    exercício físico, sobre o desenvolvimento neuromúsculoesquelético em modelo de
    paralisia cerebral. Foram utilizados filhotes machos da linhagem Wistar.Os filhotes
    foram submetidos a dois episódios de anóxia, no P0 e P1. Do P2 ao P28 foi
    realizada a restrição sensório-motora durante 16 horas, e nas 8 horas restantes foi
    permitida a livre movimentação do animal. Após o início da suplementação de
    creatina (300mg/kg/dia) e do programa de treinamento resistido, os seguintes grupos
    foram formados: 1) Controle água não treinado (C-A-NT, n=11); 2) Controle água
    treinado (C-A-T, n=11); 3) Controle creatina não treinado (C-CR-NT, n=11); 4)

    Controle creatina treinado (C-CR-T, n=11); 5) Paralisia cerebral água não treinado (PC-
    A-NT, n=11); 6) Paralisia cerebral água treinado (PC-A-T, n=11); 7) Paralisia cerebral

    creatina não treinado (PC-CR-NT, n=11); 8) Paralisia cerebral creatina treinado (PC-
    CR-T, n=11). Em seguida, foram avaliados: o peso corporal, o consumo alimentar,

    a força muscular máxima, a locomoção avaliada por catwalk, a capacidade de realizar
    o treinamento resistido, o peso e comprimento da tíbia e a morfologia do nervo ciático.
    Nossos resultados demonstraram que a PC ocasionou: redução do peso corporal no
    período pós-natal, diminuição da força muscular máxima, aumento do tempo
    necessário para realizar uma série no treinamento resistido e prejuízos na locomoção.
    Por outro lado, a suplementação de creatina, nos animais com PC ocasionou
    aumento do peso corporal, da força muscular e da área máxima de contato com a
    plataforma do catwalk. Ainda, nos animais controle, a suplementação com creatina
    aumentou o peso corporal e consumo alimentar. A suplementação de creatina pode
    melhorar os danos motores associados à paralisia cerebral principalmente quando
    aplicada no período critico do desenvolvimento.

Teses
1
  • LILIANE PEREIRA DA SILVA
  • EFEITOS DAS ESTRATÉGIAS DE PRÁTICA MENTAL ASSOCIADAS Á FISIOTERAPIA MOTORA SOBRE A MARCHA E O RISCO DE QUEDAS NA DOENÇA DE PARKINSON

  • Orientador : OTAVIO GOMES LINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCELO MORAES VALENCA
  • CARLA CABRAL DOS SANTOS ACCIOLY LINS
  • DANIELLE CARNEIRO DE MENEZES
  • MARIA DAS GRACAS WANDERLEY DE SALES CORIOLANO
  • NADJA MARIA JORGE ASANO
  • Data: 24/02/2021

  • Mostrar Resumo
  • O uso da Prática Mental como tratamento das alterações motoras da Doença de Parkinson (DP) é relativamente novo, sendo importante tanto conhecer os efeitos dessa Prática sobre essas alterações bem como ajustar e desenvolver programas de intervenção mais eficazes e que atendam as especificidades e habilidades individuais desta população, dessa forma essa tese teve como objetivo comparar os efeitos de estratégias de Prática Mental associada à fisioterapia sobre a marcha e risco de queda em pessoas com Doença de Parkinson. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade de Federal de Pernambuco, obtendo o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética nº: 72654417.7.0000.5208. O recrutamento foi realizado no ambulatório de Neurologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, onde está situado o Programa de Extensão Pró-Parkinson e a intervenção foi realizada no ambulatório de Fisioterapia, representando atividade de pesquisa associada ao projeto de extensão PróParkinson: Fisioterapia. Foram incluídas pessoas de ambos os sexos com DP idiopática nos estágios leve a moderado. Foram excluídos pacientes que apresentaram outras doenças neurológicas, doenças sistêmicas descompensadas, distúrbios musculoesqueléticos, alterações visuais ou auditivas que impediram a realização do protocolo, rebaixamento do nível cognitivo, depressão moderada a grave, participação em programa de reabilitação média de imaginação visual < 2. Os indivíduos foram alocados em quatro grupos 1. Grupo controle (GC), 2. grupo Prática Mental guiada por imagens (PMI), 3. grupo Prática Mental guiada por áudio (PMA) e 4. grupo Prática mental sem guia (PMSG). Os sujeitos dos grupos experimentais foram submetidos a 15 sessões de fisioterapia motora e de Prática Mental, enquanto o GC recebeu apenas a fisioterapia. As sessões foram realizadas 2 vezes por semana, 40 minutos para fisioterapia motora e aproximadamente 5-10 minutos para o protocolo de Prática Mental correspondente. Para avaliar os parâmetros espaço-temporais da marcha foi utilizado o Teste de Caminhada de 10 metros e para o risco de quedas foi utilizado o Timed Up and Go. O grupo PMI apresentou resultados significativos para os parâmetros tempo (p=0.027) e velocidade (p=0.025) da marcha quando comparado com os resultados do GC. A cadência e o risco de quedas não apresentaram efeito principal para grupo. Os grupos PMSG e PMA não apresentaram resultados estatisticamente significativos para o TC10m e TUG quando comparados com o CG. Os resultados demostraram que o treinamento de Prática Mental guiada por imagens associado à fisioterapia motora é mais eficaz para aumentar a velocidade da marcha do que as demais estratégias de PM.


  • Mostrar Abstract
  • EFEITOS DAS ESTRATÉGIAS DE PRÁTICA MENTAL ASSOCIADAS Á FISIOTERAPIA MOTORA SOBRE A MARCHA E O RISCO DE QUEDAS NA DOENÇA DE PARKINSON

2
  • IHANA THAIS GUERRA DE OLIVEIRA GONDIM
  • DESENVOLVIMENTO DE UM DISPOSITIVO PORTÁTIL COM
    ACELEROMETRIA TRIAXIAL E DE UM APLICATIVO COM ESTIMULAÇÃO
    AUDITIVA RÍTMICA PARA A REABILITAÇÃO DA MARCHA DE PESSOAS COM
    DOENÇA DE PARKINSON: um estudo de desenvolvimento tecnológico em saúde

  • Orientador : OTAVIO GOMES LINS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANABELA CORREA MARTINS
  • CINTHIA RODRIGUES DE VASCONCELOS
  • DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
  • MARCO AURELIO BENEDETTI RODRIGUES
  • NADJA MARIA JORGE ASANO
  • Data: 02/06/2021

  • Mostrar Resumo
  • A variabilidade da marcha é uma alteração importante na doença de Parkinson (DP), com
    diminuição da habilidade para manter padrão e ritmo constantes. No treino da marcha com
    estimulação auditiva rítmica (EAR), o paciente caminha junto com um som isócrono repetido
    (metrônomo) ou com uma música com batida saliente. Treino com EAR personalizada parece
    promover maiores benefícios. Para isso, faz-se importante o uso de instrumentos capazes de
    avaliar e fornecer informações mais precisas da marcha na DP. Este estudo desenvolveu um
    Sistema de Monitoramento/Avaliação do padrão de Marcha – SisMAM- por acelerometria
    para avaliar e fornecer, via Bluetooth®, informações do padrão de marcha do paciente com
    DP. Além disso, desenvolveu um aplicativo com EAR para o treino de marcha (App
    ParkinSONS). O aplicativo possui menu de músicas brasileiras e metrônomo, dispondo de
    interface opcional via Bluetooth® para importação de parâmetros espaço-temporais da
    marcha do sistema de acelerometria. O objetivo central desta pesquisa foi desenvolver e
    avaliar a usabilidade de ambos os dispositivos. Como objetivo secundário, avaliar o efeito
    imediato da EAR fornecida pelo App ParkinSONS, optando-se por música associada a batidas
    do metrônomo, sobre os parâmetros espaço-temporais da marcha em amostra piloto de
    pacientes com DP leve a moderada. Para a etapa usabilidade, foi comparada a concordância
    entre o SisMAM com o sistema de avaliação humana no teste de caminhada de 10 metros em
    paciente com DP. Já para a usabilidade do ParkinSONS, aplicou-se o questionário MATcH
    (Measuring Usability of Touchscreen Phone Applications) com 15 fisioterapeutas e
    mensurou-se a satisfação do usuário com DP mediante escala analógica adequada e
    Questionário Semiestruturado de Satisfação e Sugestões com 12 pacientes. Para o teste clínico
    com o ParkinSONS, 15 pacientes com DP leve à moderada realizaram teste de caminhada de
    10 metros para medir parâmetros espaço-temporais da marcha em três momentos: 1-
    caminhada sem a EAR; 2- caminhada com a EAR; 3- caminhada após a retirada da
    estimulação. Para a estimulação foi considerado o incremento de + 10% da cadência basal. O
    estudo seguiu todos os preceitos éticos. Como principais desafios do SisMAM, destacamos:
    possibilidade de inovar com tecnologia sem fios; tornar a fixação dos eletrodos mais
    anatômica; conseguir uma maior velocidade na leitura e exportação de dados; investigar
    estratégias como fator de correção de erro ou calibração individual; garantir uma maior
    economia da bateria; baratear ainda mais o custo para produção em larga escala. Acreditamos
    que, no futuro, o uso do SisMAM possa possibilitar aos profissionais de saúde uma maneira
    objetiva e portátil de mensurar parâmetros espaço-temporais da marcha na DP com custo

    acessível. Apesar disso, trata-se de um protótipo em que erros importantes de leitura de dados
    e na integração com o ParkinSONS foram detectados ainda na fase de usabilidade, sendo
    necessários novos ajustes antes de prosseguirmos com novos testes. Já o ParkinSONS, parece
    ser uma ferramenta prática, lúdica e promissora para o treino da marcha com EAR na DP.
    Como desafios, almejamos que seja capaz de se integrar com êxito ao SisMAM, dispor de
    interface com bibliotecas digitais de música e que seja disponível para uso em plataforma
    iOS.


  • Mostrar Abstract
  • A variabilidade da marcha é uma alteração importante na doença de Parkinson (DP), com
    diminuição da habilidade para manter padrão e ritmo constantes. No treino da marcha com
    estimulação auditiva rítmica (EAR), o paciente caminha junto com um som isócrono repetido
    (metrônomo) ou com uma música com batida saliente. Treino com EAR personalizada parece
    promover maiores benefícios. Para isso, faz-se importante o uso de instrumentos capazes de
    avaliar e fornecer informações mais precisas da marcha na DP. Este estudo desenvolveu um
    Sistema de Monitoramento/Avaliação do padrão de Marcha – SisMAM- por acelerometria
    para avaliar e fornecer, via Bluetooth®, informações do padrão de marcha do paciente com
    DP. Além disso, desenvolveu um aplicativo com EAR para o treino de marcha (App
    ParkinSONS). O aplicativo possui menu de músicas brasileiras e metrônomo, dispondo de
    interface opcional via Bluetooth® para importação de parâmetros espaço-temporais da
    marcha do sistema de acelerometria. O objetivo central desta pesquisa foi desenvolver e
    avaliar a usabilidade de ambos os dispositivos. Como objetivo secundário, avaliar o efeito
    imediato da EAR fornecida pelo App ParkinSONS, optando-se por música associada a batidas
    do metrônomo, sobre os parâmetros espaço-temporais da marcha em amostra piloto de
    pacientes com DP leve a moderada. Para a etapa usabilidade, foi comparada a concordância
    entre o SisMAM com o sistema de avaliação humana no teste de caminhada de 10 metros em
    paciente com DP. Já para a usabilidade do ParkinSONS, aplicou-se o questionário MATcH
    (Measuring Usability of Touchscreen Phone Applications) com 15 fisioterapeutas e
    mensurou-se a satisfação do usuário com DP mediante escala analógica adequada e
    Questionário Semiestruturado de Satisfação e Sugestões com 12 pacientes. Para o teste clínico
    com o ParkinSONS, 15 pacientes com DP leve à moderada realizaram teste de caminhada de
    10 metros para medir parâmetros espaço-temporais da marcha em três momentos: 1-
    caminhada sem a EAR; 2- caminhada com a EAR; 3- caminhada após a retirada da
    estimulação. Para a estimulação foi considerado o incremento de + 10% da cadência basal. O
    estudo seguiu todos os preceitos éticos. Como principais desafios do SisMAM, destacamos:
    possibilidade de inovar com tecnologia sem fios; tornar a fixação dos eletrodos mais
    anatômica; conseguir uma maior velocidade na leitura e exportação de dados; investigar
    estratégias como fator de correção de erro ou calibração individual; garantir uma maior
    economia da bateria; baratear ainda mais o custo para produção em larga escala. Acreditamos
    que, no futuro, o uso do SisMAM possa possibilitar aos profissionais de saúde uma maneira
    objetiva e portátil de mensurar parâmetros espaço-temporais da marcha na DP com custo

    acessível. Apesar disso, trata-se de um protótipo em que erros importantes de leitura de dados
    e na integração com o ParkinSONS foram detectados ainda na fase de usabilidade, sendo
    necessários novos ajustes antes de prosseguirmos com novos testes. Já o ParkinSONS, parece
    ser uma ferramenta prática, lúdica e promissora para o treino da marcha com EAR na DP.
    Como desafios, almejamos que seja capaz de se integrar com êxito ao SisMAM, dispor de
    interface com bibliotecas digitais de música e que seja disponível para uso em plataforma
    iOS.

3
  • JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO
  • ACURÁCIA DIAGNÓSTICA DE ÍNDICES CEFÁLICOS PARA INVAGINAÇÃO

    BASILAR

  • Orientador : PAULA REJANE BESERRA DINIZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EULAMPIO JOSE DA SILVA NETO
  • LAECIO LEITAO BATISTA
  • MAURUS MARQUES DE ALMEIDA HOLANDA
  • RAFAEL DANYLLO DA SILVA MIGUEL
  • ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
  • Data: 02/09/2021

  • Mostrar Resumo
  • A invaginação basilar tipo B é uma alteração da junção craniovertebral
    caracterizada por hipoplasia e deslocamento superior do contorno ósseo do forame
    magno. Historicamente, ela tem sido relatada no Nordeste brasileiro e frequentemente
    associada a pessoas braquicefálicas e de pescoço curto. O objetivo do presente
    estudo foi analisar o poder diagnóstico de três índices cefálicos para a IB tipo B e suas
    correlações com medidas da junção craniovertebral. Este foi um estudo retrospectivo
    do tipo caso-controle. Foram utilizados exames de ressonância magnética
    provenientes de 31 pacientes com invaginação basilar tipo B e 96 controles. A
    projeção cefálica do ápice do dente do áxis acima do nível do óbex foi usada para
    definir a positividade de invaginação basilar. Essa leitura foi feita de forma
    independente por dois neuroradiologistas. Outros dois examinadores mensuraram,
    também de forma independente, os testes cefálicos (índice largura comprimento;
    índice altura largura; e o índice craniano total) e os parâmetros da junção
    craniovertebral (ângulo do forame magno; linha de Chamberlain; e ângulo clivocanal).
    A confiabilidade intra e interexaminador dos índices cefálicos variou entre 94% e 96%
    (P<0,05). As áreas sob a curva ROC evidenciaram que o poder diagnóstico do índice
    altura largura foi maior (0,874) em relação ao índice craniano total (0,846) e índice
    largura comprimento (0,639) (P<0,05). Os seguintes critérios de corte foram
    observados: índice largura comprimento ≥ 86 (sensibilidade: 53,3%; especificidade:
    66,7%); índice altura largura ≤ 58 (sensibilidade: 74,7%; especificidade: 85,5%); e
    índice craniano total ≥ 28 (sensibilidade: 77%; especificidade: 80,4%). As correlações
    mostraram que o fenômeno da invaginação basilar estava significativamente
    relacionado à redução da altura craniana, aumento da largura, e redução do
    comprimento (P<0,05). Em conclusão, os resultados mostraram evidências de que os
    índices cefálicos podem ajudar na investigação da invaginação basilar tipo B. O índice
    altura largura apresentou o maior poder diagnóstico, acima de 87%. Esses dados
    corroboram as postuladas relações entre o fenômeno da invaginação basilar e as
    alterações nas dimensões cranianas.


  • Mostrar Abstract
  • ntrodução: A invaginação basilar (IB) tipo B é uma alteração da junção
    craniovertebral (JCV) que se caracteriza por hipoplasia e deslocamento
    superior do contorno ósseo do forame magno, tal alteração primária cursa com
    mudança conformacional da coluna cervical. Historicamente, ela tem sido muito
    relatada no Nordeste do Brasil e é frequentemente verificada em pessoas
    braquicefálicas e de pescoço curto. Desde a primeira descrição em meados do
    século XIX, diversos estudos têm sido desenvolvidos a fim de aperfeiçoar a sua
    avaliação diagnóstica, bem como compreender as alterações anatômicas que
    ocorrem na base craniana desses pacientes. Diversos parâmetros
    craniométricos foram descritos, como a linha de Chamberlain e os ângulos
    clivocanal e de Boogaard, inseridos no contexto de avaliação radiológica. O
    objetivo do presente estudo será analisar a acurácia diagnóstica de três índices
    cefálicos para a IB tipo B e suas correlações com medidas da JCV. Além disso,
    descrevemos o ângulo do forame magno como novo parâmetro para avaliar a
    inclinação e deformação desse forame em visão sagital. Exames retrospectivos
    de ressonância magnética (RM) provenientes de 31 pacientes com IB tipo B e
    96 controles, realizados em uma clínica privada de radiologia localizada no
    Sertão da Paraíba, foram recrutados. Os resultados apontaram que o índice
    altura/largura (IAL) apresentou o melhor a maior área sob a curva ROC, acima
    de 90%, e consequentemente, melhor acurácia diagnóstica. As correlações
    mostraram que as medidas da JCV apresentaram correlação significante com
    os índices cefálicos, o que sugere interligação entre o fenômeno de alteração
    da JCV na IB com alterações de proporções do neurocrânio, que corrobora a
    utilização do IAL na investigação de IB tipo B, com potencial de aplicação na
    fase pré-radiológica.

4
  • CATARINA MAGALHAES PORTO
  • EFEITOS DA VITAMINA D SOBRE FATORES DE RISCO
    CARDIOVASCULARES, SINTOMAS DEPRESSIVOS E RISCO DE SUICÍDIO

  • Orientador : EVERTON BOTELHO SOUGEY
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SANDRA LOPES DE SOUZA
  • EVERTON BOTELHO SOUGEY
  • TATIANA DE PAULA SANTANA DA SILVA
  • ANDREA BEZERRA DE MELO DA SILVEIRA LORDSLEEM
  • RITA DE CÁSSIA HOFFMANN LEÃO
  • Data: 17/11/2021

  • Mostrar Resumo
  • A depressão, tem sido apontada como a principal causa de incapacidade crônica
    em todo o mundo, compreende um importante fator de risco cardiovascular,
    aumentando o risco relativo de doença arterial coronariana e morbidade e
    mortalidade cardiovascular. Concomitante à maior prevalência de depressão, há
    também uma redução na exposição solar, com o aumento da urbanização e
    industrialização e o uso de protetores solares, levando à diminuição dos níveis
    séricos de 25-hidroxivitamina D. Nesse sentido, este é o primeiro ensaio para
    testar o efeito da suplementação de vitamina D na melhora dos fatores de risco
    cardiovascular, redução dos sintomas depressivos, como adjuvante à terapia
    antidepressiva por um longo período (seis meses), associado à, aumentando a
    evidência sobre a ação neuroprotetora vitamínica em situações relacionadas à
    regulação do humor. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado,
    duplo-cego, controlado por placebo, construído de acordo com o SPIRIT,
    envolvendo 224 adultos com idade entre 18 e 61 anos com depressão em
    tratamento com antidepressivos. Os participantes elegíveis foram aleatoriamente
    designados para os grupos de intervenção (n = 112) que receberão
    suplementação de vitamina D, 50.000 UI por semana durante seis meses e
    controle (n = 112) que usarão placebo semanalmente por seis meses. As
    medidas para monitorar sintomas depressivos, risco de suicídio, exames clínicos
    e exames laboratoriais para avaliar fatores de risco cardiovascular e níveis
    séricos de vitamina D foram mensurados na linha de base e após 180 dias.
    Resultados: A suplementação aumentou a concentração média de vitamina D
    para um nível fisiológico geralmente aceito. É importante ressaltar que a
    exposição à vitamina D diminuiu os sintomas depressivos (p=0,001) e o risco de
    suicídio (p=0,001). Além disso a suplementação foi capaz de normalizar e/ou
    reduzir onze dos doze fatores de risco cardiovasculares (clínicos e laboratoriais)
    analisados, sem que houvessem eventos adversos relacionados aos níveis de
    cálcio iônico e efeitos colaterais de risco cardiovascular para os pacientes do
    grupo de intervenção. Conclusão: O estudo demonstrou que a ingestão semanal
    de 50.000 UI de vitamina D por seis meses foi efetiva e promissora entre os
    pacientes depressivos ao reduzir o estresse oxidativo e melhorar o perfil
    metabólico contribuindo no controle sintomatológico da depressão além de ser
    efetivo sobre o risco cardiovascular.


  • Mostrar Abstract
  • A depressão, tem sido apontada como a principal causa de incapacidade crônica
    em todo o mundo, compreende um importante fator de risco cardiovascular,
    aumentando o risco relativo de doença arterial coronariana e morbidade e
    mortalidade cardiovascular. Concomitante à maior prevalência de depressão, há
    também uma redução na exposição solar, com o aumento da urbanização e
    industrialização e o uso de protetores solares, levando à diminuição dos níveis
    séricos de 25-hidroxivitamina D. Nesse sentido, este é o primeiro ensaio para
    testar o efeito da suplementação de vitamina D na melhora dos fatores de risco
    cardiovascular, redução dos sintomas depressivos, como adjuvante à terapia
    antidepressiva por um longo período (seis meses), associado à, aumentando a
    evidência sobre a ação neuroprotetora vitamínica em situações relacionadas à
    regulação do humor. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico randomizado,
    duplo-cego, controlado por placebo, construído de acordo com o SPIRIT,
    envolvendo 224 adultos com idade entre 18 e 61 anos com depressão em
    tratamento com antidepressivos. Os participantes elegíveis foram aleatoriamente
    designados para os grupos de intervenção (n = 112) que receberão
    suplementação de vitamina D, 50.000 UI por semana durante seis meses e
    controle (n = 112) que usarão placebo semanalmente por seis meses. As
    medidas para monitorar sintomas depressivos, risco de suicídio, exames clínicos
    e exames laboratoriais para avaliar fatores de risco cardiovascular e níveis
    séricos de vitamina D foram mensurados na linha de base e após 180 dias.
    Resultados: A suplementação aumentou a concentração média de vitamina D
    para um nível fisiológico geralmente aceito. É importante ressaltar que a
    exposição à vitamina D diminuiu os sintomas depressivos (p=0,001) e o risco de
    suicídio (p=0,001). Além disso a suplementação foi capaz de normalizar e/ou
    reduzir onze dos doze fatores de risco cardiovasculares (clínicos e laboratoriais)
    analisados, sem que houvessem eventos adversos relacionados aos níveis de
    cálcio iônico e efeitos colaterais de risco cardiovascular para os pacientes do
    grupo de intervenção. Conclusão: O estudo demonstrou que a ingestão semanal
    de 50.000 UI de vitamina D por seis meses foi efetiva e promissora entre os
    pacientes depressivos ao reduzir o estresse oxidativo e melhorar o perfil
    metabólico contribuindo no controle sintomatológico da depressão além de ser
    efetivo sobre o risco cardiovascular.

5
  • LIVIA SHIRAHIGE GOMES DO NASCIMENTO
  • neuromodulação guiada por analise de biomarcadores corticais em pacientes com doença de parkinson

  • Orientador : KATIA KARINA DO MONTE SILVA MACHADO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLYNTON LOURENÇO CORRÊA
  • ANDRÉ RICARDO OLIVEIRA DA FONSECA
  • ADRIANA CARLA COSTA RIBEIRO CLEMENTINO
  • ERIKA DE CARVALHO RODRIGUES
  • KATIA KARINA DO MONTE SILVA MACHADO
  • Data: 20/12/2021

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  • A Doença de Parkinson (DP) é uma afecção lenta crônica e
    degenerativa decorrente da redução da eficácia sináptica dopaminérgica na via
    negroestriatal, resultante da morte neuronal da substância negra cerebral, com
    consequentes desordens do movimento. A DP é considerada a segunda
    doença neurodegenerativa mais prevalente entre idosos, com ocorrência
    estimada de 1 a 2 casos por 1.000 habitantes e pode ser caracterizada pelos
    seguintes sinais principais: bradicinesia, tremor de repouso e rigidez. Entender
    o padrão eletrofisiológico de atividade cerebral encontrado em cada subtipo da
    DP pode ser fundamental para indicação de intervenções terapêuticas mais
    eficazes para esta população. Uma compreensão mais aprofundada da
    atividade elétrica cortical em indivíduos com DP que pode estar diretamente
    ligada ao prognóstico e às características da doença pode ser relevante, por
    exemplo, para guiar os profissionais da saúde quanto ao uso terapêutico das
    estimulações cerebrais não invasivas (ECNIs) nesta população. As ECNIs são
    técnicas seguras e de fácil aplicação, já estudadas para a população de DP em
    muitos estudos e os seus efeitos são dependentes de alguns fatores como:
    polaridade da corrente, padrão de estimulação, local de aplicação, intensidade
    e frequência de estimulação. Dentre as ECNIs, a estimulação magnética
    transcraniana repetitiva (rTMS) é a única que possui grau de recomendação
    para controle de sintomas da DP. Dessa forma, o estudo se propõe a avaliar a
    influência de fatores relacionados ou não à doença na atividade elétrica cortical
    em sujeitos com DP e compará-los aos indivíduos saudáveis, além de avaliar
    os efeitos de um protocolo de rTMS associado à fisioterapia nos sintomas
    motores e não motores de indivíduos com DP. Para a elaboração da seguinte
    tese, foram realizados dois estudos: (i) uma revisão sistemática que teve como
    hipótese principal que a avaliação elétrica cortical por eletroencefalografia
    quantitativa pode ser uma ferramenta capaz de detectar biomarcadores
    corticais sensório-motores em pacientes com DP e o segundo estudo com duas
    fases: (ii) um estudo transversal cuja hipótese foi que a atividade elétrica
    cortical de pacientes com DP é diferente da de indivíduos saudáveis e que os
    fenótipos da DP estão associados com a atividade elétrica cortical destes
    pacientes e (iii) um ensaio clínico, cuja hipótese foi que pacientes com
    fenótipos distintos respondem de maneira diferente à estimulação magnética
    transcraniana repetitiva (rTMS). Os pacientes PIGD beneficiam-se mais da
    estimulação sobre o córtex motor primário, quando comparados aos pacientes
    TD. A partir dos resultados encontrados na seguinte tese, foi observado que a
    desaceleração das ondas corticais avaliadas por EEG quantitativo pode ser um
    fenômeno fisiológico mais comumente avaliado na doença de Parkinon.
    Também pode-se inferir que o aumento da excitabilidade cortical pode ser uma
    característica fisiológica dependente do fenótipo dos pacientes, mais
    especificamente uma característica apenas para pacientes com classificação
    fenotípica tremor-dominante. Por fim, foi indicado que a estimulação magnética
    transcraniana repetitiva de alta frequência, quando associada à cinesioterapia,
    pode ser mais benéfica para os indivíduos com DP, quando comparados à
    estimulação de baixa frequência ou à cinesioterapia, isoladamente.


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  • neuromodulação guiada por analise de biomarcadores corticais em pacientes com doença de parkinson

2020
Dissertações
1
  • CAROLINA MACIEL FIAMONCINI
  • Vivências estressoras, violência auto infligida e comportamento suicida em universitários

  • Orientador : MURILO DUARTE DA COSTA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EVERTON BOTELHO SOUGEY
  • MARILIA SUZI PEREIRA DOS SANTOS
  • TATIANA DE PAULA SANTANA DA SILVA
  • Data: 24/04/2020

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  • Vivências estressoras, violência auto infligida e comportamento suicida em universitários


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  • Vivências estressoras, violência auto infligida e comportamento suicida em universitários

Teses
1
  • GLAUBER RUDÁ FEITOZA BRAZ
  • AVALIAÇÃO CENTRAL E PERIFÉRICA DA BIOENERGÉTICA
    MITOCONDRIAL, ESTADO REDOX E EXPRESSÃO DE MODULADORES
    DO BALANÇO ENERGÉTICO CORPORAL EM RATOS SUPERNUTRIDOS TRATADOS COM FLUOXETINA

  • Orientador : CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLAUDIA JACQUES LAGRANHA
  • DAYANE APARECIDA GOMES
  • ISABELI LINS PINHEIRO
  • MARIANA PINHEIRO FERNANDES
  • DIORGINIS JOSE SOARES FERREIRA
  • Data: 13/02/2020

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  • A obesidade infantil atingiu proporções epidêmicas em todo o mundo e
    como consequência, várias disfunções metabólicas estão associadas a tal
    condição. A serotonina desempenha funções diversificadas no organismo, entre
    elas a de regulação do balanço energético corporal especialmente no sistema
    nervoso central (SNC) onde atua na integração de sinais centrais e periféricos
    relacionados à fome e saciedade. Metabolicamente importante, a função
    mitocondrial relacionada à produção de energia representa um ponto-chave no
    balanço energético, principalmente em condições de desequilíbrio metabólico
    característico do sobrepeso/obesidade. Entretanto, uma compreensão mais
    integrativa da relação entre o sistema serotoninérgico e a função mitocondrial
    associados ao balanço energético ainda se faz necessário. Assim, o presente
    trabalho objetivou investigar os efeitos da administração crônica com fluoxetina
    sobre a bioenergética mitocondrial, balanço oxidativo e moduladores do balanço
    energético corporal no hipotálamo e tecidos adiposos branco e marrom de ratos
    jovens supernutridos durante a lactação, por redução de ninhada. Para tal, ratos
    Wistar machos foram divididos ao 3o dia de vida em dois grupos: Normonutrido
    (n=9, por ninhada) e Supernutrido (n=3, por ninhada), n total = 27 por grupo. Aos
    39 dias de vida, os grupos foram subdivididos conforme a administração de
    solução salina (NaCl, 0,9%) ou Fluoxetina (10mg/kg). Aos 60 dias de vida, foi
    avaliado o consumo de oxigênio mitocondrial, a produção de espécies reativas
    mitocondriais, biomarcadores de peroxidação lipídica e oxidação proteica,
    estado REDOX, Oxy-score e expressão de moduladores do balanço energético
    corporal no hipotálamo e tecidos adiposos. Observamos que ratos supernutridos
    apresentaram prejuízo na capacidade respiratória mitocondrial, com maior
    produção de espécies reativas e reduzido balanço REDOX, tanto no hipotálamo
    quanto no tecido adiposo marrom (TAM). A fluoxetina foi capaz de reverter a
    disfunção mitocondrial e estresse oxidativo, observada em animais
    supernutridos, em ambos os tecidos, mas não em animais normonutridos. Em
    relação ao perfil molecular, ratos supernutridos apresentaram aumento na
    expressão de leptina no tecido adiposo branco (TAB) e diminuição no tecido
    adiposo marrom (TAM), porém nenhuma alteração significativa nas análises
    hipotalâmicas. Entretanto, a administração com fluoxetina em ratos

    supernutridos foi capaz de induzir aumento da expressão gênica da proteína
    desacopladora mitocondrial (UCP) 2 no hipotálamo, assim como de moduladores
    do processo de diferenciação do tecido adiposo branco em marrom (browning)
    e de biogênese mitocondrial no hipotálamo. Portanto, de maneira geral nossos
    resultados sugerem que a administração crônica com fluoxetina em ratos
    supernutridos está associada a uma melhor capacidade funcional das
    mitocôndrias e um melhor balanço oxidativo, bem como uma adaptação
    molecular que favorece o dispêndio energético e a biogênese mitocondrial,
    regulando de maneira positiva o balanço energético corporal, do ponto de vista
    de eficiência mitocondrial energética, em ratos supernutridos.


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  • AVALIAÇÃO CENTRAL E PERIFERICA DA BIOENERGETICA MITOCONDRIAL E EXPRESSÃO DE MODULADORES DO BALANÇO ENERGETICO CORPORAL EM RATOS SUPERNUTRIDOS TRATADOS COM FLUOXETINA

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