Banca de DEFESA: ANA LUCIA CRISPIM DE FARIAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA LUCIA CRISPIM DE FARIAS
DATA : 05/04/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Posneuro
TÍTULO:

VIVÊNCIAS ADVERSAS NA INFÂNCIA RELACIONADAS AO PADRÃO DE CONSUMO DE ÁLCOOL ENTRE UNIVERSITÁRIOS


PALAVRAS-CHAVES:

experiências adversas na infância; consumo de álcool; origem desenvolvimentista da saúde e da doença; universitários.


PÁGINAS: 59
RESUMO:

As experiências adversas na infância, como exposição a abuso, negligência, ambiente familiar
disfuncional e violência externa, podem ser um fator predisponente para o consumo de álcool
na idade adulta. A concepção do estudo foi baseada na Teoria da Origem Desenvolvimentista
da Saúde e da Doença (DOHaD) e teve como objetivo analisar as vivências adversas na infância
relacionadas ao padrão de consumo de álcool entre universitários. Tratou-se de um estudo
observacional, transversal, analítico, com abordagem quantitativa, realizado com 337
universitários do primeiro ao quarto ano do curso de medicina da Universidade Federal de
Pernambuco no intervalo de junho a agosto de 2023, através da aplicação do Adverse Childhood
Experiences - International Questionnaire (ACE-IQ) e do Alcohol Use Disorders Identification
Test (AUDIT). Os dados foram analisados por estatística descritiva e inferencial e o nível de
significância utilizado nas decisões dos testes estatísticos foi de 5%. Os resultados mostraram
uma predominância de universitários do sexo masculino (52,2%), na faixa etária de 22 a 24
anos (47,2%) e do primeiro ano do curso de medicina (32,9%). A análise do ACE-IQ evidenciou
306 (90,8%) universitários com múltiplas adversidades na infância, com predomínio de
violência doméstica (70,3%), abuso emocional (68,0%), assédio moral (66,8%), violência
comunitária (56,1%), abuso físico (48,4%) e separação dos pais por divórcio ou morte (37,1%).
O percentual de mulheres que sofreram violência sexual foi maior em comparação aos homens.
No enquanto, eles apresentaram uma maior frequência de negligência física por um dos pais,
convivência com membro da família acometido por doença mental grave, convívio com
familiar com transtorno por uso de substância, exposição a assédio moral pelos pares e de
violência comunitária. A análise do AUDIT evidenciou que, do total de universitários, 251
(74,5%) consumiam bebidas alcóolicas, 69 (20,5%) relataram consumo pesado de álcool, 37
(11%) binge drinking pelo menos uma vez por mês, além de 271 (80,4%) com uso de baixo
risco de consumo de álcool. Em comparação às mulheres, os homens apresentaram um padrão
de uso de risco mais elevado. Experiências adversas na infância foram associadas ao aumento
do consumo de álcool entre os universitários. Além disso, houve associação entre exposição a
negligência emocional, separação dos pais e abuso físico com consumo pesado de álcool. Os
dados apontam a necessidade de investigar as vivências adversas na infância, de forma rotineira
e precoce, a fim de intervir para mitigar os danos neuropsiquiátricos e o adoecimento mental
decorrentes do consumo de álcool.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1899454 - DAYANE APARECIDA GOMES
Externa à Instituição - FELICIALLE PEREIRA DA SILVA
Presidente - 1461329 - SANDRA LOPES DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 04/04/2024 09:55
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