Banca de DEFESA: MARIA DE FÁTIMA RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DE FÁTIMA RODRIGUES
DATA : 30/01/2023
HORA: 13:00
LOCAL: Sessão online
TÍTULO:

EFEITO GASTROPROTETOR, ANTIULCEROGÊNICO E ANTI-INFLAMATÓRIO INTESTINAL DO ÓLEO DA POLPA DE Mauritia flexuosa L.f (Arecaceae).


PALAVRAS-CHAVES:

Buriti, ácidos graxos, ulcera péptica, colite ulcerativa.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

Mauritia flexuosa L.f (Arecaceae), palmeira nativa da América do Sul, conhecida popularmente como buriti. Seus frutos são ricos em fibras, óleos, proteínas e vitaminas A, B, C e E, constituindo uma rica fonte de compostos bioativos e antioxidantes, com alto potencial econômico, cultural e farmacêutico. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade gastroprotetora, antiulcerogênica e o potencial anti-inflamatório intestinal do óleo da polpa dos frutos de M. flexuosa. As propriedades físico-químicas do óleo de buriti foram analisadas, assim como, o perfil de ácidos graxos. Para a realização das atividades gastroprotetoras, foram utilizados os modelos de úlcera induzida por etanol, etanol/HCl, piroxicam e ácido acético. Os mecanismos de ação foram avaliados através da participação dos grupamentos sulfidrila, óxido nítrico, prostaglandinas, da quantificação de muco e secreção gástrica, além do estresse oxidativo. Na análise das propriedades físico-químicas, todos os parâmetros estavam dentro dos valores de referência garantindo a qualidade do óleo. No perfil de ácidos graxos, os compostos majoritários obtidos foram o ácido oleico (77,17%) e o ácido palmítico (17,06%). Na úlcera induzida por etanol, os percentuais de gastroproteção foram de 52, 72 e 72%, respectivamente nas doses de 6,25, 12,5 e 25 mg/kg de óleo de buriti, enquanto o lansoprazol apresentou 75%. No teste de barreira física, a via de administração intraperitoneal, apresentou maior percentual de gastroproteção (78%). Nos modelos do Etanol/HCl e do piroxicam, o óleo de buriti e o lansoprazol apresentaram percentuais de gastroproteção de 69,16 e 52,25% e de 73,3 e 61,06%, respectivamente, quando comparados com o grupo controle lesionado. Na secreção gástrica, o óleo de buriti aumentou o conteúdo gástrico sem alterar o pH ou a quantidade de muco aderido à mucosa. O óleo de buriti não foi dependente de prostaglandinas, mas dependeu parcialmente de grupamentos sulfidrílicos e do óxido nítrico. No estresse oxidativo, o óleo do buriti reduziu os níveis de TBARS e manteve os níveis de glutationa. No modelo de ácido acético, o óleo de buriti e a ranitidina apresentaram percentual de gastroproteção de 50% e 33%, respectivamente. Nas análises histológicas e morfométricas, foi possível observar que o óleo de M. flexuosa não induziu a epitelização da úlcera, porém estimulou a formação de novas glândulas gástricas na mucosa de base, apesar da presença de células inflamatórias. Nos modelos agudos e crônicos da colite ulcerativa, o óleo de M. flexuosa (50 e 100 mg/kg) conseguiu reduzir a perda de peso dos animais, também preservou o tamanho do cólon, inibiu a diarreia e melhorou o índice de atividade da doença (IAD) nas doses utilizadas. Em conclusão, esses resultados indicam que o óleo de M. flexuosa foi eficaz no tratamento de úlceras gástricas e da inflamação intestinal.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1134040 - MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
Externo ao Programa - 3091525 - PAULO ANTONIO GALINDO SOARES - nullPresidente - 2726820 - RAFAEL MATOS XIMENES
Externo ao Programa - 1301158 - RENE DUARTE MARTINS - nullExterna à Instituição - ROBERTA JEANE BEZERRA JORGE - UFC
Notícia cadastrada em: 26/01/2023 14:22
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