Dissertações/Teses

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2024
Teses
1
  • JORGE LUIS BANDEIRA DA SILVA FILHO
  • ANÁLISE DA METILAÇÃO DE DNAS EM ACESSOS DE MANDIOCA (Manihot esculenta C.) SUBMETIDOS AO DEFICIT
    HÍDRICO
     
     
  • Orientador : EDERSON AKIO KIDO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO FÉLIX DA COSTA
  • EDERSON AKIO KIDO
  • FLAVIA FIGUEIRA ABURJAILE
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • WILSON JOSÉ DA SILVA JÚNIOR
  • Data: 27/02/2024

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  • A metilação do DNA desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e nas respostas das plantas a vários estresses chamando a atenção de melhoristas sobre este tema. Este trabalho teve como objetivo
    avaliar a dinâmica da metilação do DNA em genótipos de mandioca contrastantes para tolerância ao déficit hídrico. As variedades BRS Formosa (mais tolerante à seca) e BRS Dourada (menos tolerante à seca) foram
    cultivadas em casa de vegetação por 50 dias, e após isso, foi suspensa a irrigação. Os tratamentos consistiram de plantas não estressadas (controle negativo) e plantas estressadas (déficit hídrico) e três repetições. As amostras de DNA de cada variedade e tratamento foram usadas para gerar 12 bibliotecas (duas variedades de mandioca, dois tratamentos, e três réplicas) e submetidos a análise MethylRAD-Seq. Os dados sequenciados revelaram sítios metilados cobrindo 18 a 21% do genoma de M. esculenta, dependendo da variedade e tratamento. Os sítios metilados CCGG foram mapeados principalmente em regiões intergênicas, éxons e íntrons, enquanto os sítios CCNGG foram mapeados principalmente intergênicos, upstream, íntrons, e regiões de éxons, permanecendo menos detectados nas regiões UTR. Em ambos os casos, os sítios metilados nas UTRs foram menos detectados. A análise dos sítios diferencialmente metilados indicou que as variedades apresentaram perfis de metilação distintos, pois apenas 12% dos sítios (CCGG e CCNGG) foram metilados em ambas as variedades. Termos enriquecidos de ontologia gênica indicaram a resposta imediata da variedade tolerante à seca ao estresse, enquanto a variedade sensível parece sofrer mais danos potenciais do estresse. As redes de interação proteína-proteína previstas reforçaram tais perfis. Além disso, os genomas das duas variedades revelaram eventos SNPs/INDELs cobrindo genes destacados pelas redes de interação de proteínas. Desta forma, estes dados podem ser úteis em decifrar os papéis da metilação do DNA nas respostas de tolerância à seca da mandioca e na adaptação a estresses abióticos.

     
     

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2023
Teses
1
  • MARIA DE FÁTIMA RODRIGUES
  • POTENCIAL DE USO DO ÓLEO DA POLPA DE Mauritia flexuosa L.f (Arecaceae) COMO ALIMENTO FUNCIONAL: AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES GASTROPROTETORA, ANTIULCEROGÊNICA E ANTI-INFLAMATÓRIA INTESTINAL

  • Orientador : RAFAEL MATOS XIMENES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL MATOS XIMENES
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
  • RENE DUARTE MARTINS
  • ROBERTA JEANE BEZERRA JORGE
  • Data: 30/01/2023

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  • Mauritia flexuosa L.f (Arecaceae), palmeira nativa da América do Sul, conhecida popularmente como buriti. Seus frutos são ricos em fibras, óleos, proteínas e vitaminas A, B, C e E, constituindo uma rica fonte de compostos bioativos e antioxidantes, com alto potencial econômico, cultural e farmacêutico. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade gastroprotetora, antiulcerogênica e o potencial anti-inflamatório intestinal do óleo da polpa dos frutos de M. flexuosa. As propriedades físico-químicas do óleo de buriti foram analisadas, assim como, o perfil de ácidos graxos. Para a realização das atividades gastroprotetoras, foram utilizados os modelos de úlcera induzida por etanol, etanol/HCl, piroxicam e ácido acético. Os mecanismos de ação foram avaliados através da participação dos grupamentos sulfidrila, óxido nítrico, prostaglandinas, da quantificação de muco e secreção gástrica, além do estresse oxidativo. Na análise das propriedades físico-químicas, todos os parâmetros estavam dentro dos valores de referência garantindo a qualidade do óleo. No perfil de ácidos graxos, os compostos majoritários obtidos foram o ácido oleico (77,17%) e o ácido palmítico (17,06%). Na úlcera induzida por etanol, os percentuais de gastroproteção foram de 52, 72 e 72%, respectivamente nas doses de 6,25, 12,5 e 25 mg/kg de óleo de buriti, enquanto o lansoprazol apresentou 75%. No teste de barreira física, a via de administração intraperitoneal, apresentou maior percentual de gastroproteção (78%). Nos modelos do Etanol/HCl e do piroxicam, o óleo de buriti e o lansoprazol apresentaram percentuais de gastroproteção de 69,16 e 52,25% e de 73,3 e 61,06%, respectivamente, quando comparados com o grupo controle lesionado. Na secreção gástrica, o óleo de buriti aumentou o conteúdo gástrico sem alterar o pH ou a quantidade de muco aderido à mucosa. O óleo de buriti não foi dependente de prostaglandinas, mas dependeu parcialmente de grupamentos sulfidrílicos e do óxido nítrico. No estresse oxidativo, o óleo do buriti reduziu os níveis de TBARS e manteve os níveis de glutationa. No modelo de ácido acético, o óleo de buriti e a ranitidina apresentaram percentual de gastroproteção de 50% e 33%, respectivamente. Nas análises histológicas e morfométricas, foi possível observar que o óleo de M. flexuosa não induziu a epitelização da úlcera, porém estimulou a formação de novas glândulas gástricas na mucosa de base, apesar da presença de células inflamatórias. Nos modelos agudos e crônicos da colite ulcerativa, o óleo de M. flexuosa (50 e 100 mg/kg) conseguiu reduzir a perda de peso dos animais, também preservou o tamanho do cólon, inibiu a diarreia e melhorou o índice de atividade da doença (IAD) nas doses utilizadas. Em conclusão, esses resultados indicam que o óleo de M. flexuosa foi eficaz no tratamento de úlceras gástricas e da inflamação intestinal.


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  • Mauritia flexuosa L.f (Arecaceae), palmeira nativa da América do Sul, conhecida popularmente como buriti. Seus frutos são ricos em fibras, óleos, proteínas e vitaminas A, B, C e E, constituindo uma rica fonte de compostos bioativos e antioxidantes, com alto potencial econômico, cultural e farmacêutico. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade gastroprotetora, antiulcerogênica e o potencial anti-inflamatório intestinal do óleo da polpa dos frutos de M. flexuosa. As propriedades físico-químicas do óleo de buriti foram analisadas, assim como, o perfil de ácidos graxos. Para a realização das atividades gastroprotetoras, foram utilizados os modelos de úlcera induzida por etanol, etanol/HCl, piroxicam e ácido acético. Os mecanismos de ação foram avaliados através da participação dos grupamentos sulfidrila, óxido nítrico, prostaglandinas, da quantificação de muco e secreção gástrica, além do estresse oxidativo. Na análise das propriedades físico-químicas, todos os parâmetros estavam dentro dos valores de referência garantindo a qualidade do óleo. No perfil de ácidos graxos, os compostos majoritários obtidos foram o ácido oleico (77,17%) e o ácido palmítico (17,06%). Na úlcera induzida por etanol, os percentuais de gastroproteção foram de 52, 72 e 72%, respectivamente nas doses de 6,25, 12,5 e 25 mg/kg de óleo de buriti, enquanto o lansoprazol apresentou 75%. No teste de barreira física, a via de administração intraperitoneal, apresentou maior percentual de gastroproteção (78%). Nos modelos do Etanol/HCl e do piroxicam, o óleo de buriti e o lansoprazol apresentaram percentuais de gastroproteção de 69,16 e 52,25% e de 73,3 e 61,06%, respectivamente, quando comparados com o grupo controle lesionado. Na secreção gástrica, o óleo de buriti aumentou o conteúdo gástrico sem alterar o pH ou a quantidade de muco aderido à mucosa. O óleo de buriti não foi dependente de prostaglandinas, mas dependeu parcialmente de grupamentos sulfidrílicos e do óxido nítrico. No estresse oxidativo, o óleo do buriti reduziu os níveis de TBARS e manteve os níveis de glutationa. No modelo de ácido acético, o óleo de buriti e a ranitidina apresentaram percentual de gastroproteção de 50% e 33%, respectivamente. Nas análises histológicas e morfométricas, foi possível observar que o óleo de M. flexuosa não induziu a epitelização da úlcera, porém estimulou a formação de novas glândulas gástricas na mucosa de base, apesar da presença de células inflamatórias. Nos modelos agudos e crônicos da colite ulcerativa, o óleo de M. flexuosa (50 e 100 mg/kg) conseguiu reduzir a perda de peso dos animais, também preservou o tamanho do cólon, inibiu a diarreia e melhorou o índice de atividade da doença (IAD) nas doses utilizadas. Em conclusão, esses resultados indicam que o óleo de M. flexuosa foi eficaz no tratamento de úlceras gástricas e da inflamação intestinal.

2022
Teses
1
  • CYBELLE EMANUELE DA SILVA
  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA E CARACTERIZAÇÃO DE BIOMARCADORES EM FRAGMENTOS DE TECIDOS DE PACIENTES COM ESPOROTRICOSE POR ESPECTROMETRIA DE MASSAS

  • Orientador : REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MANOEL MARQUES EVANGELISTA DE OLIVEIRA
  • PAULO SERGIO RAMOS DE ARAUJO
  • REGINALDO GONCALVES DE LIMA NETO
  • REJANE PEREIRA NEVES
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 31/01/2022

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  • A esporotricose é uma micose ocasionada por implantação traumática, subaguda ou crônica, causada por fungos termodimórficos do complexo Sporothrix spp., possuindo distribuição mundial, especialmente em áreas tropicais e subtropicais. A rota clássica da infecção fúngica ocorre através da inoculação do fungo presente no solo e em plantas. No Brasil, este padrão epidemiológico clássico prevaleceu até o início da década de 1990, entretanto, nos últimos anos, surtos da doença foram registrados sendo relacionados ao contato com felinos contaminados através de arranhadura ou mordedura. Desde então, os casos registrados de esporotricose aumentaram em todo o país e dados comprovam que o estado de Pernambuco, em especial, a região metropolitana, vem sendo afetada por esta micose, a qual se tornou uma doença de notificação compulsória em PE (Portaria nº 279/2015). Diante disso, é de grande importância o diagnóstico no estágio inicial da doença para um rápido e correto tratamento dos pacientes. O teste padrão ouro para diagnosticar a esporotricose é a cultura fúngica, porém, este método tradicional limita-se em relação ao tempo de espera e restringi-se a observação de características fenotípicas, não permitindo a correta diferenciação dos fungos que causam a doença. Neste sentido, com objetivo de sobrepor as deficiências comentadas acima, o presente trabalho visa a utilização da espectrometria de massas MALDI/TOF MS, uma técnica molecular promissora de identificação das espécies que compõem complexo Sporothrix spp. Com caráter inovador, a metodologia aplicada envolveu um protocolo de desnaturação e digestão enzimática a partir de fragmentos de tecido dos pacientes com análise proteômica direta. Os resultados obtidos referem-se a biomarcadores proteicos do hospedeiro e do fungo e com as análises realizadas chegou-se ao resultado promissor que as amostras estavam contaminadas, muito provavelmente, com Sporothrix schenckii de acordo com a correlação de Pearson. Sugere-se quem tal abordagem poderá na prática clínica ser utilizada em conjunto com os métodos tradicionais existentes proporcionando maior robustez no diagnóstico da esporotricose. Em paralelo, realizou-se um estudo epidemiológico da esporotricose em Pernambuco com adição de dados de georreferenciamento. O cenário obtido demonstrou distribuição da esporotricose em diferentes municípios do estado, com alta concentração de casos na região metropolitana. Ao todo, 91,1% dos pacientes relataram contato prévio com gatos e destes 70,7% são do sexo feminino. Em relação ao nível de escolaridade,46% relataram a conclusão do ensino médio e apenas 2% não eram alfabetizados. A principal manifestação clínica foi a linfocutânea, ocorrendo em 67% dos pacientes e a principal linha de escolha para o tratamento foi o itraconazol em 95,4%.


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  • A esporotricose é uma micose ocasionada por implantação traumática, subaguda ou crônica, causada por fungos termodimórficos do complexo Sporothrix spp., possuindo distribuição mundial, especialmente em áreas tropicais e subtropicais. A rota clássica da infecção fúngica ocorre através da inoculação do fungo presente no solo e em plantas. No Brasil, este padrão epidemiológico clássico prevaleceu até o início da década de 1990, entretanto, nos últimos anos, surtos da doença foram registrados sendo relacionados ao contato com felinos contaminados através de arranhadura ou mordedura. Desde então, os casos registrados de esporotricose aumentaram em todo o país e dados comprovam que o estado de Pernambuco, em especial, a região metropolitana, vem sendo afetada por esta micose, a qual se tornou uma doença de notificação compulsória em PE (Portaria nº 279/2015). Diante disso, é de grande importância o diagnóstico no estágio inicial da doença para um rápido e correto tratamento dos pacientes. O teste padrão ouro para diagnosticar a esporotricose é a cultura fúngica, porém, este método tradicional limita-se em relação ao tempo de espera e restringi-se a observação de características fenotípicas, não permitindo a correta diferenciação dos fungos que causam a doença. Neste sentido, com objetivo de sobrepor as deficiências comentadas acima, o presente trabalho visa a utilização da espectrometria de massas MALDI/TOF MS, uma técnica molecular promissora de identificação das espécies que compõem complexo Sporothrix spp. Com caráter inovador, a metodologia aplicada envolveu um protocolo de desnaturação e digestão enzimática a partir de fragmentos de tecido dos pacientes com análise proteômica direta. Os resultados obtidos referem-se a biomarcadores proteicos do hospedeiro e do fungo e com as análises realizadas chegou-se ao resultado promissor que as amostras estavam contaminadas, muito provavelmente, com Sporothrix schenckii de acordo com a correlação de Pearson. Sugere-se quem tal abordagem poderá na prática clínica ser utilizada em conjunto com os métodos tradicionais existentes proporcionando maior robustez no diagnóstico da esporotricose. Em paralelo, realizou-se um estudo epidemiológico da esporotricose em Pernambuco com adição de dados de georreferenciamento. O cenário obtido demonstrou distribuição da esporotricose em diferentes municípios do estado, com alta concentração de casos na região metropolitana. Ao todo, 91,1% dos pacientes relataram contato prévio com gatos e destes 70,7% são do sexo feminino. Em relação ao nível de escolaridade,46% relataram a conclusão do ensino médio e apenas 2% não eram alfabetizados. A principal manifestação clínica foi a linfocutânea, ocorrendo em 67% dos pacientes e a principal linha de escolha para o tratamento foi o itraconazol em 95,4%.

2
  • HEIDI LACERDA ALVES DA CRUZ
  • POLIMORFISMOS E EXPRESSÃO DE GENES CODIFICANTES DAS PROTEÍNAS DO INFLAMASSOMA EM PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

  • Orientador : SERGIO CROVELLA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SERGIO CROVELLA
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • LUCAS ANDRE CAVALCANTI BRANDAO
  • NADJA MARIA JORGE ASANO
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • Data: 09/02/2022

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  • O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma das doenças autoimunes reumatológicas mais prevalentes na  população e acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva. Diversos órgãos e sistemas são alvos da doença, e altos graus de morbidade e até mesmo o desfecho fatal de alguns destes pacientes são possíveis consequências. Descobertas recentes fornecem evidências acerca do papel crítico do complexo molecular citoplasmático, conhecido como inflamassoma, na predisposição a doenças autoimunes. Polimorfismos de base única (SNP) em genes envolvidos com o inflamassoma têm sido associados a diversas doenças inflamatórias, mas suas relações com o LES ainda permanecem desconhecidas. O presente trabalho buscou investigar o papel da presença de polimorfismos em genes responsáveis pela resposta inflamatória e a sua relação com a predisposição ao desenvolvimento e gravidade do LES. Foram analisados 12 SNPs de 8 genes do inflamassoma
    (NLRP1, NLRP3, NLRC4, AIM2, CARD8, CASP1, IL-18 e IL1B) em 132 pacientes lúpicos e em 154 controles saudáveis através de sonda fluorogênica Taqman. O perfil de expressão do RNAm destes genes foi avaliado através de cultura de monócitos entre os pacientes com LES e o grupo controle. Por fim, foi realizado um ensaio de ELISA para avaliar a concentração de IL-1β entre os grupos. Nossos resultados indicaram que o alelo G e o genótipo G/G do gene NLRP3 rs10754558 apresentou-se mais frequente entre o grupo controle em comparação com pacientes com LES (odds ratio [OR]: 0,669, p = 0.023 e OR: 0,369, p = 0,011, respectivamente). O referido SNP esteve relacionado com a nefrite lúpica, uma importante causa de morbidade e mortalidade nos pacientes com LES (alelo: OR=0,392, p=0,001; e genótipo: OR=0,217, p=0,04). O gene IL-18 esteve associados a alterações cutâneas (OR=4,65, p=9.49e-05), enquanto que o gene IL1B esteve associado à fotossensibilidade (OR=0,50, p=0,021). Em relação à expressão do mRNA, foi observado que os genes NLRP1, NLRC4, CASP1 e IL1B do inflamassoma apresentaram-se superexpressos nos pacientes com LES em comparação ao grupo controle. Em conclusão, nossos resultados indicam que a presença de variações genéticas no gene NLRP3 está associada a uma menor susceptibilidade ao LES, principalmente em relação ao desenvolvimento de nefrite nestes pacientes. Além disso, diferentes componentes do inflamassoma aparecem alterados na doença, resultando em uma maior ativação e produção de IL-1β, confirmando o papel crucial deste complexo molecular na patogênese do LES. Estes dados refletem a importância da identificação de outros fatores genéticos de risco que podem estar envolvidos na susceptibilidade a doenças inflamatórias a fim de se investigar mais profundamente a etiologia e as vias moleculares responsáveis pelas patologias autoimunes.


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  • O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma das doenças autoimunes reumatológicas mais prevalentes na  população e acomete principalmente mulheres em idade reprodutiva. Diversos órgãos e sistemas são alvos da doença, e altos graus de morbidade e até mesmo o desfecho fatal de alguns destes pacientes são possíveis consequências. Descobertas recentes fornecem evidências acerca do papel crítico do complexo molecular citoplasmático, conhecido como inflamassoma, na predisposição a doenças autoimunes. Polimorfismos de base única (SNP) em genes envolvidos com o inflamassoma têm sido associados a diversas doenças inflamatórias, mas suas relações com o LES ainda permanecem desconhecidas. O presente trabalho buscou investigar o papel da presença de polimorfismos em genes responsáveis pela resposta inflamatória e a sua relação com a predisposição ao desenvolvimento e gravidade do LES. Foram analisados 12 SNPs de 8 genes do inflamassoma
    (NLRP1, NLRP3, NLRC4, AIM2, CARD8, CASP1, IL-18 e IL1B) em 132 pacientes lúpicos e em 154 controles saudáveis através de sonda fluorogênica Taqman. O perfil de expressão do RNAm destes genes foi avaliado através de cultura de monócitos entre os pacientes com LES e o grupo controle. Por fim, foi realizado um ensaio de ELISA para avaliar a concentração de IL-1β entre os grupos. Nossos resultados indicaram que o alelo G e o genótipo G/G do gene NLRP3 rs10754558 apresentou-se mais frequente entre o grupo controle em comparação com pacientes com LES (odds ratio [OR]: 0,669, p = 0.023 e OR: 0,369, p = 0,011, respectivamente). O referido SNP esteve relacionado com a nefrite lúpica, uma importante causa de morbidade e mortalidade nos pacientes com LES (alelo: OR=0,392, p=0,001; e genótipo: OR=0,217, p=0,04). O gene IL-18 esteve associados a alterações cutâneas (OR=4,65, p=9.49e-05), enquanto que o gene IL1B esteve associado à fotossensibilidade (OR=0,50, p=0,021). Em relação à expressão do mRNA, foi observado que os genes NLRP1, NLRC4, CASP1 e IL1B do inflamassoma apresentaram-se superexpressos nos pacientes com LES em comparação ao grupo controle. Em conclusão, nossos resultados indicam que a presença de variações genéticas no gene NLRP3 está associada a uma menor susceptibilidade ao LES, principalmente em relação ao desenvolvimento de nefrite nestes pacientes. Além disso, diferentes componentes do inflamassoma aparecem alterados na doença, resultando em uma maior ativação e produção de IL-1β, confirmando o papel crucial deste complexo molecular na patogênese do LES. Estes dados refletem a importância da identificação de outros fatores genéticos de risco que podem estar envolvidos na susceptibilidade a doenças inflamatórias a fim de se investigar mais profundamente a etiologia e as vias moleculares responsáveis pelas patologias autoimunes.

3
  • ERIKA CRISTINA DE LIMA SOARES
  • DESENVOLVIMENTO DE TESTES DIAGNÓSTICOS PARA HEPATITE B BASEADOS EM IMUNOSSENSORES

  • Orientador : ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CAROLINA MATOS DA SILVA
  • LUYDSON RICHARDSON SILVA VASCONCELOS
  • MARIA DAS GRACAS CARNEIRO DA CUNHA
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • Data: 18/02/2022

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  • A infecção pelo vírus da Hepatite B (HBV) é considerada uma enfermidade de alta  morbimortalidade, apresentando diagnóstico complexo e quadro de persistência, fatores que  dificultam a detecção, terapêutica e cura. Relatos variados têm apontado os imunossensores  como importantes ferramentas de auxílio no diagnóstico de doenças, definido como um  dispositivo que converte respostas de eventos biológicos a partir da interação antígeno anticorpo em sinal elétrico. No presente estudo foram desenvolvidos biossensores para  detecção de anticorpos contra o nucleocapsídeo do HBV (Anti-HBc) mais perene apresentado  no diagnóstico da doença. Recentemente, o emprego de nanomateriais no desenvolvimento de  tais dispositivos tem despertado interesse devido às propriedades destes materiais.  Particularmente, os nanotubos de carbono (NTCs) têm oferecido aos imunossensores melhoria  na condutividade, aumento na velocidade de transferência de carga, aumento da área  eletródica com maior possibilidade de imobilização de biomoléculas. Nesta tese, foram  empregados o ácido hialurônico e o náfion como suporte para forte interação com os NTC  funcionalizados em eletrodos de carbono vítreo e de ouro fabricado sobre folha de acetato. Os  dispositivos foram caracterizados por técnicas de imagem (microscopia de força atômica) e  eletroquímicas (voltametrias de onda quadrada e cíclica), as quais demonstraram a  estabilidade da plataforma, imobilização eficaz e sensibilidade. O primeiro protótipo em  eletrodos de carbono vítreo modificado com filme de ácido hialurônico associado a nanotubos  funcionalizados apresentou resposta linear de 1 a 6ng/ml com limite de detcção de 0,03ng/ml.  No segundo protótipo com eletrodos impressos de ouro modificado com filme etanólico de  náfion associado a nanotubos funcionalizados, o imunossensor apresentou resposta linear de  0,5 até 2ng/ml, com limite de detecção de 0,15 ng/ml de anti-HBc. Os protótipos  desenvolvidos apresentam-se como potenciais para diagóstico da HBV.



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  • A infecção pelo vírus da Hepatite B (HBV) é considerada uma enfermidade de alta  morbimortalidade, apresentando diagnóstico complexo e quadro de persistência, fatores que  dificultam a detecção, terapêutica e cura. Relatos variados têm apontado os imunossensores  como importantes ferramentas de auxílio no diagnóstico de doenças, definido como um  dispositivo que converte respostas de eventos biológicos a partir da interação antígeno anticorpo em sinal elétrico. No presente estudo foram desenvolvidos biossensores para  detecção de anticorpos contra o nucleocapsídeo do HBV (Anti-HBc) mais perene apresentado  no diagnóstico da doença. Recentemente, o emprego de nanomateriais no desenvolvimento de  tais dispositivos tem despertado interesse devido às propriedades destes materiais.  Particularmente, os nanotubos de carbono (NTCs) têm oferecido aos imunossensores melhoria  na condutividade, aumento na velocidade de transferência de carga, aumento da área  eletródica com maior possibilidade de imobilização de biomoléculas. Nesta tese, foram  empregados o ácido hialurônico e o náfion como suporte para forte interação com os NTC  funcionalizados em eletrodos de carbono vítreo e de ouro fabricado sobre folha de acetato. Os  dispositivos foram caracterizados por técnicas de imagem (microscopia de força atômica) e  eletroquímicas (voltametrias de onda quadrada e cíclica), as quais demonstraram a  estabilidade da plataforma, imobilização eficaz e sensibilidade. O primeiro protótipo em  eletrodos de carbono vítreo modificado com filme de ácido hialurônico associado a nanotubos  funcionalizados apresentou resposta linear de 1 a 6ng/ml com limite de detcção de 0,03ng/ml.  No segundo protótipo com eletrodos impressos de ouro modificado com filme etanólico de  náfion associado a nanotubos funcionalizados, o imunossensor apresentou resposta linear de  0,5 até 2ng/ml, com limite de detecção de 0,15 ng/ml de anti-HBc. Os protótipos  desenvolvidos apresentam-se como potenciais para diagóstico da HBV.


4
  • ANA CRISTINA FALCAO ESTEVES
  • Utilização do Biopolimero extraído da cana de açúcar na cicatrização do tendão do calcâneo de ratos.

  • Orientador : SILVIA REGINA ARRUDA DE MORAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE LAMARTINE DE ANDRADE AGUIAR
  • LIRIANE BARATELLA EVENCIO
  • MARIA BERNADETE DE SOUSA MAIA
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • SILVIA REGINA ARRUDA DE MORAES
  • Data: 21/02/2022

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  • O estudo avaliou no âmbito funcional, biomecânico e morfológico a aplicação do  biopolímero de cana-de-açúcar como suporte para a cicatrização do tendão do  calcâneo. Foram utilizados, cinqüenta e cinco ratos machos, albinos, da linhagem  Wistar, distribuídos aleatoriamente em 3 grupos: Grupo Controle (GC, n=16) sem  lesão tendínea; Grupo Experimental 1 (GE1, n=19) com secção transversa completa  (tenotomia) no ponto médio do tendão e subsequente sutura; e Grupo Experimental  2 (GE2, n=20) com tenotomia, seguida de sutura envolvida pelo filme de  biopolímero. O Índice Funcional de Aquiles (IFA) demonstrou diferença em todos os  dias pós-operatórios (dpo), quando comparado os grupos experimentais com o GC, mas não houve diferença entre o GE1 e GE2. Nos parâmetros biomecânicos, a  Força Máxima foi maior no GE1 e no GE2 em relação ao GC; o mesmo ocorreu na  Deformação na Força Máxima. A Tensão na Força Máxima foi menor nos grupos  experimentais, bem como a Energia/Área e no Módulo Elástico em relação ao GC. A  Área de Secção Transversa apresentou diferença entre os três grupos, GE2  apresentando o maior valor. Na avaliação histomorfométrica, o número de  fibroblasto foi superior no GE1 e GE2 comparado ao GC, o número de fibrócitos foi  diferente nos grupos entre si, com o GE1 apresentando o maior número. Além disso,  o GE1 apresentou maior número de vasos sanguíneos quando comparado aos  outros dois grupos. Na análise estrutural dos vasos sanguíneos dos tendões, a  marcação específica para actina músculo liso foi superior no grupo GE2 em relação  aos outros grupos e essa ocorreu principalmente no componente muscular dos  vasos. Com estes resultados conclui-se que o biopolímero de cana-de-açúcar pode  ser utilizado como suporte no processo de cicatrização tendínea, pois não prejudicou  as características tendíneas ao final do experimento e parece ter histologicamente,  acelerado o processo de cicatrização. 


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  • O estudo avaliou no âmbito funcional, biomecânico e morfológico a aplicação do  biopolímero de cana-de-açúcar como suporte para a cicatrização do tendão do  calcâneo. Foram utilizados, cinqüenta e cinco ratos machos, albinos, da linhagem  Wistar, distribuídos aleatoriamente em 3 grupos: Grupo Controle (GC, n=16) sem  lesão tendínea; Grupo Experimental 1 (GE1, n=19) com secção transversa completa  (tenotomia) no ponto médio do tendão e subsequente sutura; e Grupo Experimental  2 (GE2, n=20) com tenotomia, seguida de sutura envolvida pelo filme de  biopolímero. O Índice Funcional de Aquiles (IFA) demonstrou diferença em todos os  dias pós-operatórios (dpo), quando comparado os grupos experimentais com o GC, mas não houve diferença entre o GE1 e GE2. Nos parâmetros biomecânicos, a  Força Máxima foi maior no GE1 e no GE2 em relação ao GC; o mesmo ocorreu na  Deformação na Força Máxima. A Tensão na Força Máxima foi menor nos grupos  experimentais, bem como a Energia/Área e no Módulo Elástico em relação ao GC. A  Área de Secção Transversa apresentou diferença entre os três grupos, GE2  apresentando o maior valor. Na avaliação histomorfométrica, o número de  fibroblasto foi superior no GE1 e GE2 comparado ao GC, o número de fibrócitos foi  diferente nos grupos entre si, com o GE1 apresentando o maior número. Além disso,  o GE1 apresentou maior número de vasos sanguíneos quando comparado aos  outros dois grupos. Na análise estrutural dos vasos sanguíneos dos tendões, a  marcação específica para actina músculo liso foi superior no grupo GE2 em relação  aos outros grupos e essa ocorreu principalmente no componente muscular dos  vasos. Com estes resultados conclui-se que o biopolímero de cana-de-açúcar pode  ser utilizado como suporte no processo de cicatrização tendínea, pois não prejudicou  as características tendíneas ao final do experimento e parece ter histologicamente,  acelerado o processo de cicatrização. 

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  • SUYANA KAROLYNE LINO DA ROCHA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DAS ALGAS DO COMPLEXO Laurencia (Ceramiales, Rhodophyta) DA COSTA PERNAMBUCANA

  • Orientador : DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • DENILSON DE VASCONCELOS FREITAS
  • KAMILLA ANDRADE DUTRA
  • MARCELO NAVARRO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • Data: 28/02/2022

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  • Os produtos naturais têm se mostrado uma fonte promissora de substâncias químicas, sendo responsáveis, direta ou indiretamente, por cerca de 40% de todos os compostos bioativos disponíveis na medicina moderna. Extratos e óleos essenciais de plantas são descritos na literatura com potencial de atividade inseticida, com ação frente ao mosquito Aedes aegypti. Porém, uma nova área de pesquisa que aborda organismos marinhos vem ganhando espaço para esse mesmo fim. Diante disso, a busca por produtos naturais que venham a controlar a disseminação das larvas do mosquito vem crescendo bastante, principalmente estudo com macroalgas marinhas, devido a sua grande diversidade e produção de metabólicos secundários. Portanto, o presente estudo teve como objetivo a obtenção do óleo da Laurencia dendroidea pelas técnicas de hidrodestilação, arraste a vapor e fluido supercrítio e a comparação da composição destes óleos. Foram realizadas atividades biológicas com o óleo essencial e seus derivados obtidos via hidrodestilação frente ao mosquito A. aegypti. O óleo essencial, o hidrolato, o extrato aquoso obtido da hidrodestilação da L. dendroidea mostraram atividades significativas contra as larvas, com CL50 de 19,05 ppm (17,81-20,25); 42,83% (41,12-44,64); 49,08% (47,56-51,00), respectivamente. Esta mesma alga mostrou efeito de impedimento de oviposição significativo (p<0,05) para o óleo essencial nas concentrações de 15 e 20 ppm, para o extrato aquoso a 50% v/v e para o hidrolato a 20% v/v. Estes resultados mostram que os derivados da hidrodestilação desta alga são promissores no que diz respeito ao desenvolvimento de inseticida e deterrente de oviposição para serem usados no controle da disseminação do A. aegypti, por meio da interrupção do seu ciclo de vida. Além disso, vale destacar que silfiperfolan-7-β-ol e (-)-7-epi-silfiperfolan-6 β-ol foram identificados como sendo os compostos majoritários presentes nos óleos isolados pelas três técnicas de extração supracitadas. Estes compostos já foram descritos anteriormente e apresentaram atividades antimicrobiana e antioxidante, mas é o primeiro estudo inseticida na literatura que relata atividade do óleo essencial contra o Aedes aegytpi. Estes resultados podem levar assim ao desenvolvimento de produtos ecológicos de pesticidas e repelentes de oviposição para o manejo dessa praga.


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  • Os produtos naturais têm se mostrado uma fonte promissora de substâncias químicas, sendo responsáveis, direta ou indiretamente, por cerca de 40% de todos os compostos bioativos disponíveis na medicina moderna. Extratos e óleos essenciais de plantas são descritos na literatura com potencial de atividade inseticida, com ação frente ao mosquito Aedes aegypti. Porém, uma nova área de pesquisa que aborda organismos marinhos vem ganhando espaço para esse mesmo fim. Diante disso, a busca por produtos naturais que venham a controlar a disseminação das larvas do mosquito vem crescendo bastante, principalmente estudo com macroalgas marinhas, devido a sua grande diversidade e produção de metabólicos secundários. Portanto, o presente estudo teve como objetivo a obtenção do óleo da Laurencia dendroidea pelas técnicas de hidrodestilação, arraste a vapor e fluido supercrítio e a comparação da composição destes óleos. Foram realizadas atividades biológicas com o óleo essencial e seus derivados obtidos via hidrodestilação frente ao mosquito A. aegypti. O óleo essencial, o hidrolato, o extrato aquoso obtido da hidrodestilação da L. dendroidea mostraram atividades significativas contra as larvas, com CL50 de 19,05 ppm (17,81-20,25); 42,83% (41,12-44,64); 49,08% (47,56-51,00), respectivamente. Esta mesma alga mostrou efeito de impedimento de oviposição significativo (p<0,05) para o óleo essencial nas concentrações de 15 e 20 ppm, para o extrato aquoso a 50% v/v e para o hidrolato a 20% v/v. Estes resultados mostram que os derivados da hidrodestilação desta alga são promissores no que diz respeito ao desenvolvimento de inseticida e deterrente de oviposição para serem usados no controle da disseminação do A. aegypti, por meio da interrupção do seu ciclo de vida. Além disso, vale destacar que silfiperfolan-7-β-ol e (-)-7-epi-silfiperfolan-6 β-ol foram identificados como sendo os compostos majoritários presentes nos óleos isolados pelas três técnicas de extração supracitadas. Estes compostos já foram descritos anteriormente e apresentaram atividades antimicrobiana e antioxidante, mas é o primeiro estudo inseticida na literatura que relata atividade do óleo essencial contra o Aedes aegytpi. Estes resultados podem levar assim ao desenvolvimento de produtos ecológicos de pesticidas e repelentes de oviposição para o manejo dessa praga.

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  • BRUNO SAMPAIO
  • ANÁLISE DAS FREQUÊNCIAS ALÉLICAS E DOS PARÂMETROS POPULACIONAIS DE INTERESSE FORENSE DE  23 MARCADORES STRs AUTOSSÔMICOS E DE 23 REGIÕES  STRS DO CROMOSSOMO (Y-STRs) NA POPULAÇÃO DO  ESTADO DE PERNAMBUCO


  • Orientador : VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA TEREZA CARTAXO MUNIZ
  • RAFAEL LIMA GUIMARAES
  • SILVIA HELENA BAREM RABENHORST
  • TERCILIO CALSA JUNIOR
  • VALDIR DE QUEIROZ BALBINO
  • Data: 08/03/2022

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  • As regiões microssatélites — conhecidas também como Repetições  Curtas em Tandem (STRs) — consistem em marcadores genéticos que são  amplamente empregados nas rotinas forenses. A criação de bancos de dados  genéticos, estabelecidos a partir de estudos genético-populacionais humanos, preferencialmente randomizados e representativos, são fundamentais na  casuística forense (testes de confronto genético, de paternidade/maternidade e  de parentesco etc.), por permitirem a obtenção resultados estatísticos  (dependentes das frequências alélicas e haplotípicas) mais acurados. Porém, tais estudos são escassos em populações do Nordeste do Brasil. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi determinar as frequências alélicas e os  parâmetros populacionais de interesse forense de 23 STRs autossômicas e 23  STRs do cromossomo Y (Y-STRs) para a população do Estado de Pernambuco,  com a finalidade de constituir bancos de dados para esses marcadores, que  serão bastante valiosos para as aplicações forenses dos âmbitos cível e criminal relacionadas à população de Pernambuco. As análises das regiões microssatélites autossômicas envolveram 767 indivíduos (437 homens e 330 mulheres) não aparentados e nascidos no Estado de Pernambuco. O estudo das  Y-STRs incluiu outra amostra populacional, composta por 437 indivíduos  pernambucanos não relacionados do sexo masculino. As regiões do DNA  genômico foram amplificadas por meio dos kits comerciais PowerPlex® Fusion  6C, PowerPlex® Fusion, GlobalFiler™ Express e PowerPlex® Y23, separadas e  detectadas por eletroforese capilar no analisador genético ABI 3500. A análise  estatística consistiu na determinação das frequências alélicas e dos parâmetros  populacionais de interesse forense para os 46 marcadores. Os testes de  distância genética (FST e RST), realizados com os Y-STRs, compararam a  população analisada no presente estudo com populações brasileiras e  estrangeiras. Nenhum locus autossômico apresentou desvio em relação ao  equilíbrio de Hardy-Weinberg, após a aplicação da correção de Bonferroni. Os  marcadores mais e menos informativos foram o SE33 e o TPOX,  respectivamente. A probabilidade de discriminação combinada (PDC) foi igual a 0,99999999999999999999999999999, enquanto o poder de exclusão combinado (PEC) foi 0,99999999997. O índice típico de paternidade acumulado  foi igual a 37.919.301.869,3021. Em relação às análises referentes ao conjunto  de 23 Y-STRs, os valores de diversidade haplotípica, capacidade discriminação,  e probabilidade de coincidência haplotípica foram 0,9998, 0,9542 e 0,00023,  respectivamente. A diversidade gênica variou de 0,5380 (DYS393) a 0,9237  (DYS385). Variantes alélicas foram observadas na amostragem, como  microvariantes, duplicações em regiões de cópia única e a presença de um alelo  nulo (marcador DYS533). Os resultados dos testes de distância genética (FST e  RST), fundamentados nos Y-STRs, revelaram que a população analisada é  geneticamente próxima de outras populações brasileiras e europeias, o que  corrobora com a história da colonização do Estado de Pernambuco. Por meio  dos resultados obtidos, foi possível concluir que ambos os painéis de 23  marcadores são altamente informativos, sendo assim, bastante úteis para os  exames de identificação humana na população estudada.


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  • As regiões microssatélites autossômicas e do cromossomo Y, conhecidas também como Repetições Curtas em Tandem (STRs), são os marcadores genéticos mais amplamente empregados na rotina forense. Para que possam ser utilizados nas análises forenses, é interessante que estejam inseridos em bases de dados genéticas, criadas a partir de estudos populacionais, preferencialmente randomizados e representativos. Entretanto, tais estes estudos são escassos em populações do Nordeste do Brasil. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi determinar as frequências alélicas e os parâmetros populacionais de interesse forense de 20 STRs autossômicas e 23 STRs do cromossomo Y (Y-STRs) na população do Estado de Pernambuco, com o intuito de constituir um banco de dados genético-populacional para aplicações forenses dos âmbitos cível e criminal. As análises das regiões microssatélites autossômicas envolveram 806 indivíduos (441 homens e 365 mulheres) não aparentados e nascidos no Estado de Pernambuco. O estudo das Y-STRs incluiu outra amostra populacional, composta por 437 indivíduos pernambucanos e não relacionados do sexo masculino. As regiões do DNA genômico foram amplificadas diretamente (sem métodos de extração) por PCR multiplex com o auxílio dos kits PowerPlex ® Fusion 6C, GlobalFiler™ Express e PowerPlex ® Y23. Os amplicons foram separados e detectados em um equipamento de eletroforese capilar (ABI 3500 Genetic Analyzer) e os dados brutos da corrida foram analisados no software GeneMapper ID-X v. 1.4. As análises estatísticas populacionais foram realizadas com o auxílio do programa Arlequin v. 3.5.2.2. Os resultados das análises genéticas revelaram que o conjunto dos 23 marcadores apresentou um elevado poder discriminativo (diversidade haplotípica [0,9980], capacidade de discriminação [0,9542], probabilidade de match haplotípico [0,00023 ou 2,3 x 10 -4 ]. A avaliação de distância genética, fundamentada nos Y-STRs, demonstrou que a herança paterna da população analisada é próxima às populações de São Paulo (misturada) e do Norte de Portugal, o que corrobora com a história da colonização do Estado de Pernambuco. Os resultados até o momento obtidos serão úteis para os exames de identificação humana, além de propiciar ferramentas para futuros estudos evolutivos.

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  • MARIA HELENA QUEIROZ DE ARAUJO MARIANO
  • ARTRITE REUMATÓIDE: AVALIAÇÃO DE CITOCINAS (IL-6 e IL-10), DA FREQUÊNCIA DA IgG DO PARVOVÍRUS B19 E DESENVOLVIMENTO DE UM BIOSSENSOR PARA ANTI- PEPTÍDEO CITRULINADO CÍCLICO (ACCP).

  • Orientador : ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DE MASCENA DINIZ MAIA
  • MARLI TENÓRIO CORDEIRO
  • PATRICIA MARIA GUEDES PAIVA
  • ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 23/05/2022

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  • A artrite reumatóide (AR), é uma doença crônica inflamatória, em cuja etiologia estão envolvidos fatores genéticos, ambientais e infecções. Dentre as infecções se destacam as virais cujas proteínas modificam a função dos sinoviócitos como ocorre com o Parvovírus B19 (PVB19). Estudos tem mostrado a participação das citocinas IL-6 e L-10 na fisiopatogenia da AR. O diagnóstico da AR se baseia em critérios clínicos, radiológicos e laboratoriais.Dentre os auto- anticorpos, o fator reumatóide (FR) apresenta alta sensibilidade e baixa especificidade. Por lado, o anticorpo antipeptídeo citrulinado cíclico (ACCP) é um importante marcador para o diagnóstico e tem valor preditivo de um pior prognóstico. Sua detecção pelo ELISA, têm mostrado excelente desempenho diagnóstico, embora seja oneroso e mais demorado. Visando diagnósticos mais rápidos e práticos, os biossensores são ideais para testes tipo “point-of-care” devido à sua portabilidade. Os objetivos desta tese foram: avaliar a correlação dos niveis séricos de IL-10, IL-6 e a frequência do anti-IgG PVB19 com atividade clínica da AR mediante os índices compostos de atividade de doença (ICADs).em diferentes tratamentos e desenvolver um imunossensor eletroquímico label free para ACCP.Foi desenvolvido um estudo transversal para estimar a frequencia de anti-IgG PVB19 e determinar os níveis séricos da IL6 e IL10 pelo método ELISA.O imunossensor constituído por eletrodos screen printed de ouro,foi baseado no uso da SAM formada pela deposição do àcido tioglicólico.Oa antígenos foram imobilizadosde modo orientado via grupos carboxílicos do TGA. Os resultados mostraram uma frequencia de 73% (60/83) de IgG anti-PVB19 e uma correlação significativa entre os níveis de IL-6 e as medidas de atividade de AR nos pacientes com maior atividade inflamatória pelo EULAR. O maior contigente de pacientes IgG anti-PVB19 positivos estava com moderada e alta atividade pelo EULAR.O imunossensor eletroquímico apresentou uma resposta linear na curva de calibração, bom coeficiente de correlação e limite de detecção menor do que o método ELISA.


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  • A artrite reumatóide (AR), é uma doença crônica inflamatória, em cuja etiologia estão envolvidos fatores genéticos, ambientais e infecções. Dentre as infecções se destacam as virais cujas proteínas modificam a função dos sinoviócitos como ocorre com o Parvovírus B19 (PVB19). Estudos tem mostrado a participação das citocinas IL-6 e L-10 na fisiopatogenia da AR. O diagnóstico da AR se baseia em critérios clínicos, radiológicos e laboratoriais.Dentre os auto- anticorpos, o fator reumatóide (FR) apresenta alta sensibilidade e baixa especificidade. Por lado, o anticorpo antipeptídeo citrulinado cíclico (ACCP) é um importante marcador para o diagnóstico e tem valor preditivo de um pior prognóstico. Sua detecção pelo ELISA, têm mostrado excelente desempenho diagnóstico, embora seja oneroso e mais demorado. Visando diagnósticos mais rápidos e práticos, os biossensores são ideais para testes tipo “point-of-care” devido à sua portabilidade. Os objetivos desta tese foram: avaliar a correlação dos niveis séricos de IL-10, IL-6 e a frequência do anti-IgG PVB19 com atividade clínica da AR mediante os índices compostos de atividade de doença (ICADs).em diferentes tratamentos e desenvolver um imunossensor eletroquímico label free para ACCP.Foi desenvolvido um estudo transversal para estimar a frequencia de anti-IgG PVB19 e determinar os níveis séricos da IL6 e IL10 pelo método ELISA.O imunossensor constituído por eletrodos screen printed de ouro,foi baseado no uso da SAM formada pela deposição do àcido tioglicólico.Oa antígenos foram imobilizadosde modo orientado via grupos carboxílicos do TGA. Os resultados mostraram uma frequencia de 73% (60/83) de IgG anti-PVB19 e uma correlação significativa entre os níveis de IL-6 e as medidas de atividade de AR nos pacientes com maior atividade inflamatória pelo EULAR. O maior contigente de pacientes IgG anti-PVB19 positivos estava com moderada e alta atividade pelo EULAR.O imunossensor eletroquímico apresentou uma resposta linear na curva de calibração, bom coeficiente de correlação e limite de detecção menor do que o método ELISA.

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  • LIDERLANIO DE ALMEIDA ARAUJO
  • AVALIAÇÃO DE PRODUTOS NATURAIS NA QUALIDADE DO QUEIJO COALHO TIPO B

  • Orientador : DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • EDVANE BORGES DA SILVA
  • JULIANA MOURA DE LUNA
  • LEONIE ASFORA SARUBBO
  • MOHAND BENACHOUR
  • Data: 06/06/2022

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  • A produção de queijo coalho é uma das principais fontes econômicas dos pequenos e médios produtores das cidades do interior nordestino. Esse possui como matéria prima o leite oriundo da vaca. A depender das etapas empregadas na sua produção, pode ser classificado em dois tipos: O tipo A oriundo do leite submetido ao processo de pasteurização; e o tipo B, quando o leite usado na fabricação é in natura, ou seja, não é submetido a nenhum procedimento que vise a eliminação ou redução de microrganismos. O queijo coalho é destacado pela literatura como concentrado lácteo com baixa qualidade microbiológica, principalmente o do tipo B. Assim, o presente estudo objetiva avaliar a ação dos extratos de cinco produtos naturais, a saber: óleo essencial das cascas de laranja Pineapple e limão Tahiti e dos extratos aquosos do coentro, velame do campo e do alho, em diferentes concentrações, em relação aos efeitos promovidos por estes na qualidade microbiológica do queijo coalho tipo B. O estudo foi divido em quatro (04) etapas, na primeira realizou-se a análise microbiológica, físico-química e sensorial do extrato do coentro. A segunda etapa consistiu na avaliação da influência do extrato aquoso do velame do campo na qualidade microbiológica do queijo coalho tipo B. A terceira etapa do estudo resutou na aplicação do extrato de alho ao queijo, sendo avaliado sua influência na qualidade microbiológica e tempo de prateleira. Na última etapa avaliou-se o uso dos óleos essenciais de laranja e de limão na qualidade microbiana e o índice de aceitabilidade do queijo produzido com a adição desses óleos. De modo geral, os resultados das análises aplicadas evidenciam que principalmente o extrato aquoso do alho e o óleo essencial da casca da laranja Pineapple se revelaram como os melhores agentes bactericidas frente aos microrganismos Staphylococcus aureus, coliformes total e termotolerante. De modo geral, os produtos naturais utilizados apresentaram potencial para aplicação ao queijo coalho tipo B como mecanismos de aprimoramento de sua qualidade, podendo assim, ser ofertado aos consumidores um alimento com maior segurança e qualidade alimentar.


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  • A produção de queijo coalho é uma das principais fontes econômicas dos pequenos e médios produtores das cidades do interior nordestino. Esse possui como matéria prima o leite oriundo da vaca. A depender das etapas empregadas na sua produção, pode ser classificado em dois tipos: O tipo A oriundo do leite submetido ao processo de pasteurização; e o tipo B, quando o leite usado na fabricação é in natura, ou seja, não é submetido a nenhum procedimento que vise a eliminação ou redução de microrganismos. O queijo coalho é destacado pela literatura como concentrado lácteo com baixa qualidade microbiológica, principalmente o do tipo B. Assim, o presente estudo objetiva avaliar a ação dos extratos de cinco produtos naturais, a saber: óleo essencial das cascas de laranja Pineapple e limão Tahiti e dos extratos aquosos do coentro, velame do campo e do alho, em diferentes concentrações, em relação aos efeitos promovidos por estes na qualidade microbiológica do queijo coalho tipo B. O estudo foi divido em quatro (04) etapas, na primeira realizou-se a análise microbiológica, físico-química e sensorial do extrato do coentro. A segunda etapa consistiu na avaliação da influência do extrato aquoso do velame do campo na qualidade microbiológica do queijo coalho tipo B. A terceira etapa do estudo resutou na aplicação do extrato de alho ao queijo, sendo avaliado sua influência na qualidade microbiológica e tempo de prateleira. Na última etapa avaliou-se o uso dos óleos essenciais de laranja e de limão na qualidade microbiana e o índice de aceitabilidade do queijo produzido com a adição desses óleos. De modo geral, os resultados das análises aplicadas evidenciam que principalmente o extrato aquoso do alho e o óleo essencial da casca da laranja Pineapple se revelaram como os melhores agentes bactericidas frente aos microrganismos Staphylococcus aureus, coliformes total e termotolerante. De modo geral, os produtos naturais utilizados apresentaram potencial para aplicação ao queijo coalho tipo B como mecanismos de aprimoramento de sua qualidade, podendo assim, ser ofertado aos consumidores um alimento com maior segurança e qualidade alimentar.

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  • CICERA DATIANE DE MORAIS OLIVEIRA TINTINO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E INIBIDORA DE BOMBAS DE EFLUXO EM CEPAS DE Staphylococcus aureus POR 1,8-NAFTIRIDINAS SULFONAMÍDICAS: ABORDAGEM IN VITRO E IN SILICO

  • Orientador : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • IRWIN ROSE ALENCAR DE MENEZES
  • MARIA FLAVIANA BEZERRA MORAIS BRAGA
  • ALEXANDRE MAGNO RODRIGUES TEIXEIRA
  • FRANCISCO ASSIS BEZERRA DA CUNHA
  • JACQUELINE COSMO ANDRADE PINHEIRO
  • Data: 06/06/2022

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  • A ocorrência crescente de resistência bacteriana vem estimulando buscas por novos agentes não apenas antibacterianos, mas eficazes, frente mecanismos de resistência expressos pela bactéria, como bombas de efluxo. Compostos como 1,8-naftiridinas e sulfonamidas atraem o interesse de pesquisadores apresentando diversas atividades biológicas comprovadas, tornando promissora a síntese de novos derivados naftiridínicos com ações bioativas. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antibacteriana e inibidora de bombas de efluxo por 1,8-naftiridinas sulfonamídicas sintetizadas, sobre cepas de Staphylococcus aureus. A síntese ocorreu pela termólise do aduto do ácido de Meldrum, e os derivados sulfonamídicos finais, obtidos pela sulfonilação da 2-amino-5-cloro-1,8-naftiridina com diferentes cloretos de benzenossulfonila. Experimentos de docagem molecular foram realizados para avaliar a interação com proteínas de efluxo, utilizando o servidor CASTp para obter a estrutura topográfica dos bolsos de ligação. Foram avaliadas as propriedades farmacocinéticas, previsões de bioatividade e propriedades ADME (absorção, distribuição, metabolismo e excreção). A atividade antibacteriana foi avaliada pelo teste de microdiluição em caldo. A capacidade inibitória da bomba de efluxo foi avaliada pelos efeitos sinérgicos sobre o antibiótico e brometo de etídio (EtBr); e ensaios de fluorimetria. Foram sintetizados e testados os compostos: N-(5-oxo-5,8-diidro-1,8-naftiridin-2- il)-acetamida; 4-metil-N-(5-cloro-1,8-naftiridin-2-il)-benzenosulfonamida; 2,5-dicloro-N-(5-cloro-1,8-naftiridin-2-il)-benzenosulfonamida; 2,3,4-trifluoro-N-(5-cloro-1,8-naftiridin-2-il)-benzenosulfonamida e 3-trifluormetil-N-(5-cloro-1,8-naftiridin-2-il)-benzenosulfonamida, ou compostos 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. Obteve-se um rendimento médio de 61,4%, para os compostos. A docagem molecular com NorA, revelou que derivados com melhor energia de ligação estavam na faixa de −8,2 a −9,1 kcal/mol. No acoplamento com MepA, as energias de ligação mais favoráveis estavam entre −7,1 a −8,8 kcal/mol. Os estudos de farmacocinética dos compostos revelaram um perfil favorável, podem sofrer absorção gastrointestinal, não cruzam a barreira hemato-encefálica, não são substratos da P-gp e o composto 4 foi o que menos inibiu as isoenzimas do citocromo P450. Não houve violação da regra dos cinco de Lipinski pelos compostos, indicando serem seguros e candidatos propícios a medicamento oral. Os compostos não apresentaram atividade antibacteriana intrínseca significativa, obtendo-se uma concentração inibitória mínima (CIM) ≥ 1024 μg/mL, frente as cepas SA-1199, SA-1199B, SA IS-58, SA RN4220 e SA K-2068. Porém, todos os compostos (1–5), induziram uma redução da CIM em duas vezes ou mais, ao se associarem aos antibióticos e EtBr, atuando como inibidores putativos de NorA, Tet(K), MsrA e MepA. Dente todos, o composto 4 destacou-se por induzir uma redução da concentração dos antibióticos norfloxacina, eritromicina, ciprofloxacina e tetraciclina em 16, 32, 8 e 6,3 vezes respectivamente. Na associação com o EtBr, o composto 4 reduziu a CIM em 4, 2,6, 16 e 8 vezes respectivamente, contra as cepas SA-1199B, SA IS-58, SA RN4220 e SA K-2068. Nos ensaios de fluorescência, o composto 4 foi capaz de aumentar a intensidade de emissão quando associado ao EtBr, nas cepas SA-1199B e SA-K2068, indicando uma ação inibidora das proteínas NorA e MepA. Em conclusão, as 1,8-naftiridinas sulfonamídicas sintetizadas apresentaram resultados inéditos para as atividades biológicas testadas, apresentando um perfil farmacocinético e energia de interação favorável, atuando como inibidores putativos das bombas de efluxo NorA, Tet(K), MsrA e MepA, em cepas de S. aureus.


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  • A ocorrência crescente de resistência bacteriana vem estimulando buscas por novos agentes não apenas antibacterianos, mas eficazes, frente mecanismos de resistência expressos pela bactéria, como bombas de efluxo. Compostos como 1,8-naftiridinas e sulfonamidas atraem o interesse de pesquisadores apresentando diversas atividades biológicas comprovadas, tornando promissora a síntese de novos derivados naftiridínicos com ações bioativas. O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antibacteriana e inibidora de bombas de efluxo por 1,8-naftiridinas sulfonamídicas sintetizadas, sobre cepas de Staphylococcus aureus. A síntese ocorreu pela termólise do aduto do ácido de Meldrum, e os derivados sulfonamídicos finais, obtidos pela sulfonilação da 2-amino-5-cloro-1,8-naftiridina com diferentes cloretos de benzenossulfonila. Experimentos de docagem molecular foram realizados para avaliar a interação com proteínas de efluxo, utilizando o servidor CASTp para obter a estrutura topográfica dos bolsos de ligação. Foram avaliadas as propriedades farmacocinéticas, previsões de bioatividade e propriedades ADME (absorção, distribuição, metabolismo e excreção). A atividade antibacteriana foi avaliada pelo teste de microdiluição em caldo. A capacidade inibitória da bomba de efluxo foi avaliada pelos efeitos sinérgicos sobre o antibiótico e brometo de etídio (EtBr); e ensaios de fluorimetria. Foram sintetizados e testados os compostos: N-(5-oxo-5,8-diidro-1,8-naftiridin-2- il)-acetamida; 4-metil-N-(5-cloro-1,8-naftiridin-2-il)-benzenosulfonamida; 2,5-dicloro-N-(5-cloro-1,8-naftiridin-2-il)-benzenosulfonamida; 2,3,4-trifluoro-N-(5-cloro-1,8-naftiridin-2-il)-benzenosulfonamida e 3-trifluormetil-N-(5-cloro-1,8-naftiridin-2-il)-benzenosulfonamida, ou compostos 1, 2, 3, 4 e 5, respectivamente. Obteve-se um rendimento médio de 61,4%, para os compostos. A docagem molecular com NorA, revelou que derivados com melhor energia de ligação estavam na faixa de −8,2 a −9,1 kcal/mol. No acoplamento com MepA, as energias de ligação mais favoráveis estavam entre −7,1 a −8,8 kcal/mol. Os estudos de farmacocinética dos compostos revelaram um perfil favorável, podem sofrer absorção gastrointestinal, não cruzam a barreira hemato-encefálica, não são substratos da P-gp e o composto 4 foi o que menos inibiu as isoenzimas do citocromo P450. Não houve violação da regra dos cinco de Lipinski pelos compostos, indicando serem seguros e candidatos propícios a medicamento oral. Os compostos não apresentaram atividade antibacteriana intrínseca significativa, obtendo-se uma concentração inibitória mínima (CIM) ≥ 1024 μg/mL, frente as cepas SA-1199, SA-1199B, SA IS-58, SA RN4220 e SA K-2068. Porém, todos os compostos (1–5), induziram uma redução da CIM em duas vezes ou mais, ao se associarem aos antibióticos e EtBr, atuando como inibidores putativos de NorA, Tet(K), MsrA e MepA. Dente todos, o composto 4 destacou-se por induzir uma redução da concentração dos antibióticos norfloxacina, eritromicina, ciprofloxacina e tetraciclina em 16, 32, 8 e 6,3 vezes respectivamente. Na associação com o EtBr, o composto 4 reduziu a CIM em 4, 2,6, 16 e 8 vezes respectivamente, contra as cepas SA-1199B, SA IS-58, SA RN4220 e SA K-2068. Nos ensaios de fluorescência, o composto 4 foi capaz de aumentar a intensidade de emissão quando associado ao EtBr, nas cepas SA-1199B e SA-K2068, indicando uma ação inibidora das proteínas NorA e MepA. Em conclusão, as 1,8-naftiridinas sulfonamídicas sintetizadas apresentaram resultados inéditos para as atividades biológicas testadas, apresentando um perfil farmacocinético e energia de interação favorável, atuando como inibidores putativos das bombas de efluxo NorA, Tet(K), MsrA e MepA, em cepas de S. aureus.

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  • IRANILDO JOSE DA CRUZ FILHO
  • UTILIZAÇÃO DA BIOMASSA DA PALMA FORRAGEIRA EM BIORREFINARIAS: INVESTIGAÇÃO SOBRE O FRACIONAMENTO E TRANSFORMAÇÃO DOS CARBOIDRATOS POR ROTA BIOQUÍMICA

  • Orientador : ANA MARIA SOUTO MAIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA SOUTO MAIOR
  • EMMANUEL DAMILANO DUTRA
  • GEORGE JACKSON DE MORAES ROCHA
  • MARCIA SILVA DO NASCIMENTO
  • RAFAEL MATOS XIMENES
  • Data: 08/06/2022

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  • A palma é uma forrageira totalmente adaptada às condições do semiárido, que representa grande parte da área da Região Nordeste, e têm contribuição significativa para a alimentação de rebanhos nesta região em períodos de estiagens. A palma, no entanto, tem um grande potencial para a diversificação de usos, e podem, em princípio, ser utilizadas como matéria-prima em biorrefinarias. Este trabalho tem como objetivo contribuir para o estudo do fracionamento da biomassa de cladódios de palma forrageira para a obtenção de bioprodutos. Inicialmente, foi realizada a caracterização da composição química das duas espécies de palma O. ficus-indica (palma gigante) e O. cochenillifera (palma miúda) pela adaptação de método utilizado rotineiramente para a caracterização de biomassas lignocelulósicas. Os resultados de composição química para O. ficus-indica e O. cochenillifera foram, respectivamente (%): celulose (12,70 ± 0,01 e 22,19 ± 0,01); hemicelulose (5,14 ± 0,01 e 3,63 ± 0,01); pectina (33,40 ± 0,05 e 46,46 ± 0,04); lignina total (18,30 ± 1,00 e 7,54 ± 0,02); extrativos (16,31 ± 0,8 e 5,22 ± 0,05); e cinzas (9,50 ± 0,20 e 5,30 ± 0,30). Em seguida, foi realizado o fracionamento da biomassa em escala de bancada em 4 etapas: (1) extração aquosa, para a separação do material péctico; (2) hidrólise ácida do material lignocelulósico, para a hidrólise da hemicelulose; (3) tratamento alcalino da celulignina, para a obtenção de lignina; (4) tratamento enzimático para a hidrólise da celulose. As composições química e morfológica dos sólidos (obtidos em cada etapa do fracionamento) foram determinadas por métodos espectroscópicos e cromatográficos. Também, foram caracterizadas as frações pécticas insolúvel e solúvel (precipitadas em etanol) e as ligninas (precipitadas em H2SO4) presentes nas frações líquidas. As conversões enzimáticas da celulose com enzimas comerciais, para ambas as espécies, ficaram em torno de 50% após 60 horas. Em geral, as pectinas dos cladódios de ambas as espécies apresentaram baixos teores de esterificação (<50%) e baixos pesos moleculares. As pectinas solúvel e insolúvel de O. ficus-indica se apresentaram mais esterificadas (48,79% e 46,69%) e de menores pesos moleculares (17±0,1 kDa e 21±0,1 kDa) do que as de O. cochenillifera (44,17% e 42,34%; 25±0,3 kDa e 27,02± kDa). Como esperado, essas moléculas não apresentaram toxicidade frente a células animais e baixa atividade antioxidante. As ligninas são do tipo GSH e são estruturalmente semelhantes; cladódios de O. ficus-indica e O. cochenillifera apresentam, respectivamente, em sua composição: G (44% e 45%), S (37% e 19%) e H (40% e 15%). Além disso, as ligninas apresentaram atividade antioxidante e atividade imunoestimulatória em células animais. Finalmente, o extrato aquoso (obtido na etapa 1 do fracionamento) foi utilizado para avaliar o crescimento de linhagem de Saccharomyces cerevisiae probiótica, e o hidrolisado ácido (obtido na etapa 2) foi utilizado para investigação sobre a produção de enzimas (pectinolítica, xilanolítica e celulolítica) por Aspergillus awamori. A linhagem de S. cerevisiae não foi capaz de utilizar a pectina como substrato. O hidrolisado ácido de O. cochenillifera induziu a maior produção de enzimas xilanolíticas pelo A. awamori. Sendo assim, a palma forrageira é uma matéria-prima promissora para ser utilizada em biorrefinarias.


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  • A palma é uma forrageira totalmente adaptada às condições do semiárido, que representa grande parte da área da Região Nordeste, e têm contribuição significativa para a alimentação de rebanhos nesta região em períodos de estiagens. A palma, no entanto, tem um grande potencial para a diversificação de usos, e podem, em princípio, ser utilizadas como matéria-prima em biorrefinarias. Este trabalho tem como objetivo contribuir para o estudo do fracionamento da biomassa de cladódios de palma forrageira para a obtenção de bioprodutos. Inicialmente, foi realizada a caracterização da composição química das duas espécies de palma O. ficus-indica (palma gigante) e O. cochenillifera (palma miúda) pela adaptação de método utilizado rotineiramente para a caracterização de biomassas lignocelulósicas. Os resultados de composição química para O. ficus-indica e O. cochenillifera foram, respectivamente (%): celulose (12,70 ± 0,01 e 22,19 ± 0,01); hemicelulose (5,14 ± 0,01 e 3,63 ± 0,01); pectina (33,40 ± 0,05 e 46,46 ± 0,04); lignina total (18,30 ± 1,00 e 7,54 ± 0,02); extrativos (16,31 ± 0,8 e 5,22 ± 0,05); e cinzas (9,50 ± 0,20 e 5,30 ± 0,30). Em seguida, foi realizado o fracionamento da biomassa em escala de bancada em 4 etapas: (1) extração aquosa, para a separação do material péctico; (2) hidrólise ácida do material lignocelulósico, para a hidrólise da hemicelulose; (3) tratamento alcalino da celulignina, para a obtenção de lignina; (4) tratamento enzimático para a hidrólise da celulose. As composições química e morfológica dos sólidos (obtidos em cada etapa do fracionamento) foram determinadas por métodos espectroscópicos e cromatográficos. Também, foram caracterizadas as frações pécticas insolúvel e solúvel (precipitadas em etanol) e as ligninas (precipitadas em H2SO4) presentes nas frações líquidas. As conversões enzimáticas da celulose com enzimas comerciais, para ambas as espécies, ficaram em torno de 50% após 60 horas. Em geral, as pectinas dos cladódios de ambas as espécies apresentaram baixos teores de esterificação (<50%) e baixos pesos moleculares. As pectinas solúvel e insolúvel de O. ficus-indica se apresentaram mais esterificadas (48,79% e 46,69%) e de menores pesos moleculares (17±0,1 kDa e 21±0,1 kDa) do que as de O. cochenillifera (44,17% e 42,34%; 25±0,3 kDa e 27,02± kDa). Como esperado, essas moléculas não apresentaram toxicidade frente a células animais e baixa atividade antioxidante. As ligninas são do tipo GSH e são estruturalmente semelhantes; cladódios de O. ficus-indica e O. cochenillifera apresentam, respectivamente, em sua composição: G (44% e 45%), S (37% e 19%) e H (40% e 15%). Além disso, as ligninas apresentaram atividade antioxidante e atividade imunoestimulatória em células animais. Finalmente, o extrato aquoso (obtido na etapa 1 do fracionamento) foi utilizado para avaliar o crescimento de linhagem de Saccharomyces cerevisiae probiótica, e o hidrolisado ácido (obtido na etapa 2) foi utilizado para investigação sobre a produção de enzimas (pectinolítica, xilanolítica e celulolítica) por Aspergillus awamori. A linhagem de S. cerevisiae não foi capaz de utilizar a pectina como substrato. O hidrolisado ácido de O. cochenillifera induziu a maior produção de enzimas xilanolíticas pelo A. awamori. Sendo assim, a palma forrageira é uma matéria-prima promissora para ser utilizada em biorrefinarias.

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  • ELOYZA KAROLINE ROZENDO DOS SANTOS
  • EFEITO DO ESTRESSE ÁCIDO SOBRE Lactobacillus rhamnosus ATCC 7469 NA PRODUÇÃO DE SUCOS SIMBIÓTICOS CONTENDO INULINA E XILITOL

  • Orientador : ESTER RIBEIRO DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ESTER RIBEIRO DE ANDRADE
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • TATIANA SOUZA PORTO
  • THAYZA CHRISTINA MONTENEGRO STAMFORD
  • Data: 08/06/2022

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  • A demanda por alimentos funcionais tem crescido nos últimos anos. Nesse contexto, novas formulações probióticas não lácteas tem atraído o interesse dos consumidores. Sendo assim, estratégias que ampliem a sobrevivência probiótica ao período de processamento, estocagem e após ingestão de novos produtos têm sido alvo de investigações. Com base nisso, o objetivo do presente trabalho foi produzir sucos probióticos e fermentados de manga, maracujá e goiaba, avaliando o estresse ácido durante a fermentação e a adição de inulina e xilitol nos sucos potencialmente simbióticos em estoque refrigerado. Para isso, investigou-se a capacidade do probiótico em fermentar sucos das três frutas, assim como o seu perfil metabólico quando submetido a estresse ácido. As duas melhores condições, considerando a sobrevivência microbiana, foram selecionadas para a elaboração dos sucos fermentados. A influência da adição de inulina (5 g/L) e xilitol (10%) aos sucos após fermentação, contendo L. rhamnosus, foi investigada durante 60 dias de estoque refrigerado (4 °C). Durante todo o período de estudo, a viabilidade (Log UFC/mL), o pH, a produção de ácido lático, o consumo de carboidratos e a sobrevivência (S (%)) celular ao teste de simulação das condições gastrointestinais (TSGI) foram acompanhados. As condições em que L. rhamnosus deteve melhor desempenho quando submetido ao TSGI foram nas fermentações do suco de manga sem estresse ácido (S (%) = 44,6) e após transferência sucessiva do micro-organismo do pH 6, para o pH 4 e consecutivamente para o pH 2 em meio à base de maracujá (S (%) = 47,3). Sendo assim, estes grupos foram selecionados para elaboração dos sucos com ou sem inulina e/ou xilitol e avaliação da estabilidade em estoque refrigerado. Dessa forma, observou-se que a adição de inulina favoreceu a sobrevivência probiótica. No que lhe concerne, a presença do xilitol não prejudicou o desempenho de L. rhamnosus, podendo assim ser utilizado como agente edulcorante em formulações contendo esse micro-organismo. O suco fermentado de manga acrescido de inulina e xilitol foi o que apresentou maior potencial para ser utilizado como veículo de L. rhamnosus ATCC 7469 devido à sobrevivência do probiótico ao TSGI no início (S (%) = 33,8) e após 15 dias (S (%) = 52,5) de estoque refrigerado.


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  • A demanda por alimentos funcionais tem crescido nos últimos anos. Nesse contexto, novas formulações probióticas não lácteas tem atraído o interesse dos consumidores. Sendo assim, estratégias que ampliem a sobrevivência probiótica ao período de processamento, estocagem e após ingestão de novos produtos têm sido alvo de investigações. Com base nisso, o objetivo do presente trabalho foi produzir sucos probióticos e fermentados de manga, maracujá e goiaba, avaliando o estresse ácido durante a fermentação e a adição de inulina e xilitol nos sucos potencialmente simbióticos em estoque refrigerado. Para isso, investigou-se a capacidade do probiótico em fermentar sucos das três frutas, assim como o seu perfil metabólico quando submetido a estresse ácido. As duas melhores condições, considerando a sobrevivência microbiana, foram selecionadas para a elaboração dos sucos fermentados. A influência da adição de inulina (5 g/L) e xilitol (10%) aos sucos após fermentação, contendo L. rhamnosus, foi investigada durante 60 dias de estoque refrigerado (4 °C). Durante todo o período de estudo, a viabilidade (Log UFC/mL), o pH, a produção de ácido lático, o consumo de carboidratos e a sobrevivência (S (%)) celular ao teste de simulação das condições gastrointestinais (TSGI) foram acompanhados. As condições em que L. rhamnosus deteve melhor desempenho quando submetido ao TSGI foram nas fermentações do suco de manga sem estresse ácido (S (%) = 44,6) e após transferência sucessiva do micro-organismo do pH 6, para o pH 4 e consecutivamente para o pH 2 em meio à base de maracujá (S (%) = 47,3). Sendo assim, estes grupos foram selecionados para elaboração dos sucos com ou sem inulina e/ou xilitol e avaliação da estabilidade em estoque refrigerado. Dessa forma, observou-se que a adição de inulina favoreceu a sobrevivência probiótica. No que lhe concerne, a presença do xilitol não prejudicou o desempenho de L. rhamnosus, podendo assim ser utilizado como agente edulcorante em formulações contendo esse micro-organismo. O suco fermentado de manga acrescido de inulina e xilitol foi o que apresentou maior potencial para ser utilizado como veículo de L. rhamnosus ATCC 7469 devido à sobrevivência do probiótico ao TSGI no início (S (%) = 33,8) e após 15 dias (S (%) = 52,5) de estoque refrigerado.

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  • KESIA XISTO DA FONSECA RIBEIRO DE SENA
  • ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E ANTIBIOFILME DE DERIVADOS TIAZOLIDINA-2,4-DIONA E 4-TIOXOTIAZOLIDINA-2-ONA FRENTE A ISOLADOS CLÍNICOS DE Staphylococcus aureus RESISTENTES A MÚLTIPLOS FÁRMACOS

  • Orientador : RAFAEL MATOS XIMENES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL MATOS XIMENES
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MARIA AMELIA VIEIRA MACIEL
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • JULIANNA FERREIRA CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE
  • Data: 13/06/2022

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  • As infecções relacionadas a assistência à saúde (IRAS) são frequentes e representam um grave problema de saúde mundial. Staphylococcus aureus é o patógeno humano mais comum e um dos principais agentes causadores de IRAS. As tiazolidinas são consideradas um grupo farmacofórico de interesse no desenvolvimento de fármacos devido as suas diversas atividades biológicas, principalmente antimicrobiana. Este estudo objetivou avaliar as atividades antimicrobiana e antibiofilme de duas séries análogas de tiazolidina-2,4-diona e 4-tioxotiazolidina-2-ona frente a isolados clínicos de S. aureus resistente a múltiplos fármacos. Vinte isolados clínicos de S. aureus foram avaliados quanto a presença de genes de resistência aos antimicrobianos (vanA, mecA, norA e ermA) e a formação de biofilme. Neste trabalho foram determinadas as CMI e CMB, cinética de morte, atividade antibiofilme, atividade antimicrobiana in vivo e alterações morfológicas promovidas pelos derivados tiazolidínicos, bem como sua citotoxicidade. Os genes mecA, norA e ermA foram encontrados em 95%, 95% e 80% dos isolados clínicos de S. aureus, respectivamente. Nenhum dos isolados apresentou o gene vanA. Todos os isolados foram formadores de biofilme, 85% deles classificados como fortemente aderentes. Os derivados mais ativos (1a, 2a e 2b) apresentaram CMI entre 1 e 16 μg/mL, com curvas de morte apresentando efeito bactericida até 24 h. Na atividade antibiofilme, os derivados mais ativos inibiram cerca de 90% da formação do biofilme. Os derivados de 4-tioxotiazolidina-2-ona foram mais ativos contra S. aureus planctônico, enquanto os derivados de tiazolidina-2,4-diona foram capazes de erradicar cerca de 50% do biofilme maduro. No modelo de infecção in vivo utilizando Caenorhabditis elegans, os derivados 1a, 2a e 2b aumentaram a sobrevida dos nematódeos de forma concentração-dependente. A exposição de S. aureus aos derivados 2a e 2b promoveu alterações na superfície externa e diminuição do tamanho das células. Nenhum derivado foi citotóxico para células mononucleadas de sangue periférico humano, mas apresentaram citotoxicidade moderada para fibroblastos L929. Somente o derivado 2b apresentou índice de seletividade maior que 10 para as duas células. Dessa forma, esses derivados são candidatos a fármacos para o desenvolvimento de novos antimicrobianos.


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  • Healthcare-associated infections (HAI) are frequent and represent a serious global health problem. Staphylococcus aureus is the most common human pathogen and one of the main causative agents of HAI. Thiazolidines are a pharmacophoric group of interest in the development of new drugs due to their many biological activities, such as antimicrobial. The aim of this study was to evaluate the antimicrobial and antibiofilm activities of two analog series of thiazolidine-2,4-dione and 4-thioxothiazolidine-2-one against multidrug-resistant Staphylococcus aureus clinical isolates. Twenty S. aureus clinical isolates were evaluated for the presence of antimicrobial resistance genes (vanA, mecA, norA, and ermA) and biofilm formation. We determined the MIC and MBC, time- to-kill, antibiofilm, in vivo antimicrobial activity, and morphological changes induced by the thiazolidine derivatives, as well as their cytotoxicity. The mecA, norA, and ermA genes were found in 95%, 95% and 80% of S. aureus clinical isolates, respectively. None of the isolates had the vanA gene. All clinical isolates were biofilm formers, 85% of them classified as strongly adherent. The most active derivatives (1a, 2a, and 2b) showed MIC between 1 and 16 μg/mL, with time-to-kill curves showing a bactericidal effect up to 24 h. In the antibiofilm assay, the most active derivatives were able to inhibit about 90% of biofilm formation. The 5-benzylidene-4-thioxothiazolidine-2-one derivatives were more active against planktonic S. aureus, while the 5-benzylidene-thiazolidine-2,4-dione derivatives were able to disrupt about 50% of the mature biofilm. In the in vivo infection model using Caenorhabditis elegans as a host, the derivatives 1a, 2a, and 2b increased nematode survival with a concentration-dependent effect. Exposure of S. aureus to the derivatives 2a and 2b induced surface changes and decrease cell size. None of the derivatives was cytotoxic for human peripheral blood mononuclear cells (PBMC) but showed moderate cytotoxicity for L929 fibroblasts. Only derivative 2b showed a selectivity index greater than 10 for both cells. Thus, these derivatives are drug candidates for the development of new antimicrobials.

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  • ROBERTA LANE DE OLIVEIRA SILVA
  • Identificação de genes expressos em cana-de-açúcar em condições de estresse hídrico através da técnica de SuperSAGE

  • Orientador : ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA MARIA BENKO ISEPPON
  • FRANCISMAR CORREA MARCELINO GUIMARAES
  • NINA DA MOTA SOARES CAVALCANTI
  • PERICLES DE ALBUQUERQUE MELO FILHO
  • ROSEANE CAVALCANTI DOS SANTOS
  • Data: 21/06/2022

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  • A cana de açúcar é uma cultura de alto valor para a indústria, sendo cultivada em países tropicais e subtropicais. Semelhantemente a outras culturas agronomicamente importantes, o cultivo da cana enfrenta perdas significativas devido a condições edafoclimáticas inadequadas ou desfavoráveis. Neste cenário, a seca figura como um dos mais importantes estresses abióticos, sendo considerado de extrema importância quando se trata de perdas na produtividade da cana. O presente trabalho teve como objetivo analisar o perfil de transcrição de genótipos de cana-de-açúcar tolerantes e sensíveis ao déficit hídrico, utilizando a técnica de SuperSAGE. Para tanto, genótipos selecionados a partir do programa de melhoramento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), com performances contrastantes sob déficit hídrico foram submetidos à supressão de rega por 24 horas e constituíram o material vegetal avaliado. Foram geradas quatro bibliotecas SuperSAGE, as quais incluíram 8.787.315 tags (26 pb) as quais, após a exclusão dos singlets, permitiram a identificação de 205.975 unitags. As bibliotecas mais representativas, considerando o número de tags, foram TC (tolerante controle; 2.516.454 tags) e SD (sensível estressada; 2.133.587 tags), enquanto TD (tolerante estressada; 750.226 tags) e SC (sensível controle; 762.492 marcas) foram menos abundantes. Para a anotação tag-gene, foram realizados alinhamentos contra ESTs de gramíneas de diferentes bancos de dados públicos, os quais foram posteriormente categorizados em termos de Ontologia Gênica (GO) usando a ferramenta Blast2GO. A partir das análises estatísticas considerando P ≤ 0,05 (teste Audic-Claverie) foi possível detectar as tags diferencialmente expressas, dentre as quais 213 foram identificadas como superexpressas. Desse total, 68 unitags possuíam anotação ou termo GO e 145 permaneceram sem anotação. Com o intuito de eleger um grupo com as melhores tags para validação via RT-qPCR foram selecionados candidatos que apresentaram respostas exclusivas, diferencialmente significativas e divergentes entre os bulks de genótipos tolerantes e sensíveis quando comparadas as condições de estresse e controle. Dez alvos que se apresentaram superexpressos na comparação entre contraste ‘tolerante controle’ versus ‘tolerante estressado’ e, ao mesmo tempo, reprimidos ou não significativos no contraste ‘sensível controle’ versus ‘sensível estressado’ foram selecionados para a etapa de validação via RT-qPCR. Dentre os candidatos testados, oito alvos (ACC deaminase, Aspartic proteinase, Thioredoxin, Na+ dependent neutral amino acid transporter, 6-phosphofructo-2-kinase, Beta-expansin 8 precursor, Acetil CoA carboxylase e Unknown) foram validados e confirmaram os dados SuperSAGE, apresentando-se superexpressos em quase todos os genótipos tolerantes e não significativos na maioria dos genótipos sensíveis, contribuindo assim para um melhor entendimento da percepção do estresse aplicado e podendo ser útil ao melhoramento genético da cana-de-açúcar. Adicionalmente, dez genes de referência foram selecionados para avaliação com algoritmos estatísticos (GeNorm, NormFinder and BestKeeper), dos quais seis (Histona, Ubiquitina, SAMDC, 25S rRNA, α-tubulina e GAPDH) foram considerados apropriados para normalizar os dados de expressão de raízes de genótipos de cana-de-açúcar sob seca, sendo Histona e α-tubulina relatados pela primeira vez para a espécie. Análises adicionais permitiram identificar representantes das quatro subfamílias (PIP, TIP, SIP e NIP) de aquaporinas descritas em vegetais superiores, apresentando 42 isoformas distintas. Ao menos 10 potenciais alvos distintos de isoformas de aquaporinas e suas respectivas unitags foram considerados promissores para estudos futuros, dos quais dois (SsPIP1-1 e SoPIP1-3/PIP1-4) foram validados via RT-qPCR e apresentaram potencial para desenvolvimento de marcadores moleculares para uso no melhoramento genético. 


  • Mostrar Abstract
  • A cana de açúcar é uma cultura de alto valor para a indústria, sendo cultivada em países tropicais e subtropicais. Semelhantemente a outras culturas agronomicamente importantes, o cultivo da cana enfrenta perdas significativas devido a condições edafoclimáticas inadequadas ou desfavoráveis. Neste cenário, a seca figura como um dos mais importantes estresses abióticos, sendo considerado de extrema importância quando se trata de perdas na produtividade da cana. O presente trabalho teve como objetivo analisar o perfil de transcrição de genótipos de cana-de-açúcar tolerantes e sensíveis ao déficit hídrico, utilizando a técnica de SuperSAGE. Para tanto, genótipos selecionados a partir do programa de melhoramento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), com performances contrastantes sob déficit hídrico foram submetidos à supressão de rega por 24 horas e constituíram o material vegetal avaliado. Foram geradas quatro bibliotecas SuperSAGE, as quais incluíram 8.787.315 tags (26 pb) as quais, após a exclusão dos singlets, permitiram a identificação de 205.975 unitags. As bibliotecas mais representativas, considerando o número de tags, foram TC (tolerante controle; 2.516.454 tags) e SD (sensível estressada; 2.133.587 tags), enquanto TD (tolerante estressada; 750.226 tags) e SC (sensível controle; 762.492 marcas) foram menos abundantes. Para a anotação tag-gene, foram realizados alinhamentos contra ESTs de gramíneas de diferentes bancos de dados públicos, os quais foram posteriormente categorizados em termos de Ontologia Gênica (GO) usando a ferramenta Blast2GO. A partir das análises estatísticas considerando P ≤ 0,05 (teste Audic-Claverie) foi possível detectar as tags diferencialmente expressas, dentre as quais 213 foram identificadas como superexpressas. Desse total, 68 unitags possuíam anotação ou termo GO e 145 permaneceram sem anotação. Com o intuito de eleger um grupo com as melhores tags para validação via RT-qPCR foram selecionados candidatos que apresentaram respostas exclusivas, diferencialmente significativas e divergentes entre os bulks de genótipos tolerantes e sensíveis quando comparadas as condições de estresse e controle. Dez alvos que se apresentaram superexpressos na comparação entre contraste ‘tolerante controle’ versus ‘tolerante estressado’ e, ao mesmo tempo, reprimidos ou não significativos no contraste ‘sensível controle’ versus ‘sensível estressado’ foram selecionados para a etapa de validação via RT-qPCR. Dentre os candidatos testados, oito alvos (ACC deaminase, Aspartic proteinase, Thioredoxin, Na+ dependent neutral amino acid transporter, 6-phosphofructo-2-kinase, Beta-expansin 8 precursor, Acetil CoA carboxylase e Unknown) foram validados e confirmaram os dados SuperSAGE, apresentando-se superexpressos em quase todos os genótipos tolerantes e não significativos na maioria dos genótipos sensíveis, contribuindo assim para um melhor entendimento da percepção do estresse aplicado e podendo ser útil ao melhoramento genético da cana-de-açúcar. Adicionalmente, dez genes de referência foram selecionados para avaliação com algoritmos estatísticos (GeNorm, NormFinder and BestKeeper), dos quais seis (Histona, Ubiquitina, SAMDC, 25S rRNA, α-tubulina e GAPDH) foram considerados apropriados para normalizar os dados de expressão de raízes de genótipos de cana-de-açúcar sob seca, sendo Histona e α-tubulina relatados pela primeira vez para a espécie. Análises adicionais permitiram identificar representantes das quatro subfamílias (PIP, TIP, SIP e NIP) de aquaporinas descritas em vegetais superiores, apresentando 42 isoformas distintas. Ao menos 10 potenciais alvos distintos de isoformas de aquaporinas e suas respectivas unitags foram considerados promissores para estudos futuros, dos quais dois (SsPIP1-1 e SoPIP1-3/PIP1-4) foram validados via RT-qPCR e apresentaram potencial para desenvolvimento de marcadores moleculares para uso no melhoramento genético. 

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  • ZILMAR MEIRELES PIMENTA BARROS
  • DESENVOLVIMENTO DE SUCOS PROBIÓTICOS TERMOSSONICADOS E FERMENTADOS DE ACEROLA E GOIABA

  • Orientador : ESTER RIBEIRO DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ESTER RIBEIRO DE ANDRADE
  • FERNANDA ARAUJO HONORATO
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • TATIANA SOUZA PORTO
  • Data: 13/07/2022

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  • Termossonicação é uma tecnologia emergente que combina o uso de ultrassom e temperatura moderada, sendo reconhecida na inativação microbiana em sucos de frutas. Esta técnica não causa degradação de compostos bioativos como ocorre com a pasteurização, o que resulta em alimentos com características mais próximas àquelas do produto fresco. O objetivo deste trabalho, portanto, foi avaliar o efeito da termossonicação na produção de sucos probióticos fermentados de acerola e de goiaba usando Lactobacillus rhamnosus ATCC 7469. A termossonicação foi realizada em um processador ultrassônico (500 W; 19 kHz) associado a um banho ultratermostatizado. Foi realizado um planejamento composto central rotacional para determinar a condição mais promissora de termossonicação para cada suco (acerola e goiaba), avaliando a influência da intensidade de potência (20–100%) e temperatura (25-65 oC) sobre inativação microbiológica, compostos fenólicos totais, atividade antioxidante, ácido ascórbico, carotenoides e cor. A produção (50 % V/V de polpa) e o estoque refrigerado (28 dias) dos sucos probióticos fermentados a 37 oC, durante 24 horas foram analisados na condição selecionada de termossonicação. A termossonicação se mostrou mais eficiente quando comparada à pasteurização, com valores de viabilidade celular para o parâmetro de inativação microbiológica inferior aos da pasteurização. Os teores de compostos bioativos para ambos os sucos termossonicados nessa condição apresentaram valores superiores quando comparados às amostras pasteurizadas, exceto para teor de carotenoides. A condição de termossonicação que apresentou esses resultados foi de 60% de intensidade de potência do ultrassom, temperatura de 65 ° C e tempo de termossonicação de 10 minutos, para ambos os sucos. As produtividades volumétricas máximas em relação às células e ao produto foram quase o dobro quando os sucos foram termossonicados e a sobrevivência ao estoque foi 7,5% maior. A termossonicação evidenciou maior eficiência quando comparado ao tratamento térmico convencional, resultando em um suco probiótico fermentado vegetal com potencial para comercialização, que atenderá um segmento de mercado que busca produtos com probióticos em base não láctea. 


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  • Termossonicação é uma tecnologia emergente que combina o uso de ultrassom e temperatura moderada, sendo reconhecida na inativação microbiana em sucos de frutas. Esta técnica não causa degradação de compostos bioativos como ocorre com a pasteurização, o que resulta em alimentos com características mais próximas àquelas do produto fresco. O objetivo deste trabalho, portanto, foi avaliar o efeito da termossonicação na produção de sucos probióticos fermentados de acerola e de goiaba usando Lactobacillus rhamnosus ATCC 7469. A termossonicação foi realizada em um processador ultrassônico (500 W; 19 kHz) associado a um banho ultratermostatizado. Foi realizado um planejamento composto central rotacional para determinar a condição mais promissora de termossonicação para cada suco (acerola e goiaba), avaliando a influência da intensidade de potência (20–100%) e temperatura (25-65 oC) sobre inativação microbiológica, compostos fenólicos totais, atividade antioxidante, ácido ascórbico, carotenoides e cor. A produção (50 % V/V de polpa) e o estoque refrigerado (28 dias) dos sucos probióticos fermentados a 37 oC, durante 24 horas foram analisados na condição selecionada de termossonicação. A termossonicação se mostrou mais eficiente quando comparada à pasteurização, com valores de viabilidade celular para o parâmetro de inativação microbiológica inferior aos da pasteurização. Os teores de compostos bioativos para ambos os sucos termossonicados nessa condição apresentaram valores superiores quando comparados às amostras pasteurizadas, exceto para teor de carotenoides. A condição de termossonicação que apresentou esses resultados foi de 60% de intensidade de potência do ultrassom, temperatura de 65 ° C e tempo de termossonicação de 10 minutos, para ambos os sucos. As produtividades volumétricas máximas em relação às células e ao produto foram quase o dobro quando os sucos foram termossonicados e a sobrevivência ao estoque foi 7,5% maior. A termossonicação evidenciou maior eficiência quando comparado ao tratamento térmico convencional, resultando em um suco probiótico fermentado vegetal com potencial para comercialização, que atenderá um segmento de mercado que busca produtos com probióticos em base não láctea. 

15
  • LORENNA KARYNNE BEZERRA SANTOS
  • DESENVOLVIMENTO DE NANOIMUNOSSENSOR ELETROQUIÍMICO POINT-OF-CARE PARA DETECÇÃO DO VÍRUS ZIKA

  • Orientador : ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BARBARA VIRGINIA MENDONCA DA SILVA CORREIA
  • DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • MARCOS VINÍCIUS FOGUEL
  • PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
  • ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • WENDELL WONS NEVES
  • Data: 24/10/2022

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  • A infecção pelo vírus da Zika (ZIKV) surgiu no Brasil em meados de 2015, trazendo agravantes como síndromes neurológicas e congênitas, que configuram grande problema de saúde pública visto que não há vacinas e sua disseminação é pouco controlável. A sintomatologia e estrutura do vírus se assemelham a dos demais flavivírus co-circulantes em regiões endêmicas, como o vírus da dengue (DENV), causando dificuldades no diagnóstico clínico diferencial. A presença de reações cruzadas são bem comuns nos testes disponíveis no mercado e a subnotificação decorrente da falta de um diagnóstico eficaz prejudica os estudos epidemiológicos relacionados com essa infecção. Tendo em vista que o diagnóstico diferencial é algo complexo, a procura por biomarcadores mais específicos e sensíveis se faz necessária. A proteína estrutural de envelope do ZIKV vem sendo aplicada em vacinas e em novos métodos de diagnósticos devido a sua alta atividade imunogênica e a sua composição peculiar, que diminuem a possibilidade de reações cruzadas com DENV e demais flavivírus. Ao se tratar de métodos de diagnóstico rápido, os nanoimunossensores eletroquímicos atendem bem aos requisitos demandados, uma vez que consistem numa tecnologia sensível, de fácil uso e passível de ser utilizada para diagnóstico “point-of-care”. Nesta tese foi desenvolvido um imunossensor eletroquímico com atividade redox intrínseca, formado por um nanocompósito confeccionado a partir da união de nanotubos de carbono (CNT), quitosana (CS) e azul da Prússia (PB), que foi depositado sobre um eletrodo impresso de carbono. O azul da prússia tem sido bastante usado para a construção de superfícies eletrocatalíticas, devido principalmente a sua boa estabilidade química e reversibilidade. Nos sensores eletroquímicos, os CNT aumentam a área superficial e transferência eletrônica A quitosana torna o nanocompósito mais biocompatível e estável em diferentes potenciais. Para as medidas analíticas no nanoimunossensor, foi utilizada a técnica de voltametria cíclica em ausência de sonda redox, utilizando uma janela de potencial entre - 0,4 e 0,6 V com uma taxa de varredura de 50 mV.s -1 . O nanoimunossensor foi capaz de detectar a proteína Envelope do ZIKV em uma faixa linear de 0,25 a 1,75 µg/mL (n = 8, p &lt; 0,01), com um limiar de reação (cutoff) de 0,20 µg/mL. O imunossensor desenvolvido trouxe novas perspectivas em medidas eletroquímicas sem o uso de sonda redox (redox probe-free), e potencial ferramenta para o diagnóstico do vírus Zika, podendo ser utilizado em pronto atendimento para acompanhamento clínico e também em estudos epidemiológicos.


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  • A infecção pelo vírus da Zika (ZIKV) surgiu no Brasil em meados de 2015, trazendo agravantes como síndromes neurológicas e congênitas, que configuram grande problema de saúde pública visto que não há vacinas e sua disseminação é pouco controlável. A sintomatologia e estrutura do vírus se assemelham a dos demais flavivírus co-circulantes em regiões endêmicas, como o vírus da dengue (DENV), causando dificuldades no diagnóstico clínico diferencial. A presença de reações cruzadas são bem comuns nos testes disponíveis no mercado e a subnotificação decorrente da falta de um diagnóstico eficaz prejudica os estudos epidemiológicos relacionados com essa infecção. Tendo em vista que o diagnóstico diferencial é algo complexo, a procura por biomarcadores mais específicos e sensíveis se faz necessária. A proteína estrutural de envelope do ZIKV vem sendo aplicada em vacinas e em novos métodos de diagnósticos devido a sua alta atividade imunogênica e a sua composição peculiar, que diminuem a possibilidade de reações cruzadas com DENV e demais flavivírus. Ao se tratar de métodos de diagnóstico rápido, os nanoimunossensores eletroquímicos atendem bem aos requisitos demandados, uma vez que consistem numa tecnologia sensível, de fácil uso e passível de ser utilizada para diagnóstico “point-of-care”. Nesta tese foi desenvolvido um imunossensor eletroquímico com atividade redox intrínseca, formado por um nanocompósito confeccionado a partir da união de nanotubos de carbono (CNT), quitosana (CS) e azul da Prússia (PB), que foi depositado sobre um eletrodo impresso de carbono. O azul da prússia tem sido bastante usado para a construção de superfícies eletrocatalíticas, devido principalmente a sua boa estabilidade química e reversibilidade. Nos sensores eletroquímicos, os CNT aumentam a área superficial e transferência eletrônica A quitosana torna o nanocompósito mais biocompatível e estável em diferentes potenciais. Para as medidas analíticas no nanoimunossensor, foi utilizada a técnica de voltametria cíclica em ausência de sonda redox, utilizando uma janela de potencial entre - 0,4 e 0,6 V com uma taxa de varredura de 50 mV.s -1 . O nanoimunossensor foi capaz de detectar a proteína Envelope do ZIKV em uma faixa linear de 0,25 a 1,75 µg/mL (n = 8, p &lt; 0,01), com um limiar de reação (cutoff) de 0,20 µg/mL. O imunossensor desenvolvido trouxe novas perspectivas em medidas eletroquímicas sem o uso de sonda redox (redox probe-free), e potencial ferramenta para o diagnóstico do vírus Zika, podendo ser utilizado em pronto atendimento para acompanhamento clínico e também em estudos epidemiológicos.

16
  • SILVANIA TAVARES PAZ
  • USO DE RESINAS NATURAIS DE PLANTAS DO NORDESTE BRASILEIRO NA TÉCNICA HISTOLÓGICA DE ROTINA COMO ALTERNATIVAS DE MEIOS DE MONTAGEM ECONOMICAMENTE VIÁVEIS E AMBIENTALMENTE SAUDÁVEIS
  • Orientador : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CLAUDIO GABRIEL RODRIGUES
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • MARIANA BRAYNER CAVALCANTI FREIRE BEZERRA
  • PALOMA LYS DE MEDEIROS
  • Data: 20/12/2022

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  • O meio de montagem constitui uma interface que é adicionado entre a lâmina e a lamínula, na finalização de preparações histológicas, no intuito de proteger fisicamente o tecido analisado. Existem vários tipos de meios de montagem disponíveis no mercado e a maioria desses possuem solventes em sua composição, principalmente o xileno que é muito tóxico, além de agentes antifúngicos que podem interferir na visualização dos tecidos histológicos devido à sensibilidade de algumas colorações. Neste trabalho objetivou-se utilizar exsudatos naturais de plantas do Nordeste brasileiro, obtidos das espécies Anacardium occidentale L. (cajueiro), Mangifera indica L. (mangueira) e Artocarpus heterophyllus Lam. (jaqueira), como alternativas de meios de montagem na técnica histológica. A goma bruta de cajueiro passou por trituração, dissolução em água, lavagens e precipitação em etanol até a obtenção de um polímero. Látex da jaqueira e da mangueira foram coletados diretamente em um recipiente de vidro contendo álcool à 100 %, após foram peneirados e secos até a obtenção de uma massa viscosa, que foi pesada e misturada com óleo mineral (10 g: 1 mL). A massa resultante foi macerada, condicionada em estufa a 60ºC e depois de resfriada foi obtido um líquido viscoso e translúcido. O índice de refração de cada meio de montagem foi determinado por refratometria. As medidas de viscosidade dos meios  obtidos foram realizadas através de viscosímetro digital. Preparações histológicas com diferentes amostras  foram finalizadas com os meios de montagem naturais. Foram utilizados cortes histológicos de órgãos de ratos  Wistar (coração, aorta, traquéia, língua, intestino delgado, fígado, baço, rim e pele), de embriões de ave (Gallus  gallus domesticus), amostras de tecidos humanos (necrópsia de cérebro, estômago e intestino) e material  vegetal (folhas e pedúnculos de cajueiro, jaqueira e mangueira). As preparações permanentes das diferentes amostras utilizadas apresentaram qualidade satisfatória com relação a nitidez, integridade das colorações e  conservação das estruturas, aspectos indispensáveis às análises morfológicas. Algumas preparações foram  também acompanhadas por um período de três ano de observação e mantiveram-se sem alterações atendendo  o requisito de durabilidade. Os meios de montagem naturais foram considerados apropriados para a finalização  das preparações histológicas, sendo sugeridos como alternativas aos meios comerciais relativamente tóxicos e amplamente utilizados.

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  • Goma de cajueiro (Anacardium occidentale L.) utilizada como alternativa de meio de montagem de preparações histológicas

2021
Teses
1
  • CAMILA SOLEDADE DE LIRA PIMENTEL
  • AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES INSETICIDAS DE ÓLEOS ESSENCIAIS E COMPOSTOS VOLÁTEIS FRENTE AO Sitophilus Zeamais E Aedes aegypti

  • Orientador : DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • LIDIANE PEREIRA DE ALBUQUERQUE
  • ROSÂNGELA MARIA RODRIGUES BARBOSA
  • Data: 03/09/2021

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  • O uso indiscriminado de inseticidas sintéticos no combate de pragas e vetores, vem causando impactos ambientais e populações de insetos resistentes. Estratégias alternativas que controle esses insetos são necessárias. O presente trabalho, descreve a atividade inseticida dos óleos essenciais de Piper corcovadensis (PcLEO) e 1-butil-3,4- Metilenodioxibenzeno (BMDB); Etlingera elatior (EeIEO) e dodecanal (NAL) e dodecanol (NOL) contra Sitophilus zeamais e investiga o uso de compostos voláteis (β – pineno, α – pineno, NAL e NOL) presentes em plantas frente ao Aedes aegypti nas fases de ovo e pupa. O óleo essencial foi extraído pela técnica de hidrodestilação em aparelho de tipo Clevenger modificado, por três horas, tratados com sulfato de sódio anidro e analisados por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG-EM). O BMDB foi sintetizado a partir do 4-bromo-1,2-metilenodióxibenzeno e os demais compostos foram adquiridos na Sigma-Aldrich. Avaliou-se a toxicidade por fumigação, contato e ingestão do PcLEO, EeIEO e seus compostos principais. Assim como, os parâmetros nutricionais, o índice de deterrência alimentar e atividade de enzimas digestivas em adultos de S. zeamais. O PcLEO e BMDB foram tóxicos por fumigação (CL50 de 9,46 e 0,85 μL/L de ar, respectivamente), por contato (DL50 de 9,38 μg/g de inseto e 6,16 μg/g, respectivamente) e por ingestão (CL50: 16,04 e 14,30 mg/g, respectivamente). Tanto o PcLEO quanto BMDB promoveram perda de biomassa pelos insetos e apresentaram efeito deterrente forte. Além disso, ambos foram capazes de inibir as atividades de tripsina e α-amilase. De acordo com os resultados obtidos, o BMDB provou ter um maior efeito sob adultos de S. zeamais. Em relação ao EeIEO, NAL e NOL, apresentaram toxicidade por fumigação, com CL50 de 0,031; 0,038 e 0,122 μL/L de ar, respectivamente. E foram tóxicos por contato, mostrando DL50 de 18,7; 22,8 e 4,4 μg/g respectivamente. Além disso, o óleo e os compostos interferiram nos parâmetros nutricionais dos insetos adultos de S. zeamais e a partir de 10,0 mg/g apresentaram forte deterrência alimentar, também foram capazes de inibir a atividade de α-amilase. Quando comparado os resultados, o NOL se destacou, o EeIEO e NAL, obtiveram resultados bem próximos, isso pode estar relacionado a composição química do óleo, já que o NAL representa mais de 50% da constituição do óleo. Nos ensaios com A. aegypti, os compostos voláteis foram capazes de inibir a eclosão de larvas e também apresentaram mortalidade para pupas. O NOL demostrou melhor resultado, no entanto, é necessário a continuidade destes ensaios para um melhor entendimento. Como conclusão, óleos essenciais e compostos voláteis, mostram-se como potenciais agente inseticida para controle de insetos vetores e pragas agrícolas.


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  • O uso indiscriminado de inseticidas sintéticos no combate de pragas e vetores, vem causando impactos ambientais e populações de insetos resistentes. Estratégias alternativas que controle esses insetos são necessárias. O presente trabalho, descreve a atividade inseticida dos óleos essenciais de Piper corcovadensis (PcLEO) e 1-butil-3,4- Metilenodioxibenzeno (BMDB); Etlingera elatior (EeIEO) e dodecanal (NAL) e dodecanol (NOL) contra Sitophilus zeamais e investiga o uso de compostos voláteis (β – pineno, α – pineno, NAL e NOL) presentes em plantas frente ao Aedes aegypti nas fases de ovo e pupa. O óleo essencial foi extraído pela técnica de hidrodestilação em aparelho de tipo Clevenger modificado, por três horas, tratados com sulfato de sódio anidro e analisados por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa (CG-EM). O BMDB foi sintetizado a partir do 4-bromo-1,2-metilenodióxibenzeno e os demais compostos foram adquiridos na Sigma-Aldrich. Avaliou-se a toxicidade por fumigação, contato e ingestão do PcLEO, EeIEO e seus compostos principais. Assim como, os parâmetros nutricionais, o índice de deterrência alimentar e atividade de enzimas digestivas em adultos de S. zeamais. O PcLEO e BMDB foram tóxicos por fumigação (CL50 de 9,46 e 0,85 μL/L de ar, respectivamente), por contato (DL50 de 9,38 μg/g de inseto e 6,16 μg/g, respectivamente) e por ingestão (CL50: 16,04 e 14,30 mg/g, respectivamente). Tanto o PcLEO quanto BMDB promoveram perda de biomassa pelos insetos e apresentaram efeito deterrente forte. Além disso, ambos foram capazes de inibir as atividades de tripsina e α-amilase. De acordo com os resultados obtidos, o BMDB provou ter um maior efeito sob adultos de S. zeamais. Em relação ao EeIEO, NAL e NOL, apresentaram toxicidade por fumigação, com CL50 de 0,031; 0,038 e 0,122 μL/L de ar, respectivamente. E foram tóxicos por contato, mostrando DL50 de 18,7; 22,8 e 4,4 μg/g respectivamente. Além disso, o óleo e os compostos interferiram nos parâmetros nutricionais dos insetos adultos de S. zeamais e a partir de 10,0 mg/g apresentaram forte deterrência alimentar, também foram capazes de inibir a atividade de α-amilase. Quando comparado os resultados, o NOL se destacou, o EeIEO e NAL, obtiveram resultados bem próximos, isso pode estar relacionado a composição química do óleo, já que o NAL representa mais de 50% da constituição do óleo. Nos ensaios com A. aegypti, os compostos voláteis foram capazes de inibir a eclosão de larvas e também apresentaram mortalidade para pupas. O NOL demostrou melhor resultado, no entanto, é necessário a continuidade destes ensaios para um melhor entendimento. Como conclusão, óleos essenciais e compostos voláteis, mostram-se como potenciais agente inseticida para controle de insetos vetores e pragas agrícolas.

2
  • PRISCILA DIAS MENDONCA
  • DESENVOLVIMENTO DE PLATAFORMAS NANOHIBRÍDAS BIOSSENSORAS APLICADAS AO DIAGNÓSTICO DA DENGUE E ZIKA

  • Orientador : ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • MARCOS VINÍCIUS FOGUEL
  • MARLI TENÓRIO CORDEIRO
  • PATRICIA MUNIZ MENDES FREIRE DE MOURA
  • ROSA AMALIA FIREMAN DUTRA
  • Data: 27/10/2021

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  • As afecções por arboviroses são reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde como um
    problema global de saúde, gerando impactos sociais e econômicos relevantes. Nas zonas
    tropicas e intertropicais do globo terrestre, a infecção por dengue tem sido a mais
    endemicamente prevalente, embora outras infecções como, por exemplo, a Zika tenha causado
    efeitos devastadores, como a síndrome congênita fetal. Considerando-se que o diagnóstico
    diferencial clínico e em larga escala seja uma tarefa difícil, a busca por novos biomarcadores
    que identifiquem as arboviroses de modo laboratorial é desejável. A proteína não estrutural 1
    (NS1) tem sido observada nas infecções pelos vírus da Dengue (DENV) e Zika (ZIKV),
    circulando na corrente sanguínea do indivíduo infectado durante toda a viremia, com níveis
    mais elevados na fase inicial da doença, tendo sido detectada no soro e na urina. A proteína
    NS1 por ser considerada sensível entre as proteínas não estruturais e mais específica para o
    diagnóstico é importante na fase clínica dessas infecções, muitas pesquisas para o
    desenvolvimento de imunossensores foram realizadas, usando diferentes tipos de transdução,
    tais como: fluorescência, impedância, ressonância plasmônica de superfície, amperometria.
    Entretanto, a transdução amperométrica, por ser de fácil portabilidade e poder ser usada em
    pronto-atendimento tem se mostrado a mais atrativa. Nesta tese foi desenvolvida uma
    plataforma imunossensora constituída pela eletrossíntese do polietilenodiamina (poli-EDA), a
    partir da oxidação da etilenodiamina, proporcionando uma espessura controlada e boas
    propriedades eletroquímicas. O filme de poli-EDA rico em grupos amino-reativos foi utilizado
    para estrategicamente ancorar nanotubos de carbono (NTC) que aumentam a transferência de
    elétrons, bem como a área eletroativa da superfície sensora. A incorporação de NTC
    carboxilados proporcionaram a imobilização de modo orientado dos anticorpos monoclonais
    anti-NS1 por meio de ligações covalentes, permitindo uma alta estabilidade durante as
    medidas. Todas as etapas de modificações da superfície eletródica foram caracterizadas
    eletroquímica, estrutural e morfologicamente pelas técnicas de voltametria cíclica,
    espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier com refletância total atenuada
    (FT-IR ATR) e microscopia eletrônica de varredura, respectivamente. Um sistema de
    microbalança de cristal de quartzo foi usado para controlar a espessura do poli-EDA
    eletrossintetizado em ordem de nanoescala (~ 100nm). As respostas analíticas do
    imunossensor à proteína NS1 foram obtidas por técnica de voltametria de pulso diferencial
    exibindo uma faixa linear entre 20 e 800 ng/m; com limite de detecção de 6,8 ng/mL e
    reprodutibilidade de 97,0%. Este imunossensor foi capaz de detectar a proteína NS1 em níveis
    clínicos, em amostras de soro e de urina enriquecida coletados de indivíduos com Dengue e
    com Zika. Assim, sugere-se que o polímero sintetizado e constituído com NTCs (poli-EDA/NTC)
    apresenta potencial para o desenvolvimento de novas metodologias, proporcionando um
    diagnóstico mais rápido, preciso e sensível em relação as técnicas existentes, podendo
    viabilizar dados clínicos de indivíduos infectados, ATR FT-IR bem como estudos
    epidemiológicos para auxiliar na abordagem sanitária de regiões endêmicas do mundo.


  • Mostrar Abstract
  • Arboviruses diseases are recognized by the World Health Organization as a global health
    problem, generating relevant social and economic impacts. In the tropics and intertropical zones
    of the terrestrial globe, dengue infection has been the most endemically prevalent, although
    other infections, such as Zika, have had devastating effects, such as congenital fetal syndrome.
    Considering that the clinical differential diagnosis is a difficult task, the search for new
    biomarkers that identify arboviruses in a laboratory manner and in large scale is desirable. Non-
    structural protein 1 (NS1) has been observed in infections by Dengue (DENV) and Zika (ZIKV)
    viruses, circulating in the bloodstream of the infected individual during the entire viremia, with
    higher levels in the initial phase of the disease, having been detected in serum and urine
    samples. Because the NS1 protein is considered sensitive among non-structural proteins and
    more specific for diagnosis, it is important in the clinical phase of these infections, several
    studies for the development of immunosensors were carried out, using different types of
    transduction, such as: fluorescence, impedance, surface plasmon resonance, amperometry.
    However, the amperometric transduction, as it is easy to be portable and can be used in
    emergency care, has proven to be the most attractive. In this thesis, an immunosensor platform
    was developed, constituted by the electrosynthesis of polyethylenediamine (poly-EDA), from the
    oxidation of ethylenediamine, providing a controlled thickness and good electrochemical
    properties. The poly-EDA film rich in amino-reactive groups was used to strategically anchor
    carbon nanotubes (CNT) that increase the electron transfer as well as the electroactive area of
    the sensor surface. The incorporation of CNT carboxylated provided an oriented immobilization
    of the anti-NS1 monoclonal antibodies by covalent bonds, allowing a high stability during the
    measurements. All steps of electrode surface modifications were characterized by
    electrochemical, structural and morphological techniques using cyclic voltammetry, Fourier
    Transform Infrared with Attenuated Total Reflectance (ATR FTIR) and scanning electron
    microscopy, respectively. A quartz crystal microbalance system was used to control the
    thickness of the electrosynthesized poly-EDA in nanoscale order (~100nm). The analytical
    responses of immunosensor to the NS1 protein were obtained by differential pulse voltammetry
    technique showing a linear range between 20 and 800 ng/mL; with a limit of detection 6.8 ng/mL
    and reproducibility of 97.0%. This immunosensor was able to detect the NS1 protein at clinical
    levels, in serum and spiked urine samples collected from individuals with Dengue and Zika.
    Thus, it is suggested that the polymer synthesized and constituted with NTCs (poly-EDA/NTC)
    has potential for the development of new methodologies, providing a faster, more accurate and
    sensitive diagnosis compared to existing techniques, and may enable clinical data of individuals
    infected as well as epidemiological studies to assist in the sanitary approach of endemic regions
    of the world.

3
  • BHEATRIZ NUNES DE LIMA ALBUQUERQUE
  • Extração de folhas de Piper corcovadensis (Piperaceae) e avaliação das atividades biológicas frente ao Aedes aegypti

  • Orientador : DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROSÂNGELA MARIA RODRIGUES BARBOSA
  • KAMILLA ANDRADE DUTRA
  • DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • LIDIANE PEREIRA DE ALBUQUERQUE
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • Data: 27/10/2021

  • Mostrar Resumo
  • O mosquito Aedes aegypti L. preocupa os órgãos de saúde mundial, por ser o
    vetor responsável pela transmissão das arboviroses dengue, chikungunya, zika e febre
    amarela. Por isso, o controle da dispersão deste inseto é fundamental para impedir ou
    minimizar essas doenças. Diante disso, o presente estudo objetivou: (i) obter os extratos
    e óleos essenciais das folhas de Piper corcovadensis através das técnicas de
    hidrodestilação, maceração, fluido supercrítico, headspace, arraste a vapor e ultrassom;
    (ii) identificar os compostos extraídos com a técnica de cromatografia gasosa acoplada
    a espectrometria de massas (CG/EM) e quantificá-los através da cromatografia gasosa
    (CG); (iii) comparar o perfil cromatográfico dos óleos essenciais e extratos obtidos
    pelas técnicas estudadas; (iv) isolar e caracterizar o β-germacrene-D-4-ol; (v) avaliar as
    atividades larvicida e deterrente de oviposição frente ao mosquito A. aegypti. Os
    compostos majoritários obtidos através das técnicas de extração foram o terpinolene, 1-
    butyl-3,4-methylenedioxybenzene, trans-caryophyllene e β-germacrene-D-4-ol. Os
    métodos de arraste a vapor, maceração e o fluído supercrítico foram os melhores para
    extrair o β-germacrene-D-4-ol, 26,48 ± 0,37%, 25,26 ± 0,39% e 24,38 ± 0,47%,
    respectivamente. O isolamento do β-germacrene-D-4-ol (52,9 mg; rendimento de
    26,5%) foi realizado através de cromatografia em coluna do extrato obtido por
    maceração e tanto o extrato, quanto o β-germacrene-D-4-ol atuaram como larvicidas
    (6,71 ± 0,16 ppm e 18,23 ± 1,19 ppm, respectivamente) e inibidores de oviposição nas
    concentrações de 5, 10 e 50 ppm frente ao A. aegypti.


  • Mostrar Abstract
  • O mosquito Aedes aegypti L. preocupa os órgãos de saúde mundial, por ser o
    vetor responsável pela transmissão das arboviroses dengue, chikungunya, zika e febre
    amarela. Por isso, o controle da dispersão deste inseto é fundamental para impedir ou
    minimizar essas doenças. Diante disso, o presente estudo objetivou: (i) obter os extratos
    e óleos essenciais das folhas de Piper corcovadensis através das técnicas de
    hidrodestilação, maceração, fluido supercrítico, headspace, arraste a vapor e ultrassom;
    (ii) identificar os compostos extraídos com a técnica de cromatografia gasosa acoplada
    a espectrometria de massas (CG/EM) e quantificá-los através da cromatografia gasosa
    (CG); (iii) comparar o perfil cromatográfico dos óleos essenciais e extratos obtidos
    pelas técnicas estudadas; (iv) isolar e caracterizar o β-germacrene-D-4-ol; (v) avaliar as
    atividades larvicida e deterrente de oviposição frente ao mosquito A. aegypti. Os
    compostos majoritários obtidos através das técnicas de extração foram o terpinolene, 1-
    butyl-3,4-methylenedioxybenzene, trans-caryophyllene e β-germacrene-D-4-ol. Os
    métodos de arraste a vapor, maceração e o fluído supercrítico foram os melhores para
    extrair o β-germacrene-D-4-ol, 26,48 ± 0,37%, 25,26 ± 0,39% e 24,38 ± 0,47%,
    respectivamente. O isolamento do β-germacrene-D-4-ol (52,9 mg; rendimento de
    26,5%) foi realizado através de cromatografia em coluna do extrato obtido por
    maceração e tanto o extrato, quanto o β-germacrene-D-4-ol atuaram como larvicidas
    (6,71 ± 0,16 ppm e 18,23 ± 1,19 ppm, respectivamente) e inibidores de oviposição nas
    concentrações de 5, 10 e 50 ppm frente ao A. aegypti.

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  • WEVERTTON MARLLON ANSELMO
  • ATIVIDADE INSETICIDA DE ÓLEOS ESSENCIAIS SOBRE Sitophilus zeamais MOTS. (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE)

  • Orientador : DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELA MARIA DO AMARAL FERRAZ NAVARRO
  • EMMANUEL VIANA PONTUAL
  • LIDIANE PEREIRA DE ALBUQUERQUE
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 22/11/2021

  • Mostrar Resumo
  • O milho (Zea mays L.) é um cereal de tradicional importância econômica e social. Em condições climáticas tropicais, os insetos assumem particular importância como pragas dos grãos armazenados, com isso os insetos causam diminuição do valor nutricional e desvalorização do valor do produto. As principais pragas de grãos armazenados são membros da ordem Coleoptera, destacando-se o Sitophilus zeamais (Motschulsky). O presente estudo objetivou avaliar a atividade inseticida do óleo essencial comercial de Pothomorphe umbellata e do óleo essencial das folhas de Myrciaria floribunda coletadas do banco de germoplasma da Universidade Federal de Alagoas. Além disso, objetivou desenvolver um produto para o controle de S. zeamais. Para isso, primeiramente foi feita a extração do óleo de M. floribunda por hidrodestilação à 160°C por 3h. O óleo essencial de P. umbellata foi adquirido em loja especializada. Depois os óleos foram caracterizados pelas técnicas de cromatografia gasosa e cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas. Em seguida foram feitos testes de toxicidade por contato, por fumigação, por ingestão e atividade das enzimas digestivas e acetilcolinesterase. A análise da composição química do óleo essencial de M. floribunda mostrou que os componentes majoritários são: E- Caryophyllene (26,81%); Viridiflorol (6,64%) e α – Selinene (3,58%). Para o OE de P. umbellata foi identificado que seus constituintes principais foram: β – Pineno (27,33%), α – Pineno (14,55%) e Linalol (12,03%). O teste de toxicidade fumigante mostrou que em concentrações a partir de 4 μL/L de ar foram significativamente diferentes em relação ao controle para o OE de M. floribunda, já para P. umbellata, todas as concentrações foram significativamente diferentes em relação ao controle, exceto a concentração de 2,7 μL/L, Para o teste de ingestão os resultados mostraram que os dois óleos interferiram na nutrição, causando diminuição da biomassa dos insetos. Nos testes de efeito das enzimas digestivas, vale destacar que o OE de P. umbellata reduziu a atividade da amilase nas menores concentrações, no entanto, o OE de M. floribunda aumentou a atividade da enzima nas maiores concentrações. Quanto a tripsina não houve alteração. Em relação a acetilcolinesterase foi verificado um aumento da sua atividade nos dois OE. Assim, podemos concluir que os dois OEs apresentam importante atividade inseticida no controle do S. zeamais contribuindo assim, para a diminuição de problemas originados por insetos-praga de produtos armazenados em regiões tropicais.


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  • Corn (Zea mays L.) is a cereal of traditional economic and social importance. In tropical climatic conditions, insects are particularly important as pests of stored grains, with the insects causing a decrease in nutritional value and a devaluation of the value of the product. The main pests of stored grains are members of the order Coleoptera, especially Sitophilus zeamais (Motschulsky). The present study aimed to evaluate the insecticidal activity of the commercial essential oil of Pothomorphe umbellata and the essential oil of Myrciaria floribunda leaves collected from the germplasm bank of the Federal University of Alagoas. In addition, it aimed to develop a product for the control of S. zeamais. For this, first, the extraction of oil from M. floribunda was performed by hydrodistillation at 160°C for 3h. The essential oil of P. umbellata was purchased at a specialized store. Afterwards, the oils were characterized by gas chromatography and gas chromatography techniques coupled with mass spectrometry. Then, toxicity tests were performed by contact, fumigation, ingestion and activity of digestive enzymes and acetylcholinesterase. The analysis of the chemical composition of the essential oil of
    M. floribunda showed that the major components are: E-Caryophyllene (26.81%); Viridiflorol (6.64%) and α - Selinene (3.58%). For the OE of P. umbellatait was identified that its main constituents were: β – Pinene (27.33%), α – Pinene (14.55%) and Linalol (12.03%). The fumigant toxicity test showed that concentrations from 4 μL/L of air were significantly different from the control for the OE of M. floribunda , while for P. umbellata, all concentrations were significantly different from the control, except for the concentration of 2.7 μL/L. For the ingestion test, the results showed that the two oils interfered with nutrition, causing a decrease in insect biomass. In the tests of the effect of digestive enzymes, it is noteworthy that the EO from P. umbellata reduced the amylase activity at the lowest concentrations, however, the EO from M. floribunda increased the enzyme activity at the highest concentrations. As for trypsin, there was no change. Regarding acetylcholinesterase, an increase in its activity was verified in both OE. Thus, we can conclude that the two EOs have important insecticidal activity in the control of S. zeamais, thus contributing to the reduction of problems caused by insect pests in products stored in tropical regions.

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  • ERIKA DE ARRUDA NASCIMENTO
  • ATIVIDADE ANTIOXIDANTE, ANTIMICROBIANA E CITOTÓXICA DE RESÍDUO AGROINDUSTRIAL DE UVA CV. ISABEL (Vitis labrusca L.) E MAGNA (BRS MAGNA) DO VALE DO SÃO FRANCISCO, PETROLINA - PE

  • Orientador : JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDREA LOPES BANDEIRA DELMIRO SANTANA
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • JACKSON ROBERTO GUEDES DA SILVA ALMEIDA
  • MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • Data: 23/12/2021

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  • O processamento de uvas e derivados geram quantidade elevada de resíduos, e embora este fruto exiba teor de fenólicos elevado, uma parcela destes compostos fica nos subprodutos gerados pós-processamento. Dentre os
    fitoquímicos presentes nos resíduos de uva podem destacar as antocianinas, associadas a benefícios à saúde, como propriedades antioxidante, antimicrobiana, anti-inflamatórias e anticâncer, além de prevenir contra diabetes, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas. O objetivo deste trabalho foi investigar as atividades antioxidante, antimicrobiana e citotóxica do resíduo de uva Isabel (Vitis labrusca L.) e Magna (BRS Magna). O resíduo foi cedido por uma unidade processadora de suco de uva integral, do Vale do São Francisco, Petrolina-PE. Extratos antociânicos em fase aquosa e antocianinas purificadas foram utilizados na determinação das atividades investigadas. Análises cromatográficas identificaram 8 tipos de antocianinas, em teores entre 0,7 a 148 mg/L nos extratos, e de 0,48 a 108 mg/L nas antocianinas purificadas, e a malvidina-3-5-di-Ο-diglicosídeo foi a antocianina majoritária. Para a atividade antioxidante, foram encontrados para os extratos de resíduos úmidos e secos de uva Isabel teores de 63 e 85 μg EQ Trolox/ mL frente ao DPPH, e de 153 e 107 μg EQ Trolox/ mL frente ao ABTS, 120 e 220 μg EQ AA/ mL para a Capacidade Antioxidante Total - CAT, 36 e 139 μg EQ AG/ mL para o Poder Redutor –PR, respectivamente; e para os de resíduos de uva Magna úmidos e secos, teores de 41 e 92 μg EQ Trolox/ mL frente ao DPPH e de 174 e 125 μg EQ Trolox/ mL frente ao ABTS, 180 e 360 μg EQ AA/ mL para a CAT, 42 e 115 μg EQ AG/ mL para o PR, respectivamente. Para antocianinas purificadas a partir dos resíduos úmidos e secos de uva Isabel, os teores foram de 31.070 e 14.670 mg EQ Trolox/ mL frente ao DPPH e de 48.440 e 24.280 mg EQ Trolox/ mL frente ao ABTS, 50.730 e 69.060 mg EQ AA/ mL para a CAT, e 4.880 e 6.500 mg EQ AG/ mL para o PR, respectivamente; e para as de resíduos úmidos e secos de uva Magna, teores de 33.280 e 16.360 mg EQ Trolox/ mL frente ao DPPH e de 44.410 e 22.170 mg EQ Trolox/ mL frente ao ABTS, 61.860 e 72.330 mg EQ AA/ mL para a CAT, e 3.720 e 5.930 mg EQ AG/ mL para o PR, respectivamente. Quanto a atividade antimicrobiana, a Concentração Inibitória Mínima (CIM) para os extratos e as antocianinas purificadas de resíduos de uva Isabel e Magna (seco e úmido) foi de 3 e 4 mg/mL frente a S. aureus, E. coli, Salmonella sp. e L. monocytogenes. Na atividade citotóxica, nenhum dos extratos e antocianinas purificadas exibiram alta atividade citotóxica (CI % entre 75 e 100 %) frente as linhagens não- cancerígenas testadas (L929 e Vero) enquanto que para a linhagem cancerígena HeLa, todas antocianinas purificadas demonstraram atividade moderada ou alta (CI% acima de 50%), assim como o extrato de resíduo de uva Isabel seco, que apresentou CI% de 65,38%. Antocianinas purificadas de resíduo úmido de uva Isabel apresentaram CI50 de 74,4 e 136,2 μg/mL, para as linhagens HeLa e Vero, respectivamente. Esta pesquisa pretende contribuir para a promoção do potencial biotecnológico do resíduo de uva, contribuindo para o desenvolvimento de novos produtos funcionais nas indústrias de fitoterápicos, alimentos e cosméticos, implicando também no desenvolvimento econômico e na redução de danos ao no meio ambiente.


  • Mostrar Abstract
  • O processamento de uvas e derivados geram quantidade elevada de resíduos, e embora este fruto exiba teor de fenólicos elevado, uma parcela destes compostos fica nos subprodutos gerados pós-processamento. Dentre os
    fitoquímicos presentes nos resíduos de uva podem destacar as antocianinas, associadas a benefícios à saúde, como propriedades antioxidante, antimicrobiana, anti-inflamatórias e anticâncer, além de prevenir contra diabetes, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas. O objetivo deste trabalho foi investigar as atividades antioxidante, antimicrobiana e citotóxica do resíduo de uva Isabel (Vitis labrusca L.) e Magna (BRS Magna). O resíduo foi cedido por uma unidade processadora de suco de uva integral, do Vale do São Francisco, Petrolina-PE. Extratos antociânicos em fase aquosa e antocianinas purificadas foram utilizados na determinação das atividades investigadas. Análises cromatográficas identificaram 8 tipos de antocianinas, em teores entre 0,7 a 148 mg/L nos extratos, e de 0,48 a 108 mg/L nas antocianinas purificadas, e a malvidina-3-5-di-Ο-diglicosídeo foi a antocianina majoritária. Para a atividade antioxidante, foram encontrados para os extratos de resíduos úmidos e secos de uva Isabel teores de 63 e 85 μg EQ Trolox/ mL frente ao DPPH, e de 153 e 107 μg EQ Trolox/ mL frente ao ABTS, 120 e 220 μg EQ AA/ mL para a Capacidade Antioxidante Total - CAT, 36 e 139 μg EQ AG/ mL para o Poder Redutor –PR, respectivamente; e para os de resíduos de uva Magna úmidos e secos, teores de 41 e 92 μg EQ Trolox/ mL frente ao DPPH e de 174 e 125 μg EQ Trolox/ mL frente ao ABTS, 180 e 360 μg EQ AA/ mL para a CAT, 42 e 115 μg EQ AG/ mL para o PR, respectivamente. Para antocianinas purificadas a partir dos resíduos úmidos e secos de uva Isabel, os teores foram de 31.070 e 14.670 mg EQ Trolox/ mL frente ao DPPH e de 48.440 e 24.280 mg EQ Trolox/ mL frente ao ABTS, 50.730 e 69.060 mg EQ AA/ mL para a CAT, e 4.880 e 6.500 mg EQ AG/ mL para o PR, respectivamente; e para as de resíduos úmidos e secos de uva Magna, teores de 33.280 e 16.360 mg EQ Trolox/ mL frente ao DPPH e de 44.410 e 22.170 mg EQ Trolox/ mL frente ao ABTS, 61.860 e 72.330 mg EQ AA/ mL para a CAT, e 3.720 e 5.930 mg EQ AG/ mL para o PR, respectivamente. Quanto a atividade antimicrobiana, a Concentração Inibitória Mínima (CIM) para os extratos e as antocianinas purificadas de resíduos de uva Isabel e Magna (seco e úmido) foi de 3 e 4 mg/mL frente a S. aureus, E. coli, Salmonella sp. e L. monocytogenes. Na atividade citotóxica, nenhum dos extratos e antocianinas purificadas exibiram alta atividade citotóxica (CI % entre 75 e 100 %) frente as linhagens não- cancerígenas testadas (L929 e Vero) enquanto que para a linhagem cancerígena HeLa, todas antocianinas purificadas demonstraram atividade moderada ou alta (CI% acima de 50%), assim como o extrato de resíduo de uva Isabel seco, que apresentou CI% de 65,38%. Antocianinas purificadas de resíduo úmido de uva Isabel apresentaram CI50 de 74,4 e 136,2 μg/mL, para as linhagens HeLa e Vero, respectivamente. Esta pesquisa pretende contribuir para a promoção do potencial biotecnológico do resíduo de uva, contribuindo para o desenvolvimento de novos produtos funcionais nas indústrias de fitoterápicos, alimentos e cosméticos, implicando também no desenvolvimento econômico e na redução de danos ao no meio ambiente.

2020
Teses
1
  • ERIMA MARIA DE AMORIM
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO GENOTÓXICO, MUTAGÊNICO E TERATOGÊNICO DAS PLANTAS MEDICINAIS  MYRACRODRUON URUNDEUVA ALLEMÃO (ANACARDIACEAE) E SIDEROXYLON OBTUSIFOLIUM (ROEM. & SCHULT.) T. D. PENN. (SAPOTACEAE)

  • Orientador : RAFAEL MATOS XIMENES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAFAEL MATOS XIMENES
  • JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
  • CRISTIANO APARECIDO CHAGAS
  • EMERSON PETER DA SILVA FALCAO
  • MARCIA SILVA DO NASCIMENTO
  • Data: 28/02/2020

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  • As plantas medicinais, Myracrodruon urundeuva Allemão (Anacardiaceae) e Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T. D. Penn. (Sapotaceae), conhecidas popularmente como aroeirado-sertão e quixabeira são amplamente utilizadas para tratar inflamações e infecções do trato genital feminino, problemas estomacais e cicatrização de feridas. Apresentando propriedades descritas na literatura como ação gastroprotetora, anti-úlcera, anti-inflamatória e antimicrobiana. Apesar dos muitos usos na fitoterapia tradicional, existem poucos relatos dos seus efeitos tóxicos-genéticos e teratogênicos. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi investigar os efeitos genotóxicos e mutagênicos in vivo do decocto das folhas de M. urundeuva e S. obtusifolium em células somáticas de Drosophila melanogaster, por meio do ensaio cometa e do teste de mutação e recombinação somática (SMART), além do potencial teratogênico em ratas Wistar. Os decoctos foram caracterizados por UPLC-ESI-qTOF-MS/MS e foram encontrados fenóis, flavonoides e saponinas, além de um derivado aminoácido não-proteico. O ensaio cometa foi realizado em hemócitos de D. melanogaster, linhagem Oregon-R, estudados após a alimentação dos indivíduos por 24 horas em meio de cultura hidratado com seis diferentes concentrações de cada um dos decoctos (0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0 e 16,0 mg/mL). Os resultados foram comparados com o grupo controle negativo (água destilada) e controle positivo (Ciclofosfamida, 1 mg/mL). No SMART, os organismos descendentes dos cruzamentos entre as linhagens de D. melanogaster mwh e flr3 foram submetidos às mesmas concentrações, de ambas as plantas, e os resultados foram comparados com o grupo controle negativo (água destilada) e controle positivo (Doxorrubicina, 1,0 mg/mL). Para avaliar o potencial teratogênico, ratas Wistar prenhas receberam, na fase de organogênese (6º ao 15º dia pós-coito), as doses de 250, 500 e 1000 mg/kg dos decoctos, por via oral, sendo os resultados comparadas ao grupo controle negativo (água potável). No 21º dia de gestação, as fêmeas foram eutanasiadas em câmara de CO2 e submetidas à laparotomia, para avaliação da performance reprodutiva. Os fetos foram avaliados quanto à embriofetotoxicidade, análise de anomalias e/ou malformações externas e internas. No ensaio cometa, todas as concentrações dos decoctos das folhas das plantas em estudo causaram efeito genotóxico. Os resultados foram corroborados pelo SMART, que demonstrou efeito mutagênico dos decoctos, em todas as concentrações testadas. No entanto, os decoctos nas doses testadas (250, 500 e 1000 mg/kg), não causaram embriofetotoxidade, nem teratogenicidade na prole. O conjunto de resultados indica que os decoctos de folhas de M. urundeuva e S. obtusifolium têm efeito genotóxico e mutagênico para D. melanogaster, mas não foram tóxicos para ratas Wistar, nem para sua prole, de acordo com os parâmetros e condições avaliados.


  • Mostrar Abstract
  • As plantas medicinais, Myracrodruon urundeuva Allemão (Anacardiaceae) e Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T. D. Penn. (Sapotaceae), conhecidas popularmente como aroeirado-sertão e quixabeira são amplamente utilizadas para tratar inflamações e infecções do trato genital feminino, problemas estomacais e cicatrização de feridas. Apresentando propriedades descritas na literatura como ação gastroprotetora, anti-úlcera, anti-inflamatória e antimicrobiana. Apesar dos muitos usos na fitoterapia tradicional, existem poucos relatos dos seus efeitos tóxicos-genéticos e teratogênicos. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi investigar os efeitos genotóxicos e mutagênicos in vivo do decocto das folhas de M. urundeuva e S. obtusifolium em células somáticas de Drosophila melanogaster, por meio do ensaio cometa e do teste de mutação e recombinação somática (SMART), além do potencial teratogênico em ratas Wistar. Os decoctos foram caracterizados por UPLC-ESI-qTOF-MS/MS e foram encontrados fenóis, flavonoides e saponinas, além de um derivado aminoácido não-proteico. O ensaio cometa foi realizado em hemócitos de D. melanogaster, linhagem Oregon-R, estudados após a alimentação dos indivíduos por 24 horas em meio de cultura hidratado com seis diferentes concentrações de cada um dos decoctos (0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0 e 16,0 mg/mL). Os resultados foram comparados com o grupo controle negativo (água destilada) e controle positivo (Ciclofosfamida, 1 mg/mL). No SMART, os organismos descendentes dos cruzamentos entre as linhagens de D. melanogaster mwh e flr3 foram submetidos às mesmas concentrações, de ambas as plantas, e os resultados foram comparados com o grupo controle negativo (água destilada) e controle positivo (Doxorrubicina, 1,0 mg/mL). Para avaliar o potencial teratogênico, ratas Wistar prenhas receberam, na fase de organogênese (6º ao 15º dia pós-coito), as doses de 250, 500 e 1000 mg/kg dos decoctos, por via oral, sendo os resultados comparadas ao grupo controle negativo (água potável). No 21º dia de gestação, as fêmeas foram eutanasiadas em câmara de CO2 e submetidas à laparotomia, para avaliação da performance reprodutiva. Os fetos foram avaliados quanto à embriofetotoxicidade, análise de anomalias e/ou malformações externas e internas. No ensaio cometa, todas as concentrações dos decoctos das folhas das plantas em estudo causaram efeito genotóxico. Os resultados foram corroborados pelo SMART, que demonstrou efeito mutagênico dos decoctos, em todas as concentrações testadas. No entanto, os decoctos nas doses testadas (250, 500 e 1000 mg/kg), não causaram embriofetotoxidade, nem teratogenicidade na prole. O conjunto de resultados indica que os decoctos de folhas de M. urundeuva e S. obtusifolium têm efeito genotóxico e mutagênico para D. melanogaster, mas não foram tóxicos para ratas Wistar, nem para sua prole, de acordo com os parâmetros e condições avaliados.

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