Banca de DEFESA: ERIMA MARIA DE AMORIM

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ERIMA MARIA DE AMORIM
DATA : 01/12/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Antibióticos
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO EFEITO GENOTÓXICO, MUTAGÊNICO E TERATOGÊNICO DAS PLANTAS MEDICINAIS  MYRACRODRUON URUNDEUVA ALLEMÃO (ANACARDIACEAE) E SIDEROXYLON OBTUSIFOLIUM (ROEM. & SCHULT.) T. D. PENN. (SAPOTACEAE)


PALAVRAS-CHAVES:

Ensaio cometa; SMART; Drosophila melanogaster; medicina popular


PÁGINAS: 110
RESUMO:

As plantas medicinais, Myracrodruon urundeuva Allemão (Anacardiaceae) e Sideroxylon obtusifolium (Roem. & Schult.) T. D. Penn. (Sapotaceae), conhecidas popularmente como aroeirado-sertão e quixabeira são amplamente utilizadas para tratar inflamações e infecções do trato genital feminino, problemas estomacais e cicatrização de feridas. Apresentando propriedades descritas na literatura como ação gastroprotetora, anti-úlcera, anti-inflamatória e antimicrobiana. Apesar dos muitos usos na fitoterapia tradicional, existem poucos relatos dos seus efeitos tóxicos-genéticos e teratogênicos. Nesse contexto, o objetivo do presente trabalho foi investigar os efeitos genotóxicos e mutagênicos in vivo do decocto das folhas de M. urundeuva e S. obtusifolium em células somáticas de Drosophila melanogaster, por meio do ensaio cometa e do teste de mutação e recombinação somática (SMART), além do potencial teratogênico em ratas Wistar. Os decoctos foram caracterizados por UPLC-ESI-qTOF-MS/MS e foram encontrados fenóis, flavonoides e saponinas, além de um derivado aminoácido não-proteico. O ensaio cometa foi realizado em hemócitos de D. melanogaster, linhagem Oregon-R, estudados após a alimentação dos indivíduos por 24 horas em meio de cultura hidratado com seis diferentes concentrações de cada um dos decoctos (0,5; 1,0; 2,0; 4,0; 8,0 e 16,0 mg/mL). Os resultados foram comparados com o grupo controle negativo (água destilada) e controle positivo (Ciclofosfamida, 1 mg/mL). No SMART, os organismos descendentes dos cruzamentos entre as linhagens de D. melanogaster mwh e flr3 foram submetidos às mesmas concentrações, de ambas as plantas, e os resultados foram comparados com o grupo controle negativo (água destilada) e controle positivo (Doxorrubicina, 1,0 mg/mL). Para avaliar o potencial teratogênico, ratas Wistar prenhas receberam, na fase de organogênese (6º ao 15º dia pós-coito), as doses de 250, 500 e 1000 mg/kg dos decoctos, por via oral, sendo os resultados comparadas ao grupo controle negativo (água potável). No 21º dia de gestação, as fêmeas foram eutanasiadas em câmara de CO2 e submetidas à laparotomia, para avaliação da performance reprodutiva. Os fetos foram avaliados quanto à embriofetotoxicidade, análise de anomalias e/ou malformações externas e internas. No ensaio cometa, todas as concentrações dos decoctos das folhas das plantas em estudo causaram efeito genotóxico. Os resultados foram corroborados pelo SMART, que demonstrou efeito mutagênico dos decoctos, em todas as concentrações testadas. No entanto, os decoctos nas doses testadas (250, 500 e 1000 mg/kg), não causaram embriofetotoxidade, nem teratogenicidade na prole. O conjunto de resultados indica que os decoctos de folhas de M. urundeuva e S. obtusifolium têm efeito genotóxico e mutagênico para D. melanogaster, mas não foram tóxicos para ratas Wistar, nem para sua prole, de acordo com os parâmetros e condições avaliados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1547195 - CRISTIANO APARECIDO CHAGAS - nullExterno ao Programa - 1541578 - EMERSON PETER DA SILVA FALCAO - nullInterna - 1257300 - JACIANA DOS SANTOS AGUIAR
Externa ao Programa - 1134680 - MARCIA SILVA DO NASCIMENTO - nullPresidente - 2726820 - RAFAEL MATOS XIMENES
Notícia cadastrada em: 01/12/2022 10:37
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