EDUCAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE E MOVIMENTO NEGRO: Um olhar
sobre fazer educação para jovens da geração Z após a Lei n.o 11.645/08.
Educação das relações étnico-raciais; Movimento Negro; Geração
Z; Lei 11.645/08; influenciadores digitais.
A presente pesquisa tem em vista compreender a relação entre a Lei n.o 11.645/08 e
os debates da geração Z sobre questões étnico-raciais no espaço online. O
problema tratado foi percebido a partir de uma observação inicial sobre a busca dos
jovens por mais espaços de discussão do tema, especialmente nos perfis de
influenciadores digitais que abordam as questões étnico-raciais. Realizamos uma
discussão bibliográfica inicial sobre as legislações referentes à educação das
questões étnico-raciais, assim como a caracterização da geração Z. A pesquisa se
desenvolve como forma de exercício de imaginação sociológica no campo da
educação, na qual parte-se da perspectiva de si para a percepção dos fatos no
mundo. Como metodologia, estabelece-se a abordagem qualitativa, com o objetivo
de uma pesquisa exploratória, e procedimento do “tipo etnográfico”, na qual
busca-se a descoberta de novas relações e de entendimento da realidade social. O
estudo caminhou pela compreensão dos dados coletados de cinco perfis online da
rede social Instagram, discutindo-os criticamente e pensando em possíveis
desdobramentos deles. Realizamos também uma análise dos signos visuais dos
perfis abordados na pesquisa a partir do método de análise de Penn (2007). Por fim,
percebemos a dificuldade de inclusão no debate sobre as relações étnico-raciais de
uma parcela da população que tem dificuldade ao acesso online. Percebemos,
ainda, que a tecnologia não deve suprir a realidade, já que ela ocupa um lugar de
informações, e a inclusão de pessoas negras na educação é de suma importância
para qualquer desejo de mudança social no Brasil. Afinal, são a maioria da
população e são consequentemente o futuro desse país.