UM ESTUDO DA METODOLOGIA MULTIDIMENSIONAL HAZOP (MHAZOP) APLICADA EM TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
Gerenciamento de risco; Transformadores de potência; Risco multidimensional; MHAZOP
O gerenciamento de risco sugere que o conceito mais básico está correlacionado exatamente com a incerteza em um ambiente, que está diretamente ligado a probabilidade de sua ocorrência em um evento indesejado e como suas consequências terão um impacto significativo. Os transformadores de potência são equipamentos críticos e importantes no sistema elétrico de energia, portanto, apresentam riscos significativos que devem ser considerados, além de ser, normalmente, o equipamento de maior custo dentro do sistema de distribuição de energia. Alguns dos riscos mais comuns associados a transformadores incluem: riscos elétricos, incêndios, ambientais e explosões. Para tanto, a avaliação de risco multidimensional permite fazer uma análise mais abrangente e completa dos riscos. Para isso, a metodologia Multidimensional HAZOP (MHAZOP) considera múltiplas dimensões de risco, agregando a metodologia de avaliação de risco HAZOP (Hazard and Operability Study) e a Teoria da Utilidade Multiatributo (MAUT). A aplicação dessa metodologia no contexto de transformadores de energia é de suma importância, pois o decisor terá uma visão mais realística do problema enfrentado, permitindo-lhe assim, tomar uma decisão mais fundamentada com base em um modelo quantitativo de risco que integra a sua estrutura de preferência. Além disso, a metodologia fornece como resultado uma hierarquia de risco dos desvios identificados, permitindo assim ao decisor alocar recursos de prevenção e/ou mitigação dos riscos de forma a atender primeiro aqueles desvios mais críticos, uma vez que, normalmente, os recursos são limitados e escassos. Para tanto, foi realizado um estudo de caso em transformador 3000kVa imerso a óleo. Para o estudo considerou-se o nó correspondente a parte ativa do transformador, compostas pelo núcleo e enrolamentos. Como resultado da metodologia MHAZOP, encontrou-se a hierarquia de risco dos 15 desvios analisados. O desvio mais crítico foi o desvio “menor fluxo magnético”. Este desvio pode causar sobrecarga nos enrolamentos e/ou ressonância de vibração gerando os cenários de perigo de vazamento de óleo, explosão e incêndios.