Banca de DEFESA: NEILTON FELIX DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NEILTON FELIX DA SILVA
DATA : 28/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:

Duelos verbais periféricos no centro da cidade de Recife: memória, relações raciais e políticas do improviso na Batalha da Escadaria.


PALAVRAS-CHAVES:

Antropologia do MCing. Hip-hop. Relações raciais. Performance.


PÁGINAS: 150
RESUMO:

Esta dissertação propõe uma etnografia dos duelos verbais praticados por jovens Mestres de Cerimonia (MCs) entre 14 e 30 anos, a maioria se autoidentificando negros e oriundos das periferias do Recife e da RMR. A Batalha da Escadaria, que ocorre nas sextas-feiras à noite em uma escadaria da Rua do Hospício, no bairro da Conde da Boa Vista, foi um entre os locais privilegiados para entender a cultura do MCing no Pernambuco, que nasce na esteira de um movimento hip-hop já glocalizado no Brasil e no estado. Os duelos da Batalha da Escadaria, a primeira e a mais antiga batalha de MCs na cidade, manifestam a cada sessão uma provocação em relação a dificuldade estrutural de acessibilidade desses jovens aos locais centrais simbolizando o consumo cultural e mercantil, com golpes verbais e gestuais afirmando sua existência e resistência nos próprios termos, trocando no ar das ruas trocas insultos e gírias em perfeito e autónomo estado de controle. Para entender a constituição dessa cultura na RMR e no Pernambuco, o primeiro capítulo retorna às origens do rap, prática da qual surge o MCing, e o segundo explora a inserção destas no Brasil e no Pernambuco, com o auxilio da historia do rap, do hip-hop e documentos jornalísticos. O terceiro capítulo consiste em uma etnografia do/as MCs recifenses a partir de suas inserções em diversas batalhas da cidade, apoiada em uma perspectiva “intersecional do espaço” conjugando problemáticas de gênero, relações raciais e classe para entender melhor seus modos de territorialização, socialização e identificação. Num quarto capítulo, abordo os duelos verbais a partir de uma perspectiva metodológica da Antropologia da Performance, para entender os aspectos ritualísticos, simbólicos e linguísticos tais como codificados e significam para os MCs, além de estabelecer relações com brincadeiras regionais de tradição afro-diaspórica contendo duelos verbais abrangendo também dimensões lúdicas e agonísticas do jogo. Trata-se de uma contribuição à Antropologia do MCing que ainda resta a fazer no Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - Rosenverck Estrela Santos
Presidente - 1938872 - LAURE MARIE LOUISE CLEMENCE GARRABE
Externa ao Programa - 1962175 - LUCIANA FERREIRA MOURA MENDONCA - null
Notícia cadastrada em: 14/02/2023 10:01
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