Banca de DEFESA: STHEFANE MARIA SOUZA LUCAS DA SILVA PATRIOTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: STHEFANE MARIA SOUZA LUCAS DA SILVA PATRIOTA
DATA : 27/03/2024
HORA: 09:30
LOCAL: Programa de Pós-graduação em Antropologia
TÍTULO:

ETNOGRAFIA DE DOCUMENTOS E O TOMBAMENTO DO TERREIRO ILÊ ÀSE ÒRÌSÀNLÁ TÀLÁBÍ, PAULISTA - PE


PALAVRAS-CHAVES:

patrimônio; tombamento; etnografia de documentos; memória; identidade


PÁGINAS: 73
RESUMO:

Nesta dissertação o patrimônio é analisado enquanto narrativa. Parto do reconhecimento das ausências negras como problema na construção dessa narrativa. Utilizo como ponto de partida os tombamentos de terreiros para me auxiliar na compreensão da ausência patrimonial negra. Descrevo primeiro a trajetória e influência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) na construção duma narrativa patrimonial. Mostro então como tais ausências são testemunhos da violência sofrida pelos excluídos. Daí falo da inclusão dos terreiros de candomblé como resposta a essa indagação. Examino ainda as categorias utilizadas pelo IPHAN na classificação do patrimônio, dando ênfase nos conceitos de identidade e memória, contrapondo-os com a leitura de patrimônio feita no terreiro. A metodologia adotada é a da etnografia de documentos, enfatizando o status dinâmico do arquivo. Especificamente analiso os documentos de tombamento do Terreiro do Sítio do Pai Adão e do Terreiro Axé Talabi, comparando a respectiva política estadual e municipal de tombamento. Aí, observando que a municipal é mais engessada que a estadual, apelo à entrevista com a vereadora Flávia Hellen onde a própria se queixa dessa dificuldade. O cerne da dissertação reside no quarto capítulo, onde o patrimônio é apresentado na perspectiva do Babalorixá do Terreiro Axé Talabi Pai Júnior de Odé. Nela os conceitos e práticas educacionais eurodominadas são postos em causa. Pai Júnior valoriza a circularidade do afeto, do corpo e do território sagrado para os povos tradicionais de terreiro. Para ele, a identidade é diversa e contextual; ela desafia estereótipos e valoriza as práticas culturais nos terreiros. A partir desta sua visão, concluo que o patrimônio deve ser compreendido como um ato coletivo de natureza política: deve questionar as ausências e os silenciamentos na história patrimonial brasileira.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2266944 - ALEX GIULIANO VAILATI
Presidente - 2510116 - ANA CLAUDIA RODRIGUES DA SILVA
Externo à Instituição - GILSON JOSE RODRIGUES JUNIOR - IFRN
Notícia cadastrada em: 21/03/2024 16:28
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