Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA DA PENHA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DA PENHA DA SILVA
DATA : 11/08/2023
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:

PROTAGONISMOS INDÍGENAS NA EDUCAÇÃO SUPERIOR NOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM PERNAMBUCO – IFPE e IF-SERTÃO/PE


PALAVRAS-CHAVES:

Protagonismos indígenas; educação superior; Institutos Federais de Pernambuco.


PÁGINAS: 297
RESUMO:

O tema “Indígenas na Educação Superior” como interesse da Antropologia tem se avolumado no século XXI em grande parte dos países da América Latina. Numa perspectiva ampliada, vimos que esse fenômeno está associado às mudanças políticas que ocorreram nesse continente nas últimas décadas do século passado, impulsionadas pelas políticas globais rumo à erradicação da pobreza no mundo. Com ênfase na defesa da universalização da educação como um fator preponderante do desenvolvimento humano. Na esteira dessas mudanças surgiram grandes mobilizações sociais de grupos historicamente silenciados e invisibilizados a exemplo da população negra e indígena, as quais participaram ativamente na formulação de novas legislações que garantiram direitos fundamentais. De fato, a efetivação de parte desses direitos depende do acesso à formação no âmbito da Educação Superior, seja nas áreas de Saúde, Direito, Ciências da Natureza, e Educação. No Brasil, a produção de pesquisas antropológicas sobre o citado tema tem seguido esse fluxo. Por vezes fomentando o diálogo entre a Antropologia e a Educação. A presente tese se insere nesse contexto, cujo objetivo é compreender a atuação política dos(as) discentes indígenas na Educação Superior nos Institutos Federais de Educação Ciência e Tecnologia de Pernambuco - IFPE e IFSertãoPE. Com esse propósito problematizamos as motivações e as formas de protagonismos políticos do público discente indígena naquelas instituições, as quais nos levaram a duas situações suscetíveis de análises: a atuação política no movimento estudantil; a produção acadêmica de cunho político. Para tanto, empreendemos uma pesquisa etnográfica colaborativa duplamente reflexiva, a qual nos levou à seguinte conclusão: a primeira situação foi motivada pelo desejo de obter visibilidade e reconhecimento como sujeitos coletivos de direito, no enfrentamento do racismo estrutural, e acesso às políticas públicas específicas; a segunda, motivada pela necessidade de estabelecer conexões entre os conhecimentos acadêmicos e os “conhecimentos tradicionais”. Em ambas situações encontramos três formas de protagonismos: “protagonismo transitório”, “protagonismo cíclico” e o “protagonismo compartilhado”. A primeira se caracteriza pela condição estudantil que é transitória; a segunda se caracteriza pela iniciação de novos estudantes no movimento para ocupar o lugar daqueles que estão concluindo seus cursos; a terceira, se caracteriza pela parceria com agentes não indígenas. A esse respeito se assemelha à forma de articulação do movimento indígena como um todo, uma vez que no caso do presente estudo observa-se que os(as) discentes indígenas que obtiveram projeção no movimento estudantil ou na produção acadêmica são oriundos das escolas indígenas ou são parentes de lideranças tradicionais, e por sua vez atuam em coletivos que constituem a pluralidade do movimento indígena local e nacional. O movimento estudantil indígena, em si, é um dos segmentos do movimento de juventude indígena, respondendo aos anseios específicos dessa geração, e também de interesse do movimento indígena mais amplo, a exemplo de formar profissionais para atender demandas coletivas nos territórios.

 

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 3199677 - MARION TEODOSIO DE QUADROS
Interno - 1311347 - RENATO MONTEIRO ATHIAS
Presidente - ***.120.784-** - VÂNIA FIALHO - UFPE
Notícia cadastrada em: 18/07/2023 17:05
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