A Beleza da Lagoa é Sempre Alguém: a exposição de arte, a profissão de curador e a atividade de curadoria
Curadoria. O curatorial. Propágulo. O político.
Através da presente dissertação, proponho-me a pesquisar a partir do ciclo investigativo A
Beleza da Lagoa É Sempre Alguém, realizado em 2022 pela Propágulo, instituição independente de
pesquisa e difusão de arte em Pernambuco, na qual me encontro enquanto curador. Nesse percurso,
marcado por um constante processo de aprendizado, reflito acerca da interação entre o produto
exposição de arte, a profissão de curador, a atividade da curadoria e o político inscrito nesses tópicos
através das lentes advindas do curatorial, um campo que vai para além da curadoria por não estar
exclusivamente focado na concepção de exposições de arte como evento encenado, e que explora o
intencional e o não intencional naquilo que se propõe a realizar. Ao buscar analisar a infraestrutura do
curatorial implicado em A Beleza da Lagoa É Sempre Alguém, levo em conta o lugar específico por mim
ocupado ao estar, enquanto curador, construindo dialogicamente esse processo através da interação com
uma coletividade de artistas, trabalhos de arte, educadores, públicos, trabalhadores da cultura e produtos
culturais.