Banca de DEFESA: BRUNA KAROLINE ALVES DE MELO SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BRUNA KAROLINE ALVES DE MELO SILVA
DATA : 29/03/2023
HORA: 09:00
LOCAL: GOOGLE MEET
TÍTULO:

Impacto a longo prazo da atividade física voluntária materna sobre os parâmetros bioquímicos e cardiorrespiratórios de proles submetidas a desnutrição proteica perinatal


PALAVRAS-CHAVES:

Plasticidade fenotípica; Desnutrição proteica; Alterações Cardiorrespiratórias; Atividade Física.


PÁGINAS: 47
RESUMO:

Estudos epidemiológicos e experimentais com ratos demonstram que a redução do teor proteico da dieta durante os períodos críticos do desenvolvimento pode alterar as respostas fisiológicas tardias na prole, contribuindo para o surgimento de doenças cardiovasculares e metabólicas. No entanto, a atividade física durante o período gestacional mostra-se como uma ferramenta não farmacológica que pode prevenir tais modificações nos filhotes. Logo, o objetivo do presente trabalho foi analisar os efeitos da atividade física voluntária sobre os parâmetros respiratórios e bioquímicos das progenitoras e de suas proles que foram submetidas a dieta hipoproteica durante a gestação e lactação. Para isso, ratas Wistar nulíparas (n=10) formaram o grupo controle e receberam a dieta padrão do biotério AIN-93M durante todo o estudo e não praticaram atividade física voluntária. As demais ratas (n=30) passaram por um período de adaptação de 30 dias nas gaiolas individuais de atividade física voluntária (GAFV), sendo posteriormente mantidas na gaiola padrão do biotério e divididas conforme o grau de atividade física praticada: inativo (n=10), ativo (n=10) e muito ativo (n=10). Após, ocorreu o acasalamento e quando identificada a prenhez ofertou-se a dieta experimental hipoproteica (grupo hipoprotéico=LP: 8% de proteína) para metade do grupo (n=15) e a outra metade (n=15) recebeu a dieta controle (grupo normoprotéico=NP: 17% de proteína), totalizando seis grupos: Inativo Normoprotéico (NP-inativo, n=5), Inativo Hipoproteico (LP-inativo, n=5), Ativo Normoproteico (NP- ativo, n=5), Ativo Hipoproteico (LP-ativo, n=5), Muito Ativo Normoproteico (NP-muito ativo, n=5) e Muito Ativo Hipoproteico (LP-muito ativo, n=5). Vale destacar que as dietas experimentais foram ofertadas as mães durante a gestação e lactação e após esse período foram realizadas análises bioquímicas (proteínas totais, albumina, glicose, colesterol total, HDL-c, LDL-c e triglicerídeos) e posteriormente eutanasiadas. No que diz respeito a prole, a partir do desmame (22° dia de vida), receberam a dieta padrão do biotério até atingir 30 e 90 dias de vida, quando foram eutanasiados. Aos 30 dias foi feita a retirada do corpo carotídeo para posteriores análises e aos 90 dias ocorreram as análises bioquímicas dos mesmos parâmetros das mães e as avaliações cardiorrespiratórias (pressão arterial=PA; frequência cardíaca=FC; frequência respiratória=FR; volume corrente=VT e a ventilação pulmonar=VE). Perante os parâmetros bioquímicos das progenitoras, nossos resultados identificaram diferenças estatisticamente significativas no padrão de albumina entre os grupos NP e LP inativo (NP-inativo= 3,34 +- 0,07 g/dL, n=5 vs LP-inativo= 3.04 +- 0,02 g/dL, n=5; p=0,0093), nos valores de colesterol das ratas muito ativas (NP-muito ativo= 126,84 +- 1,23 mg/dL1, n=5 vs LP-muito ativo= 112,52 +- 5,28 mg/dL1,n=5, p=0,0428), assim como entre os grupos experimentais ativo e muito ativo (LP-ativo= 126,72 +- 1,27 mg/dL-1, n=5 vs LP- muito ativo= 112,52 +- 5,28 mg/dL-1, n=5, p=0,0453). Também foram notadas diferenças estatísticas em relação ao LDL-c (NP-ativo= 29,61173 +- 1,346571 mg/dL-1, n=5 vs NP- muito ativo= 38,30779 +- 2,829638 mg/dL-1, n=5, p=0,0403). Já em relação a análise bioquímica da prole, os grupos LP-inativo e LP- ativo apresentaram menores concentrações de proteína total quando comparados ao controle (LP- inativo= 5,800000 +- 0,126491 g/dL-1, n=6 vs NP-inativo= 6,196667 +- 0,033433 g/dL-1, n=6, p= 0,0057) e (LP-ativo= 5,916667 +- 0,079232 g/dL-1, n=6 vs NP- ativo= 6,283333 +- 0,030732 g/dL-1, n=6, p= 0,0122. Enquanto a albumina, modificações foram notadas nos grupos inativos (LP-inativo= 2,958333 +- 0,055040 g/dL-1, n=6 vs NP-inativo= 3,250000 +- 0,076376 g/dL-1, n=6; p=0,0155) e também entre os grupos experimentais LP-inativo e LP-muito ativo, respectivamente (2,958383 +- 0,055040 g/dL-1, n=6 vs 3,225000 +- 0,035379 g/dL-1, n=6, p=0,0323). Quanto ao colesterol independente do nível de atividade física os grupos experimentais diferiram significativamente (LP e NP inativos, p=0,0345), (LP e NP ativos, p=0,0134) e (LP e NP muito ativo, p=0,0002). Já diante as análises cardiorrespiratórias, não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos NP e LP para todos ps parâmetros avaliados (P>0,05).


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ALINE MARIA NUNES DE LIRA GOMES
Externa à Instituição - DEBORA SANTOS ALVES
Presidente - 3137867 - VIVIANE DE OLIVEIRA NOGUEIRA SOUZA
Notícia cadastrada em: 21/03/2023 10:26
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