A MINHA PEDAGOGIA LIBERTADORA: EDUCAÇÃO, TRABALHO E NEGRITUDE (1966-2023)
Trajetória de Vida, Autobiografia, Mulher Negra, Educação, Memórias
Esta dissertação tem origem no Núcleo de Pesquisa Identidades e Memórias, do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal de Pernambuco, e está subordinada ao tema: “A Minha Pedagogia Libertadora: Educação, Trabalho e Negritude (1966-2023)”, por ser um estudo autobiográfico, intenta responder ao seguinte questionamento: Qual a percepção que tenho da minha história de vida mediante a busca das memórias e vivências educacionais entre 1966 a 2023? Para responder a essa questão, apresento três objetivos, a saber: 1) Contribuir com os estudos (auto)biográficos no campo educacional; 2) Descrever e analisar o cenário educacional durante o meu itinerário entre a escola, a vida profissional e acadêmica, no período de 1966 a 2023; e 3) Identificar e analisar as minhas experiências sociais, profissionais e no âmbito escolar, a partir de um corpus documental que envolve fontes iconográficas, fontes orais, bem como autonarrativa proveniente das minhas próprias memórias. Assim, exponho e analiso a minha trajetória de luta enquanto mulher negra, que por meio da educação e trabalho em diferentes setores sociais, construiu sua vida, passando pelas constantes discriminações étnico-raciais e dificuldades sofridas pela negritude. Contudo, considerando minha trajetória educacional e profissional, bem como a temporalidade definida entre 1966 a 2023, que corresponde ao meu primeiro ingresso como estudante numa instituição educacional e o desaguar da defesa desta pesquisa, faço uma análise dessa trajetória a partir de autores como: Freire (1987 e 1989), Thompson, (1998), Montenegro (2010 e 2013), Passeggi (2016), entre outros Marques e Satriano (2017) e Souza (2020), sendo este quem trata do constructo do “eu” fonte, elemento fundamental para a narrativa de si. Enquanto resultado, o estudo enseja numa sincronia para afirmação e conquista do desenvolvimento pessoal, acadêmico, profissional e, quiçá, impacto na vida de outras mulheres autodeclaradas negras e periféricas, mas que investidas de uma pedagogia libertadora podem elaborar um documento como este instrumento de pesquisa científica.