POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA UFPE A (IN)VISIBILIDADE DO PROFESSOR SURDO.
Professor surdo; política inclusiva; visibilidade; Universidade; Ufpe.
A entrada dos surdos na Universidade Pública se deu de forma mais ampla por meio de políticas linguísticas, especialmente a Lei 10.436/02 e o Decreto 5.6256/05, que resultaram, por exemplo, na criação do Curso de Letras Libras (bacharelado e licenciatura). Tal fato, resultou em novas demandas e responsabilidades das instituições públicas de ensino superior para que possibilitasse, tanto para estudantes, quanto para servidores docentes e técnicos(as)-administrativos e para a comunidade surda em geral, o projeto de materialização da universidade pública inclusiva. Diante disso, propomos em nossa pesquisa analisar a implementação de políticas instituições e educacionais no Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com vistas à inserção do professor surdo no ensino superior na perspectiva inclusiva. Nossa metodologia é caráter qualitativa e interpretava, utilizando-se enquanto método de investigação o Estudo de Caso, dividido nas seguintes fases: fase exploratória ou definição do foco de estudo, fase de coleta de dados e fase de análise sistemática dos dados. Mais especificamente, foram identificados os documentos institucionais voltados para a educação inclusiva no contexto da UFPE e ocorreu a aplicação de entrevista estruturada com quinze (15) questões, realizadas com cinco (05) professores/as surdos/as com experiencia docente. Após a sistematização e análise dos dados, notamos a importância de políticas institucionais que contribuam na formação contínua do professor surdo considerando suas especificidades linguísticas e culturais, e as lacunas formativas desde a escolarização até o ensino superior; ainda, a valorização da percepção do professor surdo enquanto importante componente na constituição, implementação e avaliação de ações concernentes às políticas educacionais inclusivas posto que, no caso dos surdos, é a partir das demanda(s) do sujeito(s) surdo(s) que a universidade deverá responder ética e responsavelmente.