RESPOSTA IMUNOLÓGICA DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE EXPOSTOS A PACIENTES ACOMETIDOS PELA COVID-19
COVID-19; Profissionais de saúde; IgG; SARS-CoV-2; imunosperveilância.
O estudo descreve as características clínicas, laboratoriais e imunológicas da infecção por SARS-CoV-2 em profissionais de saúde de um hospital no Nordeste do Brasil antes da fase de vacinação. Para isso, foram investigados 50 profissionais que trabalharam durante a pandemia de COVID-19 com pacientes infectados. Dados sociodemográficos, clínicos e epidemiológicos foram obtidos para caracterização da população. Amostras de sangue foram coletadas e utilizadas para investigação de parâmetros laboratoriais e imunológicos. Os resultados mostraram que a maioria dos trabalhadores são mulheres, com idade superior a 50 anos, e atuavam como técnicos de enfermagem. Aproximadamente 56% dos trabalhadores, predominantemente assintomáticos, foram considerados positivos pelos testes RT-PCR e/ou anti-SARS-CoV-2-imunoglobulina, apresentaram aumento dos níveis de hematócrito, neutrófilos, linfócitos NK e fibrinogênio, sugerindo um quadro inflamatório pulmonar leve status. Os achados imunológicos também mostraram um aumento na produção de IL-17 e um perfil Th2/Th17/Th22 seguido de alta sorologia para IgM e IgG anti-SARS-CoV-2. Esses dados revelam a importância de estudos com profissionais de saúde para investigar se a exposição contínua ao vírus pode resultar em ativação crônica do sistema imunológico e/ou dano pulmonar nesse grupo-alvo.