Banca de DEFESA: CAMILLA EMANUELLA BORBA PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILLA EMANUELLA BORBA PEREIRA
DATA : 15/04/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

Desenvolvimento de nanofertilizantes baseados em quitosana e macronutrientes para aplicação em Eruca sativa L.


PALAVRAS-CHAVES:

Nanofertilizantes. Rúcula. Macronutrientes. Quitosana.


PÁGINAS: 70
RESUMO:

O uso excessivo de fertilizantes na agricultura pode resultar em diversos impactos ambientais, incluindo eutrofização do solo, compactação e emissão de gases de efeito estufa. Uma estratégia bastante promissora é o desenvolvimento de nanofertilizantes (NFs) biodegradáveis na otimização da entrega de nutrientes às plantas e, portanto, minimizar os riscos ambientais. Este estudo teve como objetivo sintetizar e caracterizar nanofertilizantes à base de quitosana para entrega de macronutrientes NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) às plantas, utilizando como modelo a rúcula (Eruca sativa L.). Nanopartículas de quitosana foram sintetizadas usando o método de gelificação ionotrópica, e sua caracterização foi realizada utilizando várias técnicas analíticas. Para determinar a formulação mais eficaz, foram examinadas várias concentrações de nutrientes nos nanofertilizantes (NF1, NF2, NF3 e NF4), sendo NF1 a formulação com maior teor de NPK e NF4, a menor. Análises de Espalhamento Dinâmico de Luz revelaram diâmetros hidrodinâmicos adequados de nanopartículas de quitosana, enquanto o Potencial Zeta mostrou variações nas cargas dos diferentes tratamentos. A Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e a Análise Termogravimétrica (TGA) forneceram informações sobre grupos funcionais e estabilidade térmica dos nanofertilizantes, respectivamente. Os resultados do FTIR elucidaram os grupos funcionais da quitosana e indicaram a ligação entre quitosana e o tripolifosfato de sódio (TPP). Os termogramas indicaram que os nanofertilizantes apresentaram maior estabilidade térmica em comparação com a quitosana pura e nanopartículas de quitosana. A estrutura das nanopartículas foi investigada por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), revelando tamanhos distintos, variando de 6 nm a 1,2 µm. Essas variações foram atribuídas ao processo de síntese e concentração de quitosana/TPP. Mapas espectrais de Espectroscopia de Raios-X por Dispersão de Energia (EDS) revelaram distinções entre os tratamentos de nanofertilizantes e nanopartículas de quitosana não carregadas. Para avaliar o impacto dos nanofertilizantes no crescimento das plantas, foram analisados parâmetros fisiológicos como altura, número de folhas e teor de clorofila ao longo dos tratamentos. O conteúdo de NPK foi quantificado pelo método Kjeldahl e ICP-OES. Além disso, amostras das folhas foram examinadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) para investigar possíveis diferenças na estrutura da superfície. Os nanofertilizantes demonstraram desempenho satisfatório em comparação com fertilizante químico (CF). A taxa de crescimento das plantas tratadas com fertilizante químico foi notavelmente menor em comparação com as tratadas com nanofertilizantes, diferença que foi particularmente evidente no tratamento NF1, o qual foi 92% superior ao CF. O número médio de folhas (fase final do tratamento) desenvolvidas em plantas tratadas com NFs foi de 8 folhas/ planta, sendo que as plantas tratadas com CF apresentaram cerca de 6 folhas. Todos os níveis de NFs promoveram aumentos significativos no conteúdo de clorofila, com uma faixa de 8 a 29% superior ao CF.  Em relação à absorção de NPK, plantas tratadas com NFs mostraram resultados muito semelhantes às tratadas com CF. No entanto, CF apresentou conteúdo superior de N e K. A análise de fósforo revelou que tanto NF1 quanto CF apresentaram resultados inferiores em comparação com os tratamentos de NF2, NF3 e NF4. As nanopartículas de quitosana se destacaram como o tratamento mais eficaz em relação ao teor de fósforo nas plantas, registrando aproximadamente 30 mg/L de P. O estudo destaca a importância da aplicação equilibrada de NPK e sugere que as plantas não necessitam de quantidades excessivas de nutrientes para o seu desenvolvimento.



MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARCUS VINÍCIUS LOSS SPERANDIO - UFRPE
Interno - 2364049 - PAULO EUZEBIO CABRAL FILHO
Presidente - 1061810 - VALESCA PANDOLFI
Notícia cadastrada em: 15/04/2024 07:21
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