Banca de DEFESA: VANESSA SOUSA DA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VANESSA SOUSA DA COSTA
DATA : 08/03/2024
HORA: 09:15
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

ANÁLISE DO POTENCIAL DA MICROALGA Tetradesmus obliquus (Turpin) M. J. Wynne NA BIORREMOÇÃO DO FUNGICIDA TIOFANATO-METÍLICO


PALAVRAS-CHAVES:

Allium cepa. Biorremediação. Microalga. Tiofanato-metílico. Tetradesmus obliquus.


PÁGINAS: 78
RESUMO:

A utilização intensiva de pesticidas vem gerando impactos ambientais e toxicidade em organismo não alvos. O tiofanato-metílico é um fungicida sistêmico de amplo espectro, cujos resíduos podem ser encontrados no solo, na água e em produtos agrícolas, representando ameaças aos ecossistemas e à saúde humana. Portanto, a contaminação por tiofanato-metílico requer o desenvolvimento de alternativas para reduzir/remover contaminantes ambientais. O presente estudo visou avaliar a eficiência da microalga Tetrademus obliquus na biorremoção do fungicida tiofanato-metílico e na redução da toxicidade mediante o sistema-teste Allium cepa L. O experimento de biorremediação consistiu em cinco tratamentos acompanhados por 12 dias, visando investigar as possíveis vias de remoção do tiofanato-metílico: (1) meio de cultura + T. obliquus; (2) meio + T. obliquus + tiofanato-metílico; (3) meio + T. obliquus inativada + tiofanato-metílico; (4) meio + tiofanato-metílico (claro); (5) meio + tiofanato-metílico (escuro). O tiofanato-metílico foi utilizado na concentração inicial de 240 µg/L e T. obliquus na concentração inicial de 100 mg/L. A microalga conseguiu se adaptar e crescer mesmo na presença do tiofanato-metílico, com valores de 629,02 mg/L, na ausência do fungicida, e de 566,85 mg/L na sua presença. Em relação ao processo de remoção do tiofanato-metílico, após um dia de experimento, constatou-se uma remoção de 85,41% no tratamento com a microalga ativa; 50,41% com microalga inativa e 17,08% e 20,00%, nos tratamentos sem a presença da microalga, em condições de claro e escuro respectivamente. Após 12 dias, o tiofanato-metílico foi removido de todos os tratamentos analisados. Contudo, ao final do experimento foi observada a presença do subproduto carbendazim variando de 55 µg/L, no tratamento com a microalga ativa, a 120 e 125 µg/L, na ausência da microalga no escuro e no claro, respectivamente. Os resultados obtidos sugerem que a biodegradação parece ter sido um dos mecanismos usados por T. obliquus na remoção do tiofanato-metílico. Adicionalmente, a biossorção parece ter contribuído, considerando que o tratamento com biomassa inativa foi segundo maior na remoção do carbendazim (78 µg/L). Por outro lado, a fotodegradação parece não ter influenciado na remoção do fungicida em questão, ao comparar os valores do carbendazim na ausência de microalgas no claro e no escuro (120 e 125 µg/L, respectivamente). Em seguida, o sistema-teste Allium cepa foi utilizado para avaliar a toxicidade, a citotoxicidade e a genotoxicidade do subproduto carbendazim nas concentrações 55 e 125 µg/L. As referidas concentrações foram encontradas ao final do experimento nos tratamentos com a microalga ativa e na ausência da microalga no claro, respectivamente. Ambas as concentrações apresentaram ausência de toxicidade e citotoxicidade. Por outro lado, a concentração 125 µg/L resultante do tratamento sem a presença da microalga, mostrou efeito genotóxico apenas para as células meristemáticas de A. cepa. Os dados obtidos demonstram que a microalga T. obliquus foi eficiente para remoção do fungicida tiofanato-metílico e para eliminação da genotoxicidade do subproduto carbendazim, apresentando potencial biorremediador promissor para tratamentos de locais contaminados com o referido fungicida.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1293690 - ANA CHRISTINA BRASILEIRO VIDAL
Interno - ***.833.854-** - EMMANUEL VIANA PONTUAL - UFPE
Externa à Instituição - LIVIA SENO FERREIRA CARMAGO - UFABC
Notícia cadastrada em: 26/02/2024 14:49
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