POTENCIAL FARMACOLÓGICO E EMBRIOTOXICIDADE DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DAS FOLHAS DE Eugenia pohliana DC.E Verbesina macrophylla (Cass.) S.F. Blake DA CAATINGA
Atividade antioxidante; Caatinga; Citotoxicidade; Leishmania; Plantas medicinais.
As investigações acerca das propriedades terapêuticas de plantas medicinais desvendam fontes promissoras de moléculas com expressivo potencial curativo. No cenário específico das espécies Eugenia pohliana e Verbesina macrophylla, ambas encontradas da Caatinga brasileira, apresentam uso popular para o tratamento de diversos quadros patológicos. Além disso, estudos anteriores já demonstraram o potencial farmacológico dessas espécies. E. pohliana conhecida como maçã do mato demonstrou notável atividade antileishmania contra diferentes espécies, incluindo Leishmania amazonensis, L. infantum, L. braziliensis e L. guyanensis, com valores de IC50 entre 14,47 µg/mL e 44,60 µg/mL. Embora não tenha apresentado atividade significativa nos ensaios DPPH e ABTS, o óleo essencial revelou uma notável inibição de 82,08% no ensaio CAT. Além disso, a análise do perfil citotóxico do óleo essencial de E. pohliana contra células cancerígenas revelou uma expressiva atividade inibitória em linhagens como MCF-7, NCI-H292, K-562 e HL-60. O óleo essencial de V. macrophylla, popularmente conhecida como assa-peixe evidenciou uma notável redução na multiplicação dos parasitas, indicando seu potencial como agente leishmanicida com IC50 entre 36,09 e 178,40 µg/mL. Além disso, destacou-se por sua marcante atividade antioxidante, superando o padrão utilizado como referência. A presença de citotoxicidade em linhagens tumorais aponta para um potencial terapêutico multifacetado destes óleos essenciais. Para além desses aspectos farmacológicos, o estudo estendeu-se à avaliação dos potenciais efeitos embriotóxicos. Mediante o uso de ovos fertilizados de Gallus gallus domesticus como modelo experimental, a pesquisa destacou variações significativas na largura do tubo neural e evidenciou impactos na vasculogênese e angiogênese, particularmente no grupo tratado com V. macrophylla. Consequentemente, estas investigações ressaltam não apenas a relevância da exploração das propriedades terapêuticas das plantas medicinais para o desenvolvimento de tratamentos eficazes e acessíveis, mas também sublinham a indispensabilidade de avaliações toxicológicas abrangentes. Essa necessidade ganha ainda mais destaque quando consideramos contextos delicados, como o desenvolvimento embrionário, reforçando a importância da segurança desses compostos no panorama da saúde humana.