DESENVOLVIMENTO DE IMUNOSSENSOR BASEADO EM NANOESTRUTURA ELETROCATALÍTICA PARA DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
Biossensor; p16; Câncer; Polímero; Nanoestruturas de carbono.
O câncer do colo do útero (CCU) é um problema de saúde pública global e o quarto tipo de câncer mais incidente na população feminina mundial, com taxas de incidência ainda mais elevadas em países com recursos escassos. Esse câncer é caracterizado pela replicação desordenada das células do epitélio que reveste o colo uterino, em consequência da inativação de proteínas-chave do controle do ciclo celular, em resposta a ação das oncoproteínas virais. Dentre essas, a proteína p16INK4a envolvida na regulação negativa do ciclo celular apresenta sua expressão alterada já nos eventos iniciais do câncer, sendo um potencial biomarcador para detecção precoce do CCU e lesões malignas de alto grau. Os biossensores atendem demandas associadas a dificuldades de disseminação de testes de rastreamento ao reduzirem os volumes de amostras necessárias para obtenção de resultados, assim como a dispensa de equipamentos elaborados e equipe técnica altamente especializada, preservando a sensibilidade e a especificidade dos testes tradicionais. O desenvolvimento de plataformas eletrocatalíticas nanoestruturadas contribuem para a construção de dispositivos com respostas mais rápidas e sensíveis ao ampliarem a área eletroativa dos sistemas. Neste trabalho, filmes eletrocatalíticos baseados em nanoestruturas de carbono funcionalizadas e polímeros condutores dopados são desenvolvidos com o objetivo de contribuir para o diagnóstico específico, sensível e em tempo oportuno do CCU. A plataforma elaborada foi desenvolvida a partir da modificação de um filme baseado em polímero aminado modificado por adição de semicondutor orgânico e nanoestrutura de carbono e desenvolvida em eletrodos de carbono vítreo. O filme nanoestruturado desenvolvido apresentou estabilidade e reprodutibilidade. Anticorpos anti-p16 foram imobilizados nas plataformas e respostas específicas foram obtidas para o imunossensor quando submetido a solução onde a proteína estava presente quando comparada a solução onde p16 estava ausente. Técnicas eletroquímicas e topográficas para caracterização de plataformas estão sendo utilizadas.