EFEITO DO EXTRATO SALINO DA SARCOTESTA DE Punica granatum L. NO DESENVOLVIMENTO DO Aedes aegypti L. (1762) E AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE in vivo
Punica granatum. Aedes aegypti. Inseticida. Toxicidade aguda.
O Aedes aegypti é um mosquito transmissor de diversas arboviroses, como a dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Para que ocorra a diminuição da incidência dessas doenças é necessário que se tenha o controle populacional do vetor. A Punica granatum (romãzeira) apresenta diferentes atividades biológicas e sua utilização na medicina popular é relatada desde a antiguidade. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade do extrato salino da sarcotesta de P. granatum em causar alterações no ciclo de vida do A. aegypti, e analisar a toxicidade aguda in vivo do extrato em camundongos Swiss. O ensaio larvicida foi executado utilizando o extrato da romã para determinar a concentração letal para matar 50% das larvas (CL50). Em seguida, foi analisado os efeitos deletérios do extrato no ciclo de vida do A. aegypti após o contato durante a fase larval e o efeito sobre as enzimas das larvas. A atividade hemolítica e a toxicidade aguda do extrato da romã em camundongos Swiss também foi realizada. O extrato salino apresentou CL50 de 12,2% sobre larvas A. aegypti, e causou um retardo no ciclo de vida do mosquito nas concentrações de 5% e 10%; também alterou a atividade das enzimas aumentando a ação da tripsina e inibindo a acetilcolinesterase. Como resultado da atividade de toxicidade, o extrato não foi tóxico na concentração de 2000 mg/kg, causando apenas aumento no tamanho do baço e dos leucócitos dos camundongos. O extrato da romã, mostrou-se ser um inseticida natural promissor para o controle de larva de A. aegypti, interferindo sobre o ciclo de vida desse inseto, e nas concentrações testadas não apresentou toxicidade in vivo sobre camundongos.