AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA DO FORAME MAGNO NAS MALFORMAÇÕES CRANIOVERTEBRAIS
Forame magno. Ressonância magnética. Invaginação basilar. Malformação de Chiari I.
O forame magno (FM) tem um importante papel no diagnóstico radiológico e tratamento cirúrgico na invaginação basilar (IB) e Chiari I (MCI). Além disso, o FM dá passagem para importantes estruturas neurovasculares e o líquido cerebrospinal. Este estudo teve como objetivo analisar as alterações que ocorrem no FM na IB, MCI e ambas. A amostra foi composta por 161 ressonâncias magnéticas (RM) de adultos, sendo 37 controles selecionados de forma aleatória e doentes (IB=31; MCI=37 e MCI+IB=56) por conveniência. As RMs foram analisadas no software de visualização Osirix versão 3.8.2. Foram realizadas mensurações lineares, angulares e área no FM. Utilizamos Anova univariada seguida do teste post-hoc de Tukey para avaliar a diferença entre médias das variáveis quantitativas entre os agrupamentos. O grupo MCI+IB feminino teve maiores dimensões de comprimento (p=0,02) e largura (p<0,001) do FM. Na IB e MCI+IB de ambos os sexos tiveram um FM com anteriorização e obliquidade da margem anterior (p<0,001). Os ângulos do FM na IB e MCI+IB em ambos os sexos apresentam uma maior abertura (inclinação) do FM (p<0,001). Na MCI e MCI+IB de ambos os sexos foi observado um FM com área superlotada e consequente redução do espaço liquórico (p<0,001). A obliquidade e inclinação do FM são características da presença da IB evidenciadas pela perda óssea e elevação da margem anterior do FM. A MCI reduz o espaço liquórico pela superlotação das estruturas nervosas no FM. Na MCI+IB ambos os eventos estão presentes de forma acentuada comprometendo ainda mais o espaço do FM.