Banca de DEFESA: CAROLINE LEAL RODRIGUES SOARES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAROLINE LEAL RODRIGUES SOARES
DATA : 29/05/2023
HORA: 08:30
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL FARMACOLÓGICO DO EXTRATO ETANÓLICO BRUTO DE Calotropis procera (Aiton) W.T. Aiton.


PALAVRAS-CHAVES:

Apocynaceae, Inflamação, Câncer, Antimicrobiano, Lesão pulmonar aguda.


PÁGINAS: 103
RESUMO:

Com altos índices de efeitos colaterais dos fármacos atuais para tratamento de doenças inflamatórias, cancerígenas e microbianas, a busca por compostos, especialmente oriundos de produtos naturais, que sejam seletivos e ativos para essas patologias tem crescido no meio científico.  Dentre eles, extratos brutos da espécie Calotropis procera têm se mostrado efetivos por apresentarem atividades anti-helmíntica, hepatoprotetora, antitumoral, antimicrobiana, anti-inflamatória, antioxidante e anticonvulsivante. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial anticancerígeno, anti-inflamatório e antimicrobiano do extrato etanólico bruto das folhas de Calotropis procera (Aiton) W.T. Aiton. A coleta do material vegetal foi realizada litoral do município de cabedelo, Paraíba. Após a obtenção do extrato etanólico bruto, avaliou-se o perfil fitoquímico e o doseamento dos fenóis totais, flavonoides e proantocianidinas, a fim de determinar e quantificar os metabólitos secundários. A atividade antioxidante in vitro da C. procera foi avaliada pelos métodos de sequestro dos radicais livres DPPH, ABTS e capacidade antioxidante total (CAT). Os ensaios biológicos in vitro foram realizados por meio da atividade antimicrobiana de cepas Gram-positivas, Gram-negativas e álcool-ácido-resistente; citotoxicidade frente a células tumorais e normais, atividade hemolítica em eritrócitos humanos; e atividade anti-inflamatória in vitro com macrófagos murinos. A atividade biológica in vivo foi realizada por meio da lesão pulmonar aguda induzida (LPA) por LPS. O extrato etanólico bruto de C. procera (EEBCP) apresentou um rendimento de 7,6%, com a presença de compostos fenólicos, flavonoides e proantocianidinas na sua composição. O extrato apresentou uma atividade antioxidante significativa pelo ensaio da CAT de 62,05 % ± 0,9,com valores similares ao encontrado no controle positivo. O EEBCP foi seletivo para as linhagens leucêmicas HL-60 e K562 com CI50 de 29,46 ± 0,5 μg/mL e 26,79 ± 0,4 μg/Ml, respectivamente, além de não apresentar atividade significativa nas células normais testadas e em eritrócitos humanos. Na atividade antimicrobiana, o EEBCP apresentou uma alta atividade antibacteriana para a espécie Mycobacterium smegmatis com CMI de 8 μg/mL e CMB de 32 μg/mL. Para as espécies Gram-positivas Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis, o extrato apresentou uma atividade moderada com CMB de 256 μg/mL para ambas as espécies e CMI de 256 μg/mL e 128 μg/mL, respectivamente. O extrato apresentou uma atividade anti-inflamatória in vitro para os macrófagos murinos com redução dos níveos de NO nas concentração de 1,56 μg/mL, 3,12 μg/mL, 6,25 μg/mL e 12,5 μg/mL em 75,4%, 76,72%, 73,48% e 65,7%, respectivamente, comparado ao controle LPS (+). O EEBCP não causou alterações comportamentais, nem nas massas corporais e no consumo de água e ração pelos camundongos, e sua DL50 foi superior a 2.000 mg/kg. Na atividade anti-inflamatória sobre a LPA, o pré-tratamento com o extrato de C. procera nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg diminuiu, significativamente, o percentual de leucócitos totais no lavado broncoalveolar (LBA) dos animais com LPA em relação ao controle lesionado, em especial, houve redução de neutrófilos, monócitos linfócitos e eosinófilos. O pré-tratamento também foi capaz de diminuir a atividade da enzima mieloperoxidase (MPO) no pulmão dos animais tratados, e os níveis de óxido nítrico no LBA destes animais, além de reestabelecer integridade pulmonar e reduzir a fibrose, conforme as análises histológicas.A partir dos resultados obtidos nesse trabalho, pode-se concluir que o extrato etanólico de Calotropis procera apresenta baixa toxicidade e seletividade para os ensaios analisados, fundamentando o seu uso popular por suas capacidades antioxidante, antimicrobiana e anti-inflamatória, tornando-o um insumo terapêutico promissor.



MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA - UNIVASF
Externa à Instituição - IVANA MARIA FECHINE - UEPB
Externa à Instituição - MARIANNA VIEIRA SOBRAL CASTELLO BRANCO - UFPB
Presidente - 1217065 - TERESINHA GONCALVES DA SILVA
Externa à Instituição - VANDA LUCIA DOS SANTOS - UEPB
Notícia cadastrada em: 23/05/2023 13:26
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