DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO ANALÍTICO PARA DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ÁCIDO OXÁLICO EM Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg
Matrizes vegetais, Artocarpus altilis (parkinson) fosberg, ácido oxálico, complicações renais
As espécies vegetais têm alto consumo mundial. As matrizes vegetais são complexas, contendo compostos bioativos com efeitos farmacológicos e/ou toxicológicos. O consumo de ácido oxálico ou oxalato, metabólito presente em altas concentrações em diferentes espécies vegetais, pode causar complicações renais a curto e longo prazo, principalmente se a concentração plasmática for ≥ 0,8-2,5 μmol.L-1 e a concentração urinária for ≥ 20- 30 mg.24h-1. Algumas pessoas predispostas a complicações renais, como aquelas com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como diabetes e hipertensão, apresentam uma predisposição a desenvolverem distúrbios renais em decorrência de sua condição fisiopatológica e ao mesmo tempo fazem uso de espécies de plantas medicinais como terapia adjuvante, como Artocarpus altilis (parkinson) fosberg Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar o desenvolvimento de um método analítico para determinação do teor de ácido oxálico em Artocarpus altilis (parkinson) fosberg. A separação cromatográfica dos analitos em fase reversa foi obtida em uma coluna C18 (250 x 4,6 mm; 5 μm; 80 Å) em modo isocrático e usando água acidificada com ácido fosfórico:metanol (99:1) a 0,6 mL.min-1 em pH 2,0como fase móvel (25°C e detecção a 220 nm). O tempo de análise foi de 5 min. Para o preparo da amostra, lâminas foliares de Artocarpus altilis foram coletadas, secas em estufa, trituradas e acondicionadas até o momento de preparo do extrato. O extrato era preparado a cada dia de análise a partir de 1,0 g do triturado com 20 mL de HCl 2 mol.L -1, a 21 ° C, por 15 min (sob agitação), centrifugado e filtrado. O método apresentou intervalos linares de concentração de 5 a 45 µg.mL-1 para ácido oxálico. O método demonstrou boa precisão e exatidão intra e intercorrida com erros relativos inferior a 15%. Ainda, o método foi aplicado em amostras de lâmina foliar de Artocarpus altilis encontrando uma concentração de 1,06 mg.g-1 de ácido oxálico. Os resultados trouxeram dados inéditos a respeito do teor de ácido oxálico contido em Artocarpus altilis. Espera-se que esse método possa contribuir para o desenvolvimento de outros métodos com o mesmo propósito.