Aspergillus fumigatus; Resistência antifúngica; Biofilme; 2-isoxazolina azabiciclica.
Aspergillus fumigatus é o principal agente etiológico da aspergilose pulmonar, cuja forma invasiva apresenta taxa de mortalidade de até 90% dos casos. O tratamento medicamentoso para as doenças causadas por este fungo normalmente consistem na utilização de antifúngicos azóis ou polienos. No entanto, a eficácia destes medicamentos tem sido ameaçada pelo surgimento e disseminação de cepas resistentes. Desta forma, faz-se necessário a descoberta e desenvolvimento de novas alternativas farmacoterapêuticas, constituindo-se do ponto de vista químico-medicinal, os híbridos moleculares com 2-isoxazolina azabicíclica boas opções. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade dos híbridos moleculares frente a células planctônicas e biofilmes de A. fumigatus. Foram utilizados 3 isolados de A. fumigatus, originados de amostras ambientais e de espécimes clínicos, mantidos na Coleção de Culturas Micoteca URM da Universidade Federal de Pernambuco. Ao todo, foram testados 10 híbridos moleculares frente às células planctônicas e sésseis de A. fumigatus pela técnica de microdiluição em caldo (M38-A2). Todos os híbridos inibiram o crescimento das células planctônicas com concentrações inibitórias variando de 32-1024 μg/mL. Os híbridos R-122 e 147 também demonstraram atividade na inibição da formação de biofilme e na erradicação dos mesmos na concentração de 2048 μg/mL. A descoberta do mecanismo de ação e a
realização de mais testes in vitro e in vivo são necessários para revelar mais do potencial antifúngico, uma vez os híbridos podem se tornar alternativas terapêuticas em casos de aspergilose causada por A. fumigatus.