Racismo Ambiental e Injustica Climatica: Uma analise da cobertura jornalistica dos telejornais Balanco Geral e NE1 sobre a tragedia anunciada de 2022 na Regiao Metropolitana do Recife
Racismo Ambiental; Cobertura jornalística; Recife; Pernambuco; Mudanças climáticas
A presente dissertação investiga a ausência do termo racismo ambiental na cobertura da tragédia das enchentes e dos deslizamentos de barreiras, ocorridos em maio de 2022 na Região Metropolitana do Recife, pelos telejornais pernambucanos ‘Balanço Geral’ (Record TV) e ‘NE TV’ (Rede Globo). Como abordagem teórico-metodológica, utilizo a Análise Crítica do Discurso (ACD) (Fairclough, 2008, 2001; Van Dijk, 2015, 2016) para compreender como as práticas discursivas, as vivências identitárias e a reprodução do poder social nas relações sociocognitivas dos indivíduos podem influenciar na construção do racismo ambiental em territórios vulnerabilizados. O referencial teórico se apoia em autores que dialogam sobre raça, moradia, território e planejamento urbano (Achille Mbembe, 2014; Kabengele Munanga, 2004; Aramis Gomes e Leonardo Mello, 2021; Robert Bullard, 1993; Henri Acselrad et al., 2009; Harvey, 2008, entre outros). Para a análise detalhada da mídia, da televisão e das práticas jornalísticas, o estudo dialoga com as abordagens de Mazzotti (2008), Bourdieu (2007), Sodré (2015), Moraes (2022), entre outros.