FATORES ASSOCIADOS A PROFICIENCIA DIGITAL NO USO DE SMARTPHONES POR PESSOAS IDOSAS
Idosos; Smartphone; Alfabetização em Saúde; Tecnologia da Informação; Educação em Saúde.
O avanço tecnológico e a crescente digitalização dos serviços de saúde, comunicação e lazer evidenciam a importância de desenvolver a proficiência digital da população idosa. Contudo, muitos idosos ainda enfrentam barreiras no uso de tecnologias digitais, como os Smartphones, seja por limitações cognitivas, sociais ou educacionais. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo avaliar a proficiência digital no uso de smartphones por pessoas idosas do Distrito Sanitário IV da cidade do Recife-PE, identificando fatores associados e principais dificuldades. Trata-se de um estudo analítico, quantitativo, de corte transversal, que utilizou dados secundários do projeto "Programa de Promoção da Alfabetização e Letramento Digital em Saúde de Idosos Comunitários no Município do Recife-PE". A amostra foi composta por 311 pessoas idosas. Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas e testes não paramétricos (Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Qui-quadrado). Os resultados mostraram predomínio de níveis moderado e baixo de proficiência digital. Fatores como idade, escolaridade, renda, cognição, sintomas depressivos e participação em grupo de convivência mostraram associação estatisticamente significativa com os escores de proficiência digital. Os domínios com melhores desempenhos foram as funções básicas, acesso à internet e entretenimento. Já os domínios relacionados a armazenamento de arquivos, calendário, privacidade e resolução de problemas apresentaram os menores escores. Conclui-se que a proficiência digital na velhice é fortemente influenciada por condições socioeconômicas, cognitivas e emocionais, e que estratégias de inclusão digital devem considerar essas variáveis. O estímulo à participação em programas institucionais, como o PROIDOSO/UFPE, mostrou-se relevante para o desenvolvimento de habilidades digitais. Os achados contribuem para a formulação de políticas públicas voltadas à promoção da cidadania digital e ao envelhecimento ativo.