PROPOSTA DE ZONEAMENTO ECOLOGICO-ECONOMICO PARA MITIGACAO DA POBREZA HIDRICA NA BACIA HIDROGRAFICA DO RIO DA CHATA/AGRESTE PERNAMBUCANO
Índice de pobreza; semiárido; SIG.
A presente pesquisa tem por objetivo a elaboração de um Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) voltado à mitigação da pobreza hídrica na Bacia Hidrográfica do Rio da Chata (BHRC), situada no Agreste do estado de Pernambuco, uma região caracterizada por elevada heterogeneidade paisagística e marcante escassez hídrica. Nesse contexto, a pesquisa adota uma abordagem integradora, fundamentada na perspectiva geossistêmica de matriz russo-soviética e francesa, articulando os elementos físicos, bióticos e sociais do território sob uma ótica sistêmica. O modelo teórico-metodológico contempla a análise da paisagem por meio da identificação, delimitação e classificação das unidades geossistêmicas, possibilitando a leitura espacial das interações entre relevo, solos, clima, geologia, hidrografia, cobertura vegetal, uso e ocupação da terra. Os dados são sistematizados em ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG), com a finalidade de construir produtos cartográficos temáticos e promover um diagnóstico ambiental integrado. A proposta metodológica é enriquecida pela aplicação do Índice de Pobreza Hídrica (IPH), instrumento holístico que sintetiza indicadores relacionados à disponibilidade, ao acesso, ao uso e à gestão da água, assim como à capacidade institucional das localidades. A partir da sobreposição dos dados geossistêmicos e dos resultados do IPH, o ZEE será estruturado em zonas que expressam diferentes graus de vulnerabilidade e potencialidade ambiental e socioeconômica. Este zoneamento visa prover diretrizes para um ordenamento territorial adequado aos sistemas ambientais locais, buscando gerar subsídios às políticas públicas, estratégias de conservação e iniciativas de desenvolvimento sustentável. O produto final resultará em uma ferramenta estratégica para a governança territorial da BHRC, contribuindo para a mitigação da pobreza hídrica e para o uso racional do patrimônio ambiental da região.