Banca de DEFESA: MARIA VIVIANE ALVES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA VIVIANE ALVES DA SILVA
DATA : 07/11/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório Marcionilo Lins
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL IMPACTO DE MUTAÇÕES NAS PROTEÍNAS ESTRUTURAIS
DO VÍRUS CHIKUNGUNYA NO RECONHECIMENTO DA RESPOSTA IMUNE HUMORAL.

 


PALAVRAS-CHAVES:

Epítopo; Ligação antígeno-anticorpo; Mutação; Proteínas estruturais; Reconhecimento imunológico.

 


PÁGINAS: 75
RESUMO:

O vírus Chikungunya (CHIKV) representa um importante problema de saúde
pública devido à sua ampla disseminação e ao potencial de causar surtos com
alta morbidade. Seu genoma codifica nove proteínas, sendo cinco estruturais
(capsídeo, E3, E2, 6K e E1), que participam da montagem viral, entrada na
célula hospedeira e ativação da resposta imunológica. Já se sabe que
mutações nessas proteínas podem favorecer o vírus ao aumentar a
infectividade com os vetores e, consequentemente, aumentar a disseminação
do vírus, como a E2-G60D. O aumento da patogenicidade associada à
mutação E2-K200R também já foi descrito. Portanto, é crucial desenvolver
pesquisas voltadas à investigação dos efeitos das mutações nessas proteínas
no âmbito do reconhecimento imune mediado por anticorpos. Com isso, o
objetivo deste estudo foi avaliar o potencial impacto de mutações presentes
nas proteínas estruturais do CHIKV no reconhecimento da resposta imune
humoral. Nesse contexto, foram sequenciadas 35 amostras de soro/plasma na
plataforma Illumina e as sequências obtidas foram alinhadas no MEGA11,
empregando a cepa do vírus O’nyong-nyong como grupo externo na análise
filogenética. As mutações foram determinadas no BioEdit e a sequência
consenso resultante serviu como base para a modelagem estrutural das
proteínas no SWISS-MODEL. A predição dos epítopos lineares e
conformacionais de linfócitos B, nas proteínas E2 e E1, foi conduzida com a
ferramenta ElliPro e, paralelamente, uma análise foi realizada para identificar
as mutações ocorridas em epítopos, considerando regiões experimentalmente
descritas. Por fim, foi realizada uma análise de afinidade entre os epítopos,
contendo os aminoácidos selvagens e mutantes, e os anticorpos. Com isso,
obtivemos os seguintes resultados: O grupo amostral foi composto majoritariamente pelo sexo feminino e com idades entre 20 e 76 anos, sendo a
maioria ≥ 50 anos. As amostras foram coletadas durante as fases aguda e
subaguda da doença, entre 1 e 16 dias após início dos sintomas. A análise
filogenética inferiu que todas as cepas incluídas no estudo pertencem ao
genótipo ECSA e 47 mutações foram detectadas nas proteínas estruturais,
sendo 24 ocorrendo com repetição (≥ 5 cepas) e, dentre essas, uma back
mutation. A predição dos epítopos demonstrou que as mutações alteraram
tamanhos, posição e composição dos candidatos a epítopos. Dentre os
epítopos lineares validados, 31 são afetados por dez mutações e 7 epítopos
conformacionais abrangem três mutações. A análise de afinidade entre
antígeno e anticorpo revelou que as mutações podem interferir nessa ligação,
seja aumentando, como observado com a mutação E2-L248F, ou diminuindo,
conforme visto com a E2-M74T. Com isso, conclui-se que as mutações nas
proteínas E2 e E1 interferem na ligação do antígeno ao anticorpo, além de
interferir na predição dos epítopos lineares e conformacionais de células B,
impactando no comprimento, quantidade e composição desses resíduos.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - ***.588.744-** - ANNA JESSICA DUARTE SILVA - UFPE
Externo à Instituição - LUYDSON RICHARDSON SILVA VASCONCELOS - Fiocruz - PE
Presidente - 2066960 - MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
Notícia cadastrada em: 24/10/2025 09:35
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa10.ufpe.br.sigaa10