Pictogramas, percepção, usabilidade, Design da Informação, interfaces digitais.
Este estudo tem como objetivo investigar a percepção visual de pictogramas presentes em interfaces gráficas digitais, a partir do estudo de caso da Weni Plataforma, ambiente voltado à criação de chatbots e fluxos conversacionais. Considerando que pictogramas atuam como elementos gráficos de síntese e orientação, este trabalho busca compreender como esses signos visuais são interpretados por pessoas especialistas em desenvolvimento de chatbots e/ou inteligência artificial, designers de interface e pessoas não especialistas. O objeto de estudo são os pictogramas que compõem a interface da Weni Plataforma. Para a análise dos dados, foi adotada uma abordagem qualitativa dividida em três macroetapas: mapeamento dos pictogramas; realização de entrevistas com pessoas usuárias e não usuárias; e elaboração de orientações para substituição dos pictogramas com base nos padrões de interpretação observados nas análises e avaliações de compreensão. A fase experimental consiste na comparação entre os índices de reconhecimento dos pictogramas fora e dentro de seu contexto funcional, considerando a perspectiva de diferentes perfis de participantes. A análise dos dados obtidos foi apoiada nos princípios do Design da Informação, com ênfase nas contribuições de Krampen (1979), Shiraiwa (2008), Formiga (2011), Pettersson (2015), Katz et al. (2020) e na ISO 9186, levando em conta fatores cognitivos, culturais e contextuais. O estudo parte da hipótese de que a compreensão de pictogramas em interfaces digitais não depende apenas da clareza formal do desenho, mas do alinhamento entre repertório visual e contexto de uso. Os resultados revelam que parte dos pictogramas analisados apresenta fragilidades simbólicas e desvios de interpretação, especialmente quando desconsideram as experiências prévias das pessoas usuárias. Com base nesses achados, a pesquisa propõe contribuições para o campo do Design da Informação, tanto no aperfeiçoamento dos métodos de avaliação de compreensão quanto na formulação de diretrizes para o desenvolvimento de interfaces mais acessíveis e semanticamente eficazes.