Banca de QUALIFICAÇÃO: MARCELA DE OLIVEIRA SOARES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCELA DE OLIVEIRA SOARES
DATA : 09/09/2025
LOCAL: Programa de Pós Graduação de Desenvolvimento Urbano
TÍTULO:

DO PENSAR AO FAZER A CIDADE: o lugar do arquiteto nos projetos colaborativos em Recife


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: projetos colaborativos; história da arquitetura e urbanismo; ensino e formação; coletivos de arquitetura; intervenções urbanas.


PÁGINAS: 125
RESUMO:

Alinhado às transformações socioculturais da contemporaneidade, a discussão sobre como se fazer arquitetura tem ganhado força no cenário acadêmico e profissional. Como outra possibilidade de atuação alternativa ao modelo tradicional de escritório cuja prática hegemônica recente priorizou uma estratégia de intervenção voltada para o interior do lote e da edificação, surge à tona um ideal disruptivo, pautado sob princípios de colaboração multidisciplinar, participação social, intervenções táticas e especial interesse no contexto urbano. Partindo da premissa de que movimentos participativos são flexíveis e mutáveis, entende-se que, antes de apresentar conceitos predefinidos, é necessário compreender como se iniciou e como tem se estruturado essa “nova” dinâmica no cenário atual, que pode abranger desde ações de urbanismo tático, intervenções em regiões patrimoniais ou em comunidades vulneráveis e construção de habitações populares na periferia, ao desenvolvimento de projetos urbanos em parceria com a gestão pública municipal.

Movimentos de profissionais engajados nas questões urbanas têm sido um traço marcante da atuação dos profissionais de arquitetura no Brasil, a exemplo dos debates e das iniciativas sobre o lema da democratização e participação política e social nos anos 1980 e 1990. Contudo, no contexto atual, o que se observa é o surgimento e aparente consolidação de uma cultura gestionária pautada na ideia da colaboração. Ao que nos parece, forma-se, ao mesmo tempo, a noção de um território urbano “comum”, no momento em que parte dos profissionais da arquitetura organizam-se em “coletivos” voltados para uma ação colaborativa com outros profissionais, grupos sociais e instituições urbanas.

A observação desse fenômeno tem sido destaque nas pesquisas acadêmicas recentes, que buscam entender possíveis origens, exemplos práticos e desdobramentos. Por isso, o presente estudo visa contribuir com o debate ao inserir a análise sobre os chamados coletivos em uma perspectiva abrangente a outros aspectos da prática profissional do arquiteto, bem como o contexto sociocultural na transição entre os séculos XX e XXI em Recife.

Dessa forma, o trabalho em questão se propõe a realizar uma pesquisa sobre o surgimento e evolução de grupos de arquitetos – normalmente conhecidos como Coletivos de Arquitetura – a partir do entendimento das transformações que ocorrem no interior da profissão de arquiteto no Recife no período temporal situado entre fins do século XX e as primeiras décadas do século XXI. Para isso, será necessário analisar – como ambiente geral de observação – aspectos da oferta e formação profissional em arquitetura, passando pelas mudanças culturais no ensino e no ideário profissional, o que inclui as recentes estratégias de intervenção de gestão do urbano. Mais especificamente, o presente estudo se propõe a identificar como a confluência de fatores pode ter influenciado nessa nova forma de exercer a profissão de arquiteto e urbanista em Recife. Objetiva-se, com isso, apresentar a organização de profissionais de arquitetura e urbanismo em projetos colaborativos na capital pernambucana, observando os principais eixos de atuação de coletivos e associações identificados na região, principais desafios do momento e perspectivas futuras.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1220046 - ENIO LAPROVITERA DA MOTTA
Externa ao Programa - 1032482 - LIVIA MORAIS NOBREGA - UFPEExterno ao Programa - 1351969 - NEY DE BRITO DANTAS - UFPE
Notícia cadastrada em: 05/09/2025 10:02
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