Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
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  • WESLEY MORAIS DA SILVA
  • A PERIFERIA METROPOLITANA DE FORTALEZA E NATAL COMO FRONTEIRA DE ATUAÇÃO PARA UM AGENTE ESTRANGEIRO DO MERCADO IMOBILIÁRIO FINANCEIRIZADO: uma análise dos empreendimentos Smart city da Planet Group.

  • Orientador : SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
  • IANA LUDERMIR BERNARDINO
  • NORMA LACERDA GONCALVES
  • DEMÓSTENES ANDRADE DE MORAES
  • Data: 15/02/2024

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  • O presente trabalho busca analisar a atuação da incorporadora estrangeira Planet Group, na periferia metropolitana de Natal e Fortaleza, seus interesses locacionais, formatos de inserção imobiliária, níveis de liquidez e lucratividade, a partir de um estudo comparativo entre os empreendimentos Smart city — Laguna, em São Gonçalo do Amarante (CE), Aquiraz, no município de Aquiraz (CE) e Natal, no município de São Gonçalo do Amarante (RN), homônimo à municipalidade cearense. O trabalho se desenvolve dialeticamente, contrapondo-se os objetos teóricos e empíricos, para construção de um conhecimento consubstanciado. Parte-se então de uma (1) revisão bibliográfica acerca das temáticas relacionadas ao campo do Planejamento urbano e regional, sendo elas — a produção capitalista do espaço, mercado imobiliário, financeirização e Smart city; assim como de um (2) levantamento e análise documental, via fontes primárias e secundárias, de caráter quanti-qualitativo, acerca do agente imobiliário, dos seus empreendimentos, regiões de intervenção, e atores envolvidos. Como resultados, torna-se possível verificar: a existência de uma estrutura de gestão e governança robusta, e de escala global, da Planet Group, com grande capacidade de produção imobiliária em diversas localidades, paralelamente; situar sua atuação no complexo financeiro-imobiliário, o qual à possibilitou, em grande medida, todo o seu crescimento internacional; além de identificar estratégias de lançamentos imobiliários concebidos morfotipologicamente, de acordo com a lógica de maior aproveitamento/extração da renda do solo, que no caso das Smart cities aqui analisadas, detendo grande extensão territorial, e agregando-se diversas inovações de produto e processos, são capazes de conferir elevados índices de liquidez e lucratividade à incorporadora.


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  • This work seeks to analyze the performance of the foreign developer Planet Group, in the metropolitan outskirts of Natal and Fortaleza, its locational interests, real estate insertion formats, levels of liquidity and profitability, based on a comparative study between the Smart city projects — Laguna, in São Gonçalo do Amarante (CE), Aquiraz, in the municipality of Aquiraz (CE) and Natal, in the municipality of São Gonçalo do Amarante (RN), namesake of the municipality of Ceará. The work develops dialectically, opposing theoretical and empirical objects, to construct substantiated knowledge. It then starts with (1) bibliographical review on themes related to the field of urban and regional Planning, namely — the capitalist production of space, real estate market, financialization and Smart city; as well as one (2) documentary survey and analysis, via primary and secondary sources, of a quantitative and qualitative nature, about the real estate agent, its projects, intervention regions, and actors involved. As a result, it is possible to verify: the existence of a robust management and governance structure, on a global scale, at Planet Group, with a large capacity for real estate production in several locations, in parallel; locate its operations in the financial-real estate complex, which has, to a large extent, enabled all of its international growth; in addition to identifying real estate launch strategies designed morphotypologically, according to the logic of greater use/extraction of income from the ground, which in the case of the Smart cities analyzed here, having a large territorial extension, and adding several product and process innovations, They are capable of providing high levels of liquidity and profitability to the developer.

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  • BRUNA PERALVA DE SOUZA VILAS BOAS
  • O CULTIVO DA PAISAGEM REGIONALISTA DO BEM ESTAR EM AMAURY DE MEDEIROS

  • Orientador : ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • TELMA DE BARROS CORREIA
  • Data: 27/02/2024

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  • O médico Amaury de Medeiros teve sua passagem como diretor pelo Departamento de Assistência e Saúde de Pernambuco, durante a gestão do governador Sérgio Loreto (1922-1926), reconhecida por seus pares e elogiada pela gestão e controle de epidemias predominantes no início do século XX. Muitos dos avanços de saúde em Pernambuco se deram pelas estruturação desse departamento, assim como pelas estratégias de prevenção de doenças infecto-contagiosas predominantes nas ruas recifenses. O que pouco se sabe é que além de médico, Amaury de Medeiros, também atuou como ativista do Movimento Regionalista e como paisagista na capital do Estado de Pernambuco, esteve à frente do projeto do Parque Oswaldo Cruz como paisagista e participou de forma direta do projeto do Parque do Derby. Sua sensibilidade à paisagem no Recife foi ativa no que tange à regionalidade, como integrante do Centro Regionalista. Amaury de Medeiros se envolveu em eventos, campanhas e palestras voltadas à preservação da paisagem urbana e edificações históricas, arborização das ruas e concepção de jardins públicos. Com apoio nas abordagens de paisagem e bem-estar trabalhadas por Jean-Marc Besse e Pierre Donadieu, o presente trabalho tem como finalidade apresentar uma reflexão acerca da atuação técnica e política de Amaury de Medeiros como médico e paisagista no Recife apontando sua preocupação com a saúde pública de modo abrangente, levando em consideração aspectos como a contemplação, lazer, contato com a natureza e sensibilidade artística como meios de saúde e bem-estar advindos de uma paisagem regionalista.


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  • O médico Amaury de Medeiros teve sua passagem como diretor pelo Departamento de Assistência e Saúde de Pernambuco, durante a gestão do governador Sérgio Loreto (1922-1926), reconhecida por seus pares e elogiada pela gestão e controle de epidemias predominantes no estado na época. Muitos dos avanços de saúde em Pernambuco se deram pelas estruturações do departamento em sua gestão, assim como pelas estratégias de prevenção de doenças infecto-contagiosas predominantes nas ruas no início do século XX. O que pouco se sabe é que além de médico, Amaury de Medeiros, também atuou como ativista do regionalismo e projetista na capital do estado. O médico se envolveu diretamente na elaboração de dois parques na cidade do Recife, o parque do Derby e o parque Oswaldo Cruz, neste último como paisagista. Seu envolvimento na paisagem da capital no início do século XX foi ativo no que tange à regionalidade, como integrante do Centro Regionalista. Amaury de Medeiros se envolveu em eventos, campanhas e palestras voltadas à preservação da paisagem urbana e edificações históricas, arborização das ruas e elaboração de jardins públicos. O presente trabalho tem como finalidade uma reflexão acerca do pensamento-paisagem em Amaury de Medeiros, a partir do conceito de bem-estar trabalhado por Jean-Marc Besse e Pierre Donadieu.

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  • MARIANA MEDEIROS FACANHA
  • DAS PALAFITAS ÀS CINZAS: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE A COMUNIDADE PONTE DO PINA E SUA HISTÓRIA URBANA INCENDIADA

  • Orientador : RENATA CAMPELLO CABRAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RENATA CAMPELLO CABRAL
  • JOELMIR MARQUES DA SILVA
  • RITA DE CASSIA BARBOSA DE ARAUJO
  • Data: 28/02/2024

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  • Esta dissertação se dedica à investigação da história urbana da comunidade ribeirinha de palafitas conhecida como Ponte do Pina, localizada entre as pontes Paulo Guerra e Agamenon Magalhães, no bairro do Pina, na cidade do Recife, estado de Pernambuco. Documenta-se a transformação dessa comunidade desde seu suposto surgimento
    desde início dos anos 2000 até o ano de 2022. A narrativa foi construída a partir de fontes primárias como fotografias, cartografia e periódicos, que permitiram uma aproximação a diversos momentos da história da comunidade, com destaque para o incêndio ocorrido em maio de 2022. Este incêndio destruiu quase metade das habitações de palafitas, predominantemente construídas em madeira, resultando no isolamento de parte do
    território e na abrupta desativação da comunidade. Este incidente coincidiu com a existência de um empreendimento previamente planejado para a área, desencadeando uma onda de protestos e revolta coletiva entre os moradores locais. Este episódio desempenhou um papel decisivo na escolha do tema de pesquisa ao revelar um território fragilizado, devastado e extinto do contexto urbano. Portanto, esta pesquisa visa contribuir para um conhecimento mais detalhado da história urbana da comunidade de palafitas Ponte do Pina, ao mesmo tempo em que busca oferecer dados que ajudem a preservar sua história após sua completa desativação e subsequente inexistência material.


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  • O sistema construtivo das palafitas remete às habitações erguidas em áreas alagadiças, estruturadas sobre estacas, troncos ou pilares, e são geralmente feitas de madeira ou materiais similares. O motivo de sua construção varia a depender do lugar onde se encontra. No entanto, no Brasil, comumente surgem por questões que abrangem cultura, condições geográficas e necessidades socioeconômicas. Nesta pesquisa, trataremos da comunidade ribeirinha Ponte do Pina, localizada na cidade do Recife, capital do estado de Pernambuco, com a problemática referente ao acontecimento de um trágico incêndio em maio de 2022 que consumiu quase metade dos barracos de madeira, os quais eram majoritários no território. Após este episódio, houve uma repentina desocupação e desativação da comunidade para consecutivamente construir-se um empreendimento previamente proposto para o local. Diante disso, este trabalho propõe-se a investigar como este incidente comprometeu a memória urbana e a identidade local dos moradores da comunidade, e como estas pessoas se relacionavam com o território desde a sua ocupação, em meados de 1970, até o momento do ocorrido.

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  • MATHEUS BATISTA SIMÕES
  • AS MÚLTIPLAS DIMENSÕES DA FRAGMENTAÇÃO SOCIOESPACIAL:
    Diferenciação socioespacial de Zonas Especiais de Interesse Social.

  • Orientador : KAINARA LIRA DOS ANJOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FLÁVIA DA FONSECA FEITOSA
  • JAN BITOUN
  • KAINARA LIRA DOS ANJOS
  • LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
  • Data: 29/02/2024

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  • A presença crescente de assentamentos humanos com condições precárias de habitabilidade tem se tornado cada vez mais comum nas cidades mais populosas ao redor do mundo. Ademais, a fragmentação socioespacial do tecido urbano tem adicionado uma considerável complexidade ao enfrentamento deste desafio. Nesse contexto, esta pesquisa busca analisar a diferenciação e a fragmentação socioespacial em ZEIS, a partir da relação de suas características internas com as da cidade que as cerca. O processo de construção metodológica contemplou a cidade de Campina Grande, e posteriormente, replicou-se o método em João Pessoa, consideradas as cidades mais populosas do estado da Paraíba. A análise introduz contribuições metodológicas que combinam a obtenção e sistematização de dados espaciais, ferramentas de geoprocessamento e análises discriminantes, de modo a identificar quais variáveis possuem maior peso em diferenciar as ZEIS de seus respectivos entornos, através de um índice de diferenciação socioespacial. A interpretação dos resultados desse índice contribuiu para a análise da fragmentação socioespacial nesses territórios, e na possível segregação de seus moradores na cidade onde vivem. Nesse processo, deparou-se com a diversidade na diferenciação socioespacial em áreas centrais e periféricas, contudo, houve uma diferenciação superior considerando as ZEIS de Campina Grande. A relevância deste trabalho está na sistematização de diversas contribuições em uma metodologia que permite a classificação de ZEIS, fundamental no processo de compreender diversos aspectos da fragmentação socioespacial, além de subsidiar políticas de planejamento e gestão que visem promover uma integração mais harmônica com o entorno.


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  • The growing presence of human settlements with precarious living conditions has become increasingly common in the most populous cities around the world. Furthermore, the socio-spatial fragmentation of the urban fabric has added considerable complexity to facing this challenge. In this context, this research seeks to analyze the socio-spatial differentiation and fragmentation in ZEIS, based on the relationship between their internal characteristics and those of the city that surrounds them. The methodological construction process included the city of Campina Grande, and later, the method was replicated in João Pessoa, considered the most populous cities in the state of Paraíba. The analysis introduces methodological contributions that combine the obtaining and systematization of spatial data, geoprocessing tools and discriminant analysis, in order to identify which variables have the greatest weight in differentiating the ZEIS from their respective surroundings, through an index of socio-spatial differentiation. The interpretation of the results of this index contributed to the analysis of socio-spatial fragmentation in these territories, and the possible segregation of their residents in the city where they live. In this process, we were faced with diversity in socio-spatial differentiation in central and peripheral areas, however, there was a superior differentiation considering the ZEIS of Campina Grande-PB. The relevance of this work lies in the systematization of several contributions into a methodology that allows the classification of ZEIS, fundamental in the process of understanding different aspects of socio-spatial fragmentation, in addition to supporting planning and management policies that aim to promote a more harmonious integration with the surroundings.

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  • RAFAELA DA SILVA OLIVEIRA
  • URBANIZAÇÃO DA COMUNIDADE TRADICIONAL ILHA DE DEUS, RECIFE-PE. Uma
    análise na perspectiva da sustentabilidade e do direito à cidade

  • Orientador : MARIA ANGELA DE ALMEIDA SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA ANGELA DE ALMEIDA SOUZA
  • DANIELLE DE MELO ROCHA
  • MARIA DULCE PICANCO BENTES SOBRINHA
  • Data: 06/03/2024

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  • Esta dissertação tem como objetivo analisar o processo de urbanização da comunidade
    tradicional Ilha de Deus, localizada na cidade do Recife, no estado de Pernambuco, Brasil,
    adotando como perspectiva os princípios do desenvolvimento sustentável e o seu alinhamento
    ao direito à cidade e à moradia.
    O estudo parte da constatação de uma contradição nas bases da consolidação dessa
    comunidade no seu local de moradia. De um lado, porque a comunidade que habita a Ilha de
    Deus se encontra inserida em uma ilha na bacia hidrográfica do Pina, circundada por mangues,
    e se constitui de uma população pescadora e extrativista, que sobrevive por meio da luta e da
    resistência dos recursos locais, sendo, portando reconhecida como tradicional, conforme a
    definição da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades
    Tradicionais (PNPCT) do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que atribui a essas
    comunidades a proteção da preservação de seu habitat e de suas práticas tradicionais
    (BRASIL, 2007) 1 . Por outro lado, porque esta comunidade ocupa uma Área de Preservação
    Permanente (APP), segundo as legislações urbanísticas e ambientais locais, considerada
    legalmente como non aedificandi e não passível de consolidação e, portanto, de processos de
    urbanização e de regularização fundiária.
    Contudo, devido a uma série de reinvindicações da comunidade de Ilha de Deus aos governos
    estadual e municipal, uma série de benfeitorias foram sendo realizadas, nos últimos 30 anos,
    avançando na consolidação dessa comunidade no local de moradia. Constitui-se um marco
    importante para esta consolidação a instalação de uma ponte que liga a ilha ao continente,
    inicialmente construída de madeira, instalada já na década de 1980, a qual foi substituída
    posteriormente por uma ponte de concreto, culminando com a implantação das obras de
    urbanização de toda a ilha, por iniciativa do governo de Pernambuco, na década 2000. No
    momento atual, a comunidade de Ilha de Deus se insere entre as prioridades do governo
    municipal de promover a sua regularização fundiária.
    O estudo se fundamenta em Boff (2004) 2 e Capra (2006) 3 , que procuram ampliar o conceito de
    desenvolvimento sustentável, trazendo para o debate a noção de “modo de vida sustentável”,
    que tem como pressuposto a sustentabilidade do homem e da sociedade, satisfazendo 

    necessidades da presente e das futuras gerações. Na perspectiva desses autores, a
    responsabilidade individual e a coletiva, geradora de formas de vida, baseadas na
    solidariedade, são fundamentais para ocorrer as transformações nas relações da sociedade e o
    meio ambiente. Nessa concepção integradora, não há diferenciação entre o homem e a
    natureza, pois são reconhecidos os valores intrínsecos de todas as espécies e a sua
    importância para a sustentabilidade e a preservação do planeta. Tal concepção leva a
    considerar que as relações econômicas e sociais e o crescimento econômico necessitam ser
    avaliados, rearticulados e repensados, tendo como pressuposto a preservação da ecologia e
    da justiça social. As lutas por justiça e igualdade social presentes no cotidiano das
    comunidades tradicionais são expressões da luta pelo direito à moradia e à cidade. Ainda que
    o direito à moradia esteja assegurado, no âmbito internacional, pela Declaração Universal dos
    Direitos Humanos (1948) e, no nacional, pela Constituição Federal (1988), sabe-se que o uso
    do solo urbano e o acesso à habitação estão relacionados com os privilégios que se têm em
    obtê-los por meio do poder aquisitivo. Desse modo, não são todos os cidadãos que possuem
    esse poder, uma vez que existe uma enorme disparidade entre os diferentes níveis sociais.
    Diante da problemática apresentada surgem alguns questionamentos:
     Com o processo de urbanização implantado na Ilha de Deus, é possível considerar que os
    modos de vida desta comunidade são sustentáveis?
     Se sim, que mecanismos de planejamento urbano poderiam ser elencados por garantirem
    modos de vida sustentáveis a esta comunidade?
     Como associar a promoção desses modos de vida sustentáveis à promoção ao direito à
    moradia e à cidade?
     Que diretrizes aplicadas a esta comunidade poderiam servir de referência para outras
    comunidades tradicionais inseridas no meio urbano, contribuindo, assim, para o
    desenvolvimento sustentável nas cidades?
    O desenvolvimento do trabalho se pauta em três procedimentos metodológicos: na análise dos
    registros do processo de urbanização da comunidade Ilha de Deus a partir de documentos
    oficiais e de relatórios e documentos que retratam o processo; na análise das condições locais
    da urbanização implantada; e na opinião da comunidade sobre as mudanças ocorridas nos
    modos de vidas das famílias residentes após o processo de urbanização. Essas análises serão
    pontuadas com os princípios da sustentabilidade e do direito à cidade e à moradia digna.

     


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  • The aim of this dissertation is to analyze the process of urbanization of the traditional community of Ilha de Deus, located in the city of Recife, in the state of Pernambuco, Brazil, from the perspective of the principles of sustainable development and their alignment with the right to the city and to housing. The study started from the observation of a contradiction in the foundations of the consolidation of this community in its place of residence: On the one hand, because the community that inhabits Ilha de Deus is located on an island in the Pina watershed, surrounded by mangroves, and is made up of a fishing and extractivist population, which survives through struggle and resistance of local resources, and is therefore recognized as traditional, according to the definition of the National Policy for the Sustainable Development of Traditional Peoples and Communities (PNPCT) of the Ministry of Social Development (MDS), which attributes to these communities the protection of the preservation of their habitat and their traditional practices (BRASIL, 2007). On the other hand, because this community occupies a Permanent Preservation Area (APP), according to local urban and environmental legislation, legally considered non aedificandi and not subject to consolidation and, therefore, to urbanization and land regularization processes. The urbanization of Ilha de Deus, on the initiative of the state government, and its inclusion for land regularization among the priorities of the municipal government, offers the opportunity to evaluate the impacts of this process on the community, including the views of the residents, which can collaborate as a reference for other traditional communities inserted in the urban environment, thus contributing to sustainable development in cities. To this end, the study was conceptually based on the principles of sustainable development, from the perspective of "sustainable ways of life", defended by Boff (2004) and Capra (2006), who consider that individual and collective responsibility, generating ways of life based on solidarity, are fundamental for transformations to occur in society's relations with the environment. They also consider that economic and social relations and economic growth need to be evaluated, rearticulated and rethought, based on the preservation of ecology and socio-environmental justice, which brings this theoretical perspective closer to the principles of the right to the city, advocated by Lefebvre (2008) and further developed by Harvey (2008, 2014). The development of the work was based on three methodological procedures: analysis of the records of the urban intervention process in the Ilha de Deus community, based on official documents and reports and documents that portray this process; analysis of the local conditions of the urbanization that was implemented; and the view of the community's residents on the changes that occurred in the resident families' lifestyles after the intervention process. These analyses were guided by the principles of sustainability and the right to the city and to decent housing.

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  • MARCOS VINICIUS DA SILVA ALVES DE LIMA
  • O VERDE REVELADO EM DADOS:

    SISTEMA DE INDICADORES DA ARBORIZAÇÃO URBANA

  • Orientador : JOELMIR MARQUES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOELMIR MARQUES DA SILVA
  • KAINARA LIRA DOS ANJOS
  • DANIELA BIONDI BATISTA
  • Data: 07/03/2024

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  • A avaliação da arborização urbana é essencial para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes no planejamento das cidades e na melhoria da qualidade de vida. No entanto, a carência de critérios técnicos-científicos transdisciplinares nos programas públicos relacionados à tal temática leva à prestação ineficiente dos serviços ecossistêmicos provenientes das áreas arborizadas. Nesse sentido, os sistemas de indicadores ganharam destaque diante de pesquisas relacionadas à construção de políticas públicas baseadas em dados por apresentarem a capacidade operacional de mensuração de conceitos não-quantificáveis para subsidiar a tomada de decisões. Sob tal contexto, objetivou-se com essa dissertação construir um sistema de indicadores como ferramenta capaz de diagnosticar e avaliar a arborização urbana, sendo um possível apoio à futura política nacional de arborização urbana. Metodologicamente, utilizou-se os procedimentos preconizados por Cecilia Wong em “Indicators for urban and regional planning: the interplay of policy and methods”. Para tanto, o ponto de partida foi a revisão sistemática para estabelecimento conceitual do objeto teórico, a arborização urbana, seguido pela análise de critérios variados pré-definidos para seleção da estrutura analítica adequada e o reconhecimento de indicadores por meio da análise de conteúdo, finalizando com a avaliação da arborização da cidade do Recife mediante o sistema desenvolvido. Adotou-se o entendimento de que arborização urbana é o conjunto de ações estratégicas e integradas voltadas para o planejamento, manejo e conservação do sistema de árvores, arbustos e palmeiras presentes em ambientes urbanos e periurbanos capazes de fornecer serviços ecossistêmicos. Para a estrutura analítica do sistema, selecionou-se a abordagem Mapeamento e Avaliação de Ecossistemas e seus Serviços (MAES) por possibilitar uma compreensão ampla dos benefícios que a arborização urbana oferece, considerando tanto os aspectos quantitativos e qualitativos. A fim de abranger as principais categorias de serviços ecossistêmicos, foram selecionados oito indicadores, dois para avaliar o provisionamento, dois para a regulação e manutenção do ambiente e quatro para culturais. Operacionalmente, o sistema de indicadores foi organizado por métodos não-estatísticos, tendo por objetivo exibir os dados de forma bruta, devendo a consideração deste ser observada pelo avaliador da política de arborização. Tratando-se do projeto piloto empreendido para testes do sistema desenvolvido, Recife, constatou-se que a capital pernambucana possui relevante cobertura arbórea, entretanto, sua má distribuição no território e a ausência de conexão dos fragmentos florestais com as demais áreas arborizadas dificulta a provisão de serviços ecossistêmicos para os munícipes.


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  • A avaliação da arborização urbana é essencial para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes no planejamento das cidades e na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. No entanto, os programas públicos relacionados a tal temática frequentemente carecem de critérios técnicos-científicos transdisciplinares, resultando em ineficiência na prestação dos serviços ecossistêmicos. Tal cenário pode resultar em danos à infraestrutura urbana e à percepção equivocada da arborização como um elemento meramente estético, ignorando seus benefícios e até mesmo representando riscos à população. Diante de pesquisas sobre a construção de políticas públicas baseadas em dados, os sistemas de indicadores ganharam destaque por apresentarem a capacidade operacional de mensuração de conceitos não-quantificáveis para subsidiar tomada de decisões adequadas a determinada realidade. Sob tal contexto, objetiva-se com essa pesquisa construir um sistema de indicadores como ferramenta capaz de diagnosticar e avaliar a arborização urbana. Metodologicamente, utilizou-se os procedimentos preconizados por Cecilia Wong em “Indicators for urban and regional planning: the interplay of policy and methods”. Para tanto, o ponto de partida foi a revisão sistemática para estabelecimento conceitual do objeto teórico, seguido pela análise de critérios variados pré-definidos para seleção da estrutura analítica adequada e o reconhecimento de indicadores por meio da análise de conteúdo, finalizando com a avaliação da arborização da cidade do Recife utilizando o sistema desenvolvido. Teve-se como conceito definido para arborização urbana o conjunto de ações estratégicas e integradas voltadas para o planejamento, manejo e conservação de árvores, arbustos e palmeiras presentes em ambientes urbanos capazes de fornecer serviços ecossistêmicos, tais como a benefícios estéticos, regulação de temperatura e provisionamento de alimentos. Para a estrutura analítica do sistema, selecionou-se a abordagem Mapeamento e Avaliação de Ecossistemas e seus Serviços (MAES) por possibilitar uma compreensão abrangente dos benefícios que a arborização urbana oferece, considerando tanto os aspectos quantitativos, por meio de indicadores e métricas, quanto aspectos quali-quantitativos, como o valor cultural e social dos serviços ecossistêmicos, auxiliando na tomada de decisões e no planejamento urbano sustentável.

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  • RENATO RÉGIS PINHEIRO MEDEIROS DE ARAÚJO
  • Risco climático em João Pessoa: análise da vulnerabilidade e exposição aos impactos causados por chuvas intensas

  • Orientador : KAINARA LIRA DOS ANJOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • KAINARA LIRA DOS ANJOS
  • FABIANO ROCHA DINIZ
  • FLÁVIA DA FONSECA FEITOSA
  • Data: 08/03/2024

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  • No Brasil, as consequências da mudança antropogênica do clima estão relacionadas ao aumento da frequência e intensidade dos extremos climáticos, como ondas de calor ou frio, secas e precipitações extremas, que são os principais desencadeadores de desastres no país. Nem todos os impactos causados por desastres são iguais. Uma mesma situação pode gerar impactos locais distintos, a depender das condições do ambiente social, construído e natural das áreas atingidas. Isso demonstra que as populações que já convivem com alguma dimensão de vulnerabilidade e baixa capacidade de resiliência estão mais expostas aos riscos climáticos, defi nidos pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) como a interação entre ameaças climáticas, vulnerabilidade e exposição de sistemas humanos e naturais. Assim, esta pesquisa busca analisar a vulnerabilidade e a exposição que compõem o risco associado a extremos chuvosos em João Pessoa, capital da Paraíba, entre 2000 e 2010. Utiliza a construção de sistemas de indicadores para representar as dimensões físicas, sociodemográfi cas e ambientais das áreas urbanas. Esses indicadores são derivados de dados do Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE) e do Serviço Geológico do Brasil (SGB), sendo correlacionados com registros da Defesa Civil sobre os impactos causados pela chuva entre 2015 e 2022. Dentre os resultados, destaca-se a ampliação das condições que contribuem para a vulnerabilidade e exposição em 2010, principalmente devido ao crescimento demográfi co em bairros de baixa renda, onde o acesso à infraestrutura e serviços urbanos é limitado. No entanto, esses aspectos não determinam exclusivamente a distribuição dos impactos na cidade; áreas com baixa e média vulnerabilidade também foram afetadas nos últimos anos, apesar das principais ocorrências e o número de afetados estarem concentrados em assentamentos precários. Todos esses aspectos sublinham que todas as regiões da cidade podem ser potencialmente impactadas por eventos chuvosos – inclusive na sua versão extrema. Isso destaca os desafi os para o planejamento urbano e enfatiza a necessidade de associá-lo às ações de Gestão de Riscos e Desastres (GRD), integrando uma estrutura de governança antecipatória. Essa abordagem visa promover a adaptação climática do território e reduzir o risco climático, intervindo nas diversas dimensões que o compõem.


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  • In Brazil, the consequences of anthropogenic climate change are associated with an increase in the frequency and intensity of extreme climate, such as heatwaves, cold spells, droughts, and extreme precipitation, which are the main triggers of disasters in the country. Not all impacts caused by disasters are the same. The same situation can generate diff erent local impacts, depending on the conditions of the social, built, and natural environment of the aff ected areas. This demonstrates that populations already dealing with some level of vulnerability and low resilience are more exposed to climate risks, defi ned by the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) as the interaction between climate threats, vulnerability, and exposure of human and natural systems. Thus, this research aims to analyze the vulnerability and exposure that constitute the risk associated with heavy rainfall in João Pessoa, the capital of Paraíba, between 2000 and 2010. It employs the construction of indicator systems to represent the physical, sociodemographic, and environmental dimensions of urban areas. These indicators are derived from data from the Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) and the Serviço Geológico do Brasil (SGB), correlated with Defesa Civil records on rainfall impacts between 2015 and 2022. Among the results, there is a notable expansion of conditions contributing to vulnerability and exposure in 2010, primarily due to demographic growth in low-income neighborhoods, where access to infrastructure and urban services is limited. However, these aspects do not exclusively determine the distribution of impacts in the city; areas with low and medium vulnerability have also been aff ected in recent years, despite the main occurrences and the number of aff ected individuals being concentrated in precarious settlements. All these aspects underscore that all regions of the city can potentially be impacted by rainfall events, including their extreme versions. This highlights the challenges for urban planning and emphasizes the need to associate it with Disaster Risk Management (DRM) actions, integrating a framework of anticipatory governance. This approach aims to promote the climate adaptation of the territory and reduce climate risk by intervening in the various dimensions that compose it.

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  • ITALO CINTRA FERREIRA
  • PARQUE DO CARMO DE OLINDA: O ELEMENTO VEGETAL NA COMPREENSÃO DO ESPÍRITO DO LUGAR

  • Orientador : JOELMIR MARQUES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOELMIR MARQUES DA SILVA
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • SAÚL ALCÁNTARA ONOFRE
  • Data: 08/03/2024

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  • O Centro Histórico de Olinda é reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial Cultural,
    que levou em consideração a reunião do conjunto arquitetônico e traçado urbano português
    imbricados à presença do mar e sua vegetação. Apesar do conjunto arquitetônico ser
    objetivamente apreendido enquanto patrimônio histórico, o elemento vegetal, é por vezes
    negligenciado e limitado a concepção de verde urbano da cidade. Contudo, o elemento vegetal
    ultrapassa essa concepção, já que os diferentes tipos de vegetação representam um papel na
    composição e não devem ser modificados de maneira arbitrária. Acredita-se que ele está
    diretamente ligado a vida social e espiritual do centro histórico, dando ao sítio um caráter
    próprio que firma o seu lugar na história, seja ele pertencente as cercas e hortas conventuais, a
    indústria da cana-de-açúcar, ao horto botânico, aos quintais ou espaços públicos ajardinados.
    Para autores como Christian Norberg-Schulz, esse caráter próprio que os lugares apresentam
    intitula-se como espírito do lugar. Para tanto, a espacialidade do Parque do Carmo é utilizada
    como objeto empírico para a investigação da problemática, por se configurar um célebre
    espaço público no seio do Centro Histórico que se moldou conforme a demanda de diferentes
    épocas compreendidas entre os séculos 16 e 21. Dessa maneira, tem-se como objetivo
    entender o elemento vegetal enquanto componente chave na permanência do Espírito do
    Lugar do Parque do Carmo. Dessa forma, construiu-se a historiografia, direcionada a partir da
    fitocronologia e do palimpsesto vegetal, fazendo uso da pesquisa bibliográfica, histórica, e de
    campo exploratória.


  • Mostrar Abstract
  • O Centro Histórico de Olinda é reconhecido como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, apresentando dentre os critérios o de valor universal excepcional, sendo este a reunião do conjunto arquitetônico e traçado urbano português imbricados à presença do mar e dos seus jardins. Apesar do conjunto arquitetônico ser objetivamente apreendido enquanto patrimônio histórico, o elemento vegetal, é por vezes mal interpretado e negligenciado, limitado à concepção de verde urbano da cidade. Porém, o patrimônio histórico do jardim ultrapassa essa concepção, já que os diferentes tipos de vegetação representam um papel na composição e não devem ser modificados de maneira arbitrária. Acredita-se que o elemento vegetal está diretamente ligado a vida social e espiritual do centro histórico, dando ao lugar um caráter próprio que firma o seu lugar na história, seja ele pertencente as cercas e hortas conventuais, a indústria da cana-de-açúcar, ao horto botânico, aos quintais ou espaços públicos ajardinados. Para autores como Christian Norberg-Schulz, esse caráter próprio que os lugares apresentam intitula-se como espírito do lugar. A espacialidade do Parque do Carmo é utilizado como recorte para a investigação da problemática, um célebre espaço público no seio do centro histórico que se moldou conforme a demanda de diferentes épocas compreendidas entre os séculos XVI e XXI. Sua configuração atual é resultado de ações de requalificação no âmbito do Programa Monumenta, responsável por integrar os espaços precedentes da Praça da Abolição, Sítio de Seu Reis e a colina da Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Dessa maneira, tem-se como objetivo entender o elemento vegetal enquanto componente chave na permanência do Espírito do Lugar do Parque do Carmo. Para isso serão considerados três eixos de análise: pesquisa bibliográfica, pesquisa histórica, e pesquisa de campo exploratória. Como procedimentos metodológicos serão realizados a fitocronologia, o palimpsesto vegetal e o inventário florístico do parque.

Teses
1
  • ARNALDO DE SOUZA
  • PRIVATIZAR OU ESTATIZAR SERVIÇOES PÚBLICOS ESSENCIAIS? O dilema na oferta dos serviços hídrico-sanitários na cidade do Recife.

  • Orientador : MARIA ANGELA DE ALMEIDA SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA ANGELA DE ALMEIDA SOUZA
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • FABIANO ROCHA DINIZ
  • ANA LÚCIA BRITTO
  • JAN BITOUN
  • MARIA DO LIVRAMENTO MIRANDA CLEMENTINO
  • Data: 28/02/2024

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  • A tese tem como objeto o dilema da privatização ou estatização de serviços essenciais, elegendo entre esses os serviços hídrico-sanitários e adotando como objeto empírico o Programa Cidade Saneada, implantado mediante uma Parceria Público-Privada (PPP) na Região Metropolitana do Recife (RMR). Parte da constatação que, desde o final da década de 1970, diversos países ao redor do mundo têm adotado a privatização, assim como suas variações, como concessões e PPPs, como resposta às supostas deficiências na gestão pública. Este processo permitiu a atuação do setor privado em diversos setores, inclusive aqueles considerados essenciais, consagrados pela natureza social das políticas públicas. Contudo, a partir dos anos 2000, emergiu um movimento contundente, também de âmbito internacional, que caminha em sentido oposto, contestando a gestão privada, especialmente em setores essenciais. Esse movimento vem promovendo a reintegração de serviços e infraestruturas anteriormente privatizados às instâncias público-governamentais nacionais, regionais e locais, em diversas partes do mundo em meio a críticas ao desempenho insatisfatório dos serviços sob gestão privada. À medida em que esse movimento internacional, definido na tese como (re)estatização, ganha destaque, evidenciando reconsiderações das práticas de gestão privada em setores essenciais, avança no cenário recente brasileiro uma maior inclinação à privatização da gestão de serviços nesses setores, tais como os hídrico-sanitários. A pesquisa que fundamenta esta tese buscou não apenas compreender o fenômeno da (re)estatização em seus próprios termos, mas também contextualizar as razões que o tem promovido no caso brasileiro, conferindo foco à privatização da gestão do setor essencial de saneamento básico e analisando seus impactos específicos no cenário local da cidade do Recife por meio da análise do Programa Cidade Saneada. A tese elegeu como objetivo principal investigar os mecanismos que orientaram a formulação desse Programa para a gestão privada, bem como os impactos da sua implementação, adotando como foco os conflitos que emergem da privatização dos serviços de esgoto e os seus efeitos na universalização do saneamento na cidade do Recife, que se destaca entre as mais desiguais no cenário nacional. O enfoque teórico-metodológico da pesquisa foi fundamentado no modelo incremental de formulação de políticas públicas proposto por Charles Lindblom. Este modelo sugere que as políticas públicas são fortemente influenciadas pelo histórico de políticas anteriores, proporcionando uma compreensão mais profunda dos elementos essenciais que ligam o contexto nacional ao caso específico no Recife. Para a análise dessas conexões, empregou-se o método de Process Tracingsobre um conjunto de dados e informações qualitativas disponíveis sobre o caso local, extraídos a partir de fontes como documentos oficiais, da produção acadêmica local e do levantamento de dados e informações empíricos. Essa abordagem possibilitou mapear e descrever processos, oferecendo uma interpretação nova sobre fenômenos relativamente novos a partir de temas já consagrados na literatura. Neste sentido, o estudo apresenta evidências que desafiam as premissas da oferta privada de serviços públicos essenciais, concluindo que, em paralelo ao avanço nacional e local da privatização da gestão de serviços hídrico-sanitários, um conjunto de fatores tem sugerido que características relacionadas às (re)estatizações observadas na experiência internacional encontram profunda ressonância na cidade do Recife.


  • Mostrar Abstract
  • The thesis focuses on the dilemma of privatization or nationalization of essential services, choosing water and sanitation services among these and adopting as its empirical object the Sanitized City Program, implemented through a Public-Private Partnership (PPP) in the Metropolitan Region of Recife (RMR). It starts from the observation that, since the late 1970s, several countries around the world have adopted privatization, as well as its variations, such as concessions and PPPs, as a response to supposed deficiencies in public management. This process has allowed the private sector to operate in various sectors, including those considered essential, enshrined in the social nature of public policies. However, since the 2000s, a strong movement has emerged, also at international level, which is moving in the opposite direction, contesting private management, especially in essential sectors. This movement has been promoting the reintegration of previously privatized services and infrastructures into national, regional and local public-government bodies in various parts of the world, amid criticism of the unsatisfactory performance of services under private management. As this international movement, defined in the thesis as (re)nationalization, gains prominence, showing a reconsideration of private management practices in essential sectors, there has been a greater inclination in the recent Brazilian scenario to privatize the management of services in these sectors, such as water and sanitation. The research behind this thesis sought not only to understand the phenomenon of (re)nationalization in its own terms, but also to contextualize the reasons that have promoted it in the Brazilian case, focusing on the privatization of the management of the essential basic sanitation sector and analyzing its specific impacts on the local scenario of the city of Recife through the analysis of the Sanitized City Program. The main objective of the thesis was to investigate the mechanisms that guided the formulation of this Program for private management, as well as the impacts of its implementation, focusing on the conflicts that emerge from the privatization of sewage services and their effects on the universalization of sanitation in the city of Recife, which is among the most unequal on the national scene. The theoretical-methodological approach of the research was based on the incremental model of public policy formulation proposed by Charles Lindblom. This model suggests that public policies are strongly influenced by the history of previous policies, providing a deeper understanding of the essential elements that link the national context to the specific case in Recife. To analyze these connections, the Process Tracing method was used on a set of qualitative data and information available on the local case, drawn from sources such as official documents, local academic production and empirical data and information. This approach made it possible to map and describe processes, offering a new interpretation of relatively new phenomena based on themes already established in the literature. In this sense, the study presents evidence that challenges the assumptions of the private provision of essential public services, concluding that, in parallel with the national and local progress of privatization of water and sanitation services, a set of factors has suggested that characteristics related to (re)nationalization observed in the international experience find deep resonance in the city of Recife

2023
Dissertações
1
  • IVANA FERNANDA MEDINA SAN MARTÍN
  • ANÁLISE DA OFERTA IMOBILIÁRIA RESIDENCIAL NO GRAN SANTIAGO, CHILE

  • Orientador : NORMA LACERDA GONCALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • NORMA LACERDA GONCALVES
  • IANA LUDERMIR BERNARDINO
  • ANA CRISTINA DE ALMEIDA FERNANDES
  • Data: 23/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • O Gran Santiago (Chile) nas últimas décadas experimentou um importante desenvolvimento onde a construção de habitações foi um fenômeno importante, porque diversificou e aumentou a oferta imobiliária permitindo o acesso à habitação a amplos setores da população. Porém nos últimos anos o sonho da casa própria tornou-se mais difícil de realizar para as classes baixas e médias, isto tem sua expressão no incremento de assentamentos precários, o incremento no déficit habitacional, o incremento no preço dos imóveis e uma oferta que atende principalmente a investidores, isto é, para satisfazer a demanda por imóveis destinados a aluguel com a finalidade de obter uma renda deles.

    A pesquisa tem como objetivo analisar a oferta residencial de imóveis novos no Gran Santiago entre 2021 e 2022, mostrando que a oferta atual tem diversas semelhanças e diferenças segundo o setor ou município e a oferta mostra importantes sinales de que da maior importância aos investidores do que as pessoas que desejam um imóvel para morar. Por outra parte, foi observado que dentro das dinâmicas do mercado imobiliário destaca-se o rol dos promotores imobiliários e atores financeiros que, além de apontar as características e atributos de seus empreendimentos possuem diversas relações em favor de seus interesses e que respondem às dinâmicas da financeirização da moradia.


  • Mostrar Abstract
  • O trabalho objetiva investigar as características e dinâmicas da oferta imobiliária nos 34 municípios da Grande Santiago, focando os atores que participam no campo do financiamento, da produção e venda no mercado imobiliário e as características dos projetos e os atributos que são oferecidos. O motivo da escolha desses municípios é a possibilidade de captar a heterogeneidade dos projetos ofertados e, por sua vez, estabelecer padrões ou elementos diferenciadores entre cada município ou setor da cidade. Para atingir o objetivo anunciado serão analisados (i) o mercado habitacional no Chile, (ii) os atores do mercado de habitação, (iii) a oferta de habitações novas na grande Santiago e panorâmica sobre a oferta imobiliária na Grande Santiago. 

2
  • FRANCISCO ALLYSON BARBOSA SILVA
  • HABITAR O CENTRO: a interface entre o uso habitacional e o espaço urbano no bairro de Santo Antônio – Recife.

  • Orientador : JOSE DE SOUZA BRANDAO NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ENIO LAPROVITERA DA MOTTA
  • JOSE DE SOUZA BRANDAO NETO
  • MARIANA FIALHO BONATES
  • Data: 24/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • A pesquisa é desenvolvida em parceria com o Núcleo de Gestão do Porto Digital e visa reconhecer os elementos do Espaço Urbano que condicionam a habitabilidade do bairro de Santo Antônio no Recife e o papel da tecnologia na transformação dessa percepção. Parte-se da compreensão que o habitar vai muito além da habitação, envolvendo uma série de atividades relacionadas ao trabalho, lazer e ao cotidiano. É de suma importância, portanto, compreender as relações sociais neste contexto, incorporando as motivações e inquietações por parte da população em relação ao habitar na área central. Pensar os elementos e características do Espaço Urbano se faz tão necessário quanto se pensar a inserção da moradia em si na área central. É essencial destacar que o trabalho é uma etapa de investigação de um longo processo de Reabilitação Urbana da área central do Recife em curso, na qual se insere a Operação Urbana Consorciada de Santo Antônio e por isso ressalta-se a importância do uso da tecnologia como potencializadora desse processo, sobretudo ao reforçar a participação da sociedade civil, a governança na inclusão de novas práticas inovadoras no dia-a-dia do serviço público, a usabilidade e complexidade no entorno da temática por meio do artefato tecnológico. Tem como público-alvo os trabalhadores da área central do Recife, sejam eles associados a Prefeitura Municipal do Recife, ao Porto Digital e ao CDL Recife. As discussões foram amparadas por uma série de autores do campo urbanístico e sociológico, a saber de Carrión (2001), Guy Tapie (2014), Pattaroni, Kaufmann e Rabinovich (2009), Pedro e Freitas (2013), Silver (2010), Leite (2012), Lacerda (2007), Reynaldo (2017), entre outros. A partir das contribuições dos autores e da sistematização das temáticas, foi possível elencar quatro categorias de análise, sendo elas: Segurança, Mobilidade Urbana, Espaços Públicos e Usos Complementares. Sobrepor as discussões apresentadas no Referencial Teórico com os levantamentos realizados na área reforçaram a interface do habitar com o Espaço Urbano, destacando as prioridades das quatro categorias de análise para a melhoria das condições de habitabilidade do bairro de Santo Antônio por parte do público alvo. Em síntese, compreende-se quais aspectos do Espaço Urbano estão associados as condições de habitabilidade do bairro de Santo Antônio e como a tecnologia pode se inserir nesse processo. O artefato tecnológico desenvolvido neste trabalho, nomeado de “urban on”, possibilita acompanhar a reativação do espaço urbano de forma online e com dados atualizados em tempo real, visando perceber as mudanças nas percepções dos usuários no que diz respeito às condições de habitabilidade do bairro. É nesse sentido que se optou
    por destacar o protagonismo do uso da tecnologia, destacando sua pertinência no que se refere ao incentivo à participação, às alianças tripartidas e à governança, como já mencionado anteriormente, auxiliando diretamente na estrutura de gestão de um processo de reabilitação urbana. O “urban on” ou urbano em transformação evidencia o estreitamento na relação entre o individuo e o espaço urbano a partir de duas compreensões: o individuo como agente transformador e modelador do espaço e a tecnologia como potencializadora e facilitadora do processo de reabilitação urbana.

  • Mostrar Abstract
  • A pesquisa intitulada "Condições de Habitabilidade do Espaço Urbano no bairro de Santo Antônio", é desenvolvida em parceria com o Núcleo de Gestão do Porto Digital e visa investigar as condições de habitabilidade do bairro de Santo Antônio no Recife através das interfaces da temática do habitar com o espaço urbano. Parte-se da compreensão que o habitar vai muito além da habitação, envolvendo uma série de atividades relacionadas ao trabalho, lazer e ao cotidiano. É de suma importância, portanto, compreender a relevância das relações sociais neste contexto, incorporando as motivações e inquietações por parte da população em relação ao habitar na área central. Nesse sentido, pensar os elementos e características do espaço urbano se faz tão necessário quanto se pensar a inserção da moradia em si na área central. É importante destacar que o trabalho é uma etapa de investigação de um longo processo de Reabilitação Urbana da área central do Recife em curso, na qual se insere a Operação Urbana Consorciada de Santo Antônio. Tem como público alvo os trabalhadores da área central do Recife, sejam eles trabalhadores formais ligados a prefeitura municipal e o Porto Digital, ou informais, a exemplo dos comerciários. As discussões foram amparadas por uma série de autores, a saber de Carrión (2001), Guy Tapie (2014), Pattaroni, Kaufmann e Rabinovich (2009), Pedro e Freitas (2013), Silver (2010), Leite (2012), Lacerda (2007), Reynaldo (2017), entre tantos outros. Os resultados da pesquisa de campo ainda não foram sistematizados até o momento.

3
  • JADSON EUGENIO DA SILVA
  • ONDE O SERTÃO SE FAZ MORADA: Imaginários Poéticos da Casa Sertaneja

  • Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIA LEITAO SANTOS
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • DAYSE LUCKWU MARTINS
  • Data: 28/02/2023

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  • O Sertão é do tamanho do mundo”, afirma Guimarães Rosa (1986) em grande Sertão: Veredas. Esta frase é o mote inicial de uma inquietação que leva a uma conexão imediata com o sentido de ser-no-mundo, de Heidegger. Esta dimensão que Rosa dá ao Sertão é constituída por todos os imperativos que o circunda, e apesar da importância de todos eles para a construção do imaginário sertanejo, a casa e a forma de morar do sertanejo precisam ser analisados com mais atenção, para compreender como se dá essa relação entre habitat, habitação e habitante, pelo campo da subjetividade. Sendo assim, o presente trabalho tem o objetivo principal de compreender através de uma investigação poética e afetiva a relação entre o sertanejo e a casa do sertão com o seu imaginário, além disso, busca-se discutir como o imaginário se manifesta no sertão e como isso influencia no morar no sertão e na apropriação do lugar; e, ainda, identificar como o sertanejo reconhece os elementos presentes no seu imaginário através das marcas identitárias que compõem sua subjetividade. Para isso, serão discutidas as noções do imaginário, considerando as teorias de Gilbert Durand, a poética do espaço de Bachelard, genius loci de Norberg-Shulz, as contribuições para a composição do imaginário sertanejo por Guimarães Rosa, Euclides da Cunha e Ariano Suassuna. Além do da identificação desse imaginário sertanejo a partir da música, a arte e literatura que serão elementos imprescindíveis para esta análise. Por fim, após essa travessia pelas teorias e pelo reconhecimento dos elementos constituintes do imaginário sertanejo, será identificado como o sertão e o sertanejo se espelham no espaço da casa, e finalmente, como a casa do sertão enquanto espaço habitado abriga, quase que de forma simbiótica, o ser, o lugar e o tempo


  • Mostrar Abstract
  • “O Sertão é do tamanho do mundo”, afirma Guimarães Rosa (1986) em grande Sertão: Veredas. Esta frase é mote inicial de uma inquietação que leva a uma conexão imediata com o sentido de ser-no-mundo, de Heidegger. Esta dimensão que Rosa dá ao Sertão é constituída por todos os imperativos que o circunda, e apesar da importância de todos eles para a construção do imaginário sertanejo, a casa e a forma de morar do sertanejo precisam ser analisados com mais ênfase, para extrair uma melhor contribuição para a composição deste imaginário. Sendo assim, o presente trabalho tem o objetivo principal de compreender através de uma investigação poética e afetiva a relação entre o sertanejo e a casa do sertão com o seu imaginário, além disso, busca-se discutir como o imaginário se manifesta no sertão e como isso influencia no morar no sertão e na apropriação do lugar, e, ainda, identificar como o sertanejo reconhece os elementos presentes no seu imaginário através das marcas identitárias que compõem sua subjetividade. Para isso, serão discutidas as noções do imaginário, considerando as teorias de Gilbert Durand, Armando Silva, a poética do espaço de Bachelard, as noções de imaginário popular de Ariano Suassuna e para identificação do imaginário sertanejo a música, a arte e literatura serão elementos imprescindíveis para esta constatação. Por fim, após essa travessia pelas teorias e pelo reconhecimento dos elementos constituintes do imaginário sertanejo, será identificado como o sertão e o sertanejo se espelham no espaço da casa, e finalmente, como a casa do sertão enquanto tipo abriga, quase que de forma simbiótica, o ser, o lugar e o tempo.

     

4
  • IZABELLY OLIVEIRA LINS DA SILVA
  • Sob o Céu de Luta: A dança do Movimento de Moradores em Casa Amarela, Recife-PE.

  • Orientador : CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • NORMA LACERDA GONCALVES
  • HELENA D’ AGOSTO MIGUEL FONSECA
  • OTAVIO AUGUSTO ALVES DOS SANTOS
  • Data: 28/07/2023

  • Mostrar Resumo
  • O objetivo desta dissertação é analisar quais foram os fatores que influenciaram a mobilização e desmobilização do movimento de moradores de Casa Amarela, bairro da zona norte do Recife. Optou-se por um desenho narrativo de pesquisa e o método hipotético-dedutivo, com fontes de pesquisa bibliográfica e documental, além de dados demográficos do Censo 2010 e dados oferecidos pela Prefeitura da Cidade do Recife. Foram realizadas hipóteses e confirmadas, demonstrando que as mobilizações sociais do bairro foram criadas de forma espontânea a partir da condição carente de infraestrutura básica e equipamentos urbanos da região, o que causou uma mobilização de várias áreas da zona norte em busca de cidadania. E sua eventual desmobilização foi fruto de consequências de cunho político, social e territorial, sendo as que mais se destacam: o desmembramento do conjunto urbano de Casa Amarela pela Lei n 12.457/1988, algumas gestões municipais populares das décadas de 1980 a 2000 e o aumento do poder aquisitivo da população. Referente as contribuições, evidencia-se assim, as consequências para o bairro, como a formação eleitoral dentro dos movimentos, a gradual saída das famílias de baixa renda para o adensamento vertical e a fragmentação política popular. 


  • Mostrar Abstract
  • Ao longo do século XX, Recife assistiu uma efervescência de movimentos sociais formados por moradores das periferias da capital pernambucana. Entre essas comunidades está a de Casa Amarela, localizada nos morros da Zona Norte recifense. Organizada popularmente desde 1931, com a sociedade de moradores do bairro, Casa Amarela protagonizou uma série de reivindicações populares em busca de melhores ofertas de serviços e equipamentos urbanos na periferia, legalização de casas e melhor acesso ao centro da cidade.  Inserido no conceito de movimento social urbano, o movimento de bairro dos moradores de Casa Amarela e as Associações de Moradores, se fizeram presente durante toda a ditadura militar, colecionando conquistas e parcerias com outras associações de moradores dos bairros do Recife. Mesmo com um alto índice de conquistas, é notório um arrefecimento das ações populares do movimento de bairro de Casa Amarela a partir do ano de 1988, mesmo ano que a capital pernambucana vivenciou um novo processo de reestruturação urbana. O objetivo desta dissertação é analisar quais os fatores de arrefecimento das ações do movimento de moradores de Casa Amarela e as consequências políticas, sociais e territoriais após 1988.

5
  • CAMILA SOARES DE MACEDO SILVA
  • Mercado imobiliário de locação em centros históricos: as condutas dos proprietários e inquilinos frente a imóveis comerciais e de serviços nos bairros de São José e Santo Antônio

  • Orientador : NORMA LACERDA GONCALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • NORMA LACERDA GONCALVES
  • IANA LUDERMIR BERNARDINO
  • DIEGO BEZERRA DE MELO MACIEL
  • MARCO AURÉLIO ARBAGE LOBO
  • Data: 21/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • Nas últimas décadas a temática do centro histórico ganha relevância a partir de mudanças que impulsionaram a volta do interesse do capital para essas áreas, revelando a importância do conhecimento do funcionamento do mercado imobiliário nos centros históricos brasileiros. No caso específico do Centro Histórico do Recife, através de estudos foi possível realizar algumas constatações, como a predominância do mercado de locação envolvendo imóveis comerciais e de serviços. Algumas áreas desse centro histórico, como os bairros de São José e Santo Antônio, ganham evidência pela predominância das atividades comerciais, principalmente no que se refere ao comércio popular, apresentando ruas de especialidades e grande fluxo de pedestres. O caráter local desse comércio também chama a atenção em um mercado cada vez mais globalizado. Diante desse contexto, a atuação dos agentes do mercado imobiliário de locação ganha relevância, uma vez que seus perfis e seu comportamento podem interferir na atual dinâmica da área e em sua conservação. Assim, o objetivo do estudo é investigar as condutas dos proprietários/locadores e inquilinos no mercado imobiliário de imóveis comerciais em centros históricos, bem como a implicação dessas condutas nos preços de locação, tendo como objeto empírico de análise parte dos bairros de São José e Santo Antônio. Para tanto, algumas reflexões teóricas são realizadas em torno dos centros históricos e de sua relação com a centralidade urbana, fato que, com o passar dos anos, coloca esses centros como objeto de interesse, sobretudo do mercado imobiliário comercial. A observação do processo de formação e evolução dos bairros de São José e Santo Antônio revela que essas áreas, originalmente residenciais, gradualmente se transformam em espaços propícios para abrigar a atividade comercial. A partir da caracterização de parte desses bairros no que se refere a sua estrutura física e de localização, além da realização de entrevistas com os principais agentes imobiliários da área, proprietários/locadores e inquilinos, foi possível refletir sobre o reflexo de suas condutas na conformação do espaço e nos preços do mercado de locação. Essas condutas, apesar de serem provenientes de perfis distintos de proprietários/locadores, seguem um mesmo padrão diretamente relacionado com a localização não reproduzível dos imóveis e com a utilização produtiva do solo para atividades comerciais por parte dos inquilinos.


  • Mostrar Abstract
  • Nas últimas décadas a temática do centro histórico ganha relevância a partir de mudanças que impulsionaram a volta do interesse do capital para essas áreas, revelando a importância do conhecimento do funcionamento do mercado imobiliário nos centros históricos brasileiros. No caso específico do Centro Histórico do Recife, através de estudos foi possível realizar algumas constatações, como a predominância do mercado de locação envolvendo imóveis comerciais e de serviços. Algumas áreas desse centro histórico, como os bairros de São José e Santo Antônio, ganham evidência pela predominância das atividades comerciais, principalmente no que se refere ao comércio popular, apresentando ruas de especialidades e grande fluxo de pedestres. O caráter local desse comércio também chama a atenção em um mercado cada vez mais globalizado. Diante desse contexto, a atuação dos agentes do mercado imobiliário de locação ganha relevância, uma vez que seus perfis e seu comportamento podem interferir na atual dinâmica da área e em sua conservação. Assim, o objetivo do estudo é investigar as condutas dos proprietários/locadores e inquilinos no mercado imobiliário de imóveis comerciais em centros históricos, bem como a implicação dessas condutas nos preços de locação, tendo como objeto empírico de análise parte dos bairros de São José e Santo Antônio. Para tanto, algumas reflexões teóricas são realizadas em torno dos centros históricos e de sua relação com a centralidade urbana, fato que, com o passar dos anos, coloca esses centros como objeto de interesse, sobretudo do mercado imobiliário comercial. A observação do processo de formação e evolução dos bairros de São José e Santo Antônio revela que essas áreas, originalmente residenciais, gradualmente se transformam em espaços propícios para abrigar a atividade comercial. A partir da caracterização de parte desses bairros no que se refere a sua estrutura física e de localização, além da realização de entrevistas com os principais agentes imobiliários da área, proprietários/locadores e inquilinos, foi possível refletir sobre o reflexo de suas condutas na conformação do espaço e nos preços do mercado de locação. Essas condutas, apesar de serem provenientes de perfis distintos de proprietários/locadores, seguem um mesmo padrão diretamente relacionado com a localização não reproduzível dos imóveis e com a utilização produtiva do solo para atividades comerciais por parte dos inquilinos.

6
  • GISELLE CRISTINA CANTALICE DE ALMEIDA
  • HABITAÇÃO SOCIAL E CIDADE: A CONTRIBUIÇÃO DE HÉCTOR VIGLIECCA EM SÃO PAULO ENTRE 1991-2012

  • Orientador : FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • JOSE DE SOUZA BRANDAO NETO
  • MONICA JUNQUEIRA DE CAMARGO
  • Data: 21/08/2023

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  •  

    Esta pesquisa se propõe a refletir sobre as formas de projetar conjuntos de habitação social no contexto dos centros urbanos já consolidados. Para isso, considera os desafios de intervir na cidade informal e a prerrogativa de obter resultados alternativos de maior qualidade, frente as últimas experiências dos programas a nível federal, os quais apesar dos números expressivos, foram alvo de duras críticas. Uma das principais críticas dirigidas à produção de habitação coletiva no Brasil é a implantação dos conjuntos em áreas periféricas, afastadas dos centros urbanos, o que contribui para a exclusão social e para a falta de acesso a serviços básicos. Além disso, a padronização de tipologias, muitas vezes são inadequadas às necessidades dos moradores e não levam em conta as características do entorno, tem sido muito criticadas. Tais questões trazem à tona o desafio de projetar habitação do ponto de vista de desenhar cidade. Seguindo esse pensamento, é possível encontrar exemplares de projetos bem-sucedidos em termos de desenho urbano, como é o caso da produção do arquiteto Héctor Vigliecca em São Paulo. Vigliecca é bastante conhecido por seu trabalho com projetos de habitação social, nos quais prioriza questões como demandas dos usuários e relações com o entorno. Desse modo, parte-se da premissa de que os princípios de desenho urbano, pensados inicialmente para uma cidade formal, são reinterpretados na obra de Héctor Vigliecca para a produção de habitação social em áreas informais da cidade. Para análise dos objetos de estudo foram utilizados os trabalhos de Benetti, Pecly e Andreoli (2017) e Raquel Rolnik (2014), os quais sugerem o estudo a partir de três escalas: 1) Escala cidade, 2) Escala vizinhança e 3) Escala conjunto. Por conseguinte, os resultados da análise sugerem que a experiência de Vigliecca contribuem para o modo de pensar a produção de conjuntos em áreas urbanas críticas, buscando requalificar e integrar as escalas cidade-conjunto-edifício-unidade, inserindo-os em áreas urbanas já consolidadas com as infraestruturas e ofertas dos grandes centros.


  • Mostrar Abstract
  • Os dois últimos programas federais de habitação social no Brasil em larga escala – Banco Nacional de Habitação (1965-1985) e Minha Casa Minha Vida (em vigor) -, pensados como solução para o déficit de moradias, apesar de terem alcançado números significativos de exemplares construídos ao longo de todo território nacional, foram alvo de duras críticas. A falta de relação com o tecido urbano, a localização distante dos grandes centros, ausência de infraestrutura adequada e a monotonia arquitetônica são alguns dos pontos destacados.

    Paralelamente, alguns municípios tem se destacado logrando respostas a nível local, através do incentivo das prefeituras e secretarias de habitação, como no caso da cidade de São Paulo. Essas iniciativas vem permitindo a produção de habitações de interesse social com maior liberdade de exercício em parceria com alguns escritórios de arquitetura locais. À luz do que trata a disciplina de Desenho Urbano, tais projetos trazem à tona o desafio de projetar grandes estruturas em áreas urbanas já consolidadas com o intuito de amenizar os números do déficit de moradias, bem como responder com novos exercícios e metodologias às críticas já levantadas historicamente.

    Nesse sentido, partindo-se da premissa de que o fazer arquitetônico contemporâneo pode contribuir para o desenvolvimento de melhores conjuntos e o aprimoramento da relação entre habitação social e cidade, esta pesquisa busca identificar as estratégias projetuais recentes utilizadas por um dos “arquitetos do social” com produção notável em São Paulo: Héctor Vigliecca. Para tal, serão estudados, com maior ou menor detalhe, alguns dos conjuntos desenvolvidos entre os anos 2009 e 2018, buscando examinar questões como a ocupação da quadra e a relação entre cheios e vazios, uso público e privado, a preservação de edifícios históricos, a relação entre volumes propostos e edifícios existentes, a qualidade da paisagem e a necessidade de se considerar as questões sociais locais.

7
  • KARLA VICTÓRIA NUNES DA SILVA
  • PELAS RUAS DA CIDADE: A influência do ambiente construído na experiência
    do caminhar - Uma análise em Manaíra, João Pessoa, PB.

  • Orientador : JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • ETHEL PINHEIRO SANTANA
  • GLEICE VIRGINIA MEDEIROS DE AZAMBUJA ELALI
  • Data: 22/08/2023

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    Os ambientes construídos em que vivemos estão constantemente a influenciar-nos, seja afetando nosso conforto físico ou nosso bem estar psicológico. Este entendimento foi responsável pela inquietação primeira que deu origem a esta pesquisa. O ambiente construído de interesse para esta investigação é o urbano, mais especificamente o da rua, pois interessa-nos a sua influência sobre os afetos despertados no sujeito durante a experiência da caminhada. Como guia para condução da pesquisa esteve a intenção de responder a seguinte pergunta: Como as características espaciais do ambiente da rua, configuradoras de suas ambiências, influenciam as escolhas de percurso na prática do caminhar? Para sua construção a pesquisa se apoiou nos conceitos de ambiente construído, ambiência, deriva e experiência, na perspectiva de Goldhagen, Thibaud, Careri e Tuan, respectivamente. Por meio desses, foram empreendidas análises da experiência do sujeito com o objetivo de identificar elementos do ambiente construído urbano que são capazes de gerar afetações no sujeito e que ditam seus modos de caminhar, bem como suas escolhas de trajeto. Desta maneira, o objetivo geral deste estudo consiste em identificar elementos e características do ambiente que influenciam as escolhas do sujeito ao caminhar nas ruas. Com a valorização da percepção através dos sentidos, fez-se uso da análise da ação do sujeito, e da qualidade desta ação, como meio de acessar suas afetações, entendendo o ambiente como estímulo. Para tanto foi estudado um recorte do bairro de Manaíra, em João Pessoa, por meio de caminhadas sensíveis do tipo deriva, realizadas por 10 sujeitos voluntários da pesquisa. Para registro da narrativa dos sujeitos foram realizadas as derivas dos participantes, que aconteciam de acordo com as solicitações do corpo dos sujeitos e eram acompanhadas por mim para fins de observação; a elaboração de mapas mentais para registro da experiência, feitos por mim e pelos participantes; e entrevistas/conversas sobre o que eles(as) haviam experienciado, usando o seu mapa mental como guia do diálogo. A análise desenvolvida neste trabalho traz resultados extraídos dessas experiências, na forma da relação entre os principais elementos da afetação identificados no ambiente estudado e seus afetos resultantes, nomeando os afetos e destacando quais elementos do espaço foram responsáveis por suscitá-los. Esta pesquisa tem como interesse, por fim, vislumbrar formas de projetar cidades mais confortáveis psicologicamente para os sujeitos que as praticam.



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  • Os ambientes construídos em que vivemos estão constantemente a influenciar-nos, seja afetando nosso conforto físico ou até mesmo nosso bem estar psicológico. O ambiente de interesse desta pesquisa é o urbano, mais especificamente o da rua, pois interessa-nos a sua influência sobre o estado emocional do sujeito durante a experiência da caminhada. Para a condução da pesquisa, situamos nossas reflexões no campo da Psicologia Ambiental e da Sintaxe Espacial. Fazemos uso, principalmente, de conceitos como os de ambiência, affordance e wayfinding, na perspectiva de Thibaud, Günther, Pinheiro e Elali, associados ao de intervisibilidade, vindo da Sintaxe Espacial. Por meio desses, pretende-se empreender análises da experiência do sujeito com o objetivo de identificar elementos e características do ambiente construído urbano que são capazes de moldar a maneira como esse sujeito percebe, se sente e se move nos espaços de circulação do pedestre. Com a valorização da percepção através dos sentidos principalmente a visão e tendo a cognição como meio para a apreensão do espaço, pretende-se fazer uso da análise da ação do sujeito, e da qualidade desta ação, como meio de acessar suas emoções. Para tanto, propõe-se o desenvolvimento de um estudo de campo nos bairros de Manaíra e Mangabeira, em João Pessoa - PB. Tais bairros foram escolhidos pelo fato de possuírem estruturas formais e tipologias edilícias comuns, que podem ser encontradas de maneira parecida em diversas cidades brasileiras, encaixando-se assim no interesse do estudo do espaço tido como banal. A análise de campo portará sobre as ações e as emoções que envolvem o ato de caminhar de diversos sujeitos, associando-o igualmente às análises de intervisibilidade dos espaços. Tal análise procura identificar que atributos dos espaços em questão podem ter despertado nos sujeitos determinadas emoções e atitudes, e assim tentar responder a seguinte questão: Que características espaciais urbanas podem afetar o bem estar psicológico do sujeito na experiência do caminhar na cidade? Esta pesquisa tem como interesse, por fim, vislumbrar formas de projetar cidades mais confortáveis psicologicamente para os sujeitos que as praticam.

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  • RONALDO DE CARVALHO L' AMOUR FILHO
  • ARQUITETURA MODERNA E PREEXISTENCIA: A obra de Wandenkolk Tinoco na FUNDAJ- 1972 a

    1985

  • Orientador : GUILAH NASLAVSKY
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GUILAH NASLAVSKY
  • NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • JULIANA CARDOSO NERY
  • MARCIO COTRIM CUNHA
  • Data: 23/08/2023

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  • RESUMO

     

    A Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj possui em seus campi, situados nos bairros de Casa Forte e Apipucos, em Recife, um significativo acervo arquitetônico constituído por edifícios do final do século XIX e edificações modernas da década de 60 até os anos 80 do século XX. Dentre os modernos, além das obras do Museu do Açúcar (1960) e o Centro Regional de Pesquisas Educacionais de Recife - CRPE (1963), há três importantes obras do arquiteto e professor Wandenkolk Tinoco, projetadas entre 1966 e 1984. O trabalho analisa as obras de arquitetura projetadas por Wandenkolk Tinoco, os princípios que as nortearam, principalmente aqueles voltados para a relação entre as novas construções e a preexistência, a partir do referencial teórico da atualidade. O trabalho divide-se em três capítulos: o primeiro sobre a formação, influências e obra do arquiteto Wandenkolk Tinoco e as experiências de intervenção no patrimônio histórico ocorridas em Recife, nas décadas de 60; o segundo capítulo aborda o instrumental teórico sobre esse tema na atualidade, especificamente sobre o confronto antigo e novo, como balizamento para a análise crítica dos projetos e para verificação da postura dos arquitetos perante o patrimônio construído. Ainda abordaremos nesse capítulo os elementos da forma arquitetônica e sua totalidade como meio de expressão do arquiteto e na construção das sintaxes com a preexistência; no terceiro capitulo, a partir de ampla documentação encontrada nos arquivos da Fundaj, da Diretoria de Controle Urbano da Prefeitura do Recife e na Secretaria do Patrimônio da União analisaremos os projetos e obras.  Conclui-se que as edificações modernas ora dialogam com o preexistente, ao construir conexões e respostas aos condicionantes naturais e culturais do sítio, ora se impõem de forma autônoma.

     

    Palavras-chave: patrimônio histórico, preexistência, projeto, intervenção, antigo-novo.

     

     


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  • RESUMO

    A Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj possui em seus campi, situados nos bairros
    de Casa Forte e Apipucos, em Recife, um significativo acervo arquitetônico
    constituído por edifícios construídos no final do século XIX e edificações modernas
    da década de 60 até os anos 80 do século XX. Dentre os modernos, além das obras
    do Museu do Açúcar e a Escola do Centro Regional de Pesquisas Educacionais de
    Pernambuco, construído em 1963, há três importantes obras do arquiteto e professor
    Wandenkolk Tinoco, projetadas entre 1972 e 1985. O trabalho analisa as obras de
    arquitetura projetadas por Wandenkolk Tinoco, os princípios que as nortearam,
    principalmente aqueles voltados para a relação entre as novas construções e a
    preexistência, a partir do referencial teórico da atualidade. O trabalho divide-se em
    três capítulos: o primeiro sobre a formação e obra do arquiteto Wandenkolk Tinoco; o
    segundo sobre a teoria da restauração em suas diversas vertentes e instrumentos de
    análise que serão utilizados para decompor e relacionar as arquiteturas existentes;
    bem como, a análise de ampla documentação encontrada nos arquivos da Fundaj e
    da Regional de Prefeitura do Recife. Conclui-se que as edificações modernas ora
    dialogam com o preexistente, ao construir conexões e respostas aos condicionantes
    naturais e culturais do sítio, ora se impõem de forma autônoma.

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  • EDWIN FRADE VIDAL
  • AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE EM HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL POR MEIO DO PROCESSO DE VERIFICAÇÃO DE REGRAS DE PROJETO


  • Orientador : LETICIA TEIXEIRA MENDES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LETICIA TEIXEIRA MENDES
  • MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
  • CRISTIANA MARIA SOBRAL GRIZ
  • CARLOS ALEJANDRO NOME SILVA
  • Data: 24/08/2023

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  • A moradia, do ponto de vista do direito social, deve proporcionar ao cidadão condições para o desenvolvimento de uma vida digna, levando em consideração diversos aspectos, dentre eles, a acessibilidade. Entretanto, tal aspecto vem sendo desconsiderado devido à crescente redução nas dimensões físicas dos ambientes. Assim, questões como a acessibilidade acabam sendo desconsideradas. A acessibilidade, similarmente ao desenho universal e à ergonomia são saberes usados para atender às necessidades de acesso e uso dos ambientes pelas pessoas que apresentam restrições de ordem física, mental ou sensorial. Diante da necessidade dessas pessoas, é fundamental que exista, por parte do projetista, conhecimento prévio das necessidades espaciais, a partir da ergonomia e dos princípios do desenho universal para promoção da acessibilidade, de forma que possa contribuir para minimizar as barreiras arquitetônicas que dificultam a acessibilidade. Dessa maneira, entender o processo projetual, a concepção arquitetônica e a sua relação com as normas construtivas é fundamental para construção de uma arquitetura sem barreiras. Visando auxiliar o processo projetual, a indústria da construção civil tem desenvolvido o processo de verificação de regras. Esse permite a análise do projeto arquitetônico de forma automática e, quando apoiado no modelo BIM (Building Information Modeling) da obra, verifica a conformidade do objeto analisado em relação ao arcabouço de leis, normas e regulamentos inerentes ao tema. Contudo, a inserção da temática do uso da tecnologia BIM para o desenvolvimento de projetos é tão recente quanto a da acessibilidade nos programas de habitação de interesse social, necessitando de maiores avanços e divulgação. Dessa maneira, esta pesquisa tem por objetivo investigar como o processo de projeto baseado em uma abordagem de conformidade da acessibilidade, por meio do processo de verificação de normas, pode auxiliar no desenvolvimento de projetos de habitações populares. Para responder isso, a pesquisa investigará os três eixos principais relacionados à temática: o processo de verificação de regras em projetos BIM acessibilidade e a HIS.


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  • A moradia, do ponto de vista do direito social, deve proporcionar ao cidadão condições para o desenvolvimento de uma vida digna, levando em consideração diversos aspectos, dentre eles, a acessibilidade. Entretanto, tal aspecto vem sendo desconsiderado devido à crescente redução nas dimensões físicas dos ambientes. Assim, questões como a acessibilidade acabam sendo desconsideradas. A acessibilidade, similarmente ao desenho universal e à ergonomia são saberes usados para atender às necessidades de acesso e uso dos ambientes pelas pessoas que apresentam restrições de ordem física, mental ou sensorial. Diante da necessidade dessas pessoas, é fundamental que exista, por parte do projetista, conhecimento prévio das necessidades espaciais, a partir da ergonomia e dos princípios do desenho universal para promoção da acessibilidade, de forma que possa contribuir para minimizar as barreiras arquitetônicas que dificultam a acessibilidade. Dessa maneira, entender o processo projetual, a concepção arquitetônica e a sua relação com as normas construtivas é fundamental para construção de uma arquitetura sem barreiras. Visando auxiliar o processo projetual, a indústria da construção civil tem desenvolvido o processo de verificação de regras. Esse permite a análise do projeto arquitetônico de forma automática e, quando apoiado no modelo BIM (Building Information Modeling) da obra, verifica a conformidade do objeto analisado em relação ao arcabouço de leis, normas e regulamentos inerentes ao tema. Contudo, a inserção da temática do uso da tecnologia BIM para o desenvolvimento de projetos é tão recente quanto a da acessibilidade nos programas de habitação de interesse social, necessitando de maiores avanços e divulgação. Dessa maneira, esta pesquisa tem por objetivo responder ao seguinte questionamento: é possível desenvolver instrumento de checagem de projeto capaz de mensurar quantitativamente a acessibilidade em projetos de Habitação de Interesse Social (HIS)? Para responder ao questionamento, a pesquisa investigará os três eixos principais relacionados à temática: a HIS, acessibilidade e o processo de verificação de regras em projetos BIM.

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  • CARINA GIOVANA CIPRIANO CARVALHO
  • A CIDADE COMO ATINGIDA: Influências e repercussões do Complexo
    Hidreletrico do Rio Madeira nas transformações urbanas e habitacionais em Porto
    Velho, Rondônia

  • Orientador : EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • IANA LUDERMIR BERNARDINO
  • MARIA DO CARMO MARTINS SOBRAL
  • Data: 24/08/2023

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  • O Rio Madeira, que é um dos mais importantes para a Amazônia, em 2007, no município de Porto Velho (RO), recebeu a instalação de um Complexo Hidrelétrico composto pela UHE de Santo Antônio e Jirau. Foram dez anos ao todo desde a instalação ao fim da construção, impactando diretamente a fauna, povos indígenas, pescadores, comunidades tradicionais e toda população que ali já habitavam e aos que chegaram através do fluxo migratório e ocuparam as beiras do rio. A natureza não é algo paralelo, autônomo e desarticulado das dinâmicas sociais. A construção das usinas hidrelétricas trouxe a perspectiva de influência ao crescimento da cidade. A ocupação urbana da cidade de Porto Velho intensificou-se, contudo a ausência de planos governamentais e preparo para acolher imigração desordenada na região, não contribuíram para o desenvolvimento das condições mínimas de urbanização. Considerando a realidade e fenômenos como principal meio de explicação, o estudo é realizado a partir de fenômenos reais, de condições sólidas e materiais que abrangem de maneira racional as fontes que geraram as dinâmicas. A escolha pelo tema da pesquisa expõe o desafio de contribuir para a problematização e reflexão da contradição entre o discurso, propostas e ações de Grandes Projetos e o seu real impacto no território. Usando da técnica metodológica de análise de constelação para identificação de avanços e retrocessos diante dos impactos do ciclo de instalação do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. Considerando a direção da dinâmica do desenvolvimento e crescimento urbano baseados nos termos históricos, identificando fases do desenvolvimento na região estudada.


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  • O Rio Madeira, que é um dos mais importantes para a Amazônia, em 2007, no município de Porto Velho (RO), recebeu a instalação de um Complexo Hidrelétrico composto pela UHE de Santo Antônio e Jirau. Foram dez anos ao todo desde a instalação ao fim da construção, impactando diretamente a fauna, povos indígenas, pescadores, comunidades tradicionais e toda população que ali já habitavam e aos que chegaram através do fluxo migratório e ocuparam as beiras do rio. A natureza não é algo paralelo, autônomo e desarticulado das dinâmicas sociais. A construção das usinas hidrelétricas trouxe a perspectiva de influência ao crescimento da cidade. A ocupação urbana da cidade de Porto Velho intensificou-se, contudo a ausência de planos governamentais e preparo para acolher imigração desordenada na região, não contribuíram para o desenvolvimento das condições mínimas de urbanização. Considerando a realidade e fenômenos como principal meio de explicação, o estudo é realizado a partir de fenômenos reais, de condições sólidas e materiais que abrangem de maneira racional as fontes que geraram as dinâmicas. A escolha pelo tema da pesquisa expõe o desafio de contribuir para a problematização e reflexão da contradição entre o discurso, propostas e ações de Grandes Projetos e o seu real impacto no território. Usando da técnica metodológica de análise de constelação para identificação de avanços e retrocessos diante dos impactos do ciclo de instalação do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. Considerando a direção da dinâmica do desenvolvimento e crescimento urbano baseados nos termos históricos, identificando fases do desenvolvimento na região estudada.

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  • CAIO COELHO SILVA ALBUQUERQUE
  • BEM VIVER A ARQUITETURA: Aproximações epistêmicas entre o bem viver e as arquiteturas contra-hegemônicas
    latino-americanas do século XXI

  • Orientador : MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • IVO GIROTO
  • RITA DE CÁSSIA PEREIRA SARAMAGO
  • Data: 24/08/2023

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  • O presente trabalho propõe explorar o Bem Viver, cosmovisão ameríndia associada às discussões de sustentabilidade socioambiental vigentes, enquanto categoria de análise aos movimentos de arquitetura emergentes e presentes em países latino-americanos. O uso do Bem Viver vai de encontro com a seleção do estudo decolonial da América Latina, partilhado por pontos de vista contra-hegemônicos, outrora tidos como periféricos. No cenário latino-americano, onde a intensificação e preponderância dos territórios marginalizados nas grandes urbes, levanta-se o alerta para padrões de desequilíbrio socioeconômico, cultural e ambiental, evidenciados nas acentuadas catástrofes naturais e males sociais das cidades. O estudo dessas pautas, por sua vez, entra em acordo com a nova agenda da boa urbanização de acesso a todos, tratadas pela ONU-Habitat no ano de 2016. São evidenciadas nas diretrizes de solução do problema a importância das ações com participação de múltiplos atores, a fim de abarcar uma maior quantidade de visões para a solução do problema. Tomando a arquitetura como objeto de análise, edificações e seus processos construtivos, parte indissociável para o viver na cidade, são observadas as práticas arquitetônicas latino-americanas emergentes nas últimas duas décadas de século XXI. Para isso, identificam-se os distintos gestos projetuais de grupos de arquitetos, escritórios e coletivos presentes no Chile, Equador, Paraguai e Bolívia. Nesse sentido, levantam-se questionamentos pelo viés da sustentabilidade nas respectivas abordagens do educacional, do trabalho coletivo, dos ensaios em canteiro de obras e sobre a arquitetura popular. Sob a ótica do Bem Viver, estas constatações buscam discutir a postura profissional do arquiteto e práticas arquitetônicas pelas relações com o indivíduo, comunidade e meio ambiente. O Bem Viver se coloca enquanto balizador das relações homem-natureza, a partir do ponto de vista de diferentes comunidades originárias da América do Sul, como os aymara, os guarani e os kichwa, às discussões contemporâneas sobre alternativas sistêmicas ao pós-desenvolvimento o pós-extrativismo, decrescimento e tecnologias efetivamente sustentáveis. Do fio condutor que parte do Bem Viver à arquitetura, da pluralidade das múltiplas vozes contra-hegemônicas, para repensarmos nossos modos de se construir e habitar, colocando-os em evidência.


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  • Desde o final dos anos 1980, nota-se a intensificação dos meios e controles de produção oriundos da hegemonia econômica global e local. Na América Latina, território marcado por um processo civilizatório controverso e desigual, estes traços estão mais acentuados pela condição que essas civilizações vêm sendo submetidas ante influência dos padrões de mercado redigidos pelo Capital. Esse modo operativo vem descosturando a América, tecido este já fragilizado por um histórico de conflitos e subordinações presentes desde a fundação de suas nações, entre seu próprio povo tão diverso e desigual. No campo da arquitetura, a produção urbana é rendida ao produtivismo e visões hegemônicas que constroem barreiras invisíveis entre as distintas classes sociais, segmentando a sociedade e o direito de viver qualitativamente.
    Vislumbrando um caminho alternativo a se seguir que quebre o desenvolvimentismo ou o neoliberalismo econômico, o conceito de Bem Viver toma emprestado a soma de cosmovisões de povos ameríndios, ubuntu, do ecofeminismo, além de diversos outros grupos ativistas sobre a partilha da terra, para desenhar uma nova utopia social que considera uma vida de equidade entre todos os povos além da comunhão com a natureza. Consonante ao Bem Viver, assinala-se também a produção contemporânea de obras arquitetônicas contra-hegemônicas espalhadas pelo território latino-americano, partindo elas de técnicas construtivas tradicionais;
    o reúso de materiais disponíveis; a atenção ao lugar, numa arquitetura propriamente assistida de técnica e de qualidade, contestando o fazer imposto pelo mercado formal e exclusivo para uma classe reduzida. Essas obras manifestam o protagonismo de escritórios e coletivos que repensam o modo engessado do fazer construir, revisando a função social do arquiteto em detrimento aos paradigmas socioeconômicos e fragilidades locais.
    Propõe-se, nesse trabalho, as aproximações da cosmovisão utopista do Bem Viver com estas produções contra-hegemônicas, considerando um ponto de inflexão entre estas duas linhas de ativismo, investigando como o princípio destes campos podem se inter-relacionar e somar vozes. O presente trabalho também propõe o mapeamento destas obras no território latino-americano, na tentativa de fortalecer sua importância pela transformação de unidades separadas em conjunto, construindo pontes por toda a América Latina.

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  • ANA IRIS DE OLIVEIRA ALVES
  • O LUGAR COMO ESTRATÉGIA DE PROJETO: CONCURSOS DE ARQUITETURA NO BRASIL (2010-2020)

  • Orientador : FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
  • RICARDO ALEXANDRE PAIVA
  • SÉRGIO MOACIR MARQUES
  • Data: 25/08/2023

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  • Esta dissertação tem como objetivo analisar como o lugar foi interpretado em projetos premiados de concursos de arquitetura no Brasil, de 2010 a 2020, buscando entender de que maneira esse tema está sendo abordado na arquitetura contemporânea brasileira. A pesquisa surge da preocupação com a falta de harmonia entre os novos edifícios e o lugar em que estão inseridos e da sensação de perda de referências espaciais nas cidades, que sustentam a identidade local. O estudo do lugar durante o processo de projeto tem sido valorizado pelos arquitetos contemporâneos, sendo relevante para a preservação do patrimônio, a metodologia de projeto e a formação de arquitetos. A pesquisa adota os concursos de arquitetura como recorte para compreender a realidade dos projetos recentes e identificar estratégias projetuais relacionadas ao lugar. porque estes oferecem uma oportunidade para escritórios estabelecidos e recém-formados se destacarem, revelando tendências da arquitetura contemporânea brasileira.. Além disso, os concursos são uma fonte de geração de conhecimento em arquitetura, permitindo uma reflexão coletiva e oferecendo uma plataforma de experimentação para os arquitetos . A dissertação analisa três concursos significativos ocorridos na década passada, que apresentam correspondências entre si, investigando as soluções projetuais adotadas pelos arquitetos em relação ao lugar e a importância desse aspecto na seleção dos projetos vencedores pelos júris. O estudo desses concursos visa, portanto, contribuir para um melhor entendimento da cena contemporânea da  arquitetura  brasileira e para uma reflexão sobre a relação da arquitetura com o lugar onde está inserida


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  • O objeto principal desta pesquisa é analisar os concursos de projetos contemporâneos no

    Brasil identificando a importância do lugar nos documentos e nas propostas encaminhadas
    pelos escritórios de arquitetura, dentro do recorte temporal de 2000 a 2020. Isto se dá através
    de duas inquietações principais minhas: a forma como os edifícios se relacionam com o lugar
    – devido a sua importância para o cenário urbano - e a ausência de conhecimentos mais
    sistematizados sobre a arquitetura contemporânea brasileira. Os concursos de projetos podem
    ser uma chave de leitura significativa para o entendimento da arquitetura contemporânea, pois
    neles revelam-se preocupações e estratégias projetuais de algumas gerações e caminhos para
    inovação. Então, os projetos produzidos para concursos nacionais nesse período tornam-se
    objeto de pesquisa. A importância do concurso é dada principalmente por constituir um
    recorte adequado onde estimula experimentações e considerável espectro de reflexões,
    reunindo jovens arquitetos e prenuncia tendências. Há uma junção de autores pensando sob
    um mesmo terreno, uma mesma situação e diferentes interpretações. Uma varredura dos
    concursos de arquitetura realizados no Brasil no recorte temporal norteou a escolha de três
    que farão parte da investigação - os concursos do Edifício Sede da Inspetoria do CREA-PB,
    em Campina Grande, realizado em 2010; do Instituto Moreira Salles, em São Paulo, realizado
    em 2011; e da sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília, realizado
    em 2010. Trata-se de Instituições públicas ou de caráter social - relevando assim como uma
    afinidade -, concursos de grande repercussão e com acervo disponível. Para o volume de
    qualificação o projeto para a Sede do CREA-PB passou por um levantamento mais profundo
    de materiais técnicos e conceituais acerca dos projetos, entrevistas com os arquitetos
    responsáveis, visita ao lugar e análise gráfica projetual para assim ser traduzido através de
    duas abordagens complementares: (1) projetação - o conceito - e (2) representação – a técnica
    - até chegar à apreciação final. 

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  • FELIPE MOURA HEMETERIO ARAUJO
  • DA SEMIOSE DOS LUGARES DO RECIFE NA PERMANENTE RENOVAÇÃO DO SEU FOLCLORE ASSOMBRADO

  • Orientador : TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
  • Data: 25/08/2023

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  •  

     

    A presente dissertação se insere no campo de debate multidisciplinar do Folclore, entendido aqui como uma construção essencialmente humana. Partindo do pressuposto de que o Folclore é um construto cultural, é inequívoco concluir que ele carrega um forte teor sociocultural, representativo de indivíduos ou de uma coletividade. Por meio da pesquisa, se analisará as lendas urbanas, contos e literatura assombrada do Recife, tratadas por autores clássicos como Gilberto Freyre, Carneiro Vilela, ou por autores contemporâneos, como o jornalista Roberto Beltrão. Ao rememorar aspectos da morfologia urbana, das tipologias arquitetônicas e do caráter dos lugares da cidade, tais contos são dotados de uma gama de elementos semióticos. Para relacionar a materialidade descrita existente com as lendas e histórias que dela emergem, é necessário compreender como se dá a relação fenomenológica entre o indivíduo e o espaço que o circunda, a partir da qual se converte a matéria física em puro Folclore. Assim, nesta dissertação, buscar-se-á identificar os elementos semióticos que despertam sensações, a partir das quais os lugares são ressignificados, buscando aprofundar a compreensão sobre o que confere ao Recife seu caráter místico e sobrenatural.

     


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  •  

     

    A presente dissertação se insere no campo de debate multidisciplinar do Folclore, entendido aqui como uma construção essencialmente humana. Partindo do pressuposto de que o Folclore é um construto cultural, é inequívoco concluir que ele carrega um forte teor sociocultural, representativo de indivíduos ou de uma coletividade. Por meio da pesquisa, se analisará as lendas urbanas, contos e literatura assombrada do Recife, tratadas por autores clássicos como Gilberto Freyre, Carneiro Vilela, ou por autores contemporâneos, como o jornalista Roberto Beltrão. Ao rememorar aspectos da morfologia urbana, das tipologias arquitetônicas e do caráter dos lugares da cidade, tais contos são dotados de uma gama de elementos semióticos. Para relacionar a materialidade descrita existente com as lendas e histórias que dela emergem, é necessário compreender como se dá a relação fenomenológica entre o indivíduo e o espaço que o circunda, a partir da qual se converte a matéria física em puro Folclore. Assim, nesta dissertação, buscar-se-á identificar os elementos semióticos que despertam sensações, a partir das quais os lugares são ressignificados, buscando aprofundar a compreensão sobre o que confere ao Recife seu caráter místico e sobrenatural.

     

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  • EMMANOEL ROBERTO DA SILVA NERI
  • GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO BIM PARA A ETAPA DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - APOIADO NA ABNT NBR ISO 19650  

  • Orientador : MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
  • LETICIA TEIXEIRA MENDES
  • EDUARDO TOLEDO SANTOS
  • SERGIO SCHEER
  • Data: 25/08/2023

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  • A eficiência da Construção Civil é ponto de discussão em nível mundial: erros construtivos, de projetos e falta de produtividade geram incontáveis custos, de cronograma e financeiro, para a economia e sociedade global. O investimento em tecnologia, processos e contratos, inovações em projetos e obras, e requalificação da mão-de-obra têm sido algumas sugestões de melhoria nos últimos anos para recuperar a produtividade do setor. Tais mudanças desejadas podem ser traduzidas na implementação de inovadores conceitos para o setor, como é o caso do Building Information Modeling (BIM), um conjunto de processos, políticas e tecnologias que é uma tendência mundial na Indústria de Arquitetura, Engenharia, Construção, Operação e Manutenção (AECOM). No Brasil, o Governo Federal Instituiu a Estratégia BIM BR em 2018, que incentiva a adoção do BIM, principalmente para o setor público, um dos setores que mais sofre com a falta de produtividade da Construção Civil, sofrendo com aditivos contratuais e recursos sociais. Contudo, uma implantação BIM não é rápida e trivial, trata-se de um planejamento de curto, médio e longo prazo. Devido à necessidade de especialização e mudança de cultura há um entrave na Implantação BIM em muitos orgãos públicos, pois ainda que haja um Decreto Federal, geralmente não há alocação de verbas para treinamentos e consultorias especializadas, sendo o processo de Implantação BIM, em sua maioria, desenvolvido pelo quadro de funcionários internos. Embora seja um esforço louvável das equipes, a falta de direcionamento, assim como a necessidade de dividir as tradicionais demandas de trabalho com as da Implantação BIM alinhada à desconhecida metodologia política e normativa nacional para implantação do BIM podem tornar o processo muito mais lento do que o desejado ou até falho. A partir do método do Design Science Research, de pesquisas apoiadas no método Delphi e de Revisões Sistemáticas da Literatura, esta dissertação de mestrado objetiva o desenvolvimento de um artefato - um método de Implementação BIM - voltado para administração pública com foco em projetos multidisciplinares de edificações. Para fins de laboratório e instanciação do método proposto, o autor desenvolve uma pesquisa utilizando como objeto empírico de validação a implementação BIM na Gerência de Obras do Metrô do Recife.


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  • RESUMO

    A eficiência da Construção Civil é ponto de discussão a nível mundial, erros
    construtivos, de projetos e falta de produtividade geram incontáveis custos, de
    cronograma e financeiro, para a economia e sociedade global. O investimento em
    tecnologia, processos e contratos, inovações em projetos e obras, e requalificação da
    mão-de-obra têm sido algumas sugestões de melhoria nos últimos anos para
    recuperar a produtividade do setor. Tais mudanças desejadas podem ser traduzidas
    na implementação de inovadores conceitos para o setor, como é o caso do Building
    Information Modeling (BIM), um conjunto de processos, políticas e tecnologias que é
    uma tendência mundial na Indústria de Arquitetura, Engenharia, Construção,
    Operação e Manutenção (AECOM). No Brasil, o Governo Federal Instituiu a Estratégia
    BIM BR em 2018, que incentiva a adoção do BIM, principalmente para o setor público,
    um dos setores que mais sofre com a falta de produtividade da Construção Civil,
    sofrendo com aditivos contratuais e recursos sociais. Contudo, uma implantação BIM
    não é rápida e trivial, trata-se de um planejamento de curto, médio e longo prazo.
    Devido à necessidade de especialização e mudança de cultura há um entrave na
    Implantação BIM em muitos orgãos públicas, pois ainda que haja um Decreto Federal,
    geralmente não há alocação de verbas para treinamentos e consultorias
    especializadas, sendo o processo de Implantação BIM, em sua maioria, desenvolvido
    pelo quadro de funcionários internos. Embora seja um esforço louvável das equipes,
    a falta de direcionamento, assim como a necessidade de dividir as tradicionais
    demandas de trabalho com as da Implantação BIM alinhada à desconhecida
    metodologia política e normativa nacional para implantação do BIM podem tornar o
    processo muito mais lento do que o desejado ou até falho. A partir do método do
    Design Science Research, de pesquisas apoiadas no método Delphi e de Revisões
    Sistemáticas da Literatura, esta dissertação de mestrado objetiva o desenvolvimento
    de um artefato, na figura de um método de Implementação BIM, voltado para
    administração pública com foco em projetos multidisciplinares de edificações. Para
    fins de laboratório e instanciação do método proposto, o autor desenvolve uma
    pesquisa utilizando como objeto empírico de validação a implementação BIM na
    Gerência de Obras do Metrô do Recife.

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  • BRUNO NASCIMENTO BIHUM
  • ENTRE IDEIAS E DESDOBRAMENTOS NORMATIVOS: O PLANO DE PRESERVAÇÃO DOS SÍTIOS HISTÓRICOS DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE (PPSH/RMR)

  • Orientador : RENATA CAMPELLO CABRAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RENATA CAMPELLO CABRAL
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • ANA PAULA MOTA DE BITENCOURT DA COSTA LINS
  • FERNANDO ATIQUE
  • Data: 28/08/2023

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  • Ao longo dos anos 1960 e 1970, com a descentralização das ações de preservação, os sítios e centros históricos assumiram novos papéis que passaram a estruturar iniciativas de planejamento urbano e de intervenções a partir da formulação de políticas de preservação e de desenvolvimento econômico, principalmente, por meio do turismo. Foi nesse contexto que o Plano de Preservação dos Sítios Históricos da Região Metropolitana do Recife (PPSH/RMR) foi desenvolvido pela Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife (FIDEM), em 1978. Tomando-o como objeto empírico, assumimos como hipótese que esse plano foi um importante marco no desenvolvimento das políticas de preservação dos sítios históricos em Pernambuco e, principalmente, no Recife, com desdobramentos em normativas e planos locais. Além de importante marco, apresentou ideias, metodologias e instrumentos que dialogavam com iniciativas nacionais e internacionais, com ideias ainda atuais como identidade e memória, relação entre conservação e planejamento e participação social. É a partir das ideias, métodos e agentes que procuramos nos aproximar desse documento. 


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  • Ao longo dos anos 1960 e 1970, com a descentralização das ações de preservação, os sítios e centros históricos assumiram novos papéis que passaram a estruturar iniciativas de planejamento urbano e de intervenções a partir da formulação de políticas de preservação e de desenvolvimento econômico, principalmente, por meio do turismo. Foi nesse contexto que o Plano de Preservação dos Sítios Históricos da Região Metropolitana do Recife (PPSH/RMR) foi desenvolvido pela Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife (FIDEM), em 1978. Tomando-o como objeto empírico, assumimos como hipótese que esse plano foi um importante marco no desenvolvimento das políticas de preservação dos sítios históricos em Pernambuco e, principalmente, no Recife, com desdobramentos em normativas e planos locais. Além de importante marco, apresentou ideias, metodologias e instrumentos que dialogavam com iniciativas nacionais e internacionais, com ideias ainda atuais como identidade e memória, relação entre conservação e planejamento e participação social. É a partir das ideias, métodos e agentes que procuramos nos aproximar desse documento. 

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  • CARINE AYANNE MENDES DE FARIAS
  • Patrimônio Cultural de Conjuntos de Arquitetura Popular:  O Caso do distrito de Gravatá Do Ibiapina-PE

  • Orientador : MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
  • NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • FLAVIANA BARRETO LIRA
  • MARIA ANGELICA DA SILVA
  • Data: 28/08/2023

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  • Com o amadurecimento do campo do patrimônio cultural, os critérios para a atribuição de valores para os bens culturais passam por um processo de democratização, com a inclusão dos saberes e fazeres tradicionais da cultura popular no hall de patrimonialização. Contudo, apesar da expansão conceitual, diversas tipologias de bens culturais ainda não recebem a devida importância pelas políticas e ações de salvaguarda patrimonial. Essa situação é ainda mais expressiva em espaços interioranos distantes dos grandes centros e, consequentemente, das expressões oficiais do patrimônio urbano. Um exemplo significativo é o da arquitetura popular, especificamente os conjuntos urbanos compostos por edificações cuja fachada principal é composta por porta, janela e platibanda. A presente pesquisa traz como objeto empírico os exemplares da arquitetura popular do distrito de Gravatá do Ibiapina, localizado no município de Taquaritinga do Norte, agreste pernambucano. Além de contar com poucos estudos a seu respeito, o sítio vem passando por transformações que colocam em cheque a conservação de seu patrimônio construído, bem como dos valores e significados reconhecidos pelos usuários locais. Foram realizados levantamentos bibliográficos, documentais e de campo, além da aplicação do instrumento de consulta desenvolvido por Pontual (2017) e Lira (2010; 2017; 2018), a fim de compreender a relação entre os atributos e valores locais. Buscou-se compreender a significância cultural do recorte de estudo, bem como avaliar as suas condições de integridade e autenticidade. Com o objetivo de construir um documento validado socialmente, foi elaborada a Declaração de Significância Cultural, Integridade e Autenticidade (DSIA) da área.


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  • Com o amadurecimento do campo do patrimônio cultural, os critérios para a atribuição de valores para os bens culturais passam por um processo de democratização, com a inclusão dos saberes e fazeres tradicionais da cultura popular no hall de patrimonialização. Contudo, apesar da expansão conceitual, diversas tipologias de bens culturais ainda não recebem a devida importância pelas políticas e ações de salvaguarda patrimonial. Essa situação é ainda mais expressiva em espaços interioranos distantes dos grandes centros e, consequentemente, das expressões oficiais do patrimônio urbano. Um exemplo significativo é o da arquitetura popular, especificamente os conjuntos urbanos compostos por edificações cuja fachada principal é composta por porta, janela e platibanda. A presente pesquisa traz como objeto empírico os exemplares da arquitetura popular do distrito de Gravatá do Ibiapina, localizado no município de Taquaritinga do Norte, agreste pernambucano. Além de contar com poucos estudos a seu respeito, o sítio vem passando por transformações que colocam em cheque a conservação de seu patrimônio construído, bem como dos valores e significados reconhecidos pelos usuários locais. Foram realizados levantamentos bibliográficos, documentais e de campo, além da aplicação do instrumento de consulta desenvolvido por Pontual (2017) e Lira (2010; 2017; 2018), a fim de compreender a relação entre os atributos e valores locais. Buscou-se compreender a significância cultural do recorte de estudo, bem como avaliar as suas condições de integridade e autenticidade. Com o objetivo de construir um documento validado socialmente, foi elaborada a Declaração de Significância Cultural, Integridade e Autenticidade (DSIA) da área.

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  • MARIA BEATRIZ TOMAZ PEREIRA
  • OLHOS NAS RUAS:

    Morfologia, campos visuais e percepção de segurança urbana nas portarias de prédios em Boa Viagem

  • Orientador : CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO
  • CRISTIANO FELIPE BORBA DO NASCIMENTO
  • EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO
  • MAURO NORMANDO MACEDEDO BARROS FILHO
  • Data: 28/08/2023

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  • As morfologia urbana de edificações verticalizadas na cidade se associam a uma transformação da interface publica-privada. O enclausuramento e  fechamento ao espaço público,  é ao mesmo tempo resultante como contribuidor do aumento da sensação de medo na cidade.  A percepção de criminalidade é um aspecto importante na avaliação da qualidade de vida das cidades, associado a mudanças de hábitos de moradia e relações de sociabilidade e urbanidade.

    O medo urbano fomentou nas ultimas décadas  a produção de uma tipologia edificada e morfologia espacial voltada para a segurança privada que como resutado intensificaram a percepção de vulnerabilidade ao crime. 

     As portarias ou   guaritas se tornaram controladoras desta interface  a ponte entre a edificação e a rua, atuando como o elemento de intervisibilidade, de vigilância como os “olhos nas ruas” defendidos por Janes Jacobs. 

    No entanto se observa uma tendência recente de aumentar a profundidade das portarias, de elevar do solo e utilizar câmeras e comunicação remota, de modo a evitar a proximidade da portaria com a rua. 

     A presente dissertação se dedica a análise da morfologia urbana e das tipologias de portarias em ruas deedifícios residenciais de Boa Viagem, Recife,  estudando o papel da intervisibilidade publica-privada na percepção de risco a crimes. Para alcançar estes objetivos, serão analisadas ruas com diversas tipos de portarias,  morfologia onde serão identificados áreas e extensão dos campos visuais. Tais dados serão correlacionados com uma investigação sobre percepção de risco e vulnerabilidade no espaço público segundo porteiros, moradores e frequentadores do bairro. 


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  • As morfologia urbana de edificações verticalizadas na cidade se associam a uma transformação da interface publica-privada. O enclausuramento e  fechamento ao espaço público,  é ao mesmo tempo resultante como contribuidor do aumento da sensação de medo na cidade.  A percepção de criminalidade é um aspecto importante na avaliação da qualidade de vida das cidades, associado a mudanças de hábitos de moradia e relações de sociabilidade e urbanidade.

    O medo urbano fomentou nas ultimas décadas  a produção de uma tipologia edificada e morfologia espacial voltada para a segurança privada que como resutado intensificaram a percepção de vulnerabilidade ao crime. 

     As portarias ou   guaritas se tornaram controladoras desta interface  a ponte entre a edificação e a rua, atuando como o elemento de intervisibilidade, de vigilância como os “olhos nas ruas” defendidos por Janes Jacobs. 

    No entanto se observa uma tendência recente de aumentar a profundidade das portarias, de elevar do solo e utilizar câmeras e comunicação remota, de modo a evitar a proximidade da portaria com a rua. 

     A presente dissertação se dedica a análise da morfologia urbana e das tipologias de portarias em ruas deedifícios residenciais de Boa Viagem, Recife,  estudando o papel da intervisibilidade publica-privada na percepção de risco a crimes. Para alcançar estes objetivos, serão analisadas ruas com diversas tipos de portarias,  morfologia onde serão identificados áreas e extensão dos campos visuais. Tais dados serão correlacionados com uma investigação sobre percepção de risco e vulnerabilidade no espaço público segundo porteiros, moradores e frequentadores do bairro. 

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  • LUIZA DE MELO SILVA
  • Singularidades das lutas urbanas no Recife: apropriação da rua em sentido de festa como prática de resistência nas experiências político-culturais do MST-PE.

    .

  • Orientador : JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELLE DE MELO ROCHA
  • HUGO MENEZES NETO
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
  • Data: 29/08/2023

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  • Sob a tutela da palavra de ordem do direito à cidade se manifesta um vasto repertório de reivindicações que orientam demandas ao Estado, ressonando insatisfações advindas das mais variadas agendas de ação política, mas que convergem pelo sentido de crítica comum ao modo de vida urbano. Refazendo a trajetória conceitual do termo, que tem sua origem datada na publicação do texto Le Droit à La Ville de Henri Lefebvre, em 1968, realizamos o exercício de tentar interpretar o significado dessa ideia força, em sua profundidade, e na aplicação prática cotidiana pelos movimentos de luta organizada na e pela cidade. Interessa-nos aqui investigar como a apropriação da rua em sentido de festa se insere no repertório das lutas urbanas no Recife. A pesquisa investiga os sentidos da apropriação e cotidianidade na dinâmica urbana contemporânea elegendo a festa de rua como base de interpretação da tensão estético- discursiva desvelada entre os avanços de um capital urbanizador globalizado e a proposição da cidade, fruto de uma atividade participante. Para tanto, discutimos a incorporação dessa performance festiva reivindicativa na gramática de luta do MST, um movimento campesino, que reorienta-se e atualiza-se, aproximando-se do trabalhador urbano ampliando suas trincheiras em direção à cidade. Tem como objetivo identificar os diversos papéis que as apropriações da rua em sentido de festa desempenham na cidade do Recife, apontando sua contribuição para o acionamento de resistências que lançam a aposta emancipatória de transformação radical da sociedade pela via da utopia concreta do direito à cidade. Orientados sob o método da antropologia da cidade, analisamos como se reinventa a vida social e suas lutas pelo ângulo da festa a partir do estudo de caso das ações do projeto político-cultural do MST em Pernambuco organizados em torno de seu espaço sede na capital, o Armazém do Campo do Recife, tomando como situações sociais os casos do “São João Solidário”, do "Samba da Classe Trabalhadora" e dos “Tambores da Resistência”, compreendidos como elaborações de novas frentes de ação, socialização e comunicação política entre o Movimento e sua base de apoiadores na cidade.


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  • Sob a tutela da palavra de ordem do direito à cidade se manifesta um vasto acervo de reivindicações que orientam demandas ao Estado, ressonando insatisfações advindas das mais variadas agendas de ação política, mas que convergem pelo sentido de crítica comum ao modo de vida urbano. Refazendo a trajetória conceitual do termo, que tem sua origem datada na publicação do texto Le Droit à La Ville de Henri Lefebvre, em 1968, mas que recebe contribuições importantes de dois outros grandes clássicos da nova sociologia urbana, com A questão urbana de Manuel Castells e A justiça social e a cidade de David Harvey que se possibilita o exercício de tentar interpretar o significado dessa ideia força, em sua profundidade e aplicação prática cotidiana pelos cidadãos ordinários. Se interessa investigar como esse conceito emerge da teoria crítica para a realidade experienciada. Mais do que distinguir a leitura correta de seu uso corrente, cabe aqui resgatar a sua atualidade, assim como dar destaque a trajetória que nos leva da reflexão de um conceito teórico ao direito social garantido.
    A pesquisa investiga os sentidos da apropriação e cotidianidade na dinâmica urbana contemporânea, elegendo a festa de rua como base de interpretação da tensão estético-discursiva desvelada entre os avanços de um capital urbanizador globalizado e a proposição da cidade fruto de uma atividade participante. Para tanto, discute a possível incorporação dessa performance festiva reivindicativa nos repertórios de lutas urbanas, assim como a captura dessa possibilidade de ação do sujeito social pelas forças de mercado. Tem como objetivo identificar os diversos papéis que as apropriações em sentido de festa desempenham na cidade do Recife, apontando sua contribuição para o acionamento de resistências que lançam a aposta emancipatória de transformação radical da sociedade pela via da utopia concreta do direito à cidade.
    A partir do estudo de caso das ações do samba da classe trabalhadora, projeto político-cultural organizado pelo Armazém do campo do Recife e fundamentando-se no levantamento bibliográfico-documental, e no monitoramento dos esforços empreendidos pelas entidades do setor cultural nos períodos pré e pós pandêmicos, pretende-se analisar como se reinventa a vida social, e suas lutas, pelo ângulo da festa.

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  • JOYCE CAROLINE GOMES DA SILVA
  •  

     

    VEM DO TRONCO DA JUREMA, NA TERRA DO PAU JUCÁ: O Espírito de Lugar do Território Xukuru de Cimbres

  • Orientador : MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • FRANCISCO SA BARRETO DOS SANTOS
  • Data: 30/08/2023

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  • Resumo:

    Esta dissertação busca identificar os elementos tangíveis e intangíveis componentes do espírito de lugar do território Xukuru de Cimbres. O povo Xukuru de Cimbres uma etnia indígena que habitava a Serra do Ororubá, um conjunto morfológico existente na no agreste de Pernambuco, ao longo dos anos teve seu território invadido por fazendeiros, seu modo de vida, suas crenças costumes e manifestações tradicionais proibidos por instituições religiosas e pelo próprio Estado. Os forçando a recorrer a diversas formas de burlar as tentativas de etnocídio e perpetuar sua cosmovisão e tradições, sobrevivendo até os dias atuais. E em meio a inúmeras adversidades diversas transformações foram sucedendo dentre elas a divisão da etnia entre Xukuru do Ororubá e Xukuru de Cimbres, sendo esta última a protagonista desta pesquisa, cuja a escolha decorreu em primeiro lugar justamente da indagação de como essa mudança de delimitação geográfica poderia impactar na relação com o território, seguido da riqueza cultural e simbólica evidente nos ritos e manifestações deste povo, adjunto a constatação da ausência de reconhecimento e proteção por parte dos órgãos patrimoniais e por fim da necessidade de concepção e valorização do planeta além dos aspectos materiais e mercantis tão difundidos e aceitos por grande parte da sociedade ocidentalizada. Então, através do método fenomenológico foram realizadas visitas de campo com o intuito de identificar e registrar os elementos tangíveis e intangíveis que compõe o espírito de lugar do Território Xukuru de Cimbres.



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  • RESUMO

    Os povos tradicionais – indígenas, quilombolas, caiçaras – se recusam a conceber o planeta como uma simples fonte de recursos. Para estes grupos, a Terra se conforma como um organismo vivo, sua mãe e provedora, cujos suprimentos são oferecidos a seus filhos sem a necessidade de explorá-la até a última gota (KRENAK, 2020). Estes grupos, diferentes daqueles que vivem segundo os costumes ocidentais, não se veem como seres à parte da natureza, mas estabelecendo uma relação simbiótica com esta e buscando uma convivência harmônica com o mundo. Tal modo de se relacionar com a Terra, também oferece um modo diverso de entender o território, não circunscrito ao entendimento dos geógrafos., que mais se aproxima do conceito genius loci resgatado pelo arquiteto, Christian Norberg-Schulz, em função de seu entendimento de que o espaço construído oferece uma base existencial para a vida e esta visão diversa do conceito de território é buscado nesta pesquisa de mestrado. O lugar onde o Povo Xukuru de Cimbres, habita é o protagonista desta pesquisa.

    O território Xukuru de Cimbres possui uma área 1.666m², com uma população de 12 000 pessoas e se espalha nos municípios de Pesqueira, Venturosa, Pedra e Alagoinha, demarcado e reconhecido pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) desde o ano de 2001. No entanto, ainda que reconhecido seu espaço físico, esta pesquisa indaga sobre a proteção do imaterial inerente aquele espaço, uma vez que não existem instrumentos ou movimento orgânico de proteção de suas tradições, mesmo com o reconhecimento dos matrimônios imateriais, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Some-se ainda, a atual conjuntura política brasileira, que transformou a luta dessas etnias em luta diária por sobrevivência, uma tarefa ainda mais árdua e que evidencia a necessidade de um maior ímpeto para resguardar sua cultura, seus saberes e tradições ancestrais.

    Esta pesquisa se propõe, não apenas a contribuir para resguardar esse modo de habitar o mundo, mas a empreender um estudo crítico que analise essas diferentes cosmovisões buscando caracterizar o espírito do lugar; verificar como se dá a relação entre espaço físico, material, e espaço simbólico. Alguns conceitos são considerados chave: espaço, lugar, território, cultura.  Englobam conhecimentos da teoria da arquitetura, da antropologia, da fenomenologia.

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  • MAIARA COSTA MOTA
  • OS PRINCÍPIOS ECOSSISTÊMICOS NOS PROJETOS DE PAISAGEM DE PARQUES URBANOS.

  • Orientador : ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • FABIANO ROCHA DINIZ
  • NEY DE BRITO DANTAS
  • Data: 31/08/2023

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  • O estudo dos parques urbanos como projetos de paisagem, evidenciou a abordagem sistêmica que integra, num todo complexo, os aspectos naturais e culturais da paisagem. A partir da abordagem sistêmica da paisagem emergiu a perspectiva ecossistêmica, que reúne as relações entre os componentes bióticos, abióticos e fatores ambientais do espaço, onde o ser humano atua na manutenção e perpetuação dos elementos naturais. A pesquisa teve como objeto de análise dois projetos de parques lineares: o Parque Capibaribe, na cidade do Recife, ao longo do rio Capibaribe e iniciado em 2013, tendo como caso de referência o projeto do Parque High Line, construído em uma linha férrea desativada, na cidade de Nova Iorque e aberto ao público em 2009. Isto posto, o objetivo da pesquisa consistiu em identificar princípios ecossistêmicos para a construção de projetos de paisagem de parques urbanos. Para tanto, adotou-se como aporte teórico as três problemáticas do projeto de paisagem do filósofo Jean-Marc Besse dialogando com os três desafios contemporâneos para a prática do projeto de paisagem do arquiteto paisagista James Corner. Assim, foram identificados cinco princípios ecossistêmicos segundo critérios de verificação, que configuraram a metodologia de análise do Parque Capibaribe e do High Line. Incluiu-se também a identificação de certos princípios mais evidentes nos projetos de parques urbanos do Recife, já consolidados. Acredita-se que os princípios ecossistêmicos identificados nos parques urbanos analisados, poderão constituir uma nova possibilidade para balizar a concepção de projetos de paisagem, sobretudo para parques urbanos.  


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  • O estudo dos parques urbanos como projetos de paisagem, evidenciou a abordagem sistêmica que integra, num todo complexo, os aspectos naturais e culturais da paisagem. A partir da abordagem sistêmica da paisagem emergiu a perspectiva ecossistêmica, que reúne as relações entre os componentes bióticos, abióticos e fatores ambientais do espaço, onde o ser humano atua na manutenção e perpetuação dos elementos naturais. A pesquisa teve como objeto de análise dois projetos de parques lineares: o Parque Capibaribe, na cidade do Recife, ao longo do rio Capibaribe e iniciado em 2013, tendo como caso de referência o projeto do Parque High Line, construído em uma linha férrea desativada, na cidade de Nova Iorque e aberto ao público em 2009. Isto posto, o objetivo da pesquisa consistiu em identificar princípios ecossistêmicos para a construção de projetos de paisagem de parques urbanos. Para tanto, adotou-se como aporte teórico as três problemáticas do projeto de paisagem do filósofo Jean-Marc Besse dialogando com os três desafios contemporâneos para a prática do projeto de paisagem do arquiteto paisagista James Corner. Assim, foram identificados cinco princípios ecossistêmicos segundo critérios de verificação, que configuraram a metodologia de análise do Parque Capibaribe e do High Line. Incluiu-se também a identificação de certos princípios mais evidentes nos projetos de parques urbanos do Recife, já consolidados. Acredita-se que os princípios ecossistêmicos identificados nos parques urbanos analisados, poderão constituir uma nova possibilidade para balizar a concepção de projetos de paisagem, sobretudo para parques urbanos.  

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  • YASMIM SANTOS CARDOSO
  • PROJETO CAPIBARIBE MELHOR: A DIALÉTICA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E  DO DIREITO À CIDADE NA URBANIZAÇÃO DA ZEIS LEMOS TORRES (RECIFE - PE).


  • Orientador : DANIELLE DE MELO ROCHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELLE DE MELO ROCHA
  • FABIANO ROCHA DINIZ
  • MARIA ANGELA DE ALMEIDA SOUZA
  • CAROLINE GONÇALVES DOS SANTOS
  • RAQUEL LUDERMIR BERNARDINO
  • Data: 31/08/2023

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  • No processo de ocupação do Recife, o Rio Capibaribe tem sido alvo de políticas públicas que visam, de um lado, aproveitar o seu valor paisagístico como mercadoria e, de outro, reduzir as desigualdades socioespaciais dos territórios populares localizados às suas margens. Nesta dialética, o Projeto Capibaribe Melhor (PCM) traz um discurso em defesa do  acesso ao Direito à Cidade aos moradores desses territórios que se contradiz com suas intervenções quando promove o reassentamento de famílias de baixa renda de seus locais de origem, muitas vezes em bairros valorizados da cidade, para outros menos privilegiados e mais periféricos. A presente dissertação objetiva analisar a dialética doprocesso de urbanização implementado pelo PCM, entre o modelo do Planejamento Estratégico e o Direito à Cidade dos moradores de assentamentos precários situados às margens dos afluentes do rio Capibaribe. Tomando como estudo de caso a ZEIS Lemos Torres e à luz do referencial teórico que aprofunda os conceitos de Planejamento Estratégico e de Direito à Cidade, discorre-se sobre o processo de intervenção e reassentamento, na interface com a Política Habitacional do Recife e seu impacto sobre as famílias afetadas. Os procedimentos metodológicos resultam da articulação de investigações no âmbito de Pesquisa Nacional do INCT Observatório das Metrópoles, por meio das quais foram realizadas pesquisas documentais e bibliográficas, observações e levantamentos fotográficos em campo, coleta e sistematização de informações, elaboração de material cartográfico sobre a transformação do bairro Parnamirim após a urbanização da ZEIS Lemos Torres.  A síntese da análise do PCM, que tem o Rio Capibaribe e os territórios populares situados às suas margens como objeto empírico, subsidia as reflexões apresentadas. Demonstra-se que as intervenções do PCM na ZEIS Lemos Torres, que resultou na expulsão de quase metade de sua população para outra área (Conjunto Habitacional Casarão do Barbalho), aliado à construção de diversos elementos de centralidade urbana ao longo dos anos, contribuíram para a valorização imobiliária no bairro Parnamirim, majoritariamente de classe média/alta, pressionando os perímetros de pobreza ali incrustados a tornarem-se mais integrados aos padrões tipológicos dominantes. Os conflitos e contradições, inerente ao sistema capitalista, no qual os atores sociais disputam a cidade, revela a superposição entre o Planejamento Estratégico e o reconhecimento dos marcos normativos institucionais em defesa do Direito à Cidade. Se o primeiro busca potencializar o “valor de troca” da “cidade mercadoria”, o segundo reivindica o “valor de uso” da “cidade democrática” para regularização urbanístico-fundiária dos territórios populares sem provocar desterritorializações. Como resultados da investigação. conclui-se que tais contradições nas ações do PCM explicitam outros aspectos questionáveis das formas de produção urbana e do ordenamento territorial: apoiado em discursos de justiça socioespacial, o poder público municipal, sob justificativas financeiras relacionadas ao alto valor da terra nesses bairros valorizados, promove o reassentamento de famílias, que se submetem às soluções impostas para terem acesso à moradia digna. O reassentamento desencadeia ruptura dos vínculos identitários estabelecidos com o lugar de origem e das relações sociais familiares e afetivas que alimentam as redes de solidariedade no cotidiano, favorecendo conflitos de sociabilidade que comprometem sua permanência na nova moradia.


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  • No processo de ocupação do Recife, o Rio Capibaribe tem sido alvo de políticas públicas que visam, de um lado, aproveitar o seu valor paisagístico como mercadoria e, de outro, reduzir as desigualdades socioespaciais dos territórios populares localizados às suas margens. Nesta dialética, o Projeto Capibaribe Melhor (PCM) traz um discurso em defesa do  acesso ao Direito à Cidade aos moradores desses territórios que se contradiz com suas intervenções quando promove o reassentamento de famílias de baixa renda de seus locais de origem, muitas vezes em bairros valorizados da cidade, para outros menos privilegiados e mais periféricos. A presente dissertação objetiva analisar a dialética doprocesso de urbanização implementado pelo PCM, entre o modelo do Planejamento Estratégico e o Direito à Cidade dos moradores de assentamentos precários situados às margens dos afluentes do rio Capibaribe. Tomando como estudo de caso a ZEIS Lemos Torres e à luz do referencial teórico que aprofunda os conceitos de Planejamento Estratégico e de Direito à Cidade, discorre-se sobre o processo de intervenção e reassentamento, na interface com a Política Habitacional do Recife e seu impacto sobre as famílias afetadas. Os procedimentos metodológicos resultam da articulação de investigações no âmbito de Pesquisa Nacional do INCT Observatório das Metrópoles, por meio das quais foram realizadas pesquisas documentais e bibliográficas, observações e levantamentos fotográficos em campo, coleta e sistematização de informações, elaboração de material cartográfico sobre a transformação do bairro Parnamirim após a urbanização da ZEIS Lemos Torres.  A síntese da análise do PCM, que tem o Rio Capibaribe e os territórios populares situados às suas margens como objeto empírico, subsidia as reflexões apresentadas. Demonstra-se que as intervenções do PCM na ZEIS Lemos Torres, que resultou na expulsão de quase metade de sua população para outra área (Conjunto Habitacional Casarão do Barbalho), aliado à construção de diversos elementos de centralidade urbana ao longo dos anos, contribuíram para a valorização imobiliária no bairro Parnamirim, majoritariamente de classe média/alta, pressionando os perímetros de pobreza ali incrustados a tornarem-se mais integrados aos padrões tipológicos dominantes. Os conflitos e contradições, inerente ao sistema capitalista, no qual os atores sociais disputam a cidade, revela a superposição entre o Planejamento Estratégico e o reconhecimento dos marcos normativos institucionais em defesa do Direito à Cidade. Se o primeiro busca potencializar o “valor de troca” da “cidade mercadoria”, o segundo reivindica o “valor de uso” da “cidade democrática” para regularização urbanístico-fundiária dos territórios populares sem provocar desterritorializações. Como resultados da investigação. conclui-se que tais contradições nas ações do PCM explicitam outros aspectos questionáveis das formas de produção urbana e do ordenamento territorial: apoiado em discursos de justiça socioespacial, o poder público municipal, sob justificativas financeiras relacionadas ao alto valor da terra nesses bairros valorizados, promove o reassentamento de famílias, que se submetem às soluções impostas para terem acesso à moradia digna. O reassentamento desencadeia ruptura dos vínculos identitários estabelecidos com o lugar de origem e das relações sociais familiares e afetivas que alimentam as redes de solidariedade no cotidiano, favorecendo conflitos de sociabilidade que comprometem sua permanência na nova moradia.

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  • ISABELA DUARTE DUTRA
  • PLANEJAMENTO E GESTÃO PARA A PRESERVAÇÃO DE SÍTIO HISTÓRICO: ANÁLISE DO PLANO DE GESTÃO DOS SÍTIOS HISTÓRICOS DE OLINDA, PERNAMBUCO, BRASIL

  • Orientador : VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • JULIANA MELO PEREIRA
  • SARAH FELDMAN
  • Data: 01/09/2023

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  • Planejamento e Gestão são conceitos distintos que andam juntos, podem variar de acordo com o campo de pesquisa, mas são indispensáveis para atingir os resultados esperados, o presente trabalho irá tratar desses dois conceitos dentro do campo do Patrimônio Cultural, mais especificamente voltados para os Sítios Históricos, que possuem especificidades para a sua preservação. Inscrita no âmbito brasileiro, a investigação contemplará a relação dos atores sociais com o sistema institucional e a arquitetura organizacional da Gestão do Sítio Histórico de Olinda. Com relação aos gestores, a partir de meados do século XX, a municipalidade passa a ser o principal responsável pela proteção de áreas com valor patrimonial, porém instituições de níveis estadual (FUNDARPE), federal (IPHAN) e mundial (UNESCO) ao reconhecerem um bem também se tornam agentes em sua gestão. Entende-se na presente pesquisa que é papel dos órgãos gestores do patrimônio cultural, garantir que as ações atuais e futuras visem a salvaguarda de seus atributos e significados, garantindo a participação social nesse processo. A partir dessa linha que o estudo analisou o Plano de Gestão dos Sítios Históricos de Olinda, elaborado pela Prefeitura de Olinda entre 2015 e 2016. Apesar de não ser um instrumento normativo oficial, o Plano de Gestão do SHO se constitui em um instrumento técnico, elaborado por uma ampla equipe de especialistas, aprovado pelo Conselho de Preservação do SHO. A fim de compreender as relações institucionais e a participação social no processo de gestão do SHO, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais, visitas de campo com observação semiestruturada, coleta de relatos dos gestores, análise do histórico da gestão, o processo de elaboração do Plano de Gestão e as relações e ações das Instituições de Salvaguarda, voltadas para a preservação do SHO. A arquitetura organizacional das instituições de salvaguarda centralizada no Conselho de Preservação de Olinda, integrante do Sistema de Preservação Municipal, possibilita representações de grupos sociais diferentes, porém precisa de uma maior estrutura e comunicação do sistema institucional para cumprir plenamente com as suas funções. Recém realizada a retrospectiva da UNESCO (2022), o SHO se reafirma como Patrimônio Mundial, porém se faz urgente um fortalecimento do seu Sistema de Preservação, para que perdas sejam evitadas e as permanências levadas à população futura. A não implementação do Plano foi vista como negativa pelos gestores, o que pode continuar afetando a salvaguarda dos valores e significados do SHO.


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  • A dissertação trata da Gestão do Sítio Histórico de Olinda (SHO), compreendida como ações que visem a salvaguarda desse bem. Por possuir um histórico de Gestão possível de se associar aos primeiros tombamentos realizados pelo IPHAN, ainda no final da década de 1930, se definiu o marco temporal em 2016, ano em que foi divulgado o Plano de Gestão dos Sítios Históricos de Olinda pela Prefeitura. Apesar desse plano não ser incorporado pela legislação municipal, é um instrumento construído por uma ampla equipe técnica e aprovado pelo Conselho de Preservação do SHO.

    A partir de meados do século XX, a municipalidade passa a ser o principal responsável pela proteção de áreas com valor patrimonial, porém instituições de níveis estadual (FUNDARPE), federal (IPHAN) e mundial (UNESCO) ao reconhecerem um bem, também, se tornam atores de sua gestão. Entende-se na presente pesquisa que é papel dos órgãos gestores do patrimônio cultural, garantir que as ações atuais e futuras visem a salvaguarda de seus significados.

    Segundo estudos de planejamento da conservação a gestão voltada para o patrimônio cultural, é responsável por traçar diretrizes para as intervenções no sítio histórico, e ainda, assegurar a participação dos atores sociais nas tomadas de decisão, criando vínculos entre os órgãos gestores, a academia, a população local e outros membros interessados da comunidade civil. Afim de aprofundar estas questões, se investiga a articulação das instituições do patrimônio cultural que devem atender à salvaguarda do SHO. Através de metodologia baseada em pesquisas bibliográficas e documentais, visitas de campo com observação semiestruturada; e uma etapa de entrevistas com gestores, serão analisados o histórico da gestão, o processo de elaboração do Plano de Gestão e o estado de conservação atual do SHO.

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  • CAROLINA MOURA DA FONSECA NEVES
  •  Revista do Patrimônio e a arquitetura brasileira: Uma trama

  • Orientador : VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • RENATA CAMPELLO CABRAL
  • JULIA DA ROCHA PEREIRA
  • CRISTIANO FELIPE BORBA DO NASCIMENTO
  • Data: 04/09/2023

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  • Em 1937, foi criado o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), primeiro órgão federal a formular uma política de conservação do patrimônio nacional brasileiro. No mesmo ano da criação do SPHAN foi fundada a Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A Revista foi pioneira em estudos do patrimônio e história da arte, além de abordar temas como arquitetura, etnografia, arqueologia, documentação, acervos e coleções. Nota-se uma grande diversidade da temática da arquitetura brasileira dentre adiversidade de conteúdos publicados na Revista. Este trabalho tem o objetivo de contribuir com o estudo da noção de arquitetura brasileira neste importante veículo de informação, a Revista do Patrimônio. A pesquisa em questão buscou identificar e analisar os principais conceitos em torno da arquitetura brasileira na Revista do patrimônio no período de 1937- 1984, com o intuito de compreender como o periódico contribuiu para a construção da noção de arquitetura brasileira. Para isto, é pertinente indagar: Como o periódico contribuiu para a construção da noção de arquitetura brasileira? Como a arquitetura brasileira é compreendida na Revista? Quais as semelhanças e diferenças da arquitetura brasileira
    encontradas nas Revistas do Patrimônio e nas primeiras publicações sobre a temática? Para cumprir o objetivo desta pesquisa, foram seguidos procedimentos metodológicos baseados na análise documental. Para seguir essa linha metodológica o primeiro passo foi definir as categorias de análise que seriam utilizadas para investigar o documento. O primeiro passo foi definir as categorias de análise que seriam utilizadas para investigar o documento. Nessa pesquisa, o documento é composto pelos volumes da Revista do Patrimônio, e as categorias de análise são as temáticas relacionadas à arquitetura brasileira. Na pesquisa, foi possível identificar duas fases distintas em relação às publicações relacionadas a arquitetura brasileira, pode-se identificar duas fases distintas. A primeira fase corresponde o período de 1937 a 1969. Nessa fase, a Revista teve um maior número de publicações de arquitetura, sendo a temática predominante em relação aos outros temas publicados. A segunda fase corresponde o período de 1978 aos dias atuais. Nesse período alguns momentos são importantes destacar: o volume 18 publicado em 1978, representa um ponto de inflexão, já que não apresentou nenhuma publicação de arquitetura e após sua publicação houve pausa de seis anos sem edições da Revista do Patrimônio. Posteriormente, em 1984, foram publicados dois volumes (os números 19 e 20) com conteúdos relacionados a arquitetura brasileira. No entanto, é possível notar uma diferença nas publicações dessa fase, pois foram abordados temas como estilos arquitetônicos, restauro do patrimônio arquitetônico e arquitetura vernacular. Nota-se uma ampliação na abordagem do tema da arquitetura brasileira, ao mesmo tempo em que houve uma diminuição considerável na quantidade de artigos relacionados a temática.


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  • A presente dissertação é uma atualização da pesquisa ora iniciada no ano de 2016 e paralisada em 2018. Durante esses dois anos de pesquisa foram realizadas as 04 etapas: 1) Levantamento e leitura dos estudos historiográficos sobre o tema do conteúdo presente na Revista do Patrimônio do IPHAN com fichamento; 2) Levantamento das revistas e fichamento preliminar; 3) Seleção do tema a partir da apreensão daqueles presentes na revista; 4) Elaboração das palavras chaves ou indexadores para aprimoramento da seleção do tema, dos artigos e dos autores.

    A partir da conclusão das etapas citadas foi possível passar para uma segunda fase da pesquisa composta das seguintes fases: 5) Levantamento e leitura dos autores adotados como teóricos da arquitetura brasileira com fichamento; 6) Releitura dos artigos selecionados considerando as atividades 2, 3 e 4; 7) Releitura dos autores considerados nas atividades 1 e 5, procedendo a uma melhor apreensão do conteúdo em função do objeto de estudo; 8) Análise e interpretação intertextual entre os artigos estabelecidos na atividade 1; 9) Análise e interpretação intertextual entre os autores teóricos e dos estudos historiográficos decorrentes das atividades 6 e 7; 10) Confronto entre conceitos e noções enunciadas nas atividades 8 e 9 e 11) Escrita da narrativa. Atualmente a pesquisa encontra-se nas fases 9, 10 e 11.

    Outra importante etapa pela qual está dissertação passou foi a defesa do Projeto de pesquisa atualizado no dia 26 de fevereiro de 2021, através da disciplina de Seminário de Dissertação na qual estavam a frente as professoras Natália Vieira e Maria Luiza Freiras (UFPE). A banca julgadora do projeto foi constituída por uma professora externa Sarah Feldmann (USP) e uma professora interna Renata Cabral (UFPE). O projeto com o título “Arquitetura brasileira na Revista do Patrimônio: a construção de uma ideia” foi aprovado pela banca com o conceito A.

    No projeto de pesquisa defendido na disciplina de Seminário de dissertação foi caracterizado o problema de pesquisa, além disso, foi apresentado o objetivo geral, a fundamentação teórica e os procedimentos metodológicos.

    Em relação ao objetivo geral, manteve-se o que foi apresentado no projeto, porém houve uma alteração do recorte temporal, passando a ser: identificar e analisar os principais conceitos, noções e debates travados em torno do que consiste a arquitetura brasileira na Revista do patrimônio no período de (1937- 1986), de modo a compreender como se constituíram as ideias que articularam os campos do patrimônio e da arquitetura brasileira.

    Para isto, é pertinente indagar: Como os autores dos artigos constantes na Revista contribuíram para a construção das noções de arquitetura brasileira? Como os entendimentos sobre arquitetura brasileira presente em autores teóricos e estudos historiográficos são enunciados convergentemente e diversamente com os evidenciados nos autores dos artigos selecionados no âmbito da Revista?

    Conforme apresentado no tópico 1 de estrutura da dissertação, a mesma será dividida em Introdução, quatro capítulos e conclusão, conforme resumo abaixo:

    Capítulo 1: Um periódico em questão: O presente capítulo estrutura-se em duas partes, a primeira parte corresponde ao estado da arte da Revista do Patrimônio, buscando pesquisas que estudaram a Revista do Patrimônio. A segunda parte faz uma breve análise editorial dos volumes publicados desde a fundação (1937) até o momento atual (2018). O principal objetivo deste capítulo é entender a importância da Revista do Patrimônio como fonte de conhecimento, bem como evidenciar as lacunas encontradas. A partir da breve análise dos volumes publicados, foi possível também, vislumbrar as várias mudanças que o periódico passou ao longo de 81 anos de existência.

    Capítulo 2: Anotações conceituais: Este capítulo apresenta uma síntese da noção de arquitetura e arquitetura brasileira presente nos estudos historiográficos sobre a temática. O principal objetivo deste capítulo é evidenciar o conceito de arquitetura brasileira utilizado como principal indexador para selecionar os artigos da Revista do Patrimônio que foram analisados para a pesquisa em questão, assim como analisar semelhanças, diferenças e ausências que foram encontradas nesses discursos e os significados delas.

    Capítulo 3: Procedimentos metodológicos: Este capítulo buscou mostrar quais os procedimentos metodológicos utilizados para a escolha e análise dos artigos que iriam contribuir para a ideia de arquitetura brasileira presente na Revista do Patrimônio.

    Capítulo 4: Panorama da arquitetura brasileira na Revista do Patrimônio: O presente capítulo tem o objetivo de apresentar qual a arquitetura presente na Revista do Patrimônio e que elementos representam a arquitetura brasileira. Esse capítulo explora ainda as semelhanças, diferenças e ausências que foram encontradas nesses discursos contidos nos artigos, bem como é explorado as relações dos autores com o que foi publicado e a relação entre eles.

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  • MATEUS ESPINOLA DE CARVALHO MAIA
  •  

     

    Ambire et Ludere: a arquitetura como ambiente facilitador

  • Orientador : MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JAILEILA DE ARAUJO MENEZES
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • LUCIA LEITAO SANTOS
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • Data: 05/09/2023

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  •  

    Resumo

    Partindo da Teoria do Amadurecimento proposta por D. W. Winnicott, este estudo

    pretende elaborar uma visão possível acerca do pensamento e prática arquitetônica

    voltada à infância. Os diálogos transdisciplinares permitem estabelecer conexões

    entre conceitos da psicologia, como ambiente facilitador, transicionalidade e

    affordances, com reflexões sobre a dimensão lúdica presentes em Huizinga e Caillois.

    Este percurso leva a um entendimento de que o papel do ambiente no

    desenvolvimento infantil pode ser interpretado pelo brincar enquanto atividade

    fundamental da constituição humana. Consequentemente, para a arquitetura, pode

    ser proveitoso refletir acerca dos espaços construídos de uso lúdico: os parques

    infantis. Um olhar histórico da invenção e evolução deste tipo de espaço revela

    diferentes valores atrelados à sua forma, de acordo com época e lugar, e em certa

    medida, sua padronização global a partir do séc. XX. Alguns exemplos distintos

    ajudam a enxergar diferentes formas de produção destes espaços, com destaque

    para os playgrounds de Aldo van Eyck em Amsterdam. Seu uso do conceito de

    espaço-entre, relacionando infância e urbanidade, aproximam a discussão proposta

    e o território urbano. Para ilustrar a visão proposta no trabalho, uma última etapa

    contempla uma breve observação e análise de alguns espaços infantis públicos da

    cidade do Recife.


  • Mostrar Abstract
  • Trata-se de uma investigação que procura entender a espacialidade da criança, enfocando os espaços de brincar, e trabalhando interfaces disciplinares com a fenomenologia, a arquitetura e a psicanalise, principalmente. 

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  • STÉPHANE MARIANA CUNHA LIMA DE SOUSA
  • DA SENZALA À INFORMALIDADE: A PERCEPÇÃO DOS NEGROS NOS ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS DE CAMPINA GRANDE-PB

  • Orientador : MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
  • ALEXANDRO SILVA DE JESUS
  • Data: 08/09/2023

  • Mostrar Resumo
  • Agregando à problematização do lugar social dos negros na construção dos espaços
    urbanos das cidades brasileiras, a presente pesquisa investiga as razões que
    contribuem para as formas como os espaços livres públicos são apropriados e
    percebidos pelos usuários, de acordo com sua etnia, fazendo uma reflexão acerca do
    comportamento desses usuários em cidades de médio porte. Para isso, o estudo
    possui como objeto empírico os espaços livres públicos do Centro Histórico da cidade
    de Campina Grande-PB, o Calçadão Cardoso Vieira, a Praça da Bandeira e a Praça
    Clementino Procópio. Considerando as dinâmicas do espaço urbano como reflexo das
    relações sociais, a história social dos negros se confunde com a construção do
    racismo ambiental nas cidades brasileiras. Aspectos subjetivos permitem a reflexão
    acerca dos códigos simbólicos embutidos nos motivos que determinam a percepção
    dos usuários dos espaços estudados, sob um recorte racial. Para tal, esse estudo foi
    desenvolvido em quatro etapas: i) construção bibliográfica do negro no espaço urbano
    brasileiro e a relação do racismo com a subjetividade; ii) diagnóstico dos atributos
    históricos e físico-espaciais do objeto de estudo e seu entorno; iii) análise das formas
    de apropriações dos usuários dos espaços livres públicos, de acordo com suas etnias;
    e iv) leitura comportamental do sujeito negro no espaço, de acordo com as percepções
    dos fenômenos. A partir da pesquisa, foi possível observar uma supremacia de
    pessoas brancas na apropriação dos espaços livres públicos, em detrimento dos
    indivíduos negros, porém, os usuários geralmente não têm essa percepção da
    segregação existente nesses espaços. Assim como na sociedade brasileira, o racismo
    ambiental existente nos locais estudados perdura de forma velada, sem a percepção
    da população, mas ele existe.


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  • JULYANA ALECRIM BORGES
  • A construção da ideia de Elementos Veiculadores da Significância Cultural: Uma abordagem metodológica sensível para a conservação aplicada aos Bairros de Santo Antônio e São José, Recife.

  • Orientador : NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • FLAVIANA BARRETO LIRA
  • FLAVIO DE LEMOS CARSALADE
  • Data: 02/10/2023

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  • Esta pesquisa é dedicada a investigar a evolução da noção de significância cultural no campo
    da preservação do patrimônio, desde os bastidores da Carta de Atenas em 1931 até a última
    revisão da Carta de Burra em 2013 pelo ICOMOS Austrália. A pesquisa aborda os desafios da
    operacionalização da significância cultural, que envolve questões subjetivas e diversos
    atores sociais. Ela se concentra principalmente nos bairros históricos de Santo Antônio e São
    José, no Recife, e busca responder a questões sobre como equilibrar a atenção entre a
    materialidade e a imaterialidade do patrimônio. O estudo propõe a construção do conceito
    de "Elementos Veiculadores da Significância Cultural" como uma metodologia para
    considerar de forma integrada os aspectos tangíveis e intangíveis do patrimônio. A pesquisa
    destaca a importância de compreender a relação indissociável entre materialidade e
    imaterialidade na preservação do patrimônio e sugere que a significância cultural é o
    caminho para uma conservação sensível e abrangente. A pesquisa identifica treze Elementos
    Veiculadores da Significância Cultural nos bairros estudados, procurando superar a
    dicotomia entre tangível e intangível na preservação do patrimônio.


  • Mostrar Abstract
  • Esta pesquisa é dedicada a investigar a evolução da noção de significância cultural no campo
    da preservação do patrimônio, desde os bastidores da Carta de Atenas em 1931 até a última
    revisão da Carta de Burra em 2013 pelo ICOMOS Austrália. A pesquisa aborda os desafios da
    operacionalização da significância cultural, que envolve questões subjetivas e diversos
    atores sociais. Ela se concentra principalmente nos bairros históricos de Santo Antônio e São
    José, no Recife, e busca responder a questões sobre como equilibrar a atenção entre a
    materialidade e a imaterialidade do patrimônio. O estudo propõe a construção do conceito
    de "Elementos Veiculadores da Significância Cultural" como uma metodologia para
    considerar de forma integrada os aspectos tangíveis e intangíveis do patrimônio. A pesquisa
    destaca a importância de compreender a relação indissociável entre materialidade e
    imaterialidade na preservação do patrimônio e sugere que a significância cultural é o
    caminho para uma conservação sensível e abrangente. A pesquisa identifica treze Elementos
    Veiculadores da Significância Cultural nos bairros estudados, procurando superar a
    dicotomia entre tangível e intangível na preservação do patrimônio.

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  • ALANA SOUZA SANTOS
  • Percurso, crítica e diálogos: Sérgio Ferro em A Casa Popular

  • Orientador : MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
  • ENIO LAPROVITERA DA MOTTA
  • LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
  • ANA PAULA KOURY
  • FELIPE DE ARAÚJO CONTIER
  • Data: 06/12/2023

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  • Tendo por muitos anos conciliado sua produção prática enquanto arquiteto com a artística e da docência, Sérgio Ferro percorreu um trajeto que o levou a escrever o texto foco desta pesquisa, intitulado como A Casa Popular, escrito no ano de 1969 e publicado em 1972 pelo GFAU. Esta dissertação investiga as aproximações e diálogos que Ferro desenvolveu para escrever o referido texto. A fim de desenvolver as nuances do popular para Sérgio Ferro, adentramos em compreender como se deu a trajetória do autor destacando os principais caminhos para a construção de A Casa Popular, percorrendo sua carreira docente e intelectual, desde sua contribuição à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP) e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos (FAUS), até sua participação nas Bienais de Arte de São Paulo. Com isso, a pesquisa parte para a análise minuciosa do texto com o objetivo de compreender a escrita de A Casa Popular como índice do pensamento do autor sobre o popular, destacando as principais ideias, concordâncias, contradições e relações mantidas por Ferro no final da década de 1960 e início da década de 1970.


  • Mostrar Abstract
  • Having combined his practical work as an architect with his artistic and teaching work for many years, the architect Sérgio Ferro followed an important path that led him to write the text that is the focus of this research, entitled "A Casa Popular" (The Popular House), written in 1969 and published in 1972. This text marks an effort by Ferro to approach the discussion of the "popular" in architecture through an important critique of the way in which these dwellings were built and produced by workers. We set out to understand the author's intellectual trajectory, highlighting the main paths that led to the construction of this text, as well as investigating the relationships and events that surrounded Sérgio Ferro during the writing and publication of "A Casa Popular". The aim is to understand the ideas contained in "A Casa Popular" as an index of Sérgio Ferro's thinking on the popular. This method of analysis seeks to understand the author's contribution to the subject through the interlocutions between the writing of the text itself and the relationships maintained by Ferro in the late 1960s and early 1970s.

Teses
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  • FELIPE IBIAPINA DO MONTE RUBEN SIQUEIRA
  • Ilê Axé: um encontro do humano com a arquitetura e o sagrado.

  • Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIA LEITAO SANTOS
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • ANTOINETTE BRITO MADUREIRA
  • MARIA CONSUELO PASSOS
  • ZULEICA DANTAS PEREIRA CAMPOS
  • Data: 24/02/2023

  • Mostrar Resumo
  • Esta pesquisa encontra-se no campo dos estudos subjetivos da arquitetura e, tendo como objeto empírico o terreiro de candomblé, busca analisar o trinômio formado a partir do encontro do humano com o espaço arquitetônico e o sagrado. Para a construção do problema foram consideradas as experiências pessoais – o percurso do pesquisador enquanto adepto de religião afro-brasileira – e acadêmicas – destacando a dissertação de mestrado, quando se desenvolveu um estudo de base etnográfica que tratou da territorialidade do candomblé no meio urbano. Identificou-se na arquitetura dos terreiros que, por trás de uma aparente simplicidade estrutural, o tradicional esquema construtivo – fundação, pilar, cumeeira – guarda uma significação de ordem imaterial. Além da matéria tectônica visível, pode-se atribuir uma dimensão subjetiva que comporta as representações simbólicas do grupo, próprias do sistema religioso, bem como as individuais, oriundas dos processos de subjetivação dos sujeitos. Este foi o ponto de partida para a formulação do problema de pesquisa da tese que intenta compreender: qual o papel que a arquitetura exerce diante do relacionamento que o candomblecista estabelece com o sagrado? Apresenta-se como objeto empírico o terreiro Ilê Axé Ayrá Omin Funfun, candomblé da nação Ketu, descendente do tradicional Ilê Axé Opô Afonjá fluminense. O objetivo geral é analisar a arquitetura do terreiro de candomblé a partir das relações simbólicas que o adepto estabelece com o espaço arquitetônico a fim de acessar o sagrado. Para o embasamento teórico da discussão, busca-se um diálogo transcultural envolvendo a Teoria da Arquitetura, a Psicanálise e a Filosofia nagô (SODRÉ, 2017). Adota-se uma abordagem qualitativa, aderindo à autoetnografia (ELLIS, 2015), como método. Serão utilizadas como técnicas metodológicas a observação participante, diálogos reflexivos com as iaôs, fotografias e croquis esquemáticos. A análise do material coletado nos diálogos será pautada no método de interpretação dos sentidos (GOMES, 2016).


  • Mostrar Abstract
  • Esta pesquisa encontra-se no campo dos estudos subjetivos da arquitetura e, tendo como objeto empírico o terreiro de candomblé, busca analisar o trinômio formado pelo humano, o espaço arquitetônico e o sagrado. Para a construção do problema foram consideradas as experiências pessoais – o percurso do pesquisador enquanto adepto de religião afro-brasileira – e acadêmicas – sobretudo durante o mestrado, quando foi desenvolvido um estudo etnográfico que tratou da territorialidade do candomblé no meio urbano. Identificou-se na arquitetura dos terreiros que, por trás de uma aparente simplicidade estrutural, o tradicional esquema construtivo – fundação, pilar, cumeeira – guarda uma significação de ordem imaterial. Além da matéria tectônica visível, pode-se atribuir uma dimensão subjetiva que comporta as representações simbólicas do grupo, próprias do sistema religioso, bem como as individuais, oriundas dos processos de subjetivação dos sujeitos. Este foi o ponto de partida para a formulação do problema de pesquisa da tese que intenta compreender: qual o papel que a arquitetura exerce diante do relacionamento que o humano estabelece com o seu sagrado? Apresenta-se como objeto empírico o terreiro Ilê Axé Ayrá Omin Funfun, candomblé da nação Ketu, descendente do tradicional Ilê Axé Opô Afonjá fluminense. O objetivo geral é analisar a arquitetura do terreiro de candomblé a partir das relações simbólicas que o adepto estabelece com o espaço arquitetônico a fim de acessar o sagrado. Para o embasamento teórico da discussão, busca-se um diálogo transcultural envolvendo a filosofia ocidental e a nagô (SODRÉ, 2017). Adota-se uma abordagem qualitativa, aderindo à autoetnografia (ELLIS, 2015), como método. Serão utilizadas como técnicas metodológicas a observação participante, entrevistas semiestruturadas, entrevistas abertas, fotografias e croquis esquemáticos. A análise do material coletado nas entrevistas será pautada no método de interpretação dos sentidos (GOMES, 2016). 

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  • MARIA DE OLIVEIRA REYNALDO
  • A Regra e o Padrão: O Acesso à Política Pública Urbana Federal Brasileira. Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (2005 a 2016).

  • Orientador : SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • FLAVIO ANTONIO MIRANDA DE SOUZA
  • TATIANA THOMÉ OLIVEIRA
  • JOÃO SETTE WHITAKER FERRREIRA
  • CATIA WANDERLEY LUBAMBO
  • Data: 17/05/2023

  • Mostrar Resumo
  • Por que alguns municípios logram acessar a política urbana federal e outros não? A pergunta, que acompanha o exercício prático da autora, constitui o fio condutor da pesquisa.  Durante a busca por respostas, leva-se em conta, como hipótese, que muito embora a Constituição de 1988 (BRASIL, 1988) assevere à União a prerrogativa de estabelecer as diretrizes do desenvolvimento urbano para o universo do território brasileiro, os entes federados, por sua vez, não possuem, as mesmas condições de acesso às políticas públicas disponibilizadas à luz das referidas diretrizes. Consequentemente, estas últimas não garantiriam a difusão em todo o território brasileiro do acesso à política pública urbana federal, ratificando padrões de desigualdades regionais históricas entre os entes da federação. Objetiva-se, ao longo do percurso da tese, mapear as condições de acesso municipal aos recursos federais oriundos da política pública urbana no âmbito do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social - SNHIS de 2005 (início) a 2016 (interrupção de governo), visando identificar variáveis que levaram a sua maior efetividade e revelar padrões de implementação da política pública sobre o território brasileiro. Tal objetivo será explorado por meio de: determinantes internos, vinculados a quesitos inerentes ao seu público-alvo; e modelos de difusão, levando em conta aspectos oriundos dos próprios vetores de distribuição da política pública. Eis os determinantes internos de análise, sobre uma base sincrônica de relações horizontais: ideologia política, recursos financeiros, nível de escolarização, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, déficit habitacional, Gerente Municipal de Contratos e Convênios. Já as categorias analíticas de modelos de difusão, em uma esfera global diacrônica de relações verticais (sob as rédeas da União), redundaram representadas por: modelos de difusão regional, competição entre os municípios, modelo de difusão vertical (teoria dos jogos), alinhamento político com o Governo, Representante CAIXA. As respostas encontradas têm um potencial de compreensão do fenômeno de implementação da política pública urbana federal brasileira, bem como o de oferecer subsídios para a sua formulação por parte da União ou pautar eventuais estratégias de seu acesso pelos entes federados e demais partícipes dessa relação.


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  • -

3
  • ANA CAROLINA DE FREITAS TRINDADE
  • RETRATOS URBANOS EM [CON]TRADIÇÃO: O RECIFE POR CÍCERO DIAS E PAULO BRUSCKY

  • Orientador : FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • ROBERT PECHMAN
  • JOSE TAVARES CORREIA DE LIRA
  • MOACIR TAVARES RODRIGUES DOS ANJOS
  • Data: 29/08/2023

  • Mostrar Resumo
  • Partindo do princípio de que a produção artística de um determinado período pode contribuir para um entendimento mais rico de um período da história de uma cidade, este trabalho propõe uma reflexão sobre as imagens do Recife por meio das obras dos artistas Cícero Dias (1907-2003) e Paulo Bruscky (1949). Os artistas foram atuantes na disseminação vanguardas artísticas e do ideal de modernidade e em diferentes temporalidades e modos de expressão/ação – pintura e performance –, apresentaram ao mundo variadas percepções sobre a cidade e os efeitos da modernização na cidade. Os artistas produziram um acervo grande de obras que fazem relações diretas ou indiretas ao cotidiano da cidade e que nos ajuda a apreender melhor a experiência  modernidade na cidade. Eram imagens de um Recife que não seguiam uma linearidade, havia surpresas, interseções, encontros e descompassos entre o tempo e espaço. Uma forma de pensar e de apresentar a cidade que se aproxima daquela elaborada por Walter Benjamin com seus estudos das imagens da modernidade da paris do século XIX, que não apenas buscou regressar e apresentar os fatos e fenômenos que originaram a formação destas imagens, mas apresentou uma outra forma de contar a história.  Por meio da coleção de fragmentos de tempos variados, lugares e sobretudo a partir de personagens ordinários da cidade tanto Benjamin como Aby Warburg por meio  da comparação e contraste de várias imagens artísticas utilizaram a montagem, técnica, herdada do cinema vanguarda e dos escritos surrealistas e das obras dadaístas, como forma de pensar e sobretudo como proposta de apresentar uma outra história na perspectiva dos anônimos ou vencidos como para descobrir padrões e repetições visuais, respectivamente. Ao aproximarmos artistas de temporalidades diferentes, por meio da montagem, buscamos, assim, investigar a similaridades, sobrevivências e mudanças das imagens da modernidade do Recife.


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  • Partindo do princípio de que a produção artística de um determinado período pode contribuir para um entendimento mais rico de um período da história de uma cidade, este trabalho propõe uma reflexão sobre as imagens do Recife por meio das obras dos artistas Cícero Dias (1907-2003) e Paulo Bruscky (1949).  Os artistas foram atuantes na disseminação vanguardas artísticas e do ideal de modernidade e em diferentes temporalidades e modos de expressão/ação – pintura e performance –, Dias e Bruscky apresentaram ao mundo variadas percepções sobre a cidade e os efeitos da modernização na sua materialidade e imaterialidade. Foi no final da década de 1920 e a partir dos anos 1970, que as obras de Dias e Bruscky, respectivamente, despontam no cenário nacional por seu caráter inovador e vanguardista e um período contínuo de intensa discussão das representações da modernidade na cidade. Os artistas produziram um acervo grande de obras que fazem relações diretas ou indiretas ao cotidiano da cidade e que nos ajuda a apreender melhor a experiência urbana na cidade. Eram imagens de um Recife que não seguiam uma linearidade, havia surpresas, interseções, encontros e descompassos entre o tempo e espaço. Uma forma de pensar e de apresentar a cidade que se aproxima daquela elaborada por Walter Benjamin com seus estudos das imagens da modernidade da paris do século XIX, que não apenas buscou regressar e apresentar os fatos e fenômenos que originaram a formação destas imagens, mas apresentou uma outra forma de contar a história. Por meio da coleção de fragmentos de tempos variados, lugares e sobretudo a partir de personagens ordinários da cidade, Benjamin propôs a montagem, técnica, herdada do cinema vanguarda e dos escritos surrealistas e das obras dadaístas, como forma de pensar e sobretudo como proposta de apresentar uma outra história na perspectiva dos anônimos, vencidos ou sem nomes. A montagem como forma de pensar é um método que não se restringe a aspectos técnicos artísticos de vanguarda, que podemos reconhecer nas obras dos artistas, mas que perpassa por questões teóricas e históricas do campo das artes e pode ser utilizado para pensarmos a história das cidades. Ao aproximarmos artistas de temporalidades diferentes, buscamos investigar a similaridades, sobrevivências e mudanças nos gestos urbanos dos artistas.

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  • ITALO CESAR DE MOURA SOEIRO
  • A índole dialógica da paisagem no estudo geográfico de projetos urbanos

  • Orientador : ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • SONIA VIRGINIA MARTINS PEREIRA
  • OTAVIO JOSE LEMOS COSTA
  • WERTHER HOLZER
  • Data: 30/08/2023

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  • O objetivo geral desta tese é discutir, a partir da análise dos produtos ideológicos do Projeto Parque Capibaribe, a índole dialógica da paisagem constitutiva às situações concretas de interação discursiva inerentes à vida política do espaço urbano; constitutiva, mais especificamente, ao gênero discursivo projeto urbano produzido cultural, histórica e geograficamente. Nesta tese, portanto, aproximamos o trabalho do Círculo de Bakhtin ao estudo cultural e político da paisagem. Partimos da premissa de que a paisagem sempre se realiza dentro de um gênero discursivo, pois sempre é um processo comunicativo e de encontro com o outro em uma situação de inter-relação socialmente organizada – é diálogo concreto. Reconhecemos a paisagem como fenômeno dialógico, que não é nem uma mera presença e nem uma pura representação, mas o fruto do encontro entre o mundo (semiotizado pela palavra do outro) e um ponto de vista (dialogicamente desenvolvido). É por isso que para conseguir representar qualquer elemento do mundo, portanto, precisamos do outro, da memória cultural materializada nas palavras compartilhadas por uma coletividade, dos gêneros discursivos etc.; para conseguir representar os eventos da vida vivida precisamos da linguagem e desse meio ideológico e material que reveste todos os elementos, mesmo biológicos, da experiência. Projeto urbano, portanto, é entendido nesta tese como uma situação de comunicação relativamente estável e presente na língua comum; presente e historicamente desenvolvida pela esfera política da cidade – é um gênero discursivo. Por ser, antes de mais nada, uma situação de comunicação concreta, seus produtos ideológicos apresentam uma heterogeneidade constitutiva ao seu processo dialógico de desenvolvimento. Seus produtos ideológicos apresentam uma relação íntima com a alteridade. O conteúdo e a forma de seus produtos ideológicos são constituídos na e pela influência mútua com outros discursos e faz uso da palavra do outro na construção da palavra própria. Aceitar a índole dialógica da paisagem, portanto, nos permitiu reconhecer que os produtos ideológicos do Projeto Parque Capibaribe, encontram-se entre a repetibilidade imposta pelas coerções culturais presentes no gênero discursivo e a singularidade inovadora do contexto do Projeto, na arte e na vida. Seus produtos ideológicos estão, portanto, entre a relativa estabilidade da tradição da memória cultural dos gêneros discursivos e a abertura ao novo imposta pelos contextos singulares da vida.


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  • O objetivo geral desta tese é discutir, a partir da análise dos produtos ideológicos do Projeto Parque Capibaribe, a índole dialógica da paisagem constitutiva às situações concretas de interação discursiva inerentes à vida política do espaço urbano; constitutiva, mais especificamente, ao gênero discursivo projeto urbano produzido cultural, histórica e geograficamente. Nesta tese, portanto, aproximamos o trabalho do Círculo de Bakhtin ao estudo cultural e político da paisagem. Partimos da premissa de que a paisagem sempre se realiza dentro de um gênero discursivo, pois sempre é um processo comunicativo e de encontro com o outro em uma situação de inter-relação socialmente organizada – é diálogo concreto. Reconhecemos a paisagem como fenômeno dialógico, que não é nem uma mera presença e nem uma pura representação, mas o fruto do encontro entre o mundo (semiotizado pela palavra do outro) e um ponto de vista (dialogicamente desenvolvido). É por isso que para conseguir representar qualquer elemento do mundo, portanto, precisamos do outro, da memória cultural materializada nas palavras compartilhadas por uma coletividade, dos gêneros discursivos etc.; para conseguir representar os eventos da vida vivida precisamos da linguagem e desse meio ideológico e material que reveste todos os elementos, mesmo biológicos, da experiência. Projeto urbano, portanto, é entendido nesta tese como uma situação de comunicação relativamente estável e presente na língua comum; presente e historicamente desenvolvida pela esfera política da cidade – é um gênero discursivo. Por ser, antes de mais nada, uma situação de comunicação concreta, seus produtos ideológicos apresentam uma heterogeneidade constitutiva ao seu processo dialógico de desenvolvimento. Seus produtos ideológicos apresentam uma relação íntima com a alteridade. O conteúdo e a forma de seus produtos ideológicos são constituídos na e pela influência mútua com outros discursos e faz uso da palavra do outro na construção da palavra própria. Aceitar a índole dialógica da paisagem, portanto, nos permitiu reconhecer que os produtos ideológicos do Projeto Parque Capibaribe, encontram-se entre a repetibilidade imposta pelas coerções culturais presentes no gênero discursivo e a singularidade inovadora do contexto do Projeto, na arte e na vida. Seus produtos ideológicos estão, portanto, entre a relativa estabilidade da tradição da memória cultural dos gêneros discursivos e a abertura ao novo imposta pelos contextos singulares da vida.

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  • VANUZA MARIA PONTES SENA
  • POBREZA E POLÍTICAS PÚBLICAS NA CIDADE DE PAU DOS FERROS/RN: uma análise a partir do Índice de Pobreza Multidimensional (IPM) 

  • Orientador : CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • IVAN FILIPE ALMEIDA LOPES FERNANDES
  • JOSUE ALENCAR BEZERRA
  • NORMA LACERDA GONCALVES
  • OTAVIO AUGUSTO ALVES DOS SANTOS
  • SILVANA NUNES DE QUEIROZ
  • Data: 20/10/2023

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  • A pobreza e a exclusão social constituem um dos maiores desafios do século XXI, visto que colidem com o exercício dos direitos fundamentais dos seres humanos. A maneira pela qual a pobreza passa a ser configurada e trabalhada traz implicações diretas à formulação e à implementação de estratégias a serem desenvolvidas para seu enfrentamento, sendo este um importante desafio em termos de políticas públicas. Compreende-se que esse problema não é vivenciado somente pelo Brasil, mas inerente à lógica de acumulação do capital, de modo a ser possível considerar que, no âmbito internacional, haja programas de combate à fome e à pobreza. Na esfera do Sistema de Proteção Social (SPS) brasileiro, ainda que tenha havido ações direcionadas às questões sociais, foi somente com a promulgação da Constituição Federal de 1988 (CF/88) que se conseguiu, pela primeira vez, ter capítulos que tratam sobre a assistência social no Brasil de forma contundente, avançando em relação às formulações legais anteriores. Assim sendo, foi a partir da CF/88, e mais acentuadamente nos períodos de gestão dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que se passou a olhar de forma mais atenta à questão social, instituindo uma série de novos programas, mais amplos e, ao mesmo tempo, focalizados. Isso causou novos desafios relacionados à redução da desigualdade e ao acesso aos serviços no âmbito do enfrentamento da pobreza. O presente trabalho situa-se na proposta de refletirmos acerca da pobreza, problematizando as políticas públicas sociais, na cidade de Pau dos Ferros, Rio Grande do Norte, tendo como referência indicadores dos censos demográficos de 1991, 2000 e 2010. Os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa contemplaram a necessidade de revisão bibliográfica, pesquisa documental e levantamento estatístico, sobretudo, junto a fontes oficiais brasileiras. Além disso, tratou-se de aplicar o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), baseado na metodologia de Alkire-Foster. Os principais resultados revelam que, entre os anos analisados, as iniciativas de políticas sociais, nos governos de Lula e Dilma, contribuíram para a diminuição da pobreza sobre a população de Pau dos Ferros. De maneira geral, a pobreza multidimensional apresentou, ao longo dos censos, redução paulatina nas privações, indicando que as privações dos indivíduos diminuíram gradativamente ao longo deste período. Em 1991, o percentual dos indivíduos identificados como pobres multidimensionais era de 49,84%, alcançando, em 2010, um percentual de 36,12%. Da mesma forma, houve uma queda na intensidade média da pobreza que também era elevada para o ano de 1991, pois aqueles considerados multidimensionalmente pobres eram, em média, privados em 53,29% dos indicadores analisados, sendo que, nos anos de 2000 e 2010, esse índice caiu, respectivamente, para 38,37% e 24,20%. A incidência ajustada em Pau dos Ferros teve uma redução de 26,56%, em 1991, para 8,74% em 2010. Com os resultados obtidos, é possível comprovar o papel estratégico da política social para o desenvolvimento da cidade e a necessidade de se considerar a pobreza sobre a abordagem multidimensional, no intuito de auxiliar na formulação das políticas públicas de combate à pobreza. 


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  • A pobreza e a exclusão social constituem um dos maiores desafios do século XXI, visto que colidem com o exercício dos direitos fundamentais dos seres humanos. A maneira  pela qual a pobreza passa a ser configurada e trabalhada traz implicações diretas à formulação e implementação de estratégias a serem desenvolvidas para seu enfrentamento, sendo este um importante desafio em termos de políticas públicas. Compreende-se que esse problema não é vivenciado somente pelo Brasil, mas inerente à lógica de acumulação do capital, de modo ser possível considerar que no âmbito internacional haja programas de combate à fome e à pobreza. No âmbito do Sistema de Proteção Social (SPS) brasileiro, ainda que tenha havido ações direcionadas às questões sociais, foi somente com a promulgação da Constituição Federal de 88 (CF/88) que se conseguiu, pela primeira vez, ter capítulos que tratam sobre a assistência social no Brasil de forma contundente, avançando em relação às formulações legais anteriores. Assim sendo, foi a partir da CF/88, e mais acentuadamente nos períodos de gestão dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que se passou a olhar de forma mais atenta à questão social, instituindo uma série de novos programas, mais amplos e ao mesmo tempo focalizados. Isso causou novos desafios relacionados à redução da desigualdade e o acesso aos serviços no âmbito do enfrentamento da pobreza. O presente trabalho, situa-se na proposta de refletirmos acerca da pobreza e das desigualdades socioterritoriais, problematizando as políticas públicas sociais, no município de Pau dos Ferros/RN, tendo como referência alguns indicadores dos censos demográficos (1991, 2000, 2010). Em termos dos procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa contemplaram, a necessidade de aplicar um Índice Pobreza Multidimensional (IPM) consistente com os objetivos da pesquisa.

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  • FRANCISCO JEAN CARLOS DE SOUZA SAMPAIO
  • Avaliação das peças orçamentárias dos serviços de saneamento básico dos municípios de médio porte do semiárido paraibano: o caso de Sousa e Cajazeiras

  • Orientador : EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • FABIANO ROCHA DINIZ
  • MARIA DO CARMO MARTINS SOBRAL
  • ALLAN SARMENTO VIEIRA
  • LARISSA DA SILVA FERREIRA ALVES
  • Data: 22/11/2023

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  • O cerne da pesquisa é analisar a relação entre as Peças Orçamentárias das gestões dos prefeitos dos municípios de Cajazeiras e Sousa do Estado da Paraíba para os mandatos de 2013 a 2016 e de 2017 a 2020, com os Planos Diretores e os Planos Municipais de Saneamento Básico, no tocante às ações e às metas definidas para o atendimento dos bens e serviços de Saneamento Básico, sendo especificamente o abastecimento de água potável e o esgotamento sanitário. Para o município de Sousa, pelo fato de o Plano Municipal de Saneamento Básico está em discussão, foi utilizada a Lei Complementar nº 031 de 04/05/2004, que dispõe sobre os serviços públicos de água e esgoto no município. A pesquisa utiliza-se das Teorias dos Ciclos Políticos Orçamentários e do Agenciamento. O estudo destes documentos e dos dados coletados com as entrevistas que serão realizadas com os prefeitos, os secretários de Infraestrutura e Meio Ambiente, Saúde, Educação, Administração e Finanças, os vereadores e com os chefes dos setores de Saneamento Básico dos Escritórios da CAGEPA, no caso de Cajazeiras, e do DAESA, no caso de Sousa, almeja investigar os impactos gerados pelo processo de planejamento, discussão e execução orçamentária e pela efetividade ou não das ações e metas definidas nos documentos citados e destinadas ao atendimento de bens e serviços de Saneamento Básico, especificamente relacionados à captação, tratamento e destinação da água, e à captação, tratamento e destinação do esgoto, de forma a respeitar os princípios fundamentais de saneamento. Parte-se do pressuposto de que o problema existente seja a não existência de congruência entre as ações planejadas e as metas traçadas com as efetivamente implantadas pela municipalidade ou por meio da Companhia Estadual de Saneamento Básico. Espera-se detectar as ações que se efetivaram e as metas que foram atingidas, relacionadas aos bens e serviços de Saneamento Básico, propostas nas Peças Orçamentárias das gestões dos prefeitos municipais, bem como as ações que não se efetivaram e as metas que não foram atingidas, além de expor os motivos e propor soluções que ocasionem a efetivação dessas ações e do atingimento das referidas metas que proporcionem o Desenvolvimento Urbano. Enfim, afirma-se neste trabalho, que a não congruência entre o planejamento das ações e das metas traçadas com as efetivadas ocasiona resultados sobre bens e serviços de Saneamento Básico (abastecimento de água potável e esgotamento sanitário) não satisfatórios para a sociedade. 


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  • O cerne da pesquisa é analisar a relação entre as Peças Orçamentárias das gestões dos prefeitos dos municípios de Cajazeiras e Sousa do Estado da Paraíba para os mandatos de 2013 a 2016 e de 2017 a 2020, com os Planos Diretores e os Planos Municipais de Saneamento Básico, no tocante às ações e às metas definidas para o atendimento dos bens e serviços de Saneamento Básico, sendo especificamente o abastecimento de água potável e o esgotamento sanitário. Para o município de Sousa, pelo fato de o Plano Municipal de Saneamento Básico está em discussão, foi utilizada a Lei Complementar nº 031 de 04/05/2004, que dispõe sobre os serviços públicos de água e esgoto no município. A pesquisa utiliza-se das Teorias dos Ciclos Políticos Orçamentários e do Agenciamento. O estudo destes documentos e dos dados coletados com as entrevistas que serão realizadas com os prefeitos, os secretários de Infraestrutura e Meio Ambiente, Saúde, Educação, Administração e Finanças, os vereadores e com os chefes dos setores de Saneamento Básico dos Escritórios da CAGEPA, no caso de Cajazeiras, e do DAESA, no caso de Sousa, almeja investigar os impactos gerados pelo processo de planejamento, discussão e execução orçamentária e pela efetividade ou não das ações e metas definidas nos documentos citados e destinadas ao atendimento de bens e serviços de Saneamento Básico, especificamente relacionados à captação, tratamento e destinação da água, e à captação, tratamento e destinação do esgoto, de forma a respeitar os princípios fundamentais de saneamento. Parte-se do pressuposto de que o problema existente seja a não existência de congruência entre as ações planejadas e as metas traçadas com as efetivamente implantadas pela municipalidade ou por meio da Companhia Estadual de Saneamento Básico. Espera-se detectar as ações que se efetivaram e as metas que foram atingidas, relacionadas aos bens e serviços de Saneamento Básico, propostas nas Peças Orçamentárias das gestões dos prefeitos municipais, bem como as ações que não se efetivaram e as metas que não foram atingidas, além de expor os motivos e propor soluções que ocasionem a efetivação dessas ações e do atingimento das referidas metas que proporcionem o Desenvolvimento Urbano. Enfim, afirma-se neste trabalho, que a não congruência entre o planejamento das ações e das metas traçadas com as efetivadas ocasiona resultados sobre bens e serviços de Saneamento Básico (abastecimento de água potável e esgotamento sanitário) não satisfatórios para a sociedade. 

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  • LUCIANO VIEIRA DUTRA
  • Democracia deliberativa e cultura política: análise de conselhos de políticas urbanas de Natal-RN (2016/2019)

  • Orientador : SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • JOANA MOURA
  • LUCIANO JOEL FEDOZZI
  • SANDRA MARILIA MAIA NUNES
  • Data: 22/11/2023

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  • Presenciamos nas últimas décadas um processo de expansão da participação social no Brasil. Diversas mudanças ocorreram no estado brasileiro como consequência de movimentos da sociedade civil organizada que demandaram uma maior extensão e aprofundamento da democracia. Esse processo deu origem a novas formas de participação da população na gestão pública. Como consequência da ampliação das formas de participação dos cidadãos na política e na gestão das políticas públicas, incluindo a política urbana, tivemos a construção de uma arquitetura institucional constituída por diversas instâncias de participação, as chamadas Instituições Participativas (IPs). A despeito de tal processo, identificamos um descompasso entre tais conquistas e a efetiva capacidade das IPs de incluir determinados setores sociais nos processos participativos e contribuir, como consequência, para tornar o estado brasileiro mais democrático. Inúmeras são as razões causadoras desse descompasso, dentre elas, a questão a desigualdade. Sendo assim, com vistas a avançar e contribuir no debate sobre os fatores condicionantes da participação institucional, julgamos ser relevante atentarmos para a questão da desigualdade, em suas diversas dimensões, e os danos que essa pode causar na democracia. Ademais, compreendemos que o estudo de elementos da cultura política, aqui compreendido enquanto um recurso político, de membros dos conselhos de políticas, se constitui em um importante fio condutor analítico através do qual é possível problematizar a questão da desigualdade e suas possíveis implicações no processo deliberativo no âmbito de Conselhos de Políticas Públicas. Isto posto, o presente trabalho tem como principal objetivo identificar quais variáveis de cultura política de membros de três conselhos de políticas urbanas da cidade de Natal-RN (CONCIDADE, CONPLAM E CONHABINS) em dois anos distintos, 2016 e 2019, condicionam o processo deliberativo de tais espaços de participação. Nessa empreitada, por meio de uma abordagem metodológica comparativa, utilizamos variáveis de cultura política escolhidas com base no Modelo do Voluntarismo Cívico. Ao fim do trabalho, concluímos que uma combinação específica de variáveis de cultura política tem importante papel enquanto condicionantes da deliberação, assim como outros fatores, principalmente a desigual posse do saber técnico próprio da política urbana, como a questão dos diferentes projetos em disputa e as alianças que disso resultam


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  • O presente trabalho tem como objetivo geral compreender como a
    cultura política dos membros dos conselhos de políticas urbanas de Natal/RN
    impacta na efetividade deliberativa de tais instituições. Nas últimas décadas,
    diversas transformações ocorreram no estado brasileiro como consequência de
    movimentos da sociedade civil organizada que demandaram um
    aprofundamento da democracia, originando novas formas de participação da
    população na gestão pública. Dentre os formatos institucionais de participação
    social, temos os conselhos gestores de políticas públicas. Todavia, a literatura
    sobre o tema, vêm mostrando a existência de fatores que limitam o
    funcionamento dos conselhos de políticas públicas, comprometendo sua
    qualidade. Assim, de forma a contribuir com os estudos sobre participação
    social, entendemos que a questão da desigualdade no tocante a posse de
    recursos de cultura política entre os membros dos conselhos, se coloca como
    uma importante questão de estudo em virtude de seus impactos no processo
    deliberativo dessas instituições participativas.

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  • SIDNEIA MAIA DE OLIVEIRA REGO
  • A CIDADE E A UNIVERSIDADE: Repercussões no Desenvolvimento Urbano de Pau dos Ferros (RN) no Semiárido Brasileiro.

  • Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIA LEITAO SANTOS
  • IANA LUDERMIR BERNARDINO
  • LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
  • CAIO AUGUSTO AMORIM MACIEL
  • MARIA LUCIA PESSOA SAMPAIO
  • RODRIGO JOSE FIRMINO
  • Data: 27/11/2023

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  • RESUMO

     O tema central da tese é a interiorização da universidade sob a perspectiva do desenvolvimento urbano em Pau dos Ferros (RN), considerando a implantação na cidade dos campi da UERN e da Ufersa em diferentes momentos históricos, bem como a atuação de cursos de graduação relacionados a Área de Planejamento Urbano e Regional/Demografia (PLURD), que culminou com a implantação de um Programa de Pós-graduação nessa Área. O problema que norteia a pesquisa é saber como a presença dessas universidades repercutem no desenvolvimento urbano, considerando o contexto de um centro sub-regional do Semiárido. As políticas públicas de expansão e interiorização das universidades brasileiras, implantadas no início dos anos 2000, favoreceram a chegada dessas instituições em regiões vulneráveis socioeconomicamente como o Semiárido brasileiro, onde o desenvolvimento urbano ainda é incipiente. Portanto, o objetivo da tese é analisar como as universidades instaladas em Pau dos Ferros repercutem no seu desenvolvimento urbano e como essas ações são percebidas por diferentes agentes sociais. O referencial teórico aborda marcos conceituais do Desenvolvimento Urbano e da cidade brasileira e aspectos históricos da Universidade, com desdobramentos no Brasil. Em relação a cidade de Pau dos Ferros, são apresentadas dinâmicas urbanas e características de suas universidades, com ênfase na área PLURD. Com uma abordagem qualitativa as informações foram obtidas por meio de 27 entrevistas semiestruturadas, realizadas com servidores públicos das universidades (professores e técnicos); representantes da gestão pública municipal e do legislativo, bem como empresários e gestores ligados à Câmara de Diretores Lojistas e ao Sebrae. Com foco nas percepções e experiências dos participantes, foi realizada uma análise de conteúdo, com o suporte do software Atlas.ti 23. Os resultados apontaram evidências das ações realizadas por parte das universidades, sobretudo no campo da extensão universitária e de parcerias de cooperação entre universidade e gestão pública municipal. Entre os aspectos positivos, o primeiro Plano Diretor foi um importante resultado dessas parcerias, o qual foi homologado em dezembro de 2022. O mercado imobiliário de Pau dos Ferros também apresentou mudanças visíveis nos últimos dez anos, com a atração de investimentos no entorno dessas instituições, ocasionando valorização imobiliária em detrimento de outras áreas. Fragilidades como a mobilidade urbana e a Gestão de resíduos sólidos, também se tornaram mais evidentes e são pautas constantes nas produções acadêmicas. O mestrado na área PLURD, tem contribuído com a formação de profissionais que aos poucos estão ocupando os espaços na gestão e planejamento da cidade e da região. Os entrevistados evidenciaram uma oferta de serviços mais diversificada nos últimos anos, bem como alterações na dinâmica do comércio, mudanças ocasionadas pelo aumento do contingente de pessoas que passam a circular e habitar a cidade, demandando por novas formas de consumo e usos urbanos, demonstrando, portanto, vários aspectos de repercussão no desenvolvimento urbano a partir da presença e atuação das universidades em Pau dos Ferros. 


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  • RESUMO

     

    O estudo trata da relação entre universidade e cidade, na perspectiva do desenvolvimento urbano, em um contexto de interiorização das universidades públicas, especificamente no Semiárido brasileiro. Busca investigar até que ponto as universidades instaladas em Pau dos Ferros (RN) repercutem no desenvolvimento urbano da cidade, considerando principalmente a atuação dos cursos relacionados com a subárea de Planejamento Urbano e Regional. Com abordagem qualitativa pretende-se conhecer a percepção de professores universitários e gestores de organizações públicas e instituições representativas da sociedade pauferrense. Espera-se com os resultados obtidos ampliar o debate sobre o papel da universidade, suas contribuições para a cidade e possibilitar maior visibilidade as ações dessas instituições, bem como refletir sobre suas limitações e dificuldades, em especial, na Área de Planejamento Urbano e Regional, que de forma direta ou indireta repercute no desenvolvimento da cidade.

     

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  • VERA LUCIA LOPES DE OLIVEIRA
  • O SISTEMA DE ABASTECIMENTO D’ÁGUA EM CIDADE DE MÉDIO PORTE NO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO:
    Mossoró-RN

  • Orientador : EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • MARIA DO CARMO MARTINS SOBRAL
  • ALFREDO MARCELO GRIGIO
  • SÉRGIO LUIZ FREIRE COSTA
  • Data: 28/11/2023

  • Mostrar Resumo
  • A pesquisa "O SISTEMA DE ABASTECIMENTO D’ÁGUA DA POPULAÇÃO URBANA EM CIDADE DE MÉDIO PORTE NO NORDESTE: Um estudo de caso em Mossoró-RN" foi motivada pelo contexto atual, evidenciado por vários colapsos no abastecimento d’água no município, acarretando várias hipóteses sobre os fatores geradores destes conflitos urbanos. Entendemos que o planejamento é de grande relevância para o manejo de bacias orientando o processo de ocupação e transformação do território, e assim, a localização das atividades e do uso do espaço, em função de sua capacidade de absorver e acolher determinada atividade. A gestão das águas e o ordenamento urbanístico são inseparáveis. Buscar-se-á através da pesquisa empírica identificar o modelo de gestão dos recursos hídricos, numa perspectiva de fazer valer o Plano Diretor Municipal, onde este evidencie um modelo de gestão sustentável de recursos hídricos integrado a um modelo de ordenamento coerente com os modelos de sustentabilidade. Reconhecer a importância do modelo de gestão integrada a partir do reconhecimento da ligação entre a gestão de recursos hídricos e os instrumentos de planejamento como fundamental na gestão dos conflitos gerados pela disponibilidade de água e sua consequente influência no desenvolvimento de um município, buscando garantir melhores condições urbanísticas, definindo padrões específicos e infraestrutura.


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  • A pesquisa A Gestão dos Recursos Hídricos e sua Repercussão sobre a Dinâmica Urbana de Mossoró/RN; foi motivada pelo contexto atual, evidenciado por vários colapsos no abastecimento d’água no município, acarretando várias hipóteses sobre os fatores geradores destes conflitos urbanos. Entendemos que o planejamento é de grande relevância para o manejo de bacias orientando o processo de ocupação e transformação do território, e assim, a localização das atividades e do uso do espaço, em função de sua capacidade de absorver e acolher determinada atividade. A gestão das águas e o ordenamento urbanístico são inseparáveis. Buscar-se-á através da pesquisa empírica identificar o modelo de gestão dos recursos hídricos, numa perspectiva de fazer valer o Plano Diretor Municipal, onde este evidencie um modelo de gestão sustentável de recursos hídricos integrado a um modelo de ordenamento coerente com os modelos de sustentabilidade. Reconhecer a importância do modelo de gestão integrada a partir do reconhecimento da ligação entre a gestão de recursos hídricos e os instrumentos de planejamento como fundamental na gestão dos conflitos gerados pela disponibilidade de água e sua consequente influência no desenvolvimento de um município, buscando garantir melhores condições urbanísticas, definindo padrões específicos e infraestrutura.

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  • SANDRA DE SOUZA PAIVA HOLANDA
  • EXPANSÃO URBANA, MERCADO IMOBILIÁRIO E RENDA DA TERRA: A CIDADE DE PAU DOS FERROS-RN

  • Orientador : VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • IANA LUDERMIR BERNARDINO
  • LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
  • FRANKLIN ROBERTO DA COSTA
  • JOSUE ALENCAR BEZERRA
  • Data: 28/11/2023

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  • Esta tese traz uma abordagem teórica e empírica sobre o processo de produção do espaço urbano em Pau dos Ferros/RN e o mercado o mercado imobiliário e fundiário através da valorização capitalista da terra no período compreendido entre os anos de 2009 a 2015. O percurso metodológico principal para o desenvolvimento da pesquisa foi o do estudo de caso, que adotou os procedimentos de levantamento de dados realizados em órgãos da cidade, tendo com base no desenvolvimento do mercado imobiliário local, associando-o como agente produtor do espaço urbano em vários momentos históricos e econômicos da cidade. A expansão urbana na cidade se convencionou ao aumento da população, a área física da zona urbana, a políticas públicas de habitação e também a dinâmica econômica nos últimos dez anos, que resultam numa rápida ocupação de áreas periféricas, porém de modo fragmentado. Ainda se observa que os bairros Nações Unidas, Chico Cajá e Carvão, são as maiores representações da produção do espaço urbano construído do município modificando de forma perceptível a paisagem da cidade.


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  • Esta tese traz uma abordagem teórica e empírica sobre o processo de produção do espaço urbano em Pau dos Ferros/RN e o mercado o mercado imobiliário e fundiário através da valorização capitalista da terra no período compreendido entre os anos de 2009 a 2015. O percurso metodológico principal para o desenvolvimento da pesquisa foi o do estudo de caso, que adotou os procedimentos de levantamento de dados realizados em órgãos da cidade, tendo com base no desenvolvimento do mercado imobiliário local, associando-o como agente produtor do espaço urbano em vários momentos históricos e econômicos da cidade. A expansão urbana na cidade se convencionou ao aumento da população, a área física da zona urbana, a políticas públicas de habitação e também a dinâmica econômica nos últimos dez anos, que resultam numa rápida ocupação de áreas periféricas, porém de modo fragmentado. Ainda se observa que os bairros Nações Unidas, Chico Cajá e Carvão, são as maiores representações da produção do espaço urbano construído do município modificando de forma perceptível a paisagem da cidade.

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  • PALMYRA SAYONARA DE GOIS
  • PROCESSO SAÚDE-DOENÇA DA POPULAÇÃO URBANA E DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS: o caso de Pau dos Ferros – RN

  • Orientador : TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • DANIELLE DE MELO ROCHA
  • MARTA MARIA SOUZA MATOS
  • JOSUE ALENCAR BEZERRA
  • MOÊMIA GOMES DE OLIVEIRA MIRANDA
  • Data: 29/11/2023

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  • No contexto urbano contemporâneo, a interação entre urbanização e saúde é inegável. O estudo em questão submerge na complexidade dessa relação, usando como campo de estudo a cidade de Pau dos Ferros, localizada no extremo oeste do Estado do Rio Grande do Norte. Durante séculos, as cidades têm sido vistas como epicentros de civilização e progresso. No entanto, a aceleração da urbanização, especialmente nas últimas décadas, trouxe consigo desafios complexos que afetam diretamente a saúde e o bem-estar dos cidadãos. A pesquisa tem como objetivo principal desvendar os nuances da urbanização e sua correlação direta com a saúde pública. Através de uma abordagem multidimensional, busca-se compreender como fatores urbanos, desde moradia até infraestrutura básica, influenciam a qualidade de vida e os perfis de saúde dos habitantes urbanos. Para capturar a essência dessa relação, foi adotada uma metodologia que combina análise histórica socioespacial com dados estatísticos atuais, principalmente do IBGE. Além disso, uma análise socioespacial foi realizada para entender a distribuição e o impacto de determinantes socioeconômicos e de saneamento básico em diferentes bairros da cidade. Esta abordagem permitiu uma compreensão granular das desigualdades e desafios urbanos. Na análise prévia, os resultados revelam que o processo de urbanização, embora traga avanços e benefícios, também introduz desafios significativos. As desigualdades socioespaciais observadas nas distintas áreas de Pau dos Ferros indicaram variações nos perfis epidemiológicos da população. A falta de infraestrutura adequada, o acesso limitado a serviços essenciais e as disparidades socioeconômicas emergiram como fatores-chave que influenciam a saúde dos residentes urbanos. A dinâmica e os aspectos socioespaciais de Pau dos Ferros apontam para a necessidade urgente de políticas públicas focadas na melhoria da infraestrutura urbana e na redução das desigualdades. A urbanização mal gerida pode levar a prejuízos sociais, econômicos e ambientais, impactando negativamente a saúde pública. Portanto, para cidades em crescimento como Pau dos Ferros, é fundamental adotar uma abordagem integrada que considere tanto o desenvolvimento urbano quanto a saúde da população.


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  • No contexto urbano contemporâneo, a interação entre urbanização e saúde é inegável. O estudo em questão submerge na complexidade dessa relação, usando como campo de estudo a cidade de Pau dos Ferros, localizada no extremo oeste do Estado do Rio Grande do Norte. Durante séculos, as cidades têm sido vistas como epicentros de civilização e progresso. No entanto, a aceleração da urbanização, especialmente nas últimas décadas, trouxe consigo desafios complexos que afetam diretamente a saúde e o bem-estar dos cidadãos. A pesquisa tem como objetivo principal desvendar os nuances da urbanização e sua correlação direta com a saúde pública. Através de uma abordagem multidimensional, busca-se compreender como fatores urbanos, desde moradia até infraestrutura básica, influenciam a qualidade de vida e os perfis de saúde dos habitantes urbanos. Para capturar a essência dessa relação, foi adotada uma metodologia que combina análise histórica socioespacial com dados estatísticos atuais, principalmente do IBGE. Além disso, uma análise socioespacial foi realizada para entender a distribuição e o impacto de determinantes socioeconômicos e de saneamento básico em diferentes bairros da cidade. Esta abordagem permitiu uma compreensão granular das desigualdades e desafios urbanos. Na análise prévia, os resultados revelam que o processo de urbanização, embora traga avanços e benefícios, também introduz desafios significativos. As desigualdades socioespaciais observadas nas distintas áreas de Pau dos Ferros indicaram variações nos perfis epidemiológicos da população. A falta de infraestrutura adequada, o acesso limitado a serviços essenciais e as disparidades socioeconômicas emergiram como fatores-chave que influenciam a saúde dos residentes urbanos. A dinâmica e os aspectos socioespaciais de Pau dos Ferros apontam para a necessidade urgente de políticas públicas focadas na melhoria da infraestrutura urbana e na redução das desigualdades. A urbanização mal gerida pode levar a prejuízos sociais, econômicos e ambientais, impactando negativamente a saúde pública. Portanto, para cidades em crescimento como Pau dos Ferros, é fundamental adotar uma abordagem integrada que considere tanto o desenvolvimento urbano quanto a saúde da população.

2022
Dissertações
1
  • EDUARDA ALBUQUERQUE COSTA
  • O GENIUS LOCI NA CONSTRUÇÃO DAS CIDADES AMIGAS DA INFÂNCIA:

     uma análise do PMPI da cidade do Recife

  • Orientador : MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRÉA MELO LINS STORCH
  • CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • Data: 26/01/2022

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  • RESUMO

     

    Devido às incertezas que envolvem o lugar da criança contemporânea nas cidades, o presente trabalho busca contribuições em uma teia de variadas disciplinas que dão suporte ao entendimento da infância, para junto com o conceito Genius Loci, de Norberg-Schulz (1980), que concebeu na arquitetura e no urbanismo a fenomenologia do habitar, rever as propostas que são direcionadas ao espaço da infância contemporânea, diante do que vem sendo planejado a partir da iniciativa Cidade Amiga da Criança, almejado pela UNICEF (1996), e elaborado como Plano Municipal para Primeira infância da cidade do Recife, avaliando se essas propostas têm a intenção de promover experiências e vivências que atendam as crianças de forma significativa, inserindo-as no contexto da cidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com uma base teórica que se apoia em pensadores da fenomenologia e construiu suas interrogações a partir dessas leituras, tomando a teoria do espaço de Norberg-Schulz, para trazer a infância a uma discussão necessária sobre seu lugar na sociedade urbanizada, utilizando o PMPI do município de Recife como objeto de estudo, através de uma investigação do conteúdo das mensagens do texto do documento, a fim de interpretá-las, avaliando se as instruções das propostas foram direcionadas a contemplar a infância, no que se referem aos espaços públicos da cidade do Recife, e se atentam à sua subjetividade à luz do Genius Loci. Assim, o percurso metodológico se apoia em uma análise investigativa e documental, para em seguida cotejar essas análises com o que inquire a teoria. Os métodos utilizados foram a coleta de informações através de pesquisas bibliográficas, que substanciaram e contextualizaram a temática; e documental, que explorou os documentos que tratam a relação da criança com a cidade, onde os conteúdos foram decompostos em fragmentos, a fim de revelar as sutilezas e as relevâncias contidas no texto, através de termos ou frases significativas que pudessem ser interpretadas diante da intencionalidade em proporcionar a concretização do genius loci nas propostas dos espaços para a criança. Dentre as conclusões da análise, diante das intenções em relacionar a criança e seu espaço, as que estimulam o brincar na rua e na calçada são o que existe de mais próximo dentro das perspectivas de alcançar a realidade concreta dos lugares em que se habita.

     


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  • RESUMO

     

    Devido às incertezas que envolvem o lugar da criança contemporânea nas cidades, o presente trabalho busca contribuições em uma teia de variadas disciplinas que dão suporte ao entendimento da infância, para junto com o conceito Genius Loci, de Norberg-Schulz (1980), que concebeu na arquitetura e no urbanismo a fenomenologia do habitar, rever as propostas que são direcionadas ao espaço da infância contemporânea, diante do que vem sendo planejado a partir da iniciativa Cidade Amiga da Criança, almejado pela UNICEF (1996), e elaborado como Plano Municipal para Primeira infância da cidade do Recife, avaliando se essas propostas têm a intenção de promover experiências e vivências que atendam as crianças de forma significativa, inserindo-as no contexto da cidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com uma base teórica que se apoia em pensadores da fenomenologia e construiu suas interrogações a partir dessas leituras, tomando a teoria do espaço de Norberg-Schulz, para trazer a infância a uma discussão necessária sobre seu lugar na sociedade urbanizada, utilizando o PMPI do município de Recife como objeto de estudo, através de uma investigação do conteúdo das mensagens do texto do documento, a fim de interpretá-las, avaliando se as instruções das propostas foram direcionadas a contemplar a infância, no que se referem aos espaços públicos da cidade do Recife, e se atentam à sua subjetividade à luz do Genius Loci. Assim, o percurso metodológico se apoia em uma análise investigativa e documental, para em seguida cotejar essas análises com o que inquire a teoria. Os métodos utilizados foram a coleta de informações através de pesquisas bibliográficas, que substanciaram e contextualizaram a temática; e documental, que explorou os documentos que tratam a relação da criança com a cidade, onde os conteúdos foram decompostos em fragmentos, a fim de revelar as sutilezas e as relevâncias contidas no texto, através de termos ou frases significativas que pudessem ser interpretadas diante da intencionalidade em proporcionar a concretização do genius loci nas propostas dos espaços para a criança. Dentre as conclusões da análise, diante das intenções em relacionar a criança e seu espaço, as que estimulam o brincar na rua e na calçada são o que existe de mais próximo dentro das perspectivas de alcançar a realidade concreta dos lugares em que se habita.

     

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  • JONATAS SOUZA MEDEIROS DA SILVA
  • A PAISAGEM DO CAMPO DO JIQUIÁ: PATRIMÔNIO DESVELADO PELA IMAGEM DO ZEPPELIN

  • Orientador : ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • LUCIA MARIA DE SIQUEIRA CAVALCANTI VERAS
  • ONILDA GOMES BEZERRA
  • Data: 02/02/2022

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  • O Campo do Jiquiá é um espaço emblemático na história do Recife, que serviu como campo de pouso do dirigível ‘Graf Zeppelin’ entre 1930 e 1937. A torre de atracação, que marca esse período do sítio, é reconhecida como patrimônio pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), juntamente a uma área circundante de 8,4 hectares. Com a falta de uso, houve regeneração ambiental de partes desse local, priorizando a proteção dos seus 54 hectares como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) pela Prefeitura do Recife, em detrimento dos aspectos históricos. Acredita-se que esse campo revela uma paisagem do passado, de aspectos objetivos com as construções humanas e os elementos naturais que remanescem, e de aspectos subjetivos, inerentes ao modo que resguarda a memória desse período da cidade e as relações humanas que ocorreram ali. Assim, a discussão da paisagem como experienciação humana está aportada em Georg Simmel, Augustin Berque, Denis Cosgrove e Jean-Marc Besse. Tal compreensão de paisagem poderá fornecer meios para o reconhecimento do Campo Jiquiá como patrimônio. Desse modo, traça-se como objetivo explicitar a paisagem do Campo do Jiquiá como patrimônio a partir do Zeppelin. A metodologia desenvolvida aporta-se na pesquisa histórico-documental, a partir de notícias de jornais da época e da análise iconográfica, segundo Erwin Panofsky e Boris Kossoy, das fotografias históricas que retratam o Zeppelin e os atributos da paisagem do Campo do Jiquiá. Desvelou-se, assim, uma 'paisagem em movimento' expressa em escalas, partindo da experiência percebida pelo olhar dos passageiros e recifenses até às manifestações vividas, que ficaram eternizadas nos atributos culturais e naturais, tangíveis e intangíveis do Campo do Jiquiá.

     


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  • O Campo do Jiquiá é um espaço emblemático na história do Recife, que serviu como campo de pouso do dirigível ‘Graf Zeppelin’ entre 1930 e 1937. A torre de atracação, que marca esse período do sítio, é reconhecida como patrimônio pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), juntamente a uma área circundante de 8,4 hectares. Com a falta de uso, houve regeneração ambiental de partes desse local, priorizando a proteção dos seus 54 hectares como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) pela Prefeitura do Recife, em detrimento dos aspectos históricos. Acredita-se que esse campo revela uma paisagem do passado, de aspectos objetivos com as construções humanas e os elementos naturais que remanescem, e de aspectos subjetivos, inerentes ao modo que resguarda a memória desse período da cidade e as relações humanas que ocorreram ali. Assim, a discussão da paisagem como experienciação humana está aportada em Georg Simmel, Augustin Berque, Denis Cosgrove e Jean-Marc Besse. Tal compreensão de paisagem poderá fornecer meios para o reconhecimento do Campo Jiquiá como patrimônio. Desse modo, traça-se como objetivo explicitar a paisagem do Campo do Jiquiá como patrimônio a partir do Zeppelin. A metodologia desenvolvida aporta-se na pesquisa histórico-documental, a partir de notícias de jornais da época e da análise iconográfica, segundo Erwin Panofsky e Boris Kossoy, das fotografias históricas que retratam o Zeppelin e os atributos da paisagem do Campo do Jiquiá. Desvelou-se, assim, uma 'paisagem em movimento' expressa em escalas, partindo da experiência percebida pelo olhar dos passageiros e recifenses até às manifestações vividas, que ficaram eternizadas nos atributos culturais e naturais, tangíveis e intangíveis do Campo do Jiquiá.

     

3
  • JOSÉ MATHEUS LIRA DA SILVA
  • MICROFÍSICA DO JEITINHO BRASILEIRO: Uma arqueologia do infrapoder do corpo social frente à pandemia da COVID-19

  • Orientador : SERGIO CARVALHO BENICIO DE MELLO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SERGIO CARVALHO BENICIO DE MELLO
  • TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • ANDRE LUIZ MARANHAO DE SOUZA LEAO
  • Data: 04/02/2022

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  • Muito provavelmente todos já devem ter ouvido falar do célebre “jeitinho brasileiro” e sobre como ele possui impacto na vida cotidiana no Brasil, especialmente em tempos pandêmicos onde engajar socialmente o brasileiro em torno de medidas de mitigação do contágio tem se transformado em um desafio deveras tortuoso. Não obstante, tem-se que o conceito do “jeitinho” é fruto de anos de estudos da corrente clássica da teoria nacional fundada por Gilberto Freyre, tal conceito foi e vem sendo usado como meio para se compreender o comportamento e o modo de ser do brasileiro mediante uma característica que lhe é epidérmica: a indisciplina. A partir desse entendimento, permite-se conjecturar que essa indisciplina está diluída no âmago dos indivíduos e acarreta, por isso, em reflexos que ecoam no ordenamento social, na esfera política, na economia e em tantos outros fatores. No entanto, conforme os anos avançaram, a abordagem clássica acerca do “jeitinho” foi se mostrando cada vez mais problemática, principalmente se se leva em consideração a sua inclinação à culpabilização do brasileiro por uma herança, tida como imutável, do mundo colonial e à atribuição de características que atuam na retirada de sua autoestima. Por esse motivo, faz-se necessário repensar essa “indisciplina brasileira” sob outra ótica. Destarte, toma-se enquanto lente a teoria de Michel Foucault, mediante a qual se possibilita desvelar o jeitinho, agora definido enquanto “infrapoder do corpo social”, enquanto um contrapoder surgido para combater diretamente o superpoder do Estado; tirando, assim, a errônea áurea de exclusividade criada pelos clássicos e aproximando o brasileiro de outros povos. Assim, ao responder com ações indisciplinadas às mais diversas situações no campo empírico, o brasileiro está fazendo uso desse determinado poder que, por sua vez, é um reflexo natural do corpo social tão cedo se encontre submetido à um exercício de poder. Portanto, tendo por objetivo refletir sobre os desdobramentos empíricos do infrapoder do corpo social brasileiro, sugere-se a construção de uma arqueologia dos saberes que, no que lhe concerne, possibilitará a ordenação dos discursos que se encontram presentes no sítio arqueológico “Brasil pandêmico” por intermédio de uma Análise do Discurso Foucaultiana e com isso, tornar-se-á possível desvelar como o infrapoder do brasileiro impactou no desdobramento da pandemia da COVID-19. 


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  • Muito provavelmente todos já devem ter ouvido falar do célebre “jeitinho brasileiro” e sobre como ele possui impacto na vida cotidiana no Brasil, especialmente em tempos pandêmicos onde engajar socialmente o brasileiro em torno de medidas de mitigação do contágio tem se transformado em um desafio deveras tortuoso. Não obstante, tem-se que o conceito do “jeitinho” é fruto de anos de estudos da corrente clássica da teoria nacional fundada por Gilberto Freyre, tal conceito foi e vem sendo usado como meio para se compreender o comportamento e o modo de ser do brasileiro mediante uma característica que lhe é epidérmica: a indisciplina. A partir desse entendimento, permite-se conjecturar que essa indisciplina está diluída no âmago dos indivíduos e acarreta, por isso, em reflexos que ecoam no ordenamento social, na esfera política, na economia e em tantos outros fatores. No entanto, conforme os anos avançaram, a abordagem clássica acerca do “jeitinho” foi se mostrando cada vez mais problemática, principalmente se se leva em consideração a sua inclinação à culpabilização do brasileiro por uma herança, tida como imutável, do mundo colonial e à atribuição de características que atuam na retirada de sua autoestima. Por esse motivo, faz-se necessário repensar essa “indisciplina brasileira” sob outra ótica. Destarte, toma-se enquanto lente a teoria de Michel Foucault, mediante a qual se possibilita desvelar o jeitinho, agora definido enquanto “infrapoder do corpo social”, enquanto um contrapoder surgido para combater diretamente o superpoder do Estado; tirando, assim, a errônea áurea de exclusividade criada pelos clássicos e aproximando o brasileiro de outros povos. Assim, ao responder com ações indisciplinadas às mais diversas situações no campo empírico, o brasileiro está fazendo uso desse determinado poder que, por sua vez, é um reflexo natural do corpo social tão cedo se encontre submetido à um exercício de poder. Portanto, tendo por objetivo refletir sobre os desdobramentos empíricos do infrapoder do corpo social brasileiro, sugere-se a construção de uma arqueologia dos saberes que, no que lhe concerne, possibilitará a ordenação dos discursos que se encontram presentes no sítio arqueológico “Brasil pandêmico” por intermédio de uma Análise do Discurso Foucaultiana e com isso, tornar-se-á possível desvelar como o infrapoder do brasileiro impactou no desdobramento da pandemia da COVID-19. 

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  • LETÍCIA ROCHA DE SANTANA
  • Participação e Construção do Consentimento: um estudo sobre o Plano Diretor do Recife 2018

     

  • Orientador : VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • NORMA LACERDA GONCALVES
  • JAN BITOUN
  • Data: 22/02/2022

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  • A dissertação trata da elaboração do Plano Diretor da cidade do Recife realizada no ano de 2018, problematizando o processo de participação social ao longo das atividades promovidas no âmbito do Poder Executivo. Nesse sentido, levanta como hipótese que a participação propalada no processo de elaboração do Plano Diretor do Recife 2018 foi controlada, dado que os momentos de síntese e tomadas de decisão foram hegemonizados pelos representantes das unidades da prefeitura do Recife articulados com representantes do setor civil e imobiliário.

    Entende-se na presente pesquisa que essa articulação é fruto de acordos entre o poder público e o setor imobiliário em uma aliança que tem origem na histórica aliança entre as classes sociais privilegiadas do país como forma de manutenção de poder. Com isso, as classes populares continuam sendo exploradas em diversos âmbitos, inclusive no momento de elaboração de instrumentos urbanísticos relativos à produção do espaço urbano, onde as classes privilegiadas se alinham com o objetivo de se manter no poder e dar continuidade a seus privilégios.

    Desse modo, o objetivo do trabalho é analisar a participação social na elaboração do Plano Diretor da cidade do Recife de modo a evidenciar o caráter do processo, as articulações, os limites e as manobras técnicas e políticas adotadas nas atividades e canais de participação.

    Para tanto, foi realizada revisão bibliográfica para apreensão dos conceitos teóricos pertinentes à temática abordada, pesquisa documental nos canais de publicação de material oficial do Plano Diretor do Recife, pesquisa de campo como pesquisadora observadora em alguns dos momentos participativos do processo de elaboração, e entrevistas semiestruturadas com atores chave.

    Nesse sentido, a participação social que se deu ao longo da elaboração do Plano foi de caráter formalista pautada na construção do consentimento de modo a criar, no imaginário da massa da população recifense, a sensação de que o processo se deu de forma participativa e legítima, por meio de extensos gastos em marketing e propaganda da gestão administrativa da cidade.

    Entretanto, ao invés de garantir a efetividade dos diversos canais promovidos durante a elaboração, garantindo a participação das pessoas no processo de tomada de decisão, foram criados mecanismos para dirimir o processo participativo de modo a conceder à prefeitura total controle sobre as decisões tomadas. Assim, a maioria dos atores sociais que estavam presentes nas atividades foram espectadores de um grande espetáculo, sendo  apenas informados e consultados sobre suas demandas, sem garantia de que seriam levadas em consideração.

    Como forma de estruturar a pesquisa, o trabalho foi organizado em cinco capítulos. O primeiro trata dos conceitos pertinentes para entender o processo de elaboração de instrumentos urbanísticos: construção do consentimento, participação e produção do espaço urbano. Apresenta ao leitor o objeto teórico do trabalho, de quais conceitos a pesquisa parte e quais autores se utiliza.

    O capítulo dois traz um panorama político e social do país e da cidade do Recife dentro do recorte temporal escolhido, entre 2016 e 2019. O debate social parte das classes sociais teorizadas por Jessé Souza, que serão elucidadas tanto no contexto nacional quanto no contexto local, considerando suas especificidades.

    O terceiro capítulo possui caráter descritivo, se utilizando de mapas e dados para discorrer sobre o cenário urbano e a ocupação do solo na cidade do Recife, tendo como base teórica os conceitos discutidos nos capítulos anteriores.

    O quarto capítulo inicia o debate acerca do objeto empírico da pesquisa, embasando-se nas teorias apresentadas anteriormente, trazendo uma discussão sobre a formação da estrutura institucional montada para a elaboração do Plano, juntamente com a recepção por parte da sociedade civil em relação ao processo.

    Por fim, o quinto capítulo traz uma análise crítica sobre o processo de elaboração do Plano Diretor do Recife 2018 com base nas teorias abordadas de forma a evidenciar como se deu a participação social, os atores sociais envolvidos, as relações de poder e os conflitos existentes.


5
  • CÉLIO HENRIQUE ROCHA MOURA
  • UMA IMERSÃO NA MARÉ PARA ALÉM DAS CERCAS: as representações sociais da Unidade de Conservação Parque dos Manguezais, Recife-PE

  • Orientador : TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • MARIA DO CARMO MARTINS SOBRAL
  • Data: 23/02/2022

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  • A criação de áreas protegidas desponta como a principal e mais recorrente política de conservação da natureza desenvolvida no século XX. Integra uma visão dicotômica entre o que se compreende como natural e o humano, proveniente principalmente de uma visão mítica e romântica que valora a  natureza pelo seu caráter de intocabilidade. Dentro desta questão, se insere esta investigação, problematizando como este modelo de salvaguarda influi para a dissociação de determinadas populações de seu meio circundante. Para tal, adentra na questão da conservação do que se compreende por natureza em contexto urbano, notadamente os fragmentos florestais instituídos enquanto áreas protegidas por legislação municipal. Tem-se como objeto de estudo o Parque dos Manguezais, Unidade de Conservação da cidade do Recife que se caracteriza como um dos maiores representantes urbanos de ecossistema de manguezal no Brasil. A este remanescente estão associadas comunidades ribeirinhas pesqueiras, cujas atividades lastreiam suas identidades e censo comunitário. Através do aporte teórico-metodológico da teoria das Representações Sociais, proposto por Serge Moscovici (1928-2014), foi possível imergir dentro das realidades e dinâmicas destes agrupamentos. Identificou-se que estas comunidades constroem e são construídas pelas representações sobre o território seus estes socialmente elaboram. A partir destas representações tornou-se possível compreender como a visão de natureza, imposta pelo modelo de instituição de áreas protegidas, ainda incorre ao erro histórico e dissociativo que projeta no ser humano o caráter de agente puramente destrutivo do meio natural. A partir desta visão se engendram os conflitos de ordem fundiária, social e cultural que paulatinamente suprimem os remanescentes de ecossistema e as identidades de comunidades em território urbano.


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  • A criação de áreas protegidas desponta como a principal e mais recorrente política de conservação da natureza desenvolvida no século XX. Integra uma visão dicotômica entre o que se compreende como natural e o humano, proveniente principalmente de uma visão mítica e romântica que valora a  natureza pelo seu caráter de intocabilidade. Dentro desta questão, se insere esta investigação, problematizando como este modelo de salvaguarda influi para a dissociação de determinadas populações de seu meio circundante. Para tal, adentra na questão da conservação do que se compreende por natureza em contexto urbano, notadamente os fragmentos florestais instituídos enquanto áreas protegidas por legislação municipal. Tem-se como objeto de estudo o Parque dos Manguezais, Unidade de Conservação da cidade do Recife que se caracteriza como um dos maiores representantes urbanos de ecossistema de manguezal no Brasil. A este remanescente estão associadas comunidades ribeirinhas pesqueiras, cujas atividades lastreiam suas identidades e censo comunitário. Através do aporte teórico-metodológico da teoria das Representações Sociais, proposto por Serge Moscovici (1928-2014), foi possível imergir dentro das realidades e dinâmicas destes agrupamentos. Identificou-se que estas comunidades constroem e são construídas pelas representações sobre o território seus estes socialmente elaboram. A partir destas representações tornou-se possível compreender como a visão de natureza, imposta pelo modelo de instituição de áreas protegidas, ainda incorre ao erro histórico e dissociativo que projeta no ser humano o caráter de agente puramente destrutivo do meio natural. A partir desta visão se engendram os conflitos de ordem fundiária, social e cultural que paulatinamente suprimem os remanescentes de ecossistema e as identidades de comunidades em território urbano.

6
  • LUANÂNCY LIMA PRIMAVERA
  • SANTA CASA DE MISERICÓRDIA: AGENTE PASSIVO OU ATIVO NO MERCADO IMOBILIÁRIO DE ALUGUEL DO CENTRO HISTÓRICO DO RECIFE?

  • Orientador : NORMA LACERDA GONCALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • NORMA LACERDA GONCALVES
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • AMÉLIA MARIA DE OLIVEIRA REYNALDO
  • Data: 23/02/2022

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  • Desde a ocupação portuguesa no Brasil colônia, as ordens religiosas leigas tiveram importante papel para concretização dos projetos da Coroa em nosso país. No Recife não foi diferente, as irmandades que aqui se instalaram foram determinantes para definir a ocupação do tecido urbano de nosso centro histórico, e, cruciais para a viabilidade das intervenções urbanísticas do século XX que ali ocorreram através da propriedade de imóveis nessa área. Nota-se, portanto, a participação dessas instituições tanto no processo de produção desse espaço como em uma atuação no mercado imobiliário. Atualmente, junto com outros agentes – com destaque para o poder público, o Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), os donos de instituições privadas de ensino superior, entre outros – as irmandades religiosas leigas também continuam a contribuir para a definição e redefinição das espacialidades desse centro. No entanto, há características e comportamentos que diferenciam esses agentes dos demais, seja pela relação entre a caridade e as rendas do aluguel de seus imóveis, seja pela diferenciação dos preços de aluguel por eles praticados. Essa pesquisa tem por objetivo, portanto, analisar o papel, o comportamento e as estratégias das irmandades religiosas leigas na dinâmica mercadológica e espacial do CHR. Para tanto, definiu-se a Santa Casa de Misericórdia, como objeto de estudo, dentre as demais irmandades religiosas leigas proprietárias de imóveis no CHR, devido ao seu extenso patrimônio e a sua presença em todos os bairros estudados (Bairro do Recife, Santo Antônio, São José e Boa Vista). O percurso metodológico desta dissertação inicia-se a partir dos diálogos e conflitos entre religião e economia, e da inserção das irmandades religiosas leigas nessa relação, associando as doações imobiliárias à salvação da alma, e a caridade à renda dos imóveis. Ademais, é analisada a participação da Igreja Católica e das irmandades na formação do centro histórico do Recife, bem como a construção do extenso patrimônio imobiliário das irmandades através das doações de fieis. A partir de documentos do final do século XIX e da primeira metade do século XX, como os relatórios da Santa Casa de Misericórdia e da Ordem Terceira de São Francisco, a Décima Urbana do bairro do Recife, no início do século XX, entre outros, foram extraídas informações sobre a atuação dessas instituições no mercado imobiliário e na administração de seus bens no referido período. Por fim, foram analisados os dados sobre preços, usos, estado de conservação e preservação dos imóveis da SCMR, de modo a aferir se a Santa Casa de Misericórdia atua como agente passivo e/ou ativo no mercado imobiliário e na conservação dos valores patrimoniais do centro histórico do Recife.


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  • Desde a ocupação portuguesa no Brasil colônia, as ordens religiosas leigas tiveram importante papel para concretização dos projetos da Coroa em nosso país. No Recife não foi diferente, as irmandades que aqui se instalaram foram determinantes para definir a ocupação do tecido urbano de nosso centro histórico, e, cruciais para a viabilidade das intervenções urbanísticas do século XX que ali ocorreram através da propriedade de imóveis nessa área. Nota-se, portanto, a participação dessas instituições tanto no processo de produção desse espaço como em uma atuação no mercado imobiliário. Atualmente, junto com outros agentes – com destaque para o poder público, o Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), os donos de instituições privadas de ensino superior, entre outros – as irmandades religiosas leigas também continuam a contribuir para a definição e redefinição das espacialidades desse centro. No entanto, há características e comportamentos que diferenciam esses agentes dos demais, seja pela relação entre a caridade e as rendas do aluguel de seus imóveis, seja pela diferenciação dos preços de aluguel por eles praticados. Essa pesquisa tem por objetivo, portanto, analisar o papel, o comportamento e as estratégias das irmandades religiosas leigas na dinâmica mercadológica e espacial do CHR. Para tanto, definiu-se a Santa Casa de Misericórdia, como objeto de estudo, dentre as demais irmandades religiosas leigas proprietárias de imóveis no CHR, devido ao seu extenso patrimônio e a sua presença em todos os bairros estudados (Bairro do Recife, Santo Antônio, São José e Boa Vista). O percurso metodológico desta dissertação inicia-se a partir dos diálogos e conflitos entre religião e economia, e da inserção das irmandades religiosas leigas nessa relação, associando as doações imobiliárias à salvação da alma, e a caridade à renda dos imóveis. Ademais, é analisada a participação da Igreja Católica e das irmandades na formação do centro histórico do Recife, bem como a construção do extenso patrimônio imobiliário das irmandades através das doações de fieis. A partir de documentos do final do século XIX e da primeira metade do século XX, como os relatórios da Santa Casa de Misericórdia e da Ordem Terceira de São Francisco, a Décima Urbana do bairro do Recife, no início do século XX, entre outros, foram extraídas informações sobre a atuação dessas instituições no mercado imobiliário e na administração de seus bens no referido período. Por fim, foram analisados os dados sobre preços, usos, estado de conservação e preservação dos imóveis da SCMR, de modo a aferir se a Santa Casa de Misericórdia atua como agente passivo e/ou ativo no mercado imobiliário e na conservação dos valores patrimoniais do centro histórico do Recife.

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  • ITALO GUEDES DOS SANTOS
  • Verificação Automatizada de Requisitos em Projetos de Arquitetura de Terminais de Passageiros Aeroportuários com base em BIM.

  • Orientador : MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LETICIA TEIXEIRA MENDES
  • MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
  • REGINA COELI RUSCHEL
  • SERGIO SCHEER
  • Data: 28/02/2022

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  • Projetos Arquitetônicos Aeroportuários, por natureza, são complexos tendo em vista a série de exigências projetuais e normativas a serem atendidas. No Brasil, a avaliação e aprovação desses projetos são realizadas pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), INFRAERO (empresa pública federal brasileira) dentre outros órgãos competentes. No cenário atual estes projetos são submetidos por meio de documentos bidimensionais impressos para avaliação e verificação manual de requisitos realizado pela equipe de analistas. Tais processos tendem a ser demorados (perdurando meses ou até anos), além de serem avaliados de modo subjetivo, devido às diferentes perspectivas e expertises de conhecimento, dos analistas no momento da avaliação. Tendo como foco esse problema e, com base no Design Science Research (DSR), esta dissertação propõe o uso de uma Estrutura Conceitual (EC) para subsidiar a avaliação de projetos por meio da Verificação Automatizada de Requisitos. Mediante a compreenssão do processo atual de avaliação dos projetos aeroportuários junto a equipe da SAC, foi possível conceber a EC visando a Verificação Automatizada de Requisitos por Regras em um modelo BIM de um Terminal de Passageiros Aeroportuário (TPS) no software Solibri Model Checker. Os resultados obtidos nesta pesquisa demonstram a viabilidade de utilização da EC para a avaliação de diferentes requisitos do projeto arquitetônico. Devido a EC possuir uma lógica de montagem flexível, no qual é possível alterar diferentes informações, desde o tipo de verificação automatizada, documentos de referência, disciplina, categorias de avaliação, classificação das regras, formatos, sistema e software de análise, tornando possível que os analistas concebam diferentes combinações. Por meio da instanciação da EC junto a equipe da SAC foi possível vislumbrar um novo horizonte para a avaliação de projetos, a ser explorado pelos analistas de projetos aeroportuários no Brasil relacionado ao uso do Code Checking (CC) ou Verificação de Requisitos visando a automatização do processo de avaliação de TPS com base na Modelagem da Informação da Construção (BIM).


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  • Projetos Arquitetônicos Aeroportuários (PAA), por natureza, são complexos tendo em vista a série de exigências projetuais e normativas a serem atendidas na fase de documentação do projeto. No Brasil, a avaliação e aprovação de PAA desenvolvidos pelas equipes de projetistas são realizadas pela INFRAERO (empresa pública federal brasileira responsável pela administração de diversos aeroportos no país), SAC (Secretaria de Aviação Civil), dentre outros órgãos competentes. No cenário atual a equipe de projetistas desenvolve o PAA em softwares CAD e submetem os desenhos bidimensionais impressos para um processo de validação manual realizado pela equipe de analistas. Tais processos tendem a ser demorados (perdurando meses ou até anos). Além disso, os processos de avaliação são subjetivos nas análises, devido às diferentes perspectivas e expertises de conhecimento, específicos de cada analista no momento da avaliação, faltando padronização no momento de avaliação dos PAA. Como resposta para otimizar o processo, minimizar erros de avaliação de PAA e reduzir o tempo de avaliação, aparece o BIM. De acordo com Eastman et al. (2008, p.13), o Building Information Modeling (BIM), em português, Modelagem da Informação da Construção é uma tecnologia de modelagem e processos associados para produzir, comunicar e analisar edifícios. O uso do BIM vinculado à atividade de avaliação de projetos é denominado Code Checking (C.C), ou Verificação de Regras. Segundo Eastman et al. (2009), a Verificação de Regras é definida como um processo de avaliação de relações ou atributos de projeto com base nas configurações dos seus objetos. A checagem de regras em modelos BIM possibilita um novo cenário para que os analistas de PAA possam automatizar o processo de avaliação, reduzindo o tempo de análise e aumentando a eficiência com relação ao processo de validação tradicional. O objeto empírico desta pesquisa é o Terminal de Passageiros Aeroportuário (TPS), este segundo a INFRAERO (2006) é o principal componente do sistema aeroportuário, tem como função processar e atender conveniente e eficientemente passageiros e bagagens em transferência do modo de transporte aéreo para modo terrestre e vice-versa. Essa pesquisa tem como objetivo geral propor o uso de uma Estrutura Conceitual para a Verificação Automática de Regras em PAA de TPS, tirando proveito de recursos computacionais vinculados ao uso do modelo BIM denominado CC. A metodologia a ser utilizada nessa pesquisa será a Design Science Research (DSR).

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  • JULIO CESAR DOS SANTOS
  • CIDADE SABIDA: Uma proposta de integração de dados urbanos utilizando CIM-DL

  • Orientador : MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
  • ANDREA FLAVIA TENORIO CARNEIRO
  • DANIEL RIBEIRO CARDOSO
  • IANA LUDERMIR BERNARDINO
  • Data: 07/03/2022

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  • O crescimento populacional e a prospecção da urbanização no Brasil têm gerado novas necessidades para o planejamento e a gestão de cidades, principalmente se considerado o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11 – Cidades e comunidades sustentáveis. Neste contexto, os avanços nas Tecnologias da Informação e Comunicação aparecem como recursos para auxiliar na melhoria da qualidade das cidades, tornando-as mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis, principalmente sob a perspectiva da coleta de dados urbanos que agilizem e melhorem a tomada de decisão para o desenvolvimento urbano. Este trabalho emprega o método Design Science Research para desenvolver um artefato denominado Sistema de Armazenamento Baseado em Dados Informações e Análises da cidade (Cidade SABIDA). Este artefato, em vias da heterogeneidade das fontes de dos dados da cidade, busca utilizar o conceito de City Information Modeling – Data Layers (CIM-DL) para confeccionar um arranjo de dados qualitativo, que se adeque a estrutura político-administrativa dos municípios brasileiros de médio porte, visando auxiliar na tomada de decisões de planejamento e gestão dessas cidades. O percurso metodológico, munindo-se de uma Revisão Sistemática da Literatura, resultou inicialmente em uma modelagem conceitual e, posteriormente, na confecção do artefato e sua avaliação. Por fim, chegou-se a conclusões a respeito dos benefícios e aplicabilidade da modelagem de dados urbanos por camadas para o planejamento e gestão de cidades.


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  • O crescimento populacional e a prospecção da urbanização no Brasil têm gerado novas necessidades para o planejamento e a gestão de cidades. Neste contexto, os avanços nas Tecnologias da Informação e Comunicação aparecem como recursos para auxiliar na melhoria da qualidade das cidades, principalmente sob a perspectiva da coleta de dados urbanos que agilizem e melhorem a tomada de decisão para o desenvolvimento urbano. Este trabalho emprega o método Design Science Research para desenvolver um artefato denominado Sistema de Armazenamento Baseado em Dados Informações e Análises da cidade (Cidade SABIDA). Este artefato, em vias da heterogeneidade das fontes de dos dados da cidade, busca utilizar o conceito de City Information Modeling – Data Layers (CIM-DL) para confeccionar um arranjo de dados qualitativo, que se adeque a estrutura político-administrativa dos municípios brasileiros de médio porte, visando auxiliar na tomada de decisões de planejamento e gestão dessas cidades. Este documento de qualificação apresenta uma Revisão Sistemática da Literatura sobre o tema e, como resultado preliminar, a modelagem conceitual da interface que será desenvolvida. Por fim, ainda aborda, brevemente, a estrutura dos próximos capítulos e indícios de outras vertentes da pesquisa que podem ser continuada em um doutoramento.

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  • MAYA NEVES DE MOURA ARAÚJO
  • A CRIANÇA E O LUGAR NO TERRITÓRIO DAS GROTAS: A prática do espaço para crianças em grotas no bairro do Jacintinho, em Maceió - Alagoas.

  • Orientador : JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • VIVIANE DE BONA
  • FLÁVIA DE SOUSA ARAÚJO
  • Data: 01/07/2022

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  • O debate acerca da relação entre as infâncias e o espaço urbano figura, cada vez mais, na pauta de políticas públicas e pesquisas acadêmicas, sobretudo nas últimas duas décadas. Apesar das inumeráveis conquistas teóricas e práticas que promovem melhorias na relação entre criança e cidade, as contribuições, por vezes, assumem posicionamentos contraditórios: pautados na valorização da criança ativa e cidadã, mas embasando o olhar em uma perspectiva adultocêntrica. No contexto das grotas da cidade de Maceió, Alagoas, iniciativas históricas têm sido observadas na produção de dados qualificados e na valorização do território das grotas. Contudo, identificamos uma lacuna no que tange à percepção do território pelas crianças residentes nas grotas, o que nos levou a questionar “Como a percepção do território pelas crianças impacta na constituição de lugares em áreas de grotas?”. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo identificar o processo de constituição de lugares em grotas do bairro do Jacintinho, Maceió - AL, a partir da percepção do território pelas crianças que nele habitam. Norteados pelas contribuições da sociologia da infância e da geografia humanista, realizamos uma pesquisa de abordagem etnográfica com nove crianças das grotas Aldeia do Índio II, Grota do Cigano, Rua Belo Monte e Rua Santo Antônio, o que nos permitiu identificar quatro aspectos que impactam na constituição de lugares por crianças na grota. Dessa forma, este estudo vem a contribuir com a compreensão das infâncias nas grotas e ampliar as possibilidades de valorização do território, a partir dos lugares e das práticas.


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  • Devido à especulação do território urbanizado, bem como a inadequação de políticas habitacionais, áreas de vulnerabilidade ambiental, como morros, mangues, encostas e grotas, solos sem valor, foram ocupados por famílias de baixa renda. Na cidade de Maceió destaca-se as grotas que, numerosas e marcantes na paisagem urbana, consistem em formações geológicas, ou depressões no terreno, que atuam como calhas naturais de drenagem. Partimos do pressuposto de que o caráter residual, fragmentado e provisório da ocupação nessas áreas confere vulnerabilidades à prática do espaço. Sabendo-se que a prática do espaço, pelas crianças, reflete culturas e imaginários coletivos, tanto quanto os influenciam e reorganizam, e tendo em vista os diferentes contextos socioespaciais urbanos brasileiros e a diversidade de infâncias que desenham variadas práticas sobre o espaço, a questão que norteia o estudo é: Como as condicionantes socioambientais em áreas de grotas impactam na prática do espaço urbano e na constituição de lugares para as crianças? O objeto empírico adotado será o bairro do Jacintinho, que consiste no segundo mais populoso da capital alagoana, e possui mais de 30% do seu território entre grotas e encostas. A pesquisa tem por objetivo analisar a prática do espaço e a relação com o lugar para as crianças em grotas no bairro do Jacintinho, na cidade de Maceió - Alagoas. Logo, iremos investigar e interseccionar o lugar, enquanto espaço qualificado, as infâncias, enquanto categoria social estrutural, e o seu rebatimento no contexto urbano atual; descreve o processo de ocupação das grotas na cidade de Maceió e analisar sua inserção na paisagem social urbana; analisar a percepção sobre o território, a prática e a qualificação do espaço por crianças em áreas de grota e construir uma narrativa da experiência do lugar para esta infância.

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  • DANIELLE SOARES LEAL
  • Reflexos de um cenário pandêmico: Os desdobramentos da evolução do edifício hospitalar frente à pandemia do Covid 19.

  • Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIA LEITAO SANTOS
  • ENIO LAPROVITERA DA MOTTA
  • DAYSE LUCKWU MARTINS
  • Data: 07/07/2022

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  • RESUMO Com o surgimento da pandemia do COVID-19 no ano de 2020, situação que perdura há 2 anos, contrariando as expectativas de que fosse um estado passageiro, as modificações realizadas nos espaços de saúde, em especial nos hospitais, que até então eram vistas como temporárias, passaram a ser alvo de estudos. Tendo em vista o contexto da evolução dos espaços arquitetônicos hospitalares ao longo dos anos, acredita-se haver uma correlação entre certas reconfigurações e as grandes epidemias enfrentadas, como resposta ao novo cenário e adequação aos avanços na ciência e na tecnologia alcançados, como consequência. Sendo assim, a partir da observação de modificações recentes em hospitais brasileiros, algumas efêmeras, outras mais permanentes, parte-se da hipótese da necessidade da análise dessas transformações na dinâmica e morfologia de tais espaços arquitetônicos, em razão da pandemia do COVID-19. Perante o exposto, a presente pesquisa tem como objetivo geral investigar os possíveis impactos decorrentes do atual cenário pandêmico na elaboração de espaços de saúde no Brasil, levando em conta as demandas espaciais e avanços científicos vivenciados no período de 2 anos, bem como experiências passadas no cenário mundial, que vieram a desencadear alterações na assistência hospitalar e, consequentemente, nos espaços arquitetônicos destinados a ela. O trabalho se desenvolve através de uma abordagem qualitativa, baseada em um primeiro momento na elaboração de aporte bibliográfico e pesquisa documental, que traz nomes de grande relevância na área, como Campos (1944), Carvalho (2014; 2017; 2020), Costeira (2021), Góes (2004), Lima (1999), Miquelin (1992), Nightingale (1863), Toledo (2006; 2008; 2020), entre outros, que somam-se à análise de entrevistas realizadas em um segundo momento, com arquitetos especializados na elaboração de projetos arquitetônicos hospitalares, resultando na construção de uma discussão acerca do assunto, que venha a suscitar reflexões e contribuições futuras em pesquisas na área.


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  • RESUMO Com o surgimento da pandemia do COVID-19 no ano de 2020, situação que perdura há 2 anos, contrariando as expectativas de que fosse um estado passageiro, as modificações realizadas nos espaços de saúde, em especial nos hospitais, que até então eram vistas como temporárias, passaram a ser alvo de estudos. Tendo em vista o contexto da evolução dos espaços arquitetônicos hospitalares ao longo dos anos, acredita-se haver uma correlação entre certas reconfigurações e as grandes epidemias enfrentadas, como resposta ao novo cenário e adequação aos avanços na ciência e na tecnologia alcançados, como consequência. Sendo assim, a partir da observação de modificações recentes em hospitais brasileiros, algumas efêmeras, outras mais permanentes, parte-se da hipótese da necessidade da análise dessas transformações na dinâmica e morfologia de tais espaços arquitetônicos, em razão da pandemia do COVID-19. Perante o exposto, a presente pesquisa tem como objetivo geral investigar os possíveis impactos decorrentes do atual cenário pandêmico na elaboração de espaços de saúde no Brasil, levando em conta as demandas espaciais e avanços científicos vivenciados no período de 2 anos, bem como experiências passadas no cenário mundial, que vieram a desencadear alterações na assistência hospitalar e, consequentemente, nos espaços arquitetônicos destinados a ela. O trabalho se desenvolve através de uma abordagem qualitativa, baseada em um primeiro momento na elaboração de aporte bibliográfico e pesquisa documental, que traz nomes de grande relevância na área, como Campos (1944), Carvalho (2014; 2017; 2020), Costeira (2021), Góes (2004), Lima (1999), Miquelin (1992), Nightingale (1863), Toledo (2006; 2008; 2020), entre outros, que somam-se à análise de entrevistas realizadas em um segundo momento, com arquitetos especializados na elaboração de projetos arquitetônicos hospitalares, resultando na construção de uma discussão acerca do assunto, que venha a suscitar reflexões e contribuições futuras em pesquisas na área.

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  • LARISSA GARRIDO BEZERRA DE MELO
  • URBANISMO TÁTICO NO BRASIL: A Perspectiva dos Coletivos Urbanos

  • Orientador : JOSE DE SOUZA BRANDAO NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE DE SOUZA BRANDAO NETO
  • ENIO LAPROVITERA DA MOTTA
  • ADRIANA SANSÃO FONTES
  • Data: 19/08/2022

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  • RESUMO

     

    O Urbanismo Tático é um modelo de intervenção urbana marcado pela participação cidadã, tendo um caráter bottom-up que vai desde os ideais até as ações práticas. O método em si foi popularizado após receber seu nome por Mike Lydon e Anthony Garcia em 2015, nos Estados Unidos, embora intervenções parecidas já acontecessem previamente, sem uma denominação específica. É importante esclarecer, também, que os princípios que norteiam esse método já apareceram em outros formatos e em diferentes ocasiões na história das cidades. Portanto este trabalho busca analisar também os possíveis momentos e movimentos que influenciaram no surgimento da ferramenta do Urbanismo Tático. Este, por sua vez, é um método que pode adquirir diferentes especificidades de acordo com o local que se insere. Dessa forma, após uma compreensão do tema no território em que ele surgiu inicialmente, os Estados Unidos, esse trabalho de dissertação encaminha-se para uma análise do Urbanismo Tático no Brasil, investigando, para isso, o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos coletivos urbanos por meio dessa ferramenta nas cidades brasileiras. Portanto, através de questionários online aplicados com Coletivos Urbanos de todas as regiões do Brasil, foi  feita uma coleta qualitativa de dados acerca da relação  desses grupos com o Urbanismo Tático, a partir das suas práticas e definições sobre a metodologia. Na análise desses dados, foram elencados também oito coletivos para uma entrevista compreensiva realizada por vídeo chamada. A análise dos coletivos visa destacar as formas que o Urbanismo Tático tem sido utilizado no Brasil pelos mesmos, com base nas suas definições, desafios e motivações em relação ao método. Esses grupos, surgidos no Brasil a partir do século XXI, revelam em sua forma de atuar novas maneiras de se conectar com a sociedade, seja por meios físicos ou digitais. Além disso, compostos em sua maioria por arquitetos e urbanistas, os coletivos trazem consigo o desejo desses profissionais em atuar no espaço urbano de forma ativa e de ressignificar a profissão do arquiteto e urbanista no Brasil. Embora a técnica do Urbanismo Tático envolva diferentes atores, os coletivos urbanos, além de praticar o método, são normalmente agentes articulados com a gestão pública, o setor privado e a sociedade civil, atores também envolvidos nesse tipo de abordagem. Assim, a grande contribuição da pesquisa de dissertação consiste em trazer a análise de dados dos coletivos urbanos  para o meio acadêmico, investigando como eles têm contribuído para a consolidação do Urbanismo Tático no Brasil. Esse processo abordou a  visão de profissionais envolvidos com o método na prática, e deu visibilidade a esse novo arranjo profissional voltado para as cidades que tem se denominado como coletivo urbano no Brasil. Por fim, a partir dos questionários e das entrevistas, que trazem cinco estudos de caso de Urbanismo Tático sendo um em cada região do país, fica confirmada também a hipótese de que os coletivos urbanos têm um papel importante na educação cidadã no Brasil por meio do Urbanismo Tático.

     


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  • RESUMO

     

    O Urbanismo Tático é um modelo de intervenção urbana marcado pela participação cidadã, tendo um caráter bottom-up que vai desde os ideais até as ações práticas. O método em si foi popularizado após receber seu nome por Mike Lydon e Anthony Garcia em 2015, nos Estados Unidos, embora intervenções parecidas já acontecessem previamente, sem uma denominação específica. É importante esclarecer, também, que os princípios que norteiam esse método já apareceram em outros formatos e em diferentes ocasiões na história das cidades. Portanto este trabalho busca analisar também os possíveis momentos e movimentos que influenciaram no surgimento da ferramenta do Urbanismo Tático. Este, por sua vez, é um método que pode adquirir diferentes especificidades de acordo com o local que se insere. Dessa forma, após uma compreensão do tema no território em que ele surgiu inicialmente, os Estados Unidos, esse trabalho de dissertação encaminha-se para uma análise do Urbanismo Tático no Brasil, investigando, para isso, o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos coletivos urbanos por meio dessa ferramenta nas cidades brasileiras. Portanto, através de questionários online aplicados com Coletivos Urbanos de todas as regiões do Brasil, foi  feita uma coleta qualitativa de dados acerca da relação  desses grupos com o Urbanismo Tático, a partir das suas práticas e definições sobre a metodologia. Na análise desses dados, foram elencados também oito coletivos para uma entrevista compreensiva realizada por vídeo chamada. A análise dos coletivos visa destacar as formas que o Urbanismo Tático tem sido utilizado no Brasil pelos mesmos, com base nas suas definições, desafios e motivações em relação ao método. Esses grupos, surgidos no Brasil a partir do século XXI, revelam em sua forma de atuar novas maneiras de se conectar com a sociedade, seja por meios físicos ou digitais. Além disso, compostos em sua maioria por arquitetos e urbanistas, os coletivos trazem consigo o desejo desses profissionais em atuar no espaço urbano de forma ativa e de ressignificar a profissão do arquiteto e urbanista no Brasil. Embora a técnica do Urbanismo Tático envolva diferentes atores, os coletivos urbanos, além de praticar o método, são normalmente agentes articulados com a gestão pública, o setor privado e a sociedade civil, atores também envolvidos nesse tipo de abordagem. Assim, a grande contribuição da pesquisa de dissertação consiste em trazer a análise de dados dos coletivos urbanos  para o meio acadêmico, investigando como eles têm contribuído para a consolidação do Urbanismo Tático no Brasil. Esse processo abordou a  visão de profissionais envolvidos com o método na prática, e deu visibilidade a esse novo arranjo profissional voltado para as cidades que tem se denominado como coletivo urbano no Brasil. Por fim, a partir dos questionários e das entrevistas, que trazem cinco estudos de caso de Urbanismo Tático sendo um em cada região do país, fica confirmada também a hipótese de que os coletivos urbanos têm um papel importante na educação cidadã no Brasil por meio do Urbanismo Tático.

     

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  • NATÁLIA PIASON ARAÚJO
  • Conservação espacial: proposta metodológica de verificação de níveis de integridade e autenticidade espacial em edifício moderno universitário

  • Orientador : LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • CRISTIANA MARIA SOBRAL GRIZ
  • EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO
  • Data: 22/08/2022

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  • O desenvolvimento de uma sociedade e a transformação do seu pensamento promove mudanças na forma como seus integrantes se relacionam e se comportam dentro do seu espaço. Somado a isso, o advento de novas tecnologias gera novas demandas que precisam ser estruturadas dentro dos ambientes das edificações existentes, para que essas possam continuar habilitadas a abrigar a realização das atividades a que se propõem comportar. Dentro deste último conjunto mencionado, encontram-se os bens patrimoniais que possuem as mesmas demandas de manutenção e adaptação para que possam continuar desempenhando seu papel dentro da dinâmica social a qual pertencem e com isso, as adaptações espaciais e, por vezes, a inserção de novos usos fazem parte do processo de conservação desses bens. Contudo, na maioria das vezes, sua configuração espacial não é tratada com o devido cuidado, e dessa maneira, a prática mais comum que se tem, dentro do âmbito das restaurações, é a modificação das estruturas espaciais internas dos edifícios sem se levar em consideração sua história e as consequências dessas mudanças. Isso se dá pelo fato do espaço não ser abordado de forma adequada pelas teorias do campo da conservação. Segundo os teóricos da sintaxe espacial, o espaço porta, em sua configuração, informações acerca da sociedade que o produziu e que o utiliza. Isto posto, ele pode ser considerado um documento passível de ser conservado, assim como são, os atributos materiais do bem. Nesse contexto, sabe-se da importância que os conceitos de integridade e autenticidade desempenham dentro do processo de conservação de um bem patrimonial – os mesmos atestam a qualidade dos atributos valorativos do bem e são usados no direcionamento das intervenções feitas neste último – e em vista disto, abranger a configuração espacial de um bem no seu processo de conservação, significa submetê-la a avaliações dos seus níveis de integridade e autenticidade. Assim sendo, a proposta do presente trabalho é o de oferecer uma contribuição metodológica para verificação dos níveis de autenticidade e integridade espacial dos edifícios, afim de tornar mais abrangente e completo o processo de conservação dos bens patrimoniais, através da inclusão da disposição de seus espaços, sendo entendida enquanto objeto passível de ser preservado.


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  • O desenvolvimento de uma sociedade e a transformação do seu pensamento promove mudanças na forma como seus integrantes se relacionam e se comportam dentro do seu espaço. Somado a isso, o advento de novas tecnologias gera novas demandas que precisam ser estruturadas dentro dos ambientes das edificações existentes, para que essas possam continuar habilitadas a abrigar a realização das atividades a que se propõem comportar. Dentro deste último conjunto mencionado, encontram-se os bens patrimoniais que possuem as mesmas demandas de manutenção e adaptação para que possam continuar desempenhando seu papel dentro da dinâmica social a qual pertencem e com isso, as adaptações espaciais e, por vezes, a inserção de novos usos fazem parte do processo de conservação desses bens. Contudo, na maioria das vezes, sua configuração espacial não é tratada com o devido cuidado, e dessa maneira, a prática mais comum que se tem, dentro do âmbito das restaurações, é a modificação das estruturas espaciais internas dos edifícios sem se levar em consideração sua história e as consequências dessas mudanças. Isso se dá pelo fato do espaço não ser abordado de forma adequada pelas teorias do campo da conservação. Segundo os teóricos da sintaxe espacial, o espaço porta, em sua configuração, informações acerca da sociedade que o produziu e que o utiliza. Isto posto, ele pode ser considerado um documento passível de ser conservado, assim como são, os atributos materiais do bem. Nesse contexto, sabe-se da importância que os conceitos de integridade e autenticidade desempenham dentro do processo de conservação de um bem patrimonial – os mesmos atestam a qualidade dos atributos valorativos do bem e são usados no direcionamento das intervenções feitas neste último – e em vista disto, abranger a configuração espacial de um bem no seu processo de conservação, significa submetê-la a avaliações dos seus níveis de integridade e autenticidade. Assim sendo, a proposta do presente trabalho é o de oferecer uma contribuição metodológica para verificação dos níveis de autenticidade e integridade espacial dos edifícios, afim de tornar mais abrangente e completo o processo de conservação dos bens patrimoniais, através da inclusão da disposição de seus espaços, sendo entendida enquanto objeto passível de ser preservado.

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  • RAFAELA PAES DE ANDRADE ARCOVERDE
  • DE CONCRETO E LUZ: A poética da luz natural na obra de Paulo Mendes da Rocha

  • Orientador : FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
  • IVO GIROTO
  • MARIA ISABEL VILLAC
  • Data: 26/08/2022

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  • Buscando compreender o processo de manipulação da luz natural pelo arquiteto este trabalho se propõe a investigar alguns dos projetos do renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Apesar de ser internacionalmente reconhecido, os poucos estudos sobre ele se concentram na ousadia de suas estruturas e expressão do concreto, (Piñon, 2002; Solot, 2004;  Pisani, 2013), na inserção dos seus edifícios no lugar, (Souto, 2010), na sua inserção historiográfica, (Zein, 2000), na relação entre desenho e projeto (Otondo, 2013) e no processo de imaginação e intenção apresentada em sua arquitetura (Villac, 2000; Pisani, 2017). A forma como ele maneja a luz natural em seus projetos é muito pouco discutida nesta literatura, apesar de existirem fortes indícios de que a interação entre luz natural e matéria na sua arquitetura foi por ele pensada no ato do projeto. Esta interação ocorre de formas diversas em sua obra, como pode ser percebido em obras para uso residencial, cultural ou religiosa como: Galeria Leme, Pinacoteca de São Paulo, Casa Butantã, Casa Gerassi, Casa Leme e Capela da Imaculada Conceição (Capela Brennand). No intuito de responder a questão se seria possível identificar um efeito de luz natural constante em suas obras, este trabalho irá tratar da luz natural na obra de Paulo Mendes da Rocha, focando as relações de interação entre luz natural e matéria em sua arquitetura. Esses aspectos podem ser discutidos pela fenomenologia, associando os registros de formas e tipos de efeitos luminosos, bem como a captação das emoções suscitadas pela experiência sensorial do espaço arquitetônico. Para tanto, este trabalho será embasado em um aporte fenomenológico, particularmente Merleau-Ponty (1945), Heidegger (1971) e Pallasmaa (1986), que sustentam que a experiência é a maneira mais completa de expressar a dimensão sensorial, além de autores como Holl (2006), Plummer (2009) e Millet (1996) que também foram instrumentais na compreensão dos efeitos da luz no espaço.


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  • Buscando compreender o processo de manipulação da luz natural pelo arquiteto este trabalho se propõe a investigar alguns dos projetos do renomado arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Apesar de ser internacionalmente reconhecido, os poucos estudos sobre ele se concentram na ousadia de suas estruturas e expressão do concreto, (Piñon, 2002; Solot, 2004;  Pisani, 2013), na inserção dos seus edifícios no lugar, (Souto, 2010), na sua inserção historiográfica, (Zein, 2000), na relação entre desenho e projeto (Otondo, 2013) e no processo de imaginação e intenção apresentada em sua arquitetura (Villac, 2000; Pisani, 2017). A forma como ele maneja a luz natural em seus projetos é muito pouco discutida nesta literatura, apesar de existirem fortes indícios de que a interação entre luz natural e matéria na sua arquitetura foi por ele pensada no ato do projeto. Esta interação ocorre de formas diversas em sua obra, como pode ser percebido em obras para uso residencial, cultural ou religiosa como: Galeria Leme, Pinacoteca de São Paulo, Casa Butantã, Casa Gerassi, Casa Leme e Capela da Imaculada Conceição (Capela Brennand). No intuito de responder a questão se seria possível identificar um efeito de luz natural constante em suas obras, este trabalho irá tratar da luz natural na obra de Paulo Mendes da Rocha, focando as relações de interação entre luz natural e matéria em sua arquitetura. Esses aspectos podem ser discutidos pela fenomenologia, associando os registros de formas e tipos de efeitos luminosos, bem como a captação das emoções suscitadas pela experiência sensorial do espaço arquitetônico. Para tanto, este trabalho será embasado em um aporte fenomenológico, particularmente Merleau-Ponty (1945), Heidegger (1971) e Pallasmaa (1986), que sustentam que a experiência é a maneira mais completa de expressar a dimensão sensorial, além de autores como Holl (2006), Plummer (2009) e Millet (1996) que também foram instrumentais na compreensão dos efeitos da luz no espaço.

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  • REBECCA DANTAS CARNEIRO
  • O ESPAÇO ENTRE O DISCURSO E A PRÁTICA: Uma reflexão sobre as práticas urbanas informais no cotidiano da cidade

  • Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIA LEITAO SANTOS
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
  • DAYSE LUCKWU MARTINS
  • Data: 26/08/2022

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  • Com base na leitura sobre a produção historiográfica (CERTEAU, 1982) do livro “Quarto de despejo” (JESUS, 1958), este estudo tem como objetivo geral a reflexão de práticas urbanas informais no cotidiano (CERTEAU, 1994), versus as regras e modelos (CHOAY, 1999) pré-existentes, no âmbito da produção do espaço urbano. O estudo apresentado aqui articula e questiona dois conceitos que ocupam um espaço fundamental no mundo contemporâneo – Desenvolvimento Urbano e a Informalidade, precisamente no cotidiano dos morros do Recife. O questionamento vem a partir do conceito da ‘regra e modelo’ apontado por Françoise Choay, que entende que ao discutir os escritos instauradores de cidade, essa discussão não pode ser reduzida à relação entre técnicos e o espaço construído. No centro da discussão está uma compreensão ampla do conceito de determinação de um saber/modo de fazer a cidade que é reproduzido há décadas, e que tem como consequência, diversos problemas sociais hoje enfrentados nas cidades – informalidade, pobreza, exclusão e injustiça social. Nesse sentido, em consonância com o ‘regra e modelo’, argumentamos para uma cidade menos desigual, em e para o direito à cidade como base para um desenvolvimento urbano mais justo. Para tanto, recorre-se ao antropólogo Michel de Certeau cuja ideia defende as invenções do cotidiano/ importância dos saberes/informalidade surge no cotidiano, para satisfazer as necessidades do ser nas cidades por hora ‘determinadas’. O estudo do conceito da ‘regra e do modelo’ e da informalidade, mais precisamente no cotidiano, partiu dos autores e foi relacionado a produção literária de Carolina de Jesus sobre a realidade apresentada em Quarto de Despejo. A pesquisa tem caráter bibliográfico, entendendo as vivências como táticas e astúcias produzidas pelo “homem ordinário” na figura de Carolina de Jesus, em “ocasiões” informais de práticas não autorizadas. Ao mesmo tempo, se classifica como sendo um estudo exploratório cuja finalidade é clarear conceitos teóricos no que se refere à história do Urbanismo. Concluímos que o conceito de desenvolvimento urbano que emerge da análise da ‘regra e modelo’ é a perpetuação de espaços urbanos informais, vivenciados e narrados por Carolina Maria de Jesus, que contribui de forma relevante para o fazer histórico da cidade.


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  • Com base na leitura sobre a produção historiográfica (CERTEAU, 1982) do livro “Quarto de despejo” (JESUS, 1958), este estudo tem como objetivo geral a reflexão de práticas urbanas informais no cotidiano (CERTEAU, 1994), versus as regras e modelos (CHOAY, 1999) pré-existentes, no âmbito da produção do espaço urbano. O estudo apresentado aqui articula e questiona dois conceitos que ocupam um espaço fundamental no mundo contemporâneo – Desenvolvimento Urbano e a Informalidade, precisamente no cotidiano dos morros do Recife. O questionamento vem a partir do conceito da ‘regra e modelo’ apontado por Françoise Choay, que entende que ao discutir os escritos instauradores de cidade, essa discussão não pode ser reduzida à relação entre técnicos e o espaço construído. No centro da discussão está uma compreensão ampla do conceito de determinação de um saber/modo de fazer a cidade que é reproduzido há décadas, e que tem como consequência, diversos problemas sociais hoje enfrentados nas cidades – informalidade, pobreza, exclusão e injustiça social. Nesse sentido, em consonância com o ‘regra e modelo’, argumentamos para uma cidade menos desigual, em e para o direito à cidade como base para um desenvolvimento urbano mais justo. Para tanto, recorre-se ao antropólogo Michel de Certeau cuja ideia defende as invenções do cotidiano/ importância dos saberes/informalidade surge no cotidiano, para satisfazer as necessidades do ser nas cidades por hora ‘determinadas’. O estudo do conceito da ‘regra e do modelo’ e da informalidade, mais precisamente no cotidiano, partiu dos autores e foi relacionado a produção literária de Carolina de Jesus sobre a realidade apresentada em Quarto de Despejo. A pesquisa tem caráter bibliográfico, entendendo as vivências como táticas e astúcias produzidas pelo “homem ordinário” na figura de Carolina de Jesus, em “ocasiões” informais de práticas não autorizadas. Ao mesmo tempo, se classifica como sendo um estudo exploratório cuja finalidade é clarear conceitos teóricos no que se refere à história do Urbanismo. Concluímos que o conceito de desenvolvimento urbano que emerge da análise da ‘regra e modelo’ é a perpetuação de espaços urbanos informais, vivenciados e narrados por Carolina Maria de Jesus, que contribui de forma relevante para o fazer histórico da cidade.

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  • THAMIRES AUGUSTO DE BARROS CHAVES
  • Emoções em tempos de pandemia: o papel dos espaços públicos verdes na restauração do bem estar

  • Orientador : CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANTONIO ROAZZI
  • CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO
  • CRISTIANE ROSE DE SIQUEIRA DUARTE
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • Data: 29/08/2022

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  • RESUMO 

    A vida mudou drasticamente no decorrer de dois anos da pandemia do COVID-19, doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, demandando mudanças nos hábitos no cotidiano da população em escala mundial. Visando minimizar o contágio a recomendação foi de evitar  saídas de casa e que as pessoas procurassem formas de realizar o máximo de suas tarefas no ambiente domiciliar. Junto a isto, diversos estabelecimentos (públicos e privados) precisaram ser fechados como forma de contenção da disseminação do vírus, dentre eles, em um primeiro momento,  os parques urbanos. Foram testemunhados  relatos de declínio do bem-estar emocional da população, e aumento do estresse psicológico, o que levou a uma posterior abertura dos espaços públicos com medidas de segurança, como o uso obrigatório de máscaras. Acredita-se que os espaços públicos abertos  com contato direto com a natureza, como os parques, têm a função de mitigar os  efeitos negativos advindos do confinamento. Dessa forma, a presente pesquisa procura analisar a experiência emocional da população no ambiente domiciliar e nos parques urbanos, buscando um entendimento da função dos parques na regeneração emocional da população durante tempos de isolamento como o vivenciado na pandemia do COVID-19.  A pesquisa fez uso de questionário online durante o período de abril a maio do ano de 2021, abrangendo um total de 177 respondentes residentes da cidade de Recife, relatando a experiência emocional positiva (Alegria e Calma) e negativa (Tristeza e Tensão) no ambiente domiciliar e público de lazer, assim como a frequência de atividades realizadas nestes dois ambientes. O questionário foi desenvolvido  segundo a teoria das facetas, que possibilitou a identificação de conceitos a serem analisados e correlação entre os mesmos. Os resultados confirmam a correlação entre variáveis indicando a maior intensidade de experiências emocionais positivas, tanto no ambiente público como no residencial, das pessoas que relataram maior frequência de visitação e atividades realizadas nos parques urbanos.






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  • RESUMO 

    A vida mudou drasticamente no decorrer de dois anos da pandemia do COVID-19, doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, demandando mudanças nos hábitos no cotidiano da população em escala mundial. Visando minimizar o contágio a recomendação foi de evitar  saídas de casa e que as pessoas procurassem formas de realizar o máximo de suas tarefas no ambiente domiciliar. Junto a isto, diversos estabelecimentos (públicos e privados) precisaram ser fechados como forma de contenção da disseminação do vírus, dentre eles, em um primeiro momento,  os parques urbanos. Foram testemunhados  relatos de declínio do bem-estar emocional da população, e aumento do estresse psicológico, o que levou a uma posterior abertura dos espaços públicos com medidas de segurança, como o uso obrigatório de máscaras. Acredita-se que os espaços públicos abertos  com contato direto com a natureza, como os parques, têm a função de mitigar os  efeitos negativos advindos do confinamento. Dessa forma, a presente pesquisa procura analisar a experiência emocional da população no ambiente domiciliar e nos parques urbanos, buscando um entendimento da função dos parques na regeneração emocional da população durante tempos de isolamento como o vivenciado na pandemia do COVID-19.  A pesquisa fez uso de questionário online durante o período de abril a maio do ano de 2021, abrangendo um total de 177 respondentes residentes da cidade de Recife, relatando a experiência emocional positiva (Alegria e Calma) e negativa (Tristeza e Tensão) no ambiente domiciliar e público de lazer, assim como a frequência de atividades realizadas nestes dois ambientes. O questionário foi desenvolvido  segundo a teoria das facetas, que possibilitou a identificação de conceitos a serem analisados e correlação entre os mesmos. Os resultados confirmam a correlação entre variáveis indicando a maior intensidade de experiências emocionais positivas, tanto no ambiente público como no residencial, das pessoas que relataram maior frequência de visitação e atividades realizadas nos parques urbanos.





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  • CAMILLA DE ANDRADE LINS
  • De degredo à paraíso turístico: a produção do espaço na Ilha de Fernando de Noronha e os reflexos da pandemia de COVID-19.

  • Orientador : CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • ITAMAR JOSE DIAS E CORDEIRO
  • ILANA BARRETO KIYOTANI
  • Data: 29/08/2022

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  • O turismo tem se mostrado uma atividade de forte importância econômica diante das receitas que tem gerado por todo o globo. Outrossim, se configura como uma atividade essencialmente capitalista, já que foi no bojo deste modo de produção que ela se desenvolveu e tomou sentido. Para que ele aconteça, territórios precisam ser arranjados, com a introdução de novos objetos técnicos, ou reorganizados, quando os objetos técnicos preexistentes são utilizados de forma a satisfazer o aparelhamento turístico. Tais dinâmicas acarretam mudanças significativas para os lugares e suas populações nas esferas sociocultural, espacial e econômica e, sendo o espaço um produto das relações sociais do modo de produção vigente, reflete as dinâmicas da sociedade e dos atores que o produzem. Como destino turístico, o Distrito Estadual de Fernando de Noronha (PE) tem atraído cada vez mais visitantes, ano após ano, por seus atrativos naturais de extrema beleza e características insulares. Nesse sentido, tendo em vista que espaços produzidos para o turismo se tornam altamente dependentes de um fluxo de demanda constante e que, diante da pandemia da Covid-19 estes fluxos tiveram de ser interrompidos, buscamos investigar que impactos este panorama gerou para a economia de Fernando de Noronha. Para tanto, foram levantados dados primários em série histórica de 2012 a 2021 sobre o fluxo aéreo; fluxo de visitantes; indicadores dos meios de hospedagem; empregos formais nas atividades características do turismo e receita distrital arrecada pelo Governo Estadual. Constatamos que os efeitos negativos foram marcantes, mas que, apesar deste cenário ruim em 2020, o ano de 2021 já apresentou uma recuperação em alguns dos casos já superior aos anos anteriores à pandemia. Também concluímos que embora o panorama de retomada da normalidade esteja otimista, é preciso rever até que ponto é saudável para os lugares depender de apenas uma única atividade econômica. 


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  • O turismo tem se mostrado uma atividade de forte importância econômica diante das receitas que tem gerado por todo o globo. Outrossim, se configura como uma atividade essencialmente capitalista, já que foi no bojo deste modo de produção que ela se desenvolveu e tomou sentido. Para que ele aconteça, territórios precisam ser arranjados, com a introdução de novos objetos técnicos, ou reorganizados, quando os objetos técnicos preexistentes são utilizados de forma a satisfazer o aparelhamento turístico. Tais dinâmicas acarretam mudanças significativas para os lugares e suas populações nas esferas sociocultural, espacial e econômica e, sendo o espaço um produto das relações sociais do modo de produção vigente, reflete as dinâmicas da sociedade e dos atores que o produzem. Como destino turístico, o Distrito Estadual de Fernando de Noronha (PE) tem atraído cada vez mais visitantes, ano após ano, por seus atrativos naturais de extrema beleza e características insulares. Nesse sentido, tendo em vista que espaços produzidos para o turismo se tornam altamente dependentes de um fluxo de demanda constante e que, diante da pandemia da Covid-19 estes fluxos tiveram de ser interrompidos, buscamos investigar que impactos este panorama gerou para a economia de Fernando de Noronha. Para tanto, foram levantados dados primários em série histórica de 2012 a 2021 sobre o fluxo aéreo; fluxo de visitantes; indicadores dos meios de hospedagem; empregos formais nas atividades características do turismo e receita distrital arrecada pelo Governo Estadual. Constatamos que os efeitos negativos foram marcantes, mas que, apesar deste cenário ruim em 2020, o ano de 2021 já apresentou uma recuperação em alguns dos casos já superior aos anos anteriores à pandemia. Também concluímos que embora o panorama de retomada da normalidade esteja otimista, é preciso rever até que ponto é saudável para os lugares depender de apenas uma única atividade econômica. 

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  • PATRÍCIA CARNEIRO DE MENEZES
  • A RESILIÊNCIA NA CONCEPÇÃO DO PROJETO RECIFE PARA O RIO CAPIBARIBE.

  • Orientador : ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • FABIANO ROCHA DINIZ
  • JAIME JOAQUIM DA SILVA PEREIRA CABRAL
  • ONILDA GOMES BEZERRA
  • Data: 29/08/2022

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  • A Cidade do Recife, no estado de Pernambuco, abriga três grandes bacias hidrográficas dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió e os seus afluentes. Este sistema de corpos d’água é responsável por sua formação geológica que juntamente com a ação do homem, através de sucessivos aterros, moldaram o ambiente natural. Portanto, a forma como a cidade foi ocupada, construída e vivida está diretamente relacionada com as águas. A presente pesquisa se desenvolveu com foco no Projeto Recife, anunciado em 1979 pela Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) como pioneiro dentre os projetos para o rio Capibaribe, poucos anos após a grande cheia de 1975. O objetivo geral é verificar aspectos da resiliência socioecológica nas intenções projetuais do Programa de Revitalização do Rio Capibaribe do Projeto Recife, que convergem para a compreensão de paisagem como um sistema. Naquele contexto, pode-se dizer que houve uma ação de planejamento no sentido de ordenar o ambiente social e natural no espaço urbano a partir da relação do homem com o meio ambiente. Sendo assim, a noção do projeto de paisagem foi considerada essencial para fazer a costura com o conceito de resiliência. A fundamentação teórica aportou a teoria de Besse (2014), Bertrand (1995) e Corajoud (2011) no campo da paisagem e em Walker (2006), Folke (2008), Bollettino (2019) e Laboy e Fannon (2016), no campo da resiliência socioecológica, além dos conceitos das Agências das Nações Unidas e outras entidades internacionais especializadas em resiliência. Como a ideia central da resiliência socioecológica é o caráter relacional, já que trata de interações entre o social e o natural, o processo construção de uma cidade que tem a presença da água marcante em seu território é um processo de construção da resiliência, que se adapta, se regenera e se constrói a cada gesto paisagístico.


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  • A Cidade do Recife, no estado de Pernambuco, abriga três grandes bacias hidrográficas dos rios Capibaribe, Beberibe e Tejipió e os seus afluentes. Este sistema de corpos d’água é responsável por sua formação geológica que juntamente com a ação do homem, através de sucessivos aterros, moldaram o ambiente natural. Portanto, a forma como a cidade foi ocupada, construída e vivida está diretamente relacionada com as águas. A presente pesquisa se desenvolveu com foco no Projeto Recife, anunciado em 1979 pela Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) como pioneiro dentre os projetos para o rio Capibaribe, poucos anos após a grande cheia de 1975. O objetivo geral é verificar aspectos da resiliência socioecológica nas intenções projetuais do Programa de Revitalização do Rio Capibaribe do Projeto Recife, que convergem para a compreensão de paisagem como um sistema. Naquele contexto, pode-se dizer que houve uma ação de planejamento no sentido de ordenar o ambiente social e natural no espaço urbano a partir da relação do homem com o meio ambiente. Sendo assim, a noção do projeto de paisagem foi considerada essencial para fazer a costura com o conceito de resiliência. A fundamentação teórica aportou a teoria de Besse (2014), Bertrand (1995) e Corajoud (2011) no campo da paisagem e em Walker (2006), Folke (2008), Bollettino (2019) e Laboy e Fannon (2016), no campo da resiliência socioecológica, além dos conceitos das Agências das Nações Unidas e outras entidades internacionais especializadas em resiliência. Como a ideia central da resiliência socioecológica é o caráter relacional, já que trata de interações entre o social e o natural, o processo construção de uma cidade que tem a presença da água marcante em seu território é um processo de construção da resiliência, que se adapta, se regenera e se constrói a cada gesto paisagístico.

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  • HERON FABIO SANTOS
  • MÉTODO PARA IMPLANTAÇÃO DO LEAN DESIGN EM ESCRITÓRIOS DE PROJETOS DE EDIFÍCIOS

  • Orientador : MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
  • LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
  • JOSÉ DE PAULA BARROS NETO
  • REYMARD SAVIO SAMPAIO DE MELO
  • Data: 29/08/2022

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  • A necessidade dos processos de projetos serem adaptados à luz das mudanças promovidas pelas novas tecnologias e metodologias de trabalho, é reconhecida pelos escritórios de arquitetura e engenharia. Todavia, a implantação de mudanças nos processos de projetos, implica em profundas mudanças organizacionais e comportamentais, sendo esse um trabalho complexo, pois envolve ruptura de paradigmas, principalmente funcionais e culturais. Pesquisas destacam essa complexidade, principalmente, em virtude dos processos de projetos atravessarem os departamentos e as fronteiras das organizações, como a participação cada vez maior em processos decisórios de clientes e fornecedores. Trabalhos acadêmicos, já estudaram a adoção do Lean aplicados ao processo de projetos, denominado como “Lean Design”, inclusive com incorporação do BIM vinculado ao uso do Lean, sendo a atividade de realinhamento de processos uma atividade fundamental para o sucessos do BIM. Porém, publicações relacionadas aos procedimentos, a um método a ser seguido pelos escritórios,  para a implementação do lean design nos processos de projetos de arquitetura e engenharia, ainda é uma novidade na literatura da área, mesmo sabendo-se dos benefícios que o lean design pode trazer, como a possibilidade de redução de custos e prazos de entrega dos trabalhos, conjuntamente com o aumento da qualidade final dos produtos (pois pode contribuir para uma significativa redução de erros de processos e produtos). Porém, mesmo diante de todos os benefícios, a adoção do lean design nas empresas de projeto de arquitetura e urbanismo, ainda está distante da realidade. É nesse contexto, que o presente trabalho se insere, tendo como objetivo preencher essa lacuna, propondo um método de implantação do Lean Design nos processos de projeto de projetos em escritórios de arquitetura e engenharia. Os resultados parciais da pesquisa mostra que o uso desse método pode melhorar a eficiência dos processos de produção de projetos, trazendo melhoria para a qualidade da produção, menor desperdício de tempo, redução de custos, melhorando os processos de colaboração e integração com demais disciplinas de projeto, sem limitar a capacidade criativa dos envolvidos.


  • Mostrar Abstract
  • O processo de projetos em arquitetura tem passado por diversas modificações ao longo das últimas décadas. Em termos históricos temos o Movimento dos Métodos nos anos 1960 tentando cientificar o processo de projeto, mais adiante a introdução da computação como instrumento de criação e representação do arquiteto e mais recentemente a incorporação do BIM em seus processos de projetos. Todas estas mudanças impactam diretamente o desenho destes processos de trabalho e cria a necessidade de um entendimento sistêmico das necessidades de troca de informações com todos os outros envolvidos na elaboração dos projetos de engenharia. Uma abordagem que tem se mostrado eficiente, é a utilização das técnicas lean em remodelagem de processos, que tem um foco não somente na melhoria da qualidade dos produtos gerados relacionados diretamente com os processos de transformação, ou de criação dos projetos de arquitetura, como também no fluxo de informações e matérias necessários a execução desses processos de transformação, identificando ocorrências de desperdícios, redução o retrabalho e consequentemente e diretamente, reduzindo o tempo e custos envolvidos no desenvolvimento dos trabalhos. Por se tratar de uma abordagem diferente da tradicional, as técnicas lean de ajustes de processos de projetos de arquitetura, também necessitam de um método própria de implementação. Esse trabalho tem o objetivo de colaborar com um maior sucesso da implementação do lean em arquitetura, através da proposição de um método focado.

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  • MARILIA CAVALCANTI FARIAS
  • Travessias em Santo Antônio: a prática do caminhar fotográfico na apreensão de atmosferas e ambiências

  • Orientador : JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • FABIO LA ROCCA
  • MARIA DE FATIMA DE MELLO BARRETO CAMPELLO
  • Data: 30/08/2022

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  • O trabalho de dissertação pretende apontar as contribuições dos processos de apreensão do espaço experimentados pela pesquisadora - que consistem em caminhadas fotográficas, elaboração de diários de bordo e montagens fotográficas - com vistas a desenvolver uma percepção das atmosferas e ambiências no bairro de Santo Antônio, Recife-PE. A pesquisa tem como principal aporte teórico os estudos acerca das atmosferas, com Bohme, Pallasmaa e Zumthor, e das ambiências, com Thibaud e Augoyard. São também importantes as pesquisas de Jacques e Careri sobre o caminhar; assim como o trabalho de Didi-Huberman sobre as montagens de Aby Warburg. O trabalho apresenta cada etapa dos processos desenvolvidos, observando principalmente como as ações, mas também seus produtos, contribuem para apreender, e ainda para refletir sobre os mesmos referenciais teóricos levantados. Imagina-se que, com essa pesquisa, pode-se contribuir para: lançar reflexões acerca do campo teórico das atmosferas e ambiências; para estimular diferentes processos de apreensão do espaço; e para apresentar uma compreensão do bairro de Santo Antônio, centro histórico do Recife, num recorte atual da pandemia de COVID-19.


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  • O trabalho de dissertação pretende apontar as contribuições dos processos de apreensão do espaço experimentados pela pesquisadora - que consistem em caminhadas fotográficas, elaboração de diários de bordo e montagens fotográficas - com vistas a desenvolver uma percepção das atmosferas e ambiências no bairro de Santo Antônio, Recife-PE. A pesquisa tem como principal aporte teórico os estudos acerca das atmosferas, com Bohme, Pallasmaa e Zumthor, e das ambiências, com Thibaud e Augoyard. São também importantes as pesquisas de Jacques e Careri sobre o caminhar; assim como o trabalho de Didi-Huberman sobre as montagens de Aby Warburg. O trabalho apresenta cada etapa dos processos desenvolvidos, observando principalmente como as ações, mas também seus produtos, contribuem para apreender, e ainda para refletir sobre os mesmos referenciais teóricos levantados. Imagina-se que, com essa pesquisa, pode-se contribuir para: lançar reflexões acerca do campo teórico das atmosferas e ambiências; para estimular diferentes processos de apreensão do espaço; e para apresentar uma compreensão do bairro de Santo Antônio, centro histórico do Recife, num recorte atual da pandemia de COVID-19.

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  • NATALLY MARTINS FREIRE
  • ÉTICA DA ALTERIDADE E FORMAÇÃO DO ARQUITETO E URBANISTA: ESTÍMULOS AO CUIDADO COM O OUTRO

  • Orientador : MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DANIELLE DE MELO ROCHA
  • DAYSE LUCKWU MARTINS
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • SANDRO COZZA SAYAO
  • Data: 31/08/2022

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  • A presente pesquisa analisa conceitos que possam servir de fundamentos e referenciais para a formação ética do arquiteto e urbanista. Depois de situar a formação do arquiteto e urbanista no contexto brasileiro e fazer uma reflexão sobre o conceito filosófico de ética, analisa-se a ética da alteridade proposta pelo filósofo Emmanuel Lévinas, com vista à construção de uma base filosófica para a formação ética e com responsabilidade social do arquiteto e urbanista. Refletimos sobre o conceito de espaço e sua relação com o fazer arquitetônico. E também, discutimos o conceito de responsabilidade social, estabelecendo conexões com a formação do arquiteto e urbanista. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, ancorada na Hermenêutica desenvolvida por Paul Ricoeur. Consideramos que foi feito um esforço de aprofundamento das reflexões acerca da dimensão da condição humana que envolve a Arquitetura e Urbanismo, principalmente no que se refere ao âmbito ético na formação do arquiteto e urbanista. Destacamos a importância de reflexões sobre os fundamentos e referenciais que norteiam a formação do arquiteto e urbanista, já que incidem diretamente na prática profissional e no desempenho do papel social da profissão na sociedade.


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  • A presente pesquisa analisa conceitos que possam servir de fundamentos e referenciais para a formação ética do arquiteto e urbanista. Depois de situar a formação do arquiteto e urbanista no contexto brasileiro e fazer uma reflexão sobre o conceito filosófico de ética, analisa-se a ética da alteridade proposta pelo filósofo Emmanuel Lévinas, com vista à construção de uma base filosófica para a formação ética e com responsabilidade social do arquiteto e urbanista. Refletimos sobre o conceito de espaço e sua relação com o fazer arquitetônico. E também, discutimos o conceito de responsabilidade social, estabelecendo conexões com a formação do arquiteto e urbanista. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, ancorada na Hermenêutica desenvolvida por Paul Ricoeur. Consideramos que foi feito um esforço de aprofundamento das reflexões acerca da dimensão da condição humana que envolve a Arquitetura e Urbanismo, principalmente no que se refere ao âmbito ético na formação do arquiteto e urbanista. Destacamos a importância de reflexões sobre os fundamentos e referenciais que norteiam a formação do arquiteto e urbanista, já que incidem diretamente na prática profissional e no desempenho do papel social da profissão na sociedade.

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  • CLARA TORRES PERES
  • ENTRE A CASA  E O MAR A VIDA PULSA: AS DIMENSÕES SIMBÓLICAS DO COTIDIANO NA PRAIA DO BURACO DA VÉIA E NOS ESPAÇOS PÚBLICOS PRAIANOS DE BRASÍLIA TEIMOSA.

  • Orientador : MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • CRISTIANE ROSE DE SIQUEIRA DUARTE
  • Data: 31/08/2022

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  • Este trabalho desenvolve um estudo interdisciplinar entre o campo da Arquitetura e Urbanismo e a Antropologia Urbana, para a compreensão do espaço vivido a partir da observação das práticas cotidianas nos espaços públicos praianos da comunidade de Brasília Teimosa - Recife, especialmente a praia do Buraco da Véia e seu entorno, lugares marcados por uma história de luta e que concentram e cruzam diversas vivências e práticas que constroem marcas simbólicas no presente. Desse modo, esta pesquisa constrói uma percepção dos sentidos desses espaços instaurados pelas práticas cotidianas e pelos significados atribuídos ao lugar pelas pessoas que os vivenciam. As reflexões teóricas que a fundamentam são: a prática espacial e à dimensão do espaço vivido, de Lefebvre (2006); a noção de cotidianidade e o retorno à dimensão local na prática de pesquisa, de Santos (2017); a contribuição de Certeau (1998) em relação as práticas cotidianas enquanto conteúdo de desvio da lógica dominante e de potência para o estudo do urbano; e à perspectiva dos sistemas simbólicos associados à essas práticas, através de Bourdieu (1978/1989). Os direcionamentos metodológicos se baseiam na Etnografia como caminho para aproximação e aprofundamento no campo de estudo, a partir de Velho (1878), Veiga e Simões (2016) e Magnani (2002); e na noção de Ambiência que soma com a percepção dos aspectos físicos e sensíveis dos lugares, através de Duarte (2013) e Thibaud (2010). Dessa forma, esta dissertação além de realizar um levantamento bibliográfico sobre a história da ocupação de Brasília Teimosa e os sentidos sociais da praia,  se desenvolve empiricamente em três etapas, nas quais foram realizadas: caminhadas no lócus de pesquisa; observação de campo; apreensão de ambiências; e realização de entrevistas semiestruturadas com pessoas usuárias desses espaços, entre moradores, visitantes e trabalhadores; tendo como instrumento de pesquisa os registros etnográficos no diário de campo e a fotografia como instrumento de aproximação e percepção do lugar. A etapa das entrevistas semiestruturadas foi realizada com praticantes dos espaços públicos, sendo posteriormente feita a análise e seleção do conteúdo das narrativas, através de categorias afetivas associadas aos perfis de usuário e às práticas realizadas, tendo como resultado o aprofundamento nas perspectivas simbólicas relacionadas: ao lazer; ao trabalho; ao sentido popular da praia; e à relação de sociabilidade e vizinhança; concluindo que essas são categorias essenciais para a compreensão dos sistemas simbólicos da relação das pessoas com esses espaços públicos praianos, que constroem cotidianamente, a partir de suas práticas, modos de apropriação e atribuição de significados, a identidade social do lugar.


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  • Este trabalho desenvolve um estudo interdisciplinar entre o campo da Arquitetura e Urbanismo e a Antropologia Urbana, para a compreensão do espaço vivido a partir da observação das práticas cotidianas nos espaços públicos praianos da comunidade de Brasília Teimosa - Recife, especialmente a praia do Buraco da Véia e seu entorno, lugares marcados por uma história de luta e que concentram e cruzam diversas vivências e práticas que constroem marcas simbólicas no presente. Desse modo, esta pesquisa constrói uma percepção dos sentidos desses espaços instaurados pelas práticas cotidianas e pelos significados atribuídos ao lugar pelas pessoas que os vivenciam. As reflexões teóricas que a fundamentam são: a prática espacial e à dimensão do espaço vivido, de Lefebvre (2006); a noção de cotidianidade e o retorno à dimensão local na prática de pesquisa, de Santos (2017); a contribuição de Certeau (1998) em relação as práticas cotidianas enquanto conteúdo de desvio da lógica dominante e de potência para o estudo do urbano; e à perspectiva dos sistemas simbólicos associados à essas práticas, através de Bourdieu (1978/1989). Os direcionamentos metodológicos se baseiam na Etnografia como caminho para aproximação e aprofundamento no campo de estudo, a partir de Velho (1878), Veiga e Simões (2016) e Magnani (2002); e na noção de Ambiência que soma com a percepção dos aspectos físicos e sensíveis dos lugares, através de Duarte (2013) e Thibaud (2010). Dessa forma, esta dissertação além de realizar um levantamento bibliográfico sobre a história da ocupação de Brasília Teimosa e os sentidos sociais da praia,  se desenvolve empiricamente em três etapas, nas quais foram realizadas: caminhadas no lócus de pesquisa; observação de campo; apreensão de ambiências; e realização de entrevistas semiestruturadas com pessoas usuárias desses espaços, entre moradores, visitantes e trabalhadores; tendo como instrumento de pesquisa os registros etnográficos no diário de campo e a fotografia como instrumento de aproximação e percepção do lugar. A etapa das entrevistas semiestruturadas foi realizada com praticantes dos espaços públicos, sendo posteriormente feita a análise e seleção do conteúdo das narrativas, através de categorias afetivas associadas aos perfis de usuário e às práticas realizadas, tendo como resultado o aprofundamento nas perspectivas simbólicas relacionadas: ao lazer; ao trabalho; ao sentido popular da praia; e à relação de sociabilidade e vizinhança; concluindo que essas são categorias essenciais para a compreensão dos sistemas simbólicos da relação das pessoas com esses espaços públicos praianos, que constroem cotidianamente, a partir de suas práticas, modos de apropriação e atribuição de significados, a identidade social do lugar.

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  • AMARO FRANCISCO CORRÊA DE ARAUJO MENDONCA
  • VENDEM-SE BAIRROS: UMA INVESTIGAÇÃO DO PROCESSO DE SEGREGAÇÃO NA MALHA URBANA DO SUL DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE, O CASO DA RESERVA DO PAIVA

  • Orientador : LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RODRIGO COSTA DO NASCIMENTO
  • JOSE DE SOUZA BRANDAO NETO
  • LUCY DONEGAN
  • Data: 22/09/2022

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  • Este trabalho propõe uma análise morfológica do bairro planejado da Reserva do Paiva (RP), lançado em 2007 em decorrência de um contexto econômico favorável em âmbito nacional e através de programas do Governo Federal de incentivo imobiliário e regional com o Complexo Industrial do Porto de Suape (CIPS), na Região Metropolitana de Recife (RMR). É embasado no aparato teórico-metodológico da Lógica Social do Espaço (HILLIER e HANSON, 1984) e em teorias da geografia urbana que apontam que o isolamento de elites econômicas em áreas afastadas das cidades não apenas não contribui para sanar problemas de segregação, mas as reforça (SPOSITO, 2013; CALDEIRA, 2002; VILLAÇA, 2001). A investigação se dá em dois momentos de escalas distintas, analisando dados sintáticos gerados por mapas analíticos. O primeiro foca em uma escala metropolitana englobando as cidades e municípios do Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Recife e Olinda, entendidos como um mesmo tecido urbano de influência direta e indireta na RP. O segundo momento foca em uma escala menor, investigando aspectos formais e funcionais da RP, analisando os dados sintáticos e cruzando com dados de aspectos geométricos e morfológicos. Cada momento tem três etapas distintas, com mapas que geram os dados morfossintáticos que interessam às análises. Os resultados do estudo mostram como e em que medida a inserção do projeto da RP na RMR - em seu aspecto especificamente formal, de sua configuração espacial - contribui para uma segregação dos seus espaços, que provocam alterações em encontros potenciais na área - um processo de autossegregação (SPOSITO, 2013) que está dentro do mesmo fenômeno de segregação socioespacial.


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  • Este trabalho propõe uma análise morfológica do bairro planejado da Reserva do Paiva (RP), lançado em 2007 em decorrência de um contexto econômico favorável em âmbito nacional e através de programas do Governo Federal de incentivo imobiliário e regional com o Complexo Industrial do Porto de Suape (CIPS), na Região Metropolitana de Recife (RMR). É embasado no aparato teórico-metodológico da Lógica Social do Espaço (HILLIER e HANSON, 1984) e em teorias da geografia urbana que apontam que o isolamento de elites econômicas em áreas afastadas das cidades não apenas não contribui para sanar problemas de segregação, mas as reforça (SPOSITO, 2013; CALDEIRA, 2002; VILLAÇA, 2001). A investigação se dá em dois momentos de escalas distintas, analisando dados sintáticos gerados por mapas analíticos. O primeiro foca em uma escala metropolitana englobando as cidades e municípios do Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Recife e Olinda, entendidos como um mesmo tecido urbano de influência direta e indireta na RP. O segundo momento foca em uma escala menor, investigando aspectos formais e funcionais da RP, analisando os dados sintáticos e cruzando com dados de aspectos geométricos e morfológicos. Cada momento tem três etapas distintas, com mapas que geram os dados morfossintáticos que interessam às análises. Os resultados do estudo mostram como e em que medida a inserção do projeto da RP na RMR - em seu aspecto especificamente formal, de sua configuração espacial - contribui para uma segregação dos seus espaços, que provocam alterações em encontros potenciais na área - um processo de autossegregação (SPOSITO, 2013) que está dentro do mesmo fenômeno de segregação socioespacial.

Teses
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  • LARISSA RODRIGUES DE MENEZES
  • CENTRO HISTÓRICO E CENTRO URBANO EM DISPUTA:

    O mercado imobiliário como coordenador da competição entre os usos comercial e residencial em São José e na Boa Vista, Centro Histórico do Recife

  • Orientador : NORMA LACERDA GONCALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • NORMA LACERDA GONCALVES
  • IANA LUDERMIR BERNARDINO
  • PEDRO ABRAMO
  • MARLUCE WALL VENÂNCIO
  • KAINARA LIRA DOS ANJOS
  • Data: 18/02/2022

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  • A tese tem como tema o mercado imobiliário em centros históricos, com foco na disputa entre os usos habitacional e comercial no Centro Histórico do Recife (CHR), formado, grosso modo, pelos bairros do Recife, Santo Antônio, São José e Boa Vista. O problema que norteia a pesquisa é a identificação, sobretudo em São José, de um quadro de competição de usos que promove a substituição das moradias pelo uso comercial, que se impõe por pagar rendas imobiliárias mais elevadas. O atual processo de esvaziamento populacional do CHR ocorre em São José e na Boa Vista, pois em Santo Antônio e no Bairro do Recife, esse processo ocorreu no início do século XX, pela realização de reformas urbanas. Diante dessa problemática, formulou-se a hipótese de que, nos setores de centros históricos preteridos por ações de intervenção pública, a livre competição de usos no mercado imobiliário é a principal responsável pela redução do uso habitacional, o qual é substituído por usos que geram maior renda aos proprietários imobiliários. O objetivo da tese é analisar o funcionamento do mercado imobiliário no Centro Histórico do Recife, para revelar os mecanismos de disputa entre os usos habitacional e comercial, nas áreas institucionalizadas como de preservação rigorosa dos bairros de São José e da Boa Vista, com vistas a contribuir para a fundamentação de políticas de preservação de centros históricos que viabilizem a manutenção do uso residencial. O referencial teórico da tese abordou duas vertentes temáticas. A primeira avaliou os conceitos de centro urbano e centro histórico, bem como experiências de conservação urbana em cidades brasileiras e latino-americanas e o conceito de gentrificação. A segunda abordagem conceitual esteve relacionada ao mercado imobiliário e à competição de usos em centros históricos. Após a construção do referencial teórico, o texto traz o foco para o CHR, avaliando seu processo de formação e a configuração de seus atuais padrões de ocupação, que embasam a delimitação de seis submercados. Com relação aos submercados São José e Boa Vista, é apresentada uma caracterização do conjunto edificado e do espaço urbano. Com base nessa caracterização, foram analisadas as transações de compra e venda e de aluguel, permitindo identificar que a disputa de usos analisadas se dá, majoritariamente, no mercado de aluguel. Dessa forma, foram também analisados os principais agentes desse mercado, bem como suas condutas. A partir dessas análises, foram elaborados esquemas interpretativos do mercado de aluguel comercial e residencial. Foi possível concluir que a renda imobiliária comercial no submercado São José é muito mais elevada do que a renda residencial, motivo da preferência dos proprietários imobiliários pelo aluguel comercial, de maneira que o aluguel residencial não se encontra em condições de competitividade. No submercado Boa Vista, devido à sua localização menos vantajosa para o comércio, ainda existe uma competição mais paritária, motivo pelo qual são elencadas, nas considerações finais, diretrizes para políticas públicas que busquem contribuir para a manutenção do uso residencial no submercado Boa Vista e confira a este uso maiores condições de competitividade, no submercado São José.

     


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  • A tese tem como tema o mercado imobiliário em centros históricos, com foco na disputa entre os usos habitacional e comercial no Centro Histórico do Recife (CHR), formado, grosso modo, pelos bairros do Recife, Santo Antônio, São José e Boa Vista. O problema que norteia a pesquisa é a identificação, sobretudo em São José, de um quadro de competição de usos que promove a substituição das moradias pelo uso comercial, que se impõe por pagar rendas imobiliárias mais elevadas. O atual processo de esvaziamento populacional do CHR ocorre em São José e na Boa Vista, pois em Santo Antônio e no Bairro do Recife, esse processo ocorreu no início do século XX, pela realização de reformas urbanas. Diante dessa problemática, formulou-se a hipótese de que, nos setores de centros históricos preteridos por ações de intervenção pública, a livre competição de usos no mercado imobiliário é a principal responsável pela redução do uso habitacional, o qual é substituído por usos que geram maior renda aos proprietários imobiliários. O objetivo da tese é analisar o funcionamento do mercado imobiliário no Centro Histórico do Recife, para revelar os mecanismos de disputa entre os usos habitacional e comercial, nas áreas institucionalizadas como de preservação rigorosa dos bairros de São José e da Boa Vista, com vistas a contribuir para a fundamentação de políticas de preservação de centros históricos que viabilizem a manutenção do uso residencial. O referencial teórico da tese abordou duas vertentes temáticas. A primeira avaliou os conceitos de centro urbano e centro histórico, bem como experiências de conservação urbana em cidades brasileiras e latino-americanas e o conceito de gentrificação. A segunda abordagem conceitual esteve relacionada ao mercado imobiliário e à competição de usos em centros históricos. Após a construção do referencial teórico, o texto traz o foco para o CHR, avaliando seu processo de formação e a configuração de seus atuais padrões de ocupação, que embasam a delimitação de seis submercados. Com relação aos submercados São José e Boa Vista, é apresentada uma caracterização do conjunto edificado e do espaço urbano. Com base nessa caracterização, foram analisadas as transações de compra e venda e de aluguel, permitindo identificar que a disputa de usos analisadas se dá, majoritariamente, no mercado de aluguel. Dessa forma, foram também analisados os principais agentes desse mercado, bem como suas condutas. A partir dessas análises, foram elaborados esquemas interpretativos do mercado de aluguel comercial e residencial. Foi possível concluir que a renda imobiliária comercial no submercado São José é muito mais elevada do que a renda residencial, motivo da preferência dos proprietários imobiliários pelo aluguel comercial, de maneira que o aluguel residencial não se encontra em condições de competitividade. No submercado Boa Vista, devido à sua localização menos vantajosa para o comércio, ainda existe uma competição mais paritária, motivo pelo qual são elencadas, nas considerações finais, diretrizes para políticas públicas que busquem contribuir para a manutenção do uso residencial no submercado Boa Vista e confira a este uso maiores condições de competitividade, no submercado São José.

     

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  • RAFAEL RUST NEVES
  • AUTOSSEGREGAÇÃO EM CIDADES MÉDIAS: Configuração intraurbana e práticas espaciais dos moradores de residenciais horizontais fechados, em Arapiraca-AL

  • Orientador : RUSKIN FERNANDES MARINHO DE FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RUSKIN FERNANDES MARINHO DE FREITAS
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • REGINA DULCE BARBOSA LINS
  • SIMONE CARNAUBA TORRES RIOS
  • Data: 23/02/2022

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  • As transformações no âmbito do capitalismo, experimentado nas últimas cinco décadas,
    têm produzido mudanças na produção do espaço urbano. A transição da cidade industrial, marcada
    pela dicotomia centro-periferia, para a cidade pós-fordista, dispersa e fragmentada, tem engendrado
    novas configurações espaciais, não apenas nas grandes cidades. A presente pesquisa investiga as
    implicações da autossegregação para a vida urbana em cidades médias, com foco na cidade de
    Arapiraca-AL. A escolha dessa cidade média como recorte para a pesquisa se deve aos residenciais
    horizontais fechados serem uma realidade relativamente recente, oferecendo uma oportunidade
    privilegiada para a análise das transformações urbanas desencadeadas por esses empreendimentos,
    desde a implantação. A hipótese geral da pesquisa é que a autossegregação induz uma mudança na
    relação que os moradores dos residenciais horizontais fechados estabelecem com a cidade,
    implicando em um modo de vida urbano mais compartimentado e seletivo, que não se restringe aos
    espaços internos desses empreendimentos. O objetivo geral da pesquisa é identificar e analisar as
    mudanças nas práticas espaciais dos moradores de residenciais horizontais fechados e suas
    implicações para a vida urbana em cidades médias. O método adotado é o fenomenológico e as

    técnicas de pesquisa a serem empregadas na coleta de dados primários são a entrevista não-
    estruturada, junto a representantes da gestão pública municipal e agentes do mercado imobiliário; e

    a entrevista de história de vida, junto aos moradores de diferentes residenciais horizontais fechados,
    localizados em Arapiraca-AL.


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  • As transformações no âmbito do capitalismo, experimentado nas últimas cinco décadas,
    têm produzido mudanças na produção do espaço urbano. A transição da cidade industrial, marcada
    pela dicotomia centro-periferia, para a cidade pós-fordista, dispersa e fragmentada, tem engendrado
    novas configurações espaciais, não apenas nas grandes cidades. A presente pesquisa investiga as
    implicações da autossegregação para a vida urbana em cidades médias, com foco na cidade de
    Arapiraca-AL. A escolha dessa cidade média como recorte para a pesquisa se deve aos residenciais
    horizontais fechados serem uma realidade relativamente recente, oferecendo uma oportunidade
    privilegiada para a análise das transformações urbanas desencadeadas por esses empreendimentos,
    desde a implantação. A hipótese geral da pesquisa é que a autossegregação induz uma mudança na
    relação que os moradores dos residenciais horizontais fechados estabelecem com a cidade,
    implicando em um modo de vida urbano mais compartimentado e seletivo, que não se restringe aos
    espaços internos desses empreendimentos. O objetivo geral da pesquisa é identificar e analisar as
    mudanças nas práticas espaciais dos moradores de residenciais horizontais fechados e suas
    implicações para a vida urbana em cidades médias. O método adotado é o fenomenológico e as

    técnicas de pesquisa a serem empregadas na coleta de dados primários são a entrevista não-
    estruturada, junto a representantes da gestão pública municipal e agentes do mercado imobiliário; e

    a entrevista de história de vida, junto aos moradores de diferentes residenciais horizontais fechados,
    localizados em Arapiraca-AL.

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  • LIVIA MORAIS NOBREGA
  • Mediação Espacial: Edifícios como Mercadorias para Discursos de Exposições -
    O Caso da Bienal de São Paulo (1957-2018)
  • Orientador : LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • SOPHIA PSARRA
  • KALI TZORTZI
  • IOANNA STAVROULAKI
  • CRISTIANO FELIPE BORBA DO NASCIMENTO
  • Data: 08/04/2022

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  • Esta tese defende o conceito de mediação espacial enquanto estratégias configuracionais de troca

    entre pessoas e coisas que são particularmente evidentes em espaços expositivos – cuja função

    principal é precisamente a de fomentar estas trocas. Em contraste com outros tipos de mediação, a

    mediação espacial ocorre não por meio de educadores ou dispositivos tecnológicos, mas através do

    sistema espacial que estrutura a interação entre conteúdos expostos e seus visitantes. Este conceito

    caracteriza-se por uma lógica de dupla faceta que diz respeito à própria definição de espaços

    expositivos – instalações para a troca que operam por meio da exposição de artefatos, para fins

    culturais e econômicos. Estas duas facetas são compostas por pares de conceitos que abordam as

    seguintes questões: 1) discurso e narrativa – que descrevem como as coisas estão dispostas no espaço

    e como as mensagens embutidas neste arranjo podem ser interpretadas por meio da navegação

    espacial; 2) commodity e capital – que representam o papel sintático e semântico do edifício na

    definição de um sistema de trocas materiais e simbólicas. Estas duas facetas são objetivamente

    representadas pelo layout de curta duração das exposições e pelo layout de longa duração do edifício

    que as abriga. Tal fenômeno é investigado na Bienal de São Paulo (BSP), expressão que designa um

    edifício (projetado por Oscar Niemeyer e equipe em 1954) e um conjunto de exposições (com 34

    edições, 31 delas realizadas no mesmo pavilhão). Essa longa sobreposição entre edifício e exposições

    fornece evidências robustas para a discussão proposta, que foram obtidas por meio de estudos

    diacrônicos exploratórios (sobre 30 BSP, de 1957 a 2018) e por meio de estudos de casos específicos

    estruturados (sobre 9 BSP). Estes estudos permitiram delimitar: a) o território em que a mediação

    especial acontece – um sistema espacial aberto o bastante para suportar uma multiplicidade de

    ocupações, mas fechado o suficiente para estruturar minimamente o movimento; b) como ela funciona

    – por meio da transformação de um sistema espacial que é simultaneamente complexo e genérico em

    um sistema altamente específico. O primeiro aspecto requereu o desenvolvimento de três modelos de

    representação – complexo, genérico e específico, que descrevem os sistemas espaciais de edifício e

    exposições com base em diferentes critérios, gerando com isso níveis distintos de configurações das

    redes. E o segundo possibilitou a caracterização de dois tipos de mediação especial, exposição como

    meio e exposição como fim, cujas características descrevem como os atributos e elementos que

    constituem o layout da exposição estão situados em relação àqueles dos layouts do edifício, se dentro

    dos seus limites ou se para além deles (relacionados aos conceitos de mercadoria e mercantilização,

    respectivamente). Por fim, essa abordagem, que se baseia na distinção entre layouts perenes e

    efêmeros, pode fornecer novas perspectivas de pensamento morfológico para a concepção e estudo

    de usos e arranjos internos de outros tipos de edifícios e espaços.


  • Mostrar Abstract
  • This thesis defends the concept of spatial mediation as configurational strategies for the exchange

    between people and things which are particularly evident in exhibition spaces – whose main function

    is precisely to foster these exchanges. In contrast to other types of mediation, spatial mediation occurs

    not through educators or technological devices, but through the system that structures the interaction

    between displayed contents and its visitors. This concept is characterized by a double-faceted logic

    that concerns the very definition of exhibition spaces – settings for exchange that operate through

    the display of artifacts, for cultural and economic purposes. These two facets are made up of pairs of

    concepts that address the following issues: 1) discourse and narrative – which describe how things

    are arranged in space and how the messages embedded in this arrangement can be interpreted

    through spatial navigation; 2) commodity and capital – which represent the syntactic and semantic

    role of the building in defining a system of material and symbolic exchanges. These two facets are

    objectively represented by the short-term layout of the exhibitions and the long-term layout of the

    building that houses it. This phenomenon is investigated at the Bienal de São Paulo (BSP), an

    expression that designates both a building (designed by Oscar Niemeyer and his team in 1954), and

    a set of exhibitions (with 34 editions, 31 of which held in the same pavilion). This long overlap

    between building and exhibitions provides robust evidence for the proposed discussion, which was

    obtained through exploratory diachronic studies (on 30 BSP, from 1957 to 2018) and through

    specific case studies (on 9 BSP). These studies allowed us to delimit: a) the territory in which spatial

    mediation takes place – a spatial system open enough to support a multiplicity of occupations, but

    closed enough to minimally structure the movement; b) how it works – by transforming a spatial

    system that is simultaneously complex and generic into a system that is highly specific. The first

    aspect required the development of three representation models – complex, generic, and specific, to

    describe the spatial systems of buildings and exhibitions based on different criteria, thus generating

    different levels of network configurations. And the latter enabled the characterization of two types

    of special mediation, space as a means and space as an end, whose characteristics describe how the

    attributes and elements of the exhibition layout are situated in relation to those of the building layout,

    whether within its limits or beyond them (the former related to the notion of commodity and the

    latter to a process of commodification). Finally, this approach, which is essentially based on the

    distinction between perennial and ephemeral layouts, can provide new perspectives of morphological

    thinking for the design and study of uses and internal arrangements of other types of buildings and

    spaces.

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  • SÁVIO SILVA DE ALMEIDA

  • REPENSAR O DIREITO À CIDADE NO BRASIL: do discurso racista da democracia racial ao discurso das rappers negras recifenses

  • Orientador : CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • IZABELLA GALERA
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • FLAVIA DA SILVA CLEMENTE
  • LIANA LEWIS
  • RAQUEL DE ARAGAO UCHOA FERNANDES
  • Data: 15/08/2022

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  • O espaço urbano brasileiro é grafado por heranças do seu período escravista, como as desigualdades de gênero, de raça e de classe. Sendo assim, a cidade não é um espaço democrático no Brasil. Esse processo além de afetar negativamente os afetos e a autoestima das pessoas negras, lançou-as em bairros com um perfil de menor renda média por domicílio, maior densidade demográfica, maior adensamento populacional por domicílio e maior taxa de mulheres responsáveis pelo domicílio, além de menor acesso à educação, renda e uma menor longevidade. Porém, do lugar (os bairros negros da RPA 2 da Cidade do Recife) surge o discurso de jovens rappers negras que promove a autoestima e reivindica a dignidade e os direitos dessa população. A hipótese é que há uma relação entre o lugar e o discurso das rappers negras. O objetivo geral é analisar como o rap, enquanto discurso urbano e feminista negro, contribui para a promoção do direito humano à cidade, em Recife/PE. Partindo da compreensão ontológica do ser social, o presente estudo utiliza a análise do discurso como base teórica e metodológica para analisar os discursos urbanos de jovens rappers alinhadas ao feminismo negro. Foram feitas visitas de campo ao Recital Boca no Trombone, em Água Fria, e à Batalha do Terminal, em Água Fria e na Bomba do Hemetério, Recife-PE, pesquisas no Youtube e no Instagram, nas páginas das rappers e dos movimentos responsáveis pelos eventos culturais supracitados, bem como revisão bibliográfica e de dados sobre a desigualdade socioespacial no Recife. As visitas de campo serviram para conhecer as batalhas de rap e o recital de poesia, bem como tomar conhecimento dos discursos que ali circulam. As pesquisas no Youtube e no Instagram serviram para ter acesso às poesias e imagens dos eventos, além das imagens registradas pelo autor da pesquisa. A revisão bibliográfica e de dados se baseou na revisão de literatura acerca da pesquisa, que envolveu livros, artigos e publicações governamentais. Os resultados demonstraram a relação entre o lugar e o discurso das rappers. A Batalha do Terminal e o Recital Boca no Trombone, que acontecem na Bomba do Hemetério e em Água Fria, são espaços onde jovens negros discursam, através da poesia e do rap, sobre os seus afetos e sobre as suas pautas políticas


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  • O espaço urbano brasileiro é grafado por heranças do seu período escravista, como as desigualdades de gênero, de raça e de classe. Sendo assim, a cidade não é um espaço democrático no Brasil. Esse processo além de afetar negativamente os afetos e a autoestima das pessoas negras, lançou-as em bairros com um perfil de menor renda média por domicílio, maior densidade demográfica, maior adensamento populacional por domicílio e maior taxa de mulheres responsáveis pelo domicílio, além de menor acesso à educação, renda e uma menor longevidade. Porém, do lugar (os bairros negros da RPA 2 da Cidade do Recife) surge o discurso de jovens rappers negras que promove a autoestima e reivindica a dignidade e os direitos dessa população. A hipótese é que há uma relação entre o lugar e o discurso das rappers negras. O objetivo geral é analisar como o rap, enquanto discurso urbano e feminista negro, contribui para a promoção do direito humano à cidade, em Recife/PE. Partindo da compreensão ontológica do ser social, o presente estudo utiliza a análise do discurso como base teórica e metodológica para analisar os discursos urbanos de jovens rappers alinhadas ao feminismo negro. Foram feitas visitas de campo ao Recital Boca no Trombone, em Água Fria, e à Batalha do Terminal, em Água Fria e na Bomba do Hemetério, Recife-PE, pesquisas no Youtube e no Instagram, nas páginas das rappers e dos movimentos responsáveis pelos eventos culturais supracitados, bem como revisão bibliográfica e de dados sobre a desigualdade socioespacial no Recife. As visitas de campo serviram para conhecer as batalhas de rap e o recital de poesia, bem como tomar conhecimento dos discursos que ali circulam. As pesquisas no Youtube e no Instagram serviram para ter acesso às poesias e imagens dos eventos, além das imagens registradas pelo autor da pesquisa. A revisão bibliográfica e de dados se baseou na revisão de literatura acerca da pesquisa, que envolveu livros, artigos e publicações governamentais. Os resultados demonstraram a relação entre o lugar e o discurso das rappers. A Batalha do Terminal e o Recital Boca no Trombone, que acontecem na Bomba do Hemetério e em Água Fria, são espaços onde jovens negros discursam, através da poesia e do rap, sobre os seus afetos e sobre as suas pautas políticas

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  • JAIME LUÍS JEMUCE
  • A questão da insegurança da posse da terra da população de baixa renda, no Distrito e Vila Municipal de Boane, Moçambique

  • Orientador : TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSÉ GIL VICENTE
  • DANIELLE DE MELO ROCHA
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • ROSA MARIA CORTES DE LIMA
  • TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • Data: 31/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • A presente tese procura trazer um aprofundamento para a compreensão da
    gestão de terra em Moçambique. A segurança de posse é também garantida por meio
    das provas testemunhais ou pelo registro dos direitos dos ocupantes. No entanto,
    embora reconhecidas, as provas testemunhais, orais, são provisórias, insuficientes e, por
    vezes, vazias, sobretudo em contextos de grande pressão sobre a terra como o atual. As
    normas escritas prevalecem sobre as orais e, com isto, a posse de um título registrado
    junto aos serviços de geografia e cadastro (DUAT), embora não evite que os seus
    detentores percam suas terras, permite melhores condições de negociação e
    compensação em casos de reassentamento ou tentativas de usurpação de terras,
    inclusive por membros da própria comunidade que se aliam aos poderes financeiros. No
    momento em que surgem vários debates sobre a privatização da terra, em Moçambique,
    a questão continua profundamente ligada ao regime de propriedade da terra, em vigor
    em Moçambique, desde a independência nacional. Àquela altura, o país havia
    nacionalizado a terra, estabelecendo a propriedade estatal sobre todos os recursos
    naturais. A privatização da terra corresponde a um processo de passagem do regime de
    propriedade pública da terra para um regime de propriedade privada, num cenário que
    opõe diferentes grupos de atores, nacionais e internacionais, quanto ao seu
    enquadramento jurídico, sua pertinência e as suas modalidades no contexto
    moçambicano. Portanto, transferir a propriedade da terra do Estado para o setor privado,
    pode estabelecer a anarquia e um uso pouco responsável da terra. Numa situação de
    privatização, a terra se transformaria num bem transacionável e, que traria benefícios
    financeiros imediatos. Porém, a longo prazo, traria efeitos nefastos, pois, trata-se do
    único recurso que as famílias no meio rural possuem. Ao campesinato, interessa que a
    terra continue como propriedade do Estado, de modo que os cidadãos e outros
    interessados adquiram o direito de uso e aproveitamento. Dessa maneira, indiretamente,
    torna-se possível a apropriação pelos próprios camponeses.


  • Mostrar Abstract
  • Em Moçambique, o debate sobre a terra não termina, porque esta é reafirmada como propriedade do Estado.  Portanto, muitos elementos necessitam de clarificação e melhoria nos mecanismos de gestão e de uso da terra.  Os direitos dos “usuários” “tradicionais”, a concessão para exploração privada, os conflitos de uso por atividade de tipo de agentes econômicos, as diferentes formas de transferibilidade e de negócio ilícito da terra, aplicações indevidas da lei, entre outros aspectos, persistem, em determinados discursos políticos ou decisões politico-administrativas. Todavia, o objetivo continua sendo o de melhorar o uso econômico, social e ambiental da terra, protegendo e reforçando a soberania.

    Com o aparecimento do debate sobre o saque de terra, o desenvolvimento rural é de importância crescente para a agenda política de organizações internacionais e governos em África. Depois de longo período de não intervenção, há uma preocupação de como lidar com a terra rural como beneficiar do atual boom em investimentos na terra, evitando as implicações negativas. À medida que as intervenções ocorrem, presta-se muita atenção à forma de proteção dos direitos das pessoas locais de baixa renda, por um lado, e ao estimulo para que os investidores tornem as suas intervenções mais “responsáveis”, por outro.  

6
  • RAFAEL DEMETRIUS RODRIGUES DE SOUSA
  • DESAFIOS DA APLICAÇÃO DOS RECURSOS DOS ROYALTIES DA EXTRAÇÃO DO PETRÓLEO NO BRASIL PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA ESFERA MUNICIPAL

  • Orientador : EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • MARIA DO CARMO MARTINS SOBRAL
  • AGASSIEL DE MEDEIROS ALVES
  • SÉRGIO LUIZ FREIRE COSTA
  • Data: 26/09/2022

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  • Esta tese trata de uma pesquisa de caráter exploratória e natureza quali-quantitativa com os principais atores da cadeia de exploração e produção de petróleo no município de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte: Petrobrás (Gerência da unidade RN-CE), sindicatos funcionais (Presidência do Sindipetro), empresariais (Presidência da Redepetro) e gestor público (Prefeito Municipal). Para a coleta de dados, foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado, com questões abertas e focadas em descobrir os impactos sociais, econômicos e ambientais da privatização da exploração de petróleo em terra e a capacidade do Estado acompanhar e fiscalizar os investimentos oriundos da compensação dos royalties do petróleo oriundos da iniciativa privada, verificando se os valores arrecadados nas participações governamentais serão capazes de propiciar o desenvolvimento sustentável dos municípios produtores de petróleo. Os resultados coletados, comprovam que o modelo compensatório dos royalties do petróleo, até então explorados pela iniciativa pública causou efeitos políticos, econômicos, sociais e ambientais devastadores no município de Mossoró, que somaram cifras vultuosas, sem um marco regulatório eficaz. Com a abertura do capital e a conversão da exploração petrolífera para a iniciativa privada, os interesses econômicos prevaleceram, com a exploração dos poços de maior viabilidade, reduzindo o pagamento dos royalties, as compensações aos proprietários de terras produtivas, gerando menos empregos, impostos e reduzindo a atratividade econômica, enquanto os danos ambientais da exploração foram maximizados pela falta de compromisso com a sustentabilidade por parte do capital privado.


  • Mostrar Abstract
  • Esta tese trata de uma pesquisa de caráter exploratória e natureza quali-quantitativa com os principais atores da cadeia de exploração e produção de petróleo no município de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte: Petrobrás (Gerência da unidade RN-CE), sindicatos funcionais (Presidência do Sindipetro), empresariais (Presidência da Redepetro) e gestor público (Prefeito Municipal). Para a coleta de dados, foi utilizado um roteiro de entrevista semiestruturado, com questões abertas e focadas em descobrir os impactos sociais, econômicos e ambientais da privatização da exploração de petróleo em terra e a capacidade do Estado acompanhar e fiscalizar os investimentos oriundos da compensação dos royalties do petróleo oriundos da iniciativa privada, verificando se os valores arrecadados nas participações governamentais serão capazes de propiciar o desenvolvimento sustentável dos municípios produtores de petróleo. Os resultados coletados, comprovam que o modelo compensatório dos royalties do petróleo, até então explorados pela iniciativa pública causou efeitos políticos, econômicos, sociais e ambientais devastadores no município de Mossoró, que somaram cifras vultuosas, sem um marco regulatório eficaz. Com a abertura do capital e a conversão da exploração petrolífera para a iniciativa privada, os interesses econômicos prevaleceram, com a exploração dos poços de maior viabilidade, reduzindo o pagamento dos royalties, as compensações aos proprietários de terras produtivas, gerando menos empregos, impostos e reduzindo a atratividade econômica, enquanto os danos ambientais da exploração foram maximizados pela falta de compromisso com a sustentabilidade por parte do capital privado.

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  • MARIA AMANDA MARTINEZ ELVIR
  • O Povo Rama e o Canal: um estudo sobre a relação com o espaço da comunidade Rama de Bangkukuk Taik, na Nicarágua, e os possíveis impactos de um canal interoceânico

  • Orientador : CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • ANA CLAUDIA RODRIGUES DA SILVA
  • JANSSEN FELIPE DA SILVA
  • MARION TEODOSIO DE QUADROS
  • MARIA LUISA ACOSTA
  • GLADYS TZUL TZUL
  • Data: 08/11/2022

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  • A Nicarágua é um país que tem pago um preço muito alto devido à sua localização geográfica no mapa político e econômico do mundo e as características físicas do seu território. Localizada no centro da fronteira mundial, que divide as regiões ocupadas pelos países desenvolvidos e o dito terceiro mundo, o país possui uma localização estratégica com características naturais no seu território que fazem dele um cenário perfeito para os fluxos de capital. O que há de singular na situação geográfica da Nicarágua é o fato de que o rio San Juan, que inicia no mar do Caribe, percorre grande parte do país e se conecta com o grande lago Cocibolca, torna economicamente viável a construção de um canal que liga os oceanos Atlântico e Pacífico. Os projetos canaleros  pensados ao longo de séculos para o país, sempre surgiram a partir das interpretações do conceito de desenvolvimento e produção do espaço das áreas do Pacífico da Nicarágua, embora os principais afetados e afetadas sempre fossem as populações do Atlântico ou Caribe, onde existe a maior concentração de populações indígenas e afrodescendentes. Observando o choque entre mundos, culturas e produções espaciais distintas, o objetivo desta pesquisa é analisar como o povoado Rama de Bangkukuk Taik, na Nicarágua, se relaciona com o espaço a fim de descrever de que forma o projeto do Grande Canal Interoceânico afetaria esta relação espacial e a cultura deste povo. A partir de uma descrição do papel que a cosmovisão Rama ocupa nas formas particulares de produzir espaço no território da floresta, buscou-se problematizar a reprodução da colonialidade através do espaço. Nesta pesquisa refletiu-se sobre outros conceitos espaciais, a  partir das  cosmovisões indígenas, a fim de possibilitar uma aproximação a outras formas de se enxergar o mundo para além da razão urbana/ocidental. 


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  • A Nicarágua é um país que tem pago um preço muito alto devido à sua localização geográfica no mapa político e econômico do mundo e as características físicas do seu território. Localizada no centro da fronteira mundial, que divide as regiões ocupadas pelos países desenvolvidos e o dito terceiro mundo, o país possui uma localização estratégica com características naturais no seu território que fazem dele um cenário perfeito para os fluxos de capital. O que há de singular na situação geográfica da Nicarágua é o fato de que o rio San Juan, que inicia no mar do Caribe, percorre grande parte do país e se conecta com o grande lago Cocibolca, torna economicamente viável a construção de um canal que liga os oceanos Atlântico e Pacífico. Os projetos canaleros  pensados ao longo de séculos para o país, sempre surgiram a partir das interpretações do conceito de desenvolvimento e produção do espaço das áreas do Pacífico da Nicarágua, embora os principais afetados e afetadas sempre fossem as populações do Atlântico ou Caribe, onde existe a maior concentração de populações indígenas e afrodescendentes. Observando o choque entre mundos, culturas e produções espaciais distintas, o objetivo desta pesquisa é analisar como o povoado Rama de Bangkukuk Taik, na Nicarágua, se relaciona com o espaço a fim de descrever de que forma o projeto do Grande Canal Interoceânico afetaria esta relação espacial e a cultura deste povo. A partir de uma descrição do papel que a cosmovisão Rama ocupa nas formas particulares de produzir espaço no território da floresta, buscou-se problematizar a reprodução da colonialidade através do espaço. Nesta pesquisa refletiu-se sobre outros conceitos espaciais, a  partir das  cosmovisões indígenas, a fim de possibilitar uma aproximação a outras formas de se enxergar o mundo para além da razão urbana/ocidental. 

2021
Dissertações
1
  • BEATRIZ MEUNIER FERRAZ
  • De que lado você mora? Rupturas morfológicas e legislativas na zona noroeste da cidade do Recife

  • Orientador : CRISTIANO FELIPE BORBA DO NASCIMENTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTIANO FELIPE BORBA DO NASCIMENTO
  • JOSE DE SOUZA BRANDAO NETO
  • LUCY DONEGAN
  • VINÍCIUS DE MORAES NETTO
  • Data: 10/06/2021

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  • Esta dissertação descreve e analisa variações nos padrões da forma edilícia resultante de parâmetros legislativos de ocupação em ruas da zona noroeste da cidade do Recife, em Pernambuco. Especificamente, analisa-se o tratamento diferenciado de normativas em uma área da cidade constituída por 12 bairros – a Área de Reestruturação Urbana (ARU) definida pela lei municipal de 2001 (Lei dos 12 Bairros), que impôs restrições relativas à ocupação do solo, gabarito, solo natural e aspectos da interface do edifício com a rua, enquanto outras áreas da cidade seguiram regidas por leis com parâmetros mais permissivos e atrativos ao mercado imobiliário. Questiona-se se existe alguma condição locacional ou morfológica diferenciada nesta área restrita que justifique a distinção social proporcionada por privilégios legais que definem padrões de ocupação do solo mais amigáveis em relação ao restante da cidade. Tem-se como suporte teórico a apreensão da cidade como um sistema socioespacial proposto pela Teoria da Lógica Social do Espaço, cujo instrumental descritivo-analítico foi usado para análises da malha urbana, compreendendo a inserção da zona noroeste no contexto do Recife, a sua articulação e relações com a estrutura viária e as particularidades dessa malha. Para comparar áreas com legislações diferentes, tem-se como objeto empírico ruas da zona noroeste do Recife que limitam a borda do zoneamento da ARU, que mostrou evidenciar diferenças resultantes da adoção de leis distintas em uma mesma localidade. Análises caracterizam uma área continuamente privilegiada em termos locacionais, com diferenciações da forma edilícia relacionadas à localização na malha e condicionadas por legislações diversas, impactando em modos de morar e de vivenciar a rua. Observa-se que continuidades morfológicas viárias ou edilícias da zona noroeste não foram primordiais para o traçado do zoneamento da ARU; fatores socioeconômicos podem ser motivos mais evidentes agindo na delimitação, e diferenciação, desta área.


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  • Esta dissertação descreve e analisa variações nos padrões da forma edilícia resultante de parâmetros legislativos de ocupação em ruas da zona noroeste da cidade do Recife, em Pernambuco. Especificamente, analisa-se o tratamento diferenciado de normativas em uma área da cidade constituída por 12 bairros – a Área de Reestruturação Urbana (ARU) definida pela lei municipal de 2001 (Lei dos 12 Bairros), que impôs restrições relativas à ocupação do solo, gabarito, solo natural e aspectos da interface do edifício com a rua, enquanto outras áreas da cidade seguiram regidas por leis com parâmetros mais permissivos e atrativos ao mercado imobiliário. Questiona-se se existe alguma condição locacional ou morfológica diferenciada nesta área restrita que justifique a distinção social proporcionada por privilégios legais que definem padrões de ocupação do solo mais amigáveis em relação ao restante da cidade. Tem-se como suporte teórico a apreensão da cidade como um sistema socioespacial proposto pela Teoria da Lógica Social do Espaço, cujo instrumental descritivo-analítico foi usado para análises da malha urbana, compreendendo a inserção da zona noroeste no contexto do Recife, a sua articulação e relações com a estrutura viária e as particularidades dessa malha. Para comparar áreas com legislações diferentes, tem-se como objeto empírico ruas da zona noroeste do Recife que limitam a borda do zoneamento da ARU, que mostrou evidenciar diferenças resultantes da adoção de leis distintas em uma mesma localidade. Análises caracterizam uma área continuamente privilegiada em termos locacionais, com diferenciações da forma edilícia relacionadas à localização na malha e condicionadas por legislações diversas, impactando em modos de morar e de vivenciar a rua. Observa-se que continuidades morfológicas viárias ou edilícias da zona noroeste não foram primordiais para o traçado do zoneamento da ARU; fatores socioeconômicos podem ser motivos mais evidentes agindo na delimitação, e diferenciação, desta área.

2
  • PEDRO AUGUSTO QUEIROZ DE SOUZA
  • ENTRE A POLÍTICA E O VERNACULAR, O GESTO DE CONSTRUIR PAISAGEM EM RIO BRANCO, ACRE

  • Orientador : ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • RENATA CAMPELLO CABRAL
  • LUCIA MARIA DE SIQUEIRA CAVALCANTI VERAS
  • MÁRCIO RODRIGO COELHO DE CARVALHO
  • PAULO JOSÉ LISBOA NOBRE
  • Data: 20/08/2021

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  • A cidade de Rio Branco - capital do estado do Acre – vem sendo inventada e reinventada ao longo dos anos, seja nos literatos e trabalhos científicos ao reproduzirem a narrativa da “história oficial” institucionalizada, seja na sua paisagem por meio das intervenções urbanas de motivação política que acontecem desde meados do século XX em busca da suposta “modernidade”. A partir dos anos 2000 emerge o discurso por parte do Governo Estadual com intenção de fomentar certa identidade cultural e sentimento de pertencimento da população que estariam materializados em uma paisagem idealizada de caráter cenográfico para legitimar um legado político no centro histórico com vistas ao reconhecimento patrimonial. Pesquisas históricas revelam que outros tipos arquitetônicos formavam uma paisagem primitiva ou vernacular, de gestos sociais, que ainda resiste ao tempo. Então, quais seriam, de fato, os atributos da paisagem acreana? A abordagem teórica da pesquisa parte da discussão da própria palavra paisagem e seus múltiplos significados para chegar aos conceitos-chave de duas modalidades paisagísticas coexistentes que permeiam o trabalho: a paisagem vernacular e a paisagem política, cunhados principalmente por John B. Jackson e Jean-Marc Besse. Assim, tem-se como objetivo verificar a legitimidade dos atributos da paisagem política defendida pelo Estado, segundo a proposta de proteção patrimonial, em contraponto aos atributos da paisagem vernacular. Para isso, a metodologia desenvolvida partiu da historiografia cultural, estruturada na forma de pesquisa documental, tendo como suporte material mapas, fotografias e legislações urbanas que tangenciam a preservação do patrimônio cultural. Neste percurso, com o apoio de teóricos da fotografia como Boris Kossoy, Erwin Panofsky, Ana Maria Mauad e Zita Possamai, foi realizada a análise iconográfica do álbum fotográfico Encontro da História do Acre – Estado 50 Anos para identificar, entre os descritores icônicos, que paisagem se sobressai no imaginário social enquanto representação da cidade de Rio Branco e as implicações na valoração do que deve ser preservado.


  • Mostrar Abstract
  • O objetivo geral da pesquisa é discutir a legitimidade da paisagem urbana acreana considerando uma arquitetura imposta numa paisagem política que se pretende preservar como histórica e uma vernacular em extinção. Os objetivos específicos consistem em:

     1. Investigar os processos de formação da região central de Rio Branco tendo as noções de Paisagem Política e Paisagem Vernacular como chaves para a interpretação da paisagem em estudo;

    2. Analisar os projetos de intervenção realizados no sítio histórico em questão e a legislação patrimonial estadual, bem como os bens e polígonos que possuem alguma proteção;

    3. Compreender os critérios e justificativas dos processos de tombamento em andamento pela superintendência do IPHAN no Acre;

    4. Indicar os atributos da área que não estão sendo levados em consideração no processo de tombamento em curso pelo IPHAN/AC.

3
  • TALYS NAPOLEÃO MEDEIROS
  • REQUALIFICAÇÃO URBANA A PARTIR DE SÍTIOS FERROVIÁRIOS OBSOLETOS: o caso da Estrada de Ferro Central de Pernambuco

  • Orientador : NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • RENATA CAMPELLO CABRAL
  • ONILDA GOMES BEZERRA
  • MANOELA ROSSINETTI RUFINONI
  • Data: 27/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • O processo institucionalizado de desmonte do transporte ferroviário no Brasil, ocorrido na segunda metade do século XX, levou à desativação de várias estradas de ferro pelo país. Neste contexto, a Estrada de Ferro Central de Pernambuco (EFCP), implantada a partir de 1881 entre o Recife e o interior do referido estado, atravessando 25 municípios e com 608km de extensão, foi completamente desativada no final dos anos 1990. A sua infraestrutura tornou-se inoperante e perdeu a função original, o que levou os sítios ocupados pelos leitos e pátios ferroviários em meio urbano e seus vestígios materiais a serem afetados por um grave processo de degradação. Estes elementos possuem uma forte relação com a conformação e/ou a consolidação das localidades que atravessam, além de serem parte do legado ferroviário, o que aponta para a possibilidade de reconhecimento como bens de interesse histórico-cultural. No entanto, no âmbito brasileiro, o patrimônio ferroviário sofre com uma abordagem fragmentada e descontextualizada pelos órgãos de proteção, que prioriza, em grande parte dos casos, a salvaguarda do edifício da estação em detrimento dos demais elementos. Por outro lado, considerando os sítios ferroviários obsoletos como eixos físicos contínuos e linearmente dispostos em meio à cidade, evidenciam-se potencialidades para sua reutilização, o que traz à tona a discussão sobre as intervenções que podem ocorrer nestes espaços. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar os sítios ferroviários obsoletos decorrentes da EFCP a fim de avaliá-los como elementos estruturadores para processos de requalificação urbana, considerando seu caráter como bem de interesse histórico-cultural. Para tanto, a pesquisa aborda o processo de reconhecimento do legado ferroviário como bem patrimonial, suas particularidades e os desafios para sua salvaguarda; bem como a relação entre preservação e reutilização de seus espaços obsoletos no âmbito do planejamento urbano. Após a contextualização sobre o percurso histórico do modal ferroviário no Brasil, a EFCP, e os marcos legais atualmente incidentes sobre estes bens, os sítios desta ferrovia localizados em 17 sedes de município do interior de Pernambuco são caracterizados e analisados. As experiências de intervenção em espaços deste tipo são abordadas e confrontadas entre si, apontando para a conversão em espaços livres públicos de lazer e recreação associados a redes de mobilidade ativa como uma alternativa de reutilização alinhada ao respeito pelas preexistências e ao aproveitamento da sua escala e inserção estratégica no meio urbano. Por fim, são desenvolvidas diretrizes para este tipo de intervenção, considerando as características dos sítios obsoletos da EFCP, bem como perspectivas para sua operacionalização. Desse modo, conclui-se que a conversão de sítios ferroviários obsoletos para os usos identificados é uma relevante forma de enfrentamento à problemática da desativação da infraestrutura ferroviária, que pode contribuir para a salvaguarda deste legado e a melhoria da qualidade de vida em meio urbano, além de vislumbrar-se sua aplicação como parte de uma estratégia articulada em nível nacional.


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  • O processo institucionalizado de desmonte do transporte ferroviário no Brasil, ocorrido na segunda metade do século XX, levou à desativação de várias estradas de ferro pelo país. Neste contexto, a Estrada de Ferro Central de Pernambuco (EFCP), implantada a partir de 1881 entre o Recife e o interior do referido estado, atravessando 25 municípios e com 608km de extensão, foi completamente desativada no final dos anos 1990. A sua infraestrutura tornou-se inoperante e perdeu a função original, o que levou os sítios ocupados pelos leitos e pátios ferroviários em meio urbano e seus vestígios materiais a serem afetados por um grave processo de degradação. Estes elementos possuem uma forte relação com a conformação e/ou a consolidação das localidades que atravessam, além de serem parte do legado ferroviário, o que aponta para a possibilidade de reconhecimento como bens de interesse histórico-cultural. No entanto, no âmbito brasileiro, o patrimônio ferroviário sofre com uma abordagem fragmentada e descontextualizada pelos órgãos de proteção, que prioriza, em grande parte dos casos, a salvaguarda do edifício da estação em detrimento dos demais elementos. Por outro lado, considerando os sítios ferroviários obsoletos como eixos físicos contínuos e linearmente dispostos em meio à cidade, evidenciam-se potencialidades para sua reutilização, o que traz à tona a discussão sobre as intervenções que podem ocorrer nestes espaços. Assim, o objetivo desta pesquisa é analisar os sítios ferroviários obsoletos decorrentes da EFCP a fim de avaliá-los como elementos estruturadores para processos de requalificação urbana, considerando seu caráter como bem de interesse histórico-cultural. Para tanto, a pesquisa aborda o processo de reconhecimento do legado ferroviário como bem patrimonial, suas particularidades e os desafios para sua salvaguarda; bem como a relação entre preservação e reutilização de seus espaços obsoletos no âmbito do planejamento urbano. Após a contextualização sobre o percurso histórico do modal ferroviário no Brasil, a EFCP, e os marcos legais atualmente incidentes sobre estes bens, os sítios desta ferrovia localizados em 17 sedes de município do interior de Pernambuco são caracterizados e analisados. As experiências de intervenção em espaços deste tipo são abordadas e confrontadas entre si, apontando para a conversão em espaços livres públicos de lazer e recreação associados a redes de mobilidade ativa como uma alternativa de reutilização alinhada ao respeito pelas preexistências e ao aproveitamento da sua escala e inserção estratégica no meio urbano. Por fim, são desenvolvidas diretrizes para este tipo de intervenção, considerando as características dos sítios obsoletos da EFCP, bem como perspectivas para sua operacionalização. Desse modo, conclui-se que a conversão de sítios ferroviários obsoletos para os usos identificados é uma relevante forma de enfrentamento à problemática da desativação da infraestrutura ferroviária, que pode contribuir para a salvaguarda deste legado e a melhoria da qualidade de vida em meio urbano, além de vislumbrar-se sua aplicação como parte de uma estratégia articulada em nível nacional.

4
  • WILSON DE BARROS FEITOSA JUNIOR
  • O JARDINEIRO COMO ARTÍFICE NA CONSERVAÇÃO DO JARDIM HISTÓRICO

  • Orientador : ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
  • RENATA CAMPELLO CABRAL
  • TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • JOELMIR MARQUES DA SILVA
  • ALDA DE AZEVEDO FERREIRA
  • ALINE DE FIGUEIROA SILVA
  • Data: 30/08/2021

  • Mostrar Resumo
  • O jardineiro nasce com o jardim e vice-versa. Contudo, ao longo do tempo a relação entre sujeito e objeto começa a se desassociar. A trajetória do personagem jardineiro caminha desde sua associação com a natureza primária, em um estado de transição entre agricultor e jardineiro no qual aparece como figura corriqueira e cotidiana até sua apresentação em polos distintos. O primeiro, o jardineiro-criador, é dotado de certa erudição e prestígio, seja pelo conhecimento repassado oralmente ou mais tarde, já nas universidades, enquanto que o jardineiro-mantenedor ocupa o trabalho de caráter braçal, muitas vezes materializado na figura do escravizado ou ex-escravizado. Com o tempo o primeiro começa a perder sua vinculação com o título de jardineiro até se consolidar de fato como arquiteto paisagista; já o segundo, relegado como profissão inferior, justamente por ser mais das mãos que da mente, passa por um processo de marginalização. O jardim histórico, que possui condições estreitas de conservação, acaba sofrendo mais gravemente com sua ausência. O objetivo deste trabalho é discutir a relação entre o ofício do jardineiro e a condição de artífice para a conservação do jardim histórico de forma a explicitar sua relevância patrimonial. Para isso, a pesquisa se propõe a localizar o jardineiro na dimensão artística do jardim, enquadrando seu papel como artífice em contraposição ao paisagista que assume o lugar de artista e ganha reconhecimento isolado. A partir das categorias habilidade, comprometimento e juízo, abordadas por Richard Sennett, constrói-se o perfil do saber jardineiro, solidificando o arquétipo do jardineiro artífice a partir dos escritos de tratados e manuais de agricultura de jardinagem na Europa e Brasil. Trata-se de abordar a prática do jardineiro na história e no contexto patrimonial brasileiro e pontuada a falta de reconhecimento em comparação a outros artífices patrimoniais que passaram pelo processo de reconhecimento, o que difere de países como França, Itália e Japão. Por fim, partindo da análise de entrevistas com técnicos e jardineiros do Sítio Roberto Burle Marx, atesta-se a equivalência deste ao jardineiro artífice, apto para a conservação do jardim histórico, porém vivendo séria ameaça de continuidade desse saber-fazer. Defende-se aqui a possibilidade de reconhecimento de seu ofício e saber como patrimônio imaterial.


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  • O jardineiro nasce com o jardim e vice-versa. Contudo, ao longo do tempo a relação entre sujeito e objeto começa a se desassociar. A trajetória do personagem jardineiro caminha desde sua associação com a natureza primária, em um estado de transição entre agricultor e jardineiro no qual aparece como figura corriqueira e cotidiana até sua apresentação em polos distintos. O primeiro, o jardineiro-criador, é dotado de certa erudição e prestígio, seja pelo conhecimento repassado oralmente ou mais tarde, já nas universidades, enquanto que o jardineiro-mantenedor ocupa o trabalho de caráter braçal, muitas vezes materializado na figura do escravizado ou ex-escravizado. Com o tempo o primeiro começa a perder sua vinculação com o título de jardineiro até se consolidar de fato como arquiteto paisagista; já o segundo, relegado como profissão inferior, justamente por ser mais das mãos que da mente, passa por um processo de marginalização. O jardim histórico, que possui condições estreitas de conservação, acaba sofrendo mais gravemente com sua ausência. O objetivo deste trabalho é discutir a relação entre o ofício do jardineiro e a condição de artífice para a conservação do jardim histórico de forma a explicitar sua relevância patrimonial. Para isso, a pesquisa se propõe a localizar o jardineiro na dimensão artística do jardim, enquadrando seu papel como artífice em contraposição ao paisagista que assume o lugar de artista e ganha reconhecimento isolado. A partir das categorias habilidade, comprometimento e juízo, abordadas por Richard Sennett, constrói-se o perfil do saber jardineiro, solidificando o arquétipo do jardineiro artífice a partir dos escritos de tratados e manuais de agricultura de jardinagem na Europa e Brasil. Trata-se de abordar a prática do jardineiro na história e no contexto patrimonial brasileiro e pontuada a falta de reconhecimento em comparação a outros artífices patrimoniais que passaram pelo processo de reconhecimento, o que difere de países como França, Itália e Japão. Por fim, partindo da análise de entrevistas com técnicos e jardineiros do Sítio Roberto Burle Marx, atesta-se a equivalência deste ao jardineiro artífice, apto para a conservação do jardim histórico, porém vivendo séria ameaça de continuidade desse saber-fazer. Defende-se aqui a possibilidade de reconhecimento de seu ofício e saber como patrimônio imaterial.

5
  • MARIA GABRIELA NUMERIANO DE SÁ GOMES
  • UM OLHAR SOBRE A PREEXISTÊNCIA: O sítio histórico de Floresta-PE, a percepção dos moradores  e a salvaguarda do patrimônio cultural

  • Orientador : NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • RENATA CAMPELLO CABRAL
  • FLAVIANA BARRETO LIRA
  • JOSÉ CLEWTON DO NASCIMENTO
  • Data: 31/08/2021

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  • Esta dissertação pretende identificar qual a percepção que a população local tem e que tipo de intervenção promove do patrimônio cultural do sítio histórico. Para isso, tem-se como recorte espacial empírico a cidade de Floresta – PE, localizada no sertão pernambucano a 433 km de Recife, com recorte mais especificadamente da sua ZEIHC (Zona Especial de Interesse Histórico e Cultural), no bairro Centro. Sua paisagem se destaca pela presença de casario bem conservado, que forma o centro histórico junto de duas importantes igrejas, além dos famosos pés de tamarindos. Intenciona-se, analisar de que maneira uma pequena cidade, que detém uma legislação razoavelmente recente, pouco desenvolvida e clara sobre a preservação do patrimônio apresenta seu centro histórico bem íntegro. A hipótese é de que há um reconhecimento por parte da população, que demonstra uma percepção sobre o patrimônio, reconhecendo-o, dotando-o de valores e preservando “voluntariamente”. A investigação se dará através das pesquisas bibliográficas, pesquisas documentais, levantamento de campo (observação) e entrevistas-questionários, com a aplicação de uma ferramenta de consulta com aporte teórico-metodológico na abordagem da psicologia ambiental, da utilização recursos imagéticos abordada por Medina Filho (2013) e da metodologia com base na teoria das representações sociais utilizada por Costa (2007), aplicada junto aos atores sociais locais. Assim, pretende-se analisar de que maneira a população local reconhece o centro histórico com suas mudanças e permanência e da percepção sobre a preexistência de valor patrimonial. 


  • Mostrar Abstract
  • Esta dissertação pretende identificar qual a percepção que a população local tem e que tipo de intervenção promove do patrimônio cultural do sítio histórico. Para isso, tem-se como recorte espacial empírico a cidade de Floresta – PE, localizada no sertão pernambucano a 433 km de Recife, com recorte mais especificadamente da sua ZEIHC (Zona Especial de Interesse Histórico e Cultural), no bairro Centro. Sua paisagem se destaca pela presença de casario bem conservado, que forma o centro histórico junto de duas importantes igrejas, além dos famosos pés de tamarindos. Intenciona-se, analisar de que maneira uma pequena cidade, que detém uma legislação razoavelmente recente, pouco desenvolvida e clara sobre a preservação do patrimônio apresenta seu centro histórico bem íntegro. A hipótese é de que há um reconhecimento por parte da população, que demonstra uma percepção sobre o patrimônio, reconhecendo-o, dotando-o de valores e preservando “voluntariamente”. A investigação se dará através das pesquisas bibliográficas, pesquisas documentais, levantamento de campo (observação) e entrevistas-questionários, com a aplicação de uma ferramenta de consulta com aporte teórico-metodológico na abordagem da psicologia ambiental, da utilização recursos imagéticos abordada por Medina Filho (2013) e da metodologia com base na teoria das representações sociais utilizada por Costa (2007), aplicada junto aos atores sociais locais. Assim, pretende-se analisar de que maneira a população local reconhece o centro histórico com suas mudanças e permanência e da percepção sobre a preexistência de valor patrimonial. 

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  • CLARA GUIMARÃES MELO
  • A PRIVATIZAÇÃO DO CAIS : OS REFLEXOS DAS RECENTES PRÁTICAS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SOBRE AS MARGENS DA BACIA DO PINA, RECIFE-PE.

  • Orientador : SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • ORLANDO ALVES DOS SANTOS JUNIOR
  • Data: 21/10/2021

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  • A introdução da lógica empresarial no cerne das políticas públicas fez com que as cidades fossem readequadas à ordem econômica mundial, através da afirmação de suas competitividades e vantagens locacionais. O Planejamento Estratégico vai se constituir na prática concreta das concepções neoliberais, sendo amplamente disseminado e incorporado por diversas cidades no mundo, inclusive no Brasil. A presente pesquisa busca investigar os reflexos dessas práticas sob o contexto local de planejamento urbano da cidade do Recife-PE. Para isso, propomos a análise de  um pequeno recorte: a margem norte da bacia do Pina, que nas últimas décadas tem sido objeto do novo paradigma de Planejamento. Trata-se de uma região central, dotada de fortes condicionantes históricos, culturais, paisagísticos e ambientais que desde de então vem passando por uma intensa dinâmica de valorização, em termos especulativos. Partirmos da premissa de que, nas Margens da Bacia do Pina o Planejamento Estratégico foi utilizado como um mero mecanismo para criação de novas frentes especulativas do capital privado. Fundamentada no método do materialismo histórico e dialético, a pesquisa foi desenvolvida mediante pesquisas bibliográficas, análise de dados, projetos e planos urbanísticos. Ela tem como objetivo refletir criticamente sobre as práticas de planejamento estratégico, de forma que possa contribuir para subsidiar outros estudos relacionados ao tema e apontar novas referências para questionar a produção capitalista do espaço urbano.


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  • A introdução da lógica empresarial no cerne das políticas públicas fez com que as cidades fossem readequadas à ordem econômica mundial, através da afirmação de suas competitividades e vantagens locacionais. O Planejamento Estratégico vai se constituir na prática concreta das concepções neoliberais, sendo amplamente disseminado e incorporado por diversas cidades no mundo, inclusive no Brasil. A presente pesquisa busca investigar os reflexos dessas práticas sob o contexto local de planejamento urbano da cidade do Recife-PE. Para isso, propomos a análise de  um pequeno recorte: a margem norte da bacia do Pina, que nas últimas décadas tem sido objeto do novo paradigma de Planejamento. Trata-se de uma região central, dotada de fortes condicionantes históricos, culturais, paisagísticos e ambientais que desde de então vem passando por uma intensa dinâmica de valorização, em termos especulativos. Partirmos da premissa de que, nas Margens da Bacia do Pina o Planejamento Estratégico foi utilizado como um mero mecanismo para criação de novas frentes especulativas do capital privado. Fundamentada no método do materialismo histórico e dialético, a pesquisa foi desenvolvida mediante pesquisas bibliográficas, análise de dados, projetos e planos urbanísticos. Ela tem como objetivo refletir criticamente sobre as práticas de planejamento estratégico, de forma que possa contribuir para subsidiar outros estudos relacionados ao tema e apontar novas referências para questionar a produção capitalista do espaço urbano.

7
  • KARINE MARIA GONÇALVES CORTÊZ
  • GIACOMO PALUMBO: trajetória e obra na cidade do Recife (1919 – 1939)

  • Orientador : FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • GEORGE ALEXANDRE FERREIRA DANTAS
  • MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
  • RENATA CAMPELLO CABRAL
  • Data: 12/11/2021

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  • O projeto de pesquisa de mestrado busca analisar e construir uma narrativa sobre a obra e trajetória do arquiteto Giacomo Palumbo (1891-1966), situando-o na historiografia, na arquitetura e na cidade do Recife. Admite-se a hipótese geral de que Palumbo, diante das tensões entre o tradicional e o moderno, foi o mais importante protagonista da arquitetura do Recife e buscou imprimir nesta cidade sua visão de arquitetura e cidade. Giacomo Palumbo atuou na cidade do Recife durante toda a década de 1920 e 1930. Durante esse período, criou e produziu obras públicas e privadas seguindo um vocabulário clássico e eclético, fazendo de cada obra um exemplar que atendesse as necessidades e anseios de modernidade da época. As habilidades adquiridas na École des Beaux- Arts de Paris marcaram sua produção arquitetônica, como o Grande Hotel do Recife, a Faculdade de Medicina do Recife, o Hotel Central e o Hospital Centenário, que o qualificam como o maior expoente de arquitetura na cidade naquele período. Aproximar-se do horizonte que revela essa importância é em primeiro lugar reconhecer a sua grande dimensão e o papel central de sua produção arquitetônica – eclética, neocolonial ou art decó - para conformação da modernidade do Recife. Existem grandes lacunas e omissões na historiografia da arquitetura sobre a figura de Palumbo. Alguns trabalhos de pesquisa indicam sua presença no Brasil (Miranda, 1987, Silva, 1987, Naslavsky, 1998, Dantas, 2003), mas pouco é conhecido sobre esse arquiteto e o conjunto de sua obra. Com base nos estudos de revistas, documentos e iconografia de acervos públicos e privados, esta dissertação propõe uma abordagem mais aprofundada sobre a contribuição desse arquiteto, a partir da análise do conjunto de sua obra arquitetônica no Recife.


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  • O projeto de pesquisa de mestrado busca analisar e construir uma narrativa sobre a obra e trajetória do arquiteto Giacomo Palumbo (1891-1966), situando-o na historiografia, na arquitetura e na cidade do Recife. Admite-se a hipótese geral de que Palumbo, diante das tensões entre o tradicional e o moderno, foi o mais importante protagonista da arquitetura do Recife e buscou imprimir nesta cidade sua visão de arquitetura e cidade. Giacomo Palumbo atuou na cidade do Recife durante toda a década de 1920 e 1930. Durante esse período, criou e produziu obras públicas e privadas seguindo um vocabulário clássico e eclético, fazendo de cada obra um exemplar que atendesse as necessidades e anseios de modernidade da época. As habilidades adquiridas na École des Beaux- Arts de Paris marcaram sua produção arquitetônica, como o Grande Hotel do Recife, a Faculdade de Medicina do Recife, o Hotel Central e o Hospital Centenário, que o qualificam como o maior expoente de arquitetura na cidade naquele período. Aproximar-se do horizonte que revela essa importância é em primeiro lugar reconhecer a sua grande dimensão e o papel central de sua produção arquitetônica – eclética, neocolonial ou art decó - para conformação da modernidade do Recife. Existem grandes lacunas e omissões na historiografia da arquitetura sobre a figura de Palumbo. Alguns trabalhos de pesquisa indicam sua presença no Brasil (Miranda, 1987, Silva, 1987, Naslavsky, 1998, Dantas, 2003), mas pouco é conhecido sobre esse arquiteto e o conjunto de sua obra. Com base nos estudos de revistas, documentos e iconografia de acervos públicos e privados, esta dissertação propõe uma abordagem mais aprofundada sobre a contribuição desse arquiteto, a partir da análise do conjunto de sua obra arquitetônica no Recife.

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  • JÉSSICA LARISSA PESSÔA DE MELO
  • A CAMINHO DE CASA: LUGARES E CULTURAS ATRAVÉS DA EXPERIÊNCIA CINEMATOGRÁFICA

  • Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIA LEITAO SANTOS
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • JULIANA ANDRADE LEITAO
  • MARIA DO CARMO DE SIQUEIRA NINO
  • Data: 20/12/2021

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  • A ideia de habitar o espaço integra a existência humana desde o momento em que o indivíduo se encontra situado no mundo, percorrendo entendimentos objetivos e, ao mesmo tempo, a subjetividade do ser. A partir disso, esta dissertação toma como objeto de estudo a casa e se propõe a analisar a relação do sujeito com o espaço habitado através da lente cinematográfica em diferentes culturas, objetivando investigar os elementos materiais e imateriais presentes na apropriação da morada. Assim, seria possível refletir acerca das suas variadas representações por meio da identificação dos modos de morar, conformados pelas especificidades culturais em que se inserem. A partir da fenomenologia, alicerçada sobretudo na obra de Norberg-Schulz, o trabalho utiliza dos conceitos de lugar e do genius loci como norteadores das reflexões propostas de forma interdisciplinar, considerando a linguagem cinematográfica também como forma de expressão sociocultural, com as espacialidades e significações que retrata na imagem do filme. O percurso metodológico inclui, portanto, a análise fílmica, através dos apontamentos de Vanoyé e Goliot-Leté (1964) e, para a produção do texto, aproxima-se do ensaio teórico, com uma seleção que abrange filmes de diferentes partes do mundo.

     


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  • A ideia de habitar o espaço integra a existência humana desde o momento em que o indivíduo se encontra situado no mundo, percorrendo entendimentos objetivos e, ao mesmo tempo, a subjetividade do ser. A partir disso, esta dissertação toma como objeto de estudo a casa e se propõe a analisar a relação do sujeito com o espaço habitado através da lente cinematográfica em diferentes culturas, objetivando investigar os elementos materiais e imateriais presentes na apropriação da morada. Assim, seria possível refletir acerca das suas variadas representações por meio da identificação dos modos de morar, conformados pelas especificidades culturais em que se inserem. A partir da fenomenologia, alicerçada sobretudo na obra de Norberg-Schulz, o trabalho utiliza dos conceitos de lugar e do genius loci como norteadores das reflexões propostas de forma interdisciplinar, considerando a linguagem cinematográfica também como forma de expressão sociocultural, com as espacialidades e significações que retrata na imagem do filme. O percurso metodológico inclui, portanto, a análise fílmica, através dos apontamentos de Vanoyé e Goliot-Leté (1964) e, para a produção do texto, aproxima-se do ensaio teórico, com uma seleção que abrange filmes de diferentes partes do mundo.

     

Teses
1
  • ANDREA HALASZ GATI PORTO
  • -

  • Orientador : GUILAH NASLAVSKY
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GUILAH NASLAVSKY
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • ORIANA MARIA DUARTE DE ARAUJO
  • SILVANA BARBOSA RUBINO
  • ANA GABRIELA GODINHO
  • Data: 24/02/2021

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  • -


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  • -

2
  • VÍTOR DE FRANÇA MACIEL
  • Desregramento e Lucidez: construção de situações ébrias no Recife

  • Orientador : LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
  • CRISTIANO FELIPE BORBA DO NASCIMENTO
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • GENTIL ALFREDO MAGALHAES DUQUE PORTO FILHO
  • ORIANA MARIA DUARTE DE ARAUJO
  • Data: 05/03/2021

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  • O presente trabalho investiga a construção de ambiências singulares, onde a embriaguez se apresenta como aspecto fundamental de sua constituição, ou como o próprio conteúdo. Tais ambiências muitas vezes se apresentam como contraespaços, aqui entendidos como espaços-tempo não hegemônicos de resistência e contestação, praticados por pessoas comuns, grupos ou em proposições artísticas. Compreender essas ambiências enquanto constituição de um momento de vida singular, que integre ou aproxime arte e vida cotidiana, bem como discutir o papel da embriaguez na construção e na prática desses momentos é a principal questão motivadora da realização desta tese. A pesquisa é aprofundada por meio de experimentos que relacionam a embriaguez à transformação temporária de determinados espaços, tempos e/ou comportamentos, em uma abordagem que busca entrelaçar o desregramento da ebriedade e a lucidez científica. A partir do atravessamento entre a noção de embriaguez e de um agrupamento de potências e ideias libertárias (com ênfase em uma herança vanguardista), esta pesquisa discute as possibilidades e limitações de se pensar propostas que se localizam na fronteira entre arte e vida cotidiana e que acontecem em decorrência de atividades estéticas e lúdico-contrutivas.
     

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  • O presente trabalho propõe investigar a formação de contraespaços 
    específicos, onde a embriaguez se apresenta como aspecto fundamental, ou 
    como o próprio conteúdo, de sua constituição. Contraespaços são aqui 
    entendidos como espaços-tempo não hegemônicos (autônomos, de 
    resistência) praticados por pessoas comuns, grupos ou em proposições 
    artísticas.
    Compreender esses contraespaços enquanto constituição de um 
    momento de vida singular, que integre ou aproxime arte e vida cotidiana, bem 
    como compreender o papel da embriaguez na prática destes momentos, é a 
    principal questão motivadora da realização desta pesquisa. 
    A pesquisa se dará com estudo de casos (no contexto artístico, em 
    recife, no séc. XXI) que relacionem a noção de embriaguez e contraespaços, 
    de modo a buscar o desvio de uma experiência cotidiana automatizada. A 
    investigação será aprofundada por meio de experimentos que relacionem a 
    embriaguez à transformação temporária de determinados espaços, tempos 
    e/ou comportamentos. A partir desse atravessamento entre a noção de 
    embriaguez e de um agrupamento de potências e ideias libertárias 
    (heterotopia | situação construída), pretende-se verificar as possibilidades e 
    limitações de se pensar a realização da arte (objetivo da vanguarda) que 
    promova um “lugar outro” na vida cotidiana.
     
     
     
3
  • PAULO JOSE DE ALBUQUERQUE MARQUES DA CUNHA
  • Conservação Urbana face aos valores patrimoniais:

    a instrumentalização do patrimônio na gestão do Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti (PE)

  • Orientador : TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA PAULA MOTA DE BITENCOURT DA COSTA LINS
  • FLAVIO DE LEMOS CARSALADE
  • NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • ONILDA GOMES BEZERRA
  • TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • Data: 21/07/2021

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  • RESUMO

     

    Nas últimas décadas, a Conservação Integrada assumiu um papel de destaque na política urbana das cidades cujos bens patrimoniais são objetos de disputa pela sua apropriação e exploração. Mundialmente, vivenciou-se um debate considerável acerca da gestão do patrimônio, baseada em valores patrimoniais, envolvendo teóricos, profissionais, gestores públicos e comunidades. No Brasil, ainda que não se possa falar em um campo estruturado e na formação de técnicos da conservação, na prática, os profissionais envolvidos com o patrimônio têm buscado equilibrar políticas de desenvolvimento social, de incentivo ao turismo e de proteção aos bens patrimoniais. De alguma maneira, seja ela planejada ou inconsciente, os valores patrimoniais têm subsidiado as decisões de gestão, sendo determinantes para o êxito dos planos e projetos de intervenção. Para refletir sobre essa realidade, a presente tese adota o Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti-PMAHC como objeto de estudo, no qual os conflitos entre os envolvidos aparecem como obstáculos à boa gestão do lugar. Ao primeiro olhar, a conservação do PMAHC tem enfatizado valores mais comprometidos com os objetivos da instituição responsável pela sua gestão do que com a conservação do Parque. Para refletir sobre essa questão, a pesquisa analisou o processo de tombamento do Parque e os planos e projetos elaborados desde a sua criação, com vistas a identificar os valores que deram suporte às propostas. Além disso, analisou a estrutura administrativa para Gestão do Parque, com vistas a compreender os processos decisórios. Por fim, por meio de entrevistas com alguns atores, buscou outras formas de considerar a questão que pudessem complementar as constatações preliminares. Os resultados demonstraram que, além do contexto sociocultural e urbano, a missão das instituições que cada sujeito representa influencia fortemente a formulação dos planos de conservação, moldando-os conforme seus objetivos. que, Por mais que os valores patrimoniais tenham sido incorporados nas estruturas de gestão, o papel determinante dos valores institucionais mostra que o debate acerca das formas como os valores são racionalizados, estruturando políticas públicas e subsidiando as gestões, ainda necessita ser aprofundado.


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  • Este Memorial de Qualificação é apresentado ao Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano-MDU, como parte dos requisitos para continuidade da elaboração da Tese, depois de cumpridos 36 meses de ingresso no programa de pós-graduação. Tal exigência encontra-se no Regimento Interno do Programa, no Art.53, inciso V.
    A estrutura deste documento segue a determinação do Regimento interno, sendo composto pelas seguintes partes:
    i) texto explicativo da pesquisa em execução, situando o projeto aprovado, as alterações empreendidas no curso da investigação e o atual estágio de desenvolvimento; ou seja, um histórico explicativo e justificativo da pesquisa em curso; ii) sumário contendo resumo (com no máximo 150 palavras) sobre o conteúdo dos capítulos; iii) dois capítulos, no mínimo, sendo um de natureza teórico-metodológica e o outro empírico; iv) carta de aceitação ou cópia do trabalho apresentado, ou a ser apresentado em evento, ou publicação acadêmica de âmbito nacional ou internacional (UFPE, 2016, grifos nossos)

4
  • EUGENIA GIOVANNA SIMOES INACIO CAVALCANTI
  • ESTATUTO DA METRÓPOLE E GOVERNANÇA INTERFEDERATIVA Bases para o desenvolvimento urbano integrado do parcelamento, do uso e da ocupação do solo metropolitano

  • Orientador : MARIA ANGELA DE ALMEIDA SOUZA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA ANGELA DE ALMEIDA SOUZA
  • FLAVIO ANTONIO MIRANDA DE SOUZA
  • DANIELLE DE MELO ROCHA
  • MARIA DO LIVRAMENTO MIRANDA CLEMENTINO
  • JOSÉ ANTÔNIO APPARECIDO JÚNIOR
  • AMÉLIA MARIA DE OLIVEIRA REYNALDO
  • Data: 23/07/2021

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  • O tema central da tese é a governança interfederativa estabelecida no Estatuto da Metrópole (Lei Federal nº 13.089/2015), como condição necessária para garantir o desenvolvimento urbano integrado do parcelamento, do uso e da ocupação do solo urbano metropolitano, adotando como estudo de caso a Região Metropolitana do Recife.A tese se desenvolve a partir de três eixos, aprofundando o marco legal e o referencial teórico sobre os temas envolvidos: (i) O processo de metropolização recente sob a égide do capital financeiro e os possíveis conflitos gerados entre municípios; (ii) A função pública de interesse comum entre municípios, visando esclarecer quando o parcelamento, o uso e a ocupação do solo se enquadram nessa categoria;  e (iii) A governança metropolitana ou interfederativa como condição necessária para viabilizar a aplicabilidade dos instrumentos urbanísticos normativos dispostos no art. 9º do Estatuto da Metrópole. Tais instrumentos são: plano de desenvolvimento urbano integrado; planos setoriais interfederativos; fundos públicos; operações urbanas consorciadas interfederativas; zonas para aplicação compartilhada dos instrumentos urbanísticos previstos no Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001); consórcios públicos; convênios de cooperação; parcerias público-privadas interfederativas; contratos de gestão; e compensação por serviços ambientais ou outros serviços prestados pelo Município à unidade territorial urbana, conforme dispõe o Estatuto da Metrópole (Art. 7º, VII).


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  • The central theme of the thesis is the inter-federative governance established in the Metropolis Statute (Federal Law No. 13.089/2015), as a necessary condition to ensure the integrated urban development of the subdivision, use and occupation of metropolitan urban land, adopting it as a case study the Metropolitan Region of Recife. The thesis is developed from three axes, deepening the legal framework and the theoretical framework on the themes involved: (i) The recent metropolization process under the aegis of financial capital and the possible conflicts generated between municipalities; (ii) The public function of common interest among municipalities, aiming to clarify when subdivision, land use and occupation fall into this category; and (iii) Metropolitan or interfederative governance and the application of the legal instruments provided for in art. 9 of the Metropolis Statute. Such instruments are: integrated urban development plan; inter-federative sectoral plans; public funds; inter-federative consortium urban operations; zones for shared application of the urbanistic instruments foreseen in the City Statute, Federal Law nº 10,257/2001 (BRASIL, 2001); public consortia; cooperation agreements; inter-federative public-private partnerships; management contracts; and compensation for environmental services or other services provided by the Municipality to the urban territorial unit, as provided for in the Metropolis Statute (Art. 7, VII). As a result, the thesis presents possibilities of interfederative governance in the metropolitan management of conflicts established between municipalities in the Metropolitan Region of Recife, adopted as an empirical object of analysis of concrete problems, based on the aforementioned instruments provided for in art. 9 of the Metropolis Statute.

5
  • MIGUEL ABUDO MOMADE ALI
  • Participação Popular: Uma perspectiva dos
    Entraves e Pontos Fortes para Efetivação da Participação Popular nas Políticas Públicas no
    Município de Nampula - Moçambique entre 1988-2017

  • Orientador : EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • REMO MUTZENBERG
  • ROSA MARIA CORTES DE LIMA
  • RUSKIN FERNANDES MARINHO DE FREITAS
  • TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
  • MARIA ALEXANDRA DA SILVA MONTEIRO MUSTAFA
  • ALEXANDRE TIMBANE
  • Data: 30/07/2021

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  • O estudo em causa trata sobre a participação popular nas politicas publicas municipais na cidade de Nampula num período compreendido entre 2014 à 2017. A participação cidadão é um assunto de mera preocupação a nível intranacional. Desde 2014 Nampula experimentou um novo instrumento de participação (OP), no qual é olhado até hoje como um dos instrumentos que mais envolveu o cidadão de forma direta na gestão publica (municipal), visto que os cidadão tiveram a oportunidade de elegerem as prioridades que pudessem resolver os problemas nos seus bairros. De fato as prioridades que dali selecionadas foram executadas, talvez esse o atributo do positivo a este instrumento como uma experiência inédita em Nampula e no país. Porem, surgem algumas questões, terão os cidadãos conseguido influenciar nas tomadas decisões ou não? Será que essas prioridades representam de fato as preocupações dos cidadãos? Em funções destas fiquei preocupado a ausência de um estudo que avalia-se a qualidade da participação do cidadão diante desse processo.
    Nessa perspectiva surge me a preocupação em a partir de uma avaliação da qualidade da participação popular no processo entender quais são os entraves e pontos fortes para efetivação da participação. Esta preocupação surge porque temos assistido nesta urbe e mesmo a nível nacional que os espaços de participação são todos eles controlados pelos gestores públicos, ao ponta da população não ter influencia alguma na tomada de decisões. Será diferente nesse novo instrumento?
    O estudo conteve método fenomenológico hermenêutico, no qual foram usadas algumas técnicas de recolha de dados como focus group, entrevistas e questionários e pesquisa documental. Para aferição da qualidade nos apropriamos da proposta metodológica do DE LÁ MORA. Tivemos como participantes do estudo, os técnicos e gestores do Conselho Municipal da Cidade de Nampula (CMCN), a população do bairro de Namicopo e a Sociedade Civil (SC). Os resultados parciais demostram que em termos execução das prioridades dali eleitas tiveram bastante êxitos e ao mesmo tempo nota-se uma satisfação por partes da população, sociedade civil e do próprio CMCN. Porém a participação do cidadão ainda está longe de influenciar nas tomadas de decisões. Visto que os resultados até aqui obtidos apontam para uma baixa qualidade de participação popular no Orçamento Participativo.


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  • O estudo em causa trata sobre a participação popular nas politicas publicas municipais na cidade de Nampula num período compreendido entre 2014 à 2017. A participação cidadão é um assunto de mera preocupação a nível intranacional. Desde 2014 Nampula experimentou um novo instrumento de participação (OP), no qual é olhado até hoje como um dos instrumentos que mais envolveu o cidadão de forma direta na gestão publica (municipal), visto que os cidadão tiveram a oportunidade de elegerem as prioridades que pudessem resolver os problemas nos seus bairros. De fato as prioridades que dali selecionadas foram executadas, talvez esse o atributo do positivo a este instrumento como uma experiência inédita em Nampula e no país. Porem, surgem algumas questões, terão os cidadãos conseguido influenciar nas tomadas decisões ou não? Será que essas prioridades representam de fato as preocupações dos cidadãos? Em funções destas fiquei preocupado a ausência de um estudo que avalia-se a qualidade da participação do cidadão diante desse processo.
    Nessa perspectiva surge me a preocupação em a partir de uma avaliação da qualidade da participação popular no processo entender quais são os entraves e pontos fortes para efetivação da participação. Esta preocupação surge porque temos assistido nesta urbe e mesmo a nível nacional que os espaços de participação são todos eles controlados pelos gestores públicos, ao ponta da população não ter influencia alguma na tomada de decisões. Será diferente nesse novo instrumento?
    O estudo conteve método fenomenológico hermenêutico, no qual foram usadas algumas técnicas de recolha de dados como focus group, entrevistas e questionários e pesquisa documental. Para aferição da qualidade nos apropriamos da proposta metodológica do DE LÁ MORA. Tivemos como participantes do estudo, os técnicos e gestores do Conselho Municipal da Cidade de Nampula (CMCN), a população do bairro de Namicopo e a Sociedade Civil (SC). Os resultados parciais demostram que em termos execução das prioridades dali eleitas tiveram bastante êxitos e ao mesmo tempo nota-se uma satisfação por partes da população, sociedade civil e do próprio CMCN. Porém a participação do cidadão ainda está longe de influenciar nas tomadas de decisões. Visto que os resultados até aqui obtidos apontam para uma baixa qualidade de participação popular no Orçamento Participativo.

6
  • JULIA DA ROCHA PEREIRA
  • SACERDOTES E PROFETAS DO PATRIMÔNIO URBANO NO BRASIL. Consensos e dissonâncias no Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do IPHAN (1990-2010).

  • Orientador : RENATA CAMPELLO CABRAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RENATA CAMPELLO CABRAL
  • NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • FLÁVIA BRITO DO NASCIMENTO
  • PAULO CÉSAR GARCEZ MARTINS
  • Data: 24/09/2021

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  • As concepções de patrimônio urbano no Brasil foram analisadas, nesta tese, a partir das discussões no âmbito do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan, entre os anos 1990 e 2010. Com o intuito de identificar as narrativas de seleção do patrimônio urbano brasileiro, foram avaliados os pareceres de tombamento dos conjuntos urbanos reconhecidos no período. A interpretação teve como fio condutor a atuação dos conselheiros, dentre eles: Augusto da Silva Telles, Nestor Goulart Reis Filho e Ulpiano Toledo Bezerra de Meneses. As contribuições desses agentes apresentam diferentes concepções de patrimônio urbano que ora ampliam, ora reiteram as práticas institucionais, apreendendo o espaço urbano como “homogêneo”, “todo” e “sistema” para sua interpretação enquanto patrimônio cultural. A investigação aponta para a presença de consensos e dissonâncias em torno do conceito de patrimônio urbano. Partindo da abordagem dos conselheiros que participaram ativamente do processo de identificação patrimonial, a tese procura contribuir para as reflexões sobre o complexo processo de tutela do patrimônio urbano no Brasil.


  • Mostrar Abstract
  • A presente pesquisa se propõe a analisar as transformações discursivas contidas nos processos de reconhecimento do espaço urbano enquanto objeto patrimonial no Brasil. A despeito do ineditismo brasileiro no tombamento de conjuntos urbanos na década de 1930, os também denominados conjuntos arquitetônicos, urbanísticos e/ou paisagísticos foram identificados e caracterizados de forma semelhante à adotada para os bens imóveis isolados nos primeiros anos de atuação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. O processo recente de valoração e seleção dos conjuntos urbanos tombados apresenta a tensão estabelecida entre tradição e inovação nas formas de interpretação do patrimônio urbano. Entre os anos de 1990 e 2010, a instituição adotou as categorias interpretativas homogeneidade, totalidade e rede para operacionalizar a identificação e a salvaguarda dos conjuntos urbanos brasileiros. Compreender as transformações e as permanências nos enquadramentos narrativos pode sugerir novos caminhos no sentido de instaurar outras práticas, considerando os atributos, os valores e os sujeitos que constituem o complexo processo de tutela do patrimônio urbano no contexto recente brasileiro.

7
  • JOAO PAULO DA SILVA
  • TRAJETÓRIAS DO TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA NO BRASIL 

    Romantização, conflitos socioespaciais e proposta de avaliação 

  • Orientador : CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ILANA BARRETO KIYOTANI
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
  • LUCIANO MUNIZ ABREU
  • RITA DE CASSIA ARIZA DA CRUZ
  • SERGIO MORAES REGO FAGERLANDE
  • Data: 05/11/2021

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  • Esta pesquisa tem como objetivo principal estruturar o Índice de Desenvolvimento do Turismo de Base Comunitária no Brasil, aqui denominado de ID-TBC, a fim de contribuir para mensurar a efetividade desta modalidade de turismo e apontar caminhos que fortaleçam as iniciativas/projetos implementados nas comunidades tradicionais do país. Para subsidiar essa estruturação, foram mapeadas e estudadas 50 experiências brasileiras pioneiras, que se organizaram por meio recursos financeiros oriundos de chamamento público realizado em 2008 pelo Ministério do Turismo. Este estudo gerou a definição de dimensões de análise que orientaram a nossa discussão junto aos representantes de algumas iniciativas/projetos pesquisados e resultaram na confecção de mapas temáticos que ilustram a repercussão espacial de conflitos relacionados, especialmente, ao modelo de governança adotado, à participação comunitária, às estratégias de acesso ao mercado e às oportunidades de trabalho e renda geradas. Com base nessas discussões, o ID-TBC está ancorado em um conjunto de indicadores que foram validados e posteriormente testados na experiência da Resex Prainha do Canto Verde, comunidade tradicional localizada no litoral leste do Ceará e que faz parte da Rede Cearense de Turismo Comunitário (TUCUM), um dos projetos apoiados pelo governo federal em 2008. Desde a implementação das iniciativas/projetos pesquisados, a ausência de indicadores que demonstrem a relação entre as comunidades brasileiras e as ações combinadas entre o Estado e o mercado no desenvolvimento do Turismo de Base Comunitária impossibilitou a aferição dos seus resultados efetivos, tornando esta modalidade suscetível a análises romantizadas e pouco críticas, ocultando os conflitos e contradições que surgem no âmbito territorial. 


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  • Esta pesquisa tem como objetivo principal estruturar o Índice de Desenvolvimento do Turismo de Base Comunitária no Brasil, aqui denominado de ID-TBC, a fim de contribuir para mensurar a efetividade desta modalidade de turismo e apontar caminhos que fortaleçam as iniciativas/projetos implementados nas comunidades tradicionais do país. Para subsidiar essa estruturação, foram mapeadas e estudadas 50 experiências brasileiras pioneiras, que se organizaram por meio recursos financeiros oriundos de chamamento público realizado em 2008 pelo Ministério do Turismo. Este estudo gerou a definição de dimensões de análise que orientaram a nossa discussão junto aos representantes de algumas iniciativas/projetos pesquisados e resultaram na confecção de mapas temáticos que ilustram a repercussão espacial de conflitos relacionados, especialmente, ao modelo de governança adotado, à participação comunitária, às estratégias de acesso ao mercado e às oportunidades de trabalho e renda geradas. Com base nessas discussões, o ID-TBC está ancorado em um conjunto de indicadores que foram validados e posteriormente testados na experiência da Resex Prainha do Canto Verde, comunidade tradicional localizada no litoral leste do Ceará e que faz parte da Rede Cearense de Turismo Comunitário (TUCUM), um dos projetos apoiados pelo governo federal em 2008. Desde a implementação das iniciativas/projetos pesquisados, a ausência de indicadores que demonstrem a relação entre as comunidades brasileiras e as ações combinadas entre o Estado e o mercado no desenvolvimento do Turismo de Base Comunitária impossibilitou a aferição dos seus resultados efetivos, tornando esta modalidade suscetível a análises romantizadas e pouco críticas, ocultando os conflitos e contradições que surgem no âmbito territorial. 

2020
Dissertações
1
  • JULLY GOMES RIBEIRO
  • UM LAR PARA CRIANCAS E ADOLESCENTES EM VULNERABILIDADE SOCIAL: UMA INVETIGAÇÃO SOBRE "CASA LAR"

  • Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIA LEITAO SANTOS
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • HELIANE DE ALMEIDA LINS LEITAO
  • Data: 29/10/2020

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  • Esta pesquisa tem por objetivo avaliar como o ambiente das Casas Lares pode refletir ou influenciar o processo de apropriação e afetividade das crianças e adolescentes com o espaço habitado, a fim de possibilitar um suporte físico e emocional advindos de um lar. Para atingir o objetivo principal da pesquisa fez-se necessário o desenvolvimento do significado dos termos casa e lar, bem como a identificação das normas e diretrizes relacionadas as Casas Lares e seus devidos cumprimentos. A construção e análise dos dados ocorreram de forma qualitativa e quantitativa, a partir da análise de aspectos físicos e subjetivos das instituições e de seus usuários, seguindo as diretrizes do manual de Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes e aspectos baseados nas obras de Rybczynski (1986) e de Fisher (1990). O tema possui uma forte repercussão social, para além de ser um trabalho de interesse acadêmico, possui relevância no sentido de se pensar esses espaços e sua relação com as crianças e adolescentes, levando-os em consideração. 


2
  • RENATA BRAGA NEVES
  • Corpo na prática artística: espaço urbano e aparecimento

  • Orientador : JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • ORIANA MARIA DUARTE DE ARAUJO
  • Data: 30/11/2020

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Teses
1
  • ANA LUISA OLIVEIRA ROLIM
  • O Paradoxo Galeria Progressiva: Configuração espacial e foco à luz da morfologia e da neurociência

  • Orientador : LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
  • MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • CRISTIANA MARIA SOBRAL GRIZ
  • EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO
  • CRISTIANO FELIPE BORBA DO NASCIMENTO
  • Data: 13/03/2020

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  • Esta pesquisa é ancorada na teoria da lógica social do espaço (HILLIER e HANSON, 1984; HILLIER, 1996; HANSON, 1998), aqui referida como Sintaxe Espacial (SE), e tem como objetivo aferir em que medida o tipo de arranjo de espaço expositivo com disposição sequencial dos ambientes, denominado “galeria progressiva” (BENNET, 1995; SUTTON, 2000), interfere no comportamento espacial de visitantes. Para tanto, além de recursos da SE, propõe-se sua interface com a neurociência, especificamente quanto à função cognitiva da atenção em sujeitos. Três temas chave circundam a abordagem: relação entre arranjo espacial em galerias sequenciais e os padrões de exploração de visitantes, a inteligibilidade do leiaute e o funcionamento do museu enquanto espaço social. Centrando-se na galeria progressiva (GP), modo de organização espacial sedimentado no século XIX, o recorte empírico adota como estratégias principais a contextualização histórica, a análise morfológica e experimentações com modelos de GP, organizando-se nos seguintes procedimentos: enquadramento da GP na tradição da produção de museus sobretudo nos séculos XVIII e XIX; aferições sintáticas de configurações hipotéticas reduzidas, exemplares de museus do referido período e de dois casos de GP moderna reconhecidos na literatura, o Solomon R. Guggenheim Museum (1943-1959), projetado por Frank Lloyd Wright e o Museu do Crescimento Ilimitado (1939), por Le Corbusier e, finalmente, aferição e análise sintática de 54 modelos hipotéticos de GP e da medida de atenção de foco capturada em dez sujeitos enquanto experienciam algumas destas variações ambientadas virtualmente. O “Grau de Progressividade” e o “Índice de Variação de Picos de Foco” são introduzidos, levando à relação de proximidade entre geometria espacial e respostas neurais, que pode fornecer valiosos dados base para projetos curatoriais e arquitetônicos. Alguns dos resultados encontrados acabaram por revelar que a coexistência de inteligibilidade, boa intervisibilidade e geometria definidora de rotas, diferente da hipótese, não levou a respostas com maior foco, apontando para o paradoxo em questão.


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  • Esta pesquisa é ancorada na teoria da lógica social do espaço (HILLIER e HANSON, 1984; HILLIER, 1996; HANSON, 1998), aqui referida como Sintaxe Espacial (SE), e tem como objetivo aferir em que medida o tipo de arranjo de espaço expositivo com disposição sequencial dos ambientes, denominado “galeria progressiva” (BENNET, 1995; SUTTON, 2000), interfere no comportamento espacial de visitantes. Para tanto, além de recursos da SE, propõe-se sua interface com a neurociência, especificamente quanto à função cognitiva da atenção em sujeitos. Três temas chave circundam a abordagem: relação entre arranjo espacial em galerias sequenciais e os padrões de exploração de visitantes, a inteligibilidade do leiaute e o funcionamento do museu enquanto espaço social. Centrando-se na galeria progressiva (GP), modo de organização espacial sedimentado no século XIX, o recorte empírico adota como estratégias principais a contextualização histórica, a análise morfológica e experimentações com modelos de GP, organizando-se nos seguintes procedimentos: enquadramento da GP na tradição da produção de museus sobretudo nos séculos XVIII e XIX; aferições sintáticas de configurações hipotéticas reduzidas, exemplares de museus do referido período e de dois casos de GP moderna reconhecidos na literatura, o Solomon R. Guggenheim Museum (1943-1959), projetado por Frank Lloyd Wright e o Museu do Crescimento Ilimitado (1939), por Le Corbusier e, finalmente, aferição e análise sintática de 54 modelos hipotéticos de GP e da medida de atenção de foco capturada em dez sujeitos enquanto experienciam algumas destas variações ambientadas virtualmente. O “Grau de Progressividade” e o “Índice de Variação de Picos de Foco” são introduzidos, levando à relação de proximidade entre geometria espacial e respostas neurais, que pode fornecer valiosos dados base para projetos curatoriais e arquitetônicos. Alguns dos resultados encontrados acabaram por revelar que a coexistência de inteligibilidade, boa intervisibilidade e geometria definidora de rotas, diferente da hipótese, não levou a respostas com maior foco, apontando para o paradoxo em questão.

2019
Dissertações
1
  • GABRIELA MAGALHAES AZEVEDO
  • HAVANA: REDES DE PARTICIPAÇÃO E REABILITAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO.

  • Orientador : VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • MARCOS FERREIRA DA COSTA LIMA
  • NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
  • Data: 18/02/2019

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Teses
1
  • PEDRO HENRIQUE CABRAL VALADARES
  • TEMPLOS DE MARTE: referências eruditas nos fortes abaluartados de Pernambuco (século XVII)

  • Orientador : FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • ADLER HOMERO FONSECA DE CASTRO
  • JOSE LUIZ MOTA MENEZES
  • MARCOS ANTONIO GOMES DE MATTOS DE ALBUQUERQUE
  • Data: 26/02/2019

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  • O Renascimento trouxe intensas mudanças na cultura europeia e a Arquitetura foi um dos campos onde estas mudanças foram evidentes, tornando-se objeto privilegiado de estudo por diversos teóricos, inaugurando uma nova forma de reflexão e prática para a disciplina. No âmbito militar não foi diferente. O advento da pólvora na propulsão de projéteis impôs aos mestres fortificadores a necessidade de implementar novos elementos arquitetônicos às obras de defesa, pois as altas e verticais muralhas medievais ficaram vulneráveis diante dos avanços da balística. Além de exigir obras de defesa condizentes com as novas armas e as novas táticas, a complexidade da balística ocasionou a elaboração de tratados específicos sobre Arquitetura Militar, difundidos em grande quantidade durante o Renascimento até o século XIX, tendo o baluarte como protagonista. Tais tratados eram referenciais teóricos constantemente utilizados nos cursos de fortificação na Itália, na França, na Espanha, na Holanda e em Portugal, que recrutavam e capacitavam interessados por obras militares para projetar e construir fortificações. Em Pernambuco, a necessidade de fortificar o então porto de Olinda, entre os séculos XVI e XVII, fez com que fortificadores fossem enviados de Portugal para elaborar um plano de defesa que, em certa medida, foi negligenciado. Durante a ocupação Holandesa, ocorreu o mesmo processo de envio de profissionais à colônia, mas concretizaram um notável complexo defensivo nos moldes preconizados nos principais tratados de arquitetura militar. Portugueses e holandeses buscaram referências no método italiano de fortificar, mas cada nação implementou suas próprias adaptações conforme suas necessidades e seus critérios. Considerando as características arquitetônicas dos fortes construídos em Pernambuco com a presença dos baluartes, a presente pesquisa tem como objetivo demonstrar as referências teóricas contidas nos principais tratados renascentistas europeus de arquitetura militar na concepção e construção das fortificações abaluartadas remanescentes no litoral de Pernambuco no século XVII.


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2018
Dissertações
1
  • MARTA ROCA MUÑOZ
  • SOCIABILIDAD URBANA: Explorando las relaciones entre perfiles sociales y espaciales de Recife, PE

  • Orientador : CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • RENATO TIBIRICÁ DE SABOYA
  • Data: 14/03/2018

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  • A presente pesquisa traz uma abordagem sobre as qualidades espaciais da cidade e seu efeito sobre a sociabilidade urbana. Para isso, se realiza um estudio de caso de carácter exploratório em quatro localidades da cidade de Recife-PE, Brasil. A capital pernambucana vem experimentando, nos últimos anos, os resultados de um proceso de cresciemento acelerado, marcado pela verticalização e adensamento de certas áreas da cidade, o aumento de interfaces público-privadas fechadas para a rua e a privatização de áreas públicas. Os usos do solo tendem à segregação; a majoria de edifícios é exclusivamente de uso residencial, comercial ou industrial e raramente se encontram edifícios de uso misto. Por outro lado, existem alguns territórios da cidade que mantem a antiga rede urbana na qual se encontram antigos casarões, casas a nível da rua, edifícios sem grades e uma grande diversidade de usos que favorece, segundo a teoria urbana, a um alto grado de vitalidade e urbanidade. Mas, será que estas relações são tão lineares? Qual é a influência do ambiente construído no contato entre as pessoas? Que aspectos relacionados com a cultura e estilo de vida estariam catalizando relações sociais entre as pessoas no espaço público da cidade? A partir destas questões, o objetivo desta pesquisa é identificar que parâmetros morfológicos e sociais tendríam correlação com uma maior sociabilidade urbana. Uma vez identificada esta relação, determinar o alcance e o tipo de interação entre eles. Para isso, se estudam varias situações urbanas com diferentes padrões urbanísticos, morfológicos e sociais na cidade do Recife para poder entender o efeito de diversos fatores espaciais em cada caso. Para o desenvolvimento se seguem dois procedimentos: por um lado, se estuda o surgimento de um padrão social através de um questionário sobre sociabilidade urbana, elaborado a partir da teoria das facetas. Seguidamente, se procede a uma análise minuciosa de diferentes qualidades espaciais do segmento de rua onde os entrevistados residem, utilizando a metodologia do perfil espacial. Para a análise dos dados se utiliza uma análise estadística e de estrutura de similaridade (Smallest Space Analysis – SSA) que nos permite avaliar o conjunto de variáveis do perfil social e espacial como um todo. Esta investigação pretende desvendar como estas qualidades ambientais e sociais podem rebater de uma forma positiva ou negativa na sociabilidade urbana e, desta forma, descrever aqueles aspetos urbanísticos necessários para conseguir uma boa qualidade urbana na cidade do Recife. 


2
  • LEON DELÁCIO DE OLIVEIRA E SILVA
  • DA ILEGALIDADE À APARENTE LEGALIDADE NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO: O CASO DOS EMPREENDIMENTOS ALPHAVILLE URBANISMO.

  • Orientador : CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
  • LUCIA LEITAO SANTOS
  • MARIANA ZERBONE ALVES DE ALBUQUERQUE GOMES
  • TALDEN QUEIROZ FARIAS
  • Data: 17/08/2018

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3
  • MYLLENA KARLA SANTOS AZEVÊDO
  • AS PRAÇAS DA GESTÃO SANDOVAL CAJÚ NA “CIDADE SORRISO”: Maceió, Alagoas, 1961-1964

  • Orientador : JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • VIRGINIA PITTA PONTUAL
  • LUCIA TONE FERREIRA HIDAKA
  • Data: 15/10/2018

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  • Esta dissertação tem como objetivo analisar as praças da gestão Sandoval Cajú (1961-1964) em Maceió, Alagoas, relevantes por sua história política, estética característica e pela polaridade de opiniões entre os maceioenses, a partir do discurso sob o qual foram criadas: o ideal Cidade Sorriso, que faz referência a um conjunto urbano com feições estéticas europeias circundado por belezas naturais deslumbrantes. Este ideal é produto da definição do discurso regional maceioense, que procura afastar da Capital os símbolos de seu estigma higienista de local insalubre, é materializado pela gestão Malta (1901-1912), e embasa a insatisfação dos maceioenses quanto à degradação de suas praças, ora recuperadas, ora abandonadas. Para evitar que a polêmica que envolve a Gestão influencie o estudo das praças de sua autoria, esta dissertação as analisa a partir do ideal Cidade Sorriso. Identificadas visualmente pelos cacos de azulejo coloridos em mosaico que revestem fontes luminosas e jardineiras, e pelo “S” espalhado por bancos, canteiros e monumentos, as 22 praças modificadas e 36 praças criadas pela gestão Sandoval Cajú, em 3 anos de um mandato previsto para 5 anos, mas interrompido pela Ditadura Militar, são a materialização de uma interpretação do ideal Cidade Sorriso. A interpretação do ideal pela gestão produz praças que priorizam a convivência e a permanência do usuário, e homenageiam a cultura popular local, distribuídas nos bairros centrais, periféricos e nos distritos da Capital.


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  • Esta dissertação tem como objetivo analisar as praças da gestão Sandoval Cajú (1961-1964) em Maceió, Alagoas, relevantes por sua história política, estética característica e pela polaridade de opiniões entre os maceioenses, a partir do discurso sob o qual foram criadas: o ideal Cidade Sorriso, que faz referência a um conjunto urbano com feições estéticas europeias circundado por belezas naturais deslumbrantes. Este ideal é produto da definição do discurso regional maceioense, que procura afastar da Capital os símbolos de seu estigma higienista de local insalubre, é materializado pela gestão Malta (1901-1912), e embasa a insatisfação dos maceioenses quanto à degradação de suas praças, ora recuperadas, ora abandonadas. Para evitar que a polêmica que envolve a Gestão influencie o estudo das praças de sua autoria, esta dissertação as analisa a partir do ideal Cidade Sorriso. Identificadas visualmente pelos cacos de azulejo coloridos em mosaico que revestem fontes luminosas e jardineiras, e pelo “S” espalhado por bancos, canteiros e monumentos, as 22 praças modificadas e 36 praças criadas pela gestão Sandoval Cajú, em 3 anos de um mandato previsto para 5 anos, mas interrompido pela Ditadura Militar, são a materialização de uma interpretação do ideal Cidade Sorriso. A interpretação do ideal pela gestão produz praças que priorizam a convivência e a permanência do usuário, e homenageiam a cultura popular local, distribuídas nos bairros centrais, periféricos e nos distritos da Capital.

4
  • GABRIELA BARBOSA LEAL MARANHAO
  • ENCOMENDA, DISCURSO E OBRA ARQUITETÔNICA: AS GALERIAS DO INHOTIN PROJETADAS PELOS ARQUITETOS ASSOCIADOS.

  • Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUCIA LEITAO SANTOS
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • MARCIO COTRIM CUNHA
  • MARIA DO CARMO DE SIQUEIRA NINO
  • Data: 20/12/2018

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2017
Dissertações
1
  • ISABELLA FERNANDA ALVES SOARES
  • -

  • Orientador : FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FERNANDO DINIZ MOREIRA
  • MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
  • DIEGO BEJA INGLEZ DE SOUZA
  • MONICA JUNQUEIRA DE CAMARGO
  • Data: 30/08/2017

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