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Dissertações |
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IVANA FERNANDA MEDINA SAN MARTÍN
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ANÁLISE DA OFERTA IMOBILIÁRIA RESIDENCIAL NO GRAN SANTIAGO, CHILE
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Orientador : NORMA LACERDA GONCALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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NORMA LACERDA GONCALVES
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IANA LUDERMIR BERNARDINO
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ANA CRISTINA DE ALMEIDA FERNANDES
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Data: 23/02/2023
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O Gran Santiago (Chile) nas últimas décadas experimentou um importante desenvolvimento onde a construção de habitações foi um fenômeno importante, porque diversificou e aumentou a oferta imobiliária permitindo o acesso à habitação a amplos setores da população. Porém nos últimos anos o sonho da casa própria tornou-se mais difícil de realizar para as classes baixas e médias, isto tem sua expressão no incremento de assentamentos precários, o incremento no déficit habitacional, o incremento no preço dos imóveis e uma oferta que atende principalmente a investidores, isto é, para satisfazer a demanda por imóveis destinados a aluguel com a finalidade de obter uma renda deles.
A pesquisa tem como objetivo analisar a oferta residencial de imóveis novos no Gran Santiago entre 2021 e 2022, mostrando que a oferta atual tem diversas semelhanças e diferenças segundo o setor ou município e a oferta mostra importantes sinales de que da maior importância aos investidores do que as pessoas que desejam um imóvel para morar. Por outra parte, foi observado que dentro das dinâmicas do mercado imobiliário destaca-se o rol dos promotores imobiliários e atores financeiros que, além de apontar as características e atributos de seus empreendimentos possuem diversas relações em favor de seus interesses e que respondem às dinâmicas da financeirização da moradia.
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O trabalho objetiva investigar as características e dinâmicas da oferta imobiliária nos 34 municípios da Grande Santiago, focando os atores que participam no campo do financiamento, da produção e venda no mercado imobiliário e as características dos projetos e os atributos que são oferecidos. O motivo da escolha desses municípios é a possibilidade de captar a heterogeneidade dos projetos ofertados e, por sua vez, estabelecer padrões ou elementos diferenciadores entre cada município ou setor da cidade. Para atingir o objetivo anunciado serão analisados (i) o mercado habitacional no Chile, (ii) os atores do mercado de habitação, (iii) a oferta de habitações novas na grande Santiago e panorâmica sobre a oferta imobiliária na Grande Santiago.
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FRANCISCO ALLYSON BARBOSA SILVA
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HABITAR O CENTRO: a interface entre o uso habitacional e o espaço urbano no bairro de Santo Antônio – Recife.
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Orientador : JOSE DE SOUZA BRANDAO NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ENIO LAPROVITERA DA MOTTA
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JOSE DE SOUZA BRANDAO NETO
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MARIANA FIALHO BONATES
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Data: 24/02/2023
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A pesquisa é desenvolvida em parceria com o Núcleo de Gestão do Porto Digital e visa reconhecer os elementos do Espaço Urbano que condicionam a habitabilidade do bairro de Santo Antônio no Recife e o papel da tecnologia na transformação dessa percepção. Parte-se da compreensão que o habitar vai muito além da habitação, envolvendo uma série de atividades relacionadas ao trabalho, lazer e ao cotidiano. É de suma importância, portanto, compreender as relações sociais neste contexto, incorporando as motivações e inquietações por parte da população em relação ao habitar na área central. Pensar os elementos e características do Espaço Urbano se faz tão necessário quanto se pensar a inserção da moradia em si na área central. É essencial destacar que o trabalho é uma etapa de investigação de um longo processo de Reabilitação Urbana da área central do Recife em curso, na qual se insere a Operação Urbana Consorciada de Santo Antônio e por isso ressalta-se a importância do uso da tecnologia como potencializadora desse processo, sobretudo ao reforçar a participação da sociedade civil, a governança na inclusão de novas práticas inovadoras no dia-a-dia do serviço público, a usabilidade e complexidade no entorno da temática por meio do artefato tecnológico. Tem como público-alvo os trabalhadores da área central do Recife, sejam eles associados a Prefeitura Municipal do Recife, ao Porto Digital e ao CDL Recife. As discussões foram amparadas por uma série de autores do campo urbanístico e sociológico, a saber de Carrión (2001), Guy Tapie (2014), Pattaroni, Kaufmann e Rabinovich (2009), Pedro e Freitas (2013), Silver (2010), Leite (2012), Lacerda (2007), Reynaldo (2017), entre outros. A partir das contribuições dos autores e da sistematização das temáticas, foi possível elencar quatro categorias de análise, sendo elas: Segurança, Mobilidade Urbana, Espaços Públicos e Usos Complementares. Sobrepor as discussões apresentadas no Referencial Teórico com os levantamentos realizados na área reforçaram a interface do habitar com o Espaço Urbano, destacando as prioridades das quatro categorias de análise para a melhoria das condições de habitabilidade do bairro de Santo Antônio por parte do público alvo. Em síntese, compreende-se quais aspectos do Espaço Urbano estão associados as condições de habitabilidade do bairro de Santo Antônio e como a tecnologia pode se inserir nesse processo. O artefato tecnológico desenvolvido neste trabalho, nomeado de “urban on”, possibilita acompanhar a reativação do espaço urbano de forma online e com dados atualizados em tempo real, visando perceber as mudanças nas percepções dos usuários no que diz respeito às condições de habitabilidade do bairro. É nesse sentido que se optou
por destacar o protagonismo do uso da tecnologia, destacando sua pertinência no que se refere ao incentivo à participação, às alianças tripartidas e à governança, como já mencionado anteriormente, auxiliando diretamente na estrutura de gestão de um processo de reabilitação urbana. O “urban on” ou urbano em transformação evidencia o estreitamento na relação entre o individuo e o espaço urbano a partir de duas compreensões: o individuo como agente transformador e modelador do espaço e a tecnologia como potencializadora e facilitadora do processo de reabilitação urbana.
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A pesquisa intitulada "Condições de Habitabilidade do Espaço Urbano no bairro de Santo Antônio", é desenvolvida em parceria com o Núcleo de Gestão do Porto Digital e visa investigar as condições de habitabilidade do bairro de Santo Antônio no Recife através das interfaces da temática do habitar com o espaço urbano. Parte-se da compreensão que o habitar vai muito além da habitação, envolvendo uma série de atividades relacionadas ao trabalho, lazer e ao cotidiano. É de suma importância, portanto, compreender a relevância das relações sociais neste contexto, incorporando as motivações e inquietações por parte da população em relação ao habitar na área central. Nesse sentido, pensar os elementos e características do espaço urbano se faz tão necessário quanto se pensar a inserção da moradia em si na área central. É importante destacar que o trabalho é uma etapa de investigação de um longo processo de Reabilitação Urbana da área central do Recife em curso, na qual se insere a Operação Urbana Consorciada de Santo Antônio. Tem como público alvo os trabalhadores da área central do Recife, sejam eles trabalhadores formais ligados a prefeitura municipal e o Porto Digital, ou informais, a exemplo dos comerciários. As discussões foram amparadas por uma série de autores, a saber de Carrión (2001), Guy Tapie (2014), Pattaroni, Kaufmann e Rabinovich (2009), Pedro e Freitas (2013), Silver (2010), Leite (2012), Lacerda (2007), Reynaldo (2017), entre tantos outros. Os resultados da pesquisa de campo ainda não foram sistematizados até o momento.
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JADSON EUGENIO DA SILVA
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ONDE O SERTÃO SE FAZ MORADA: Imaginários Poéticos da Casa Sertaneja
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Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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LUCIA LEITAO SANTOS
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JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
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DAYSE LUCKWU MARTINS
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Data: 28/02/2023
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O Sertão é do tamanho do mundo”, afirma Guimarães Rosa (1986) em grande Sertão: Veredas. Esta frase é o mote inicial de uma inquietação que leva a uma conexão imediata com o sentido de ser-no-mundo, de Heidegger. Esta dimensão que Rosa dá ao Sertão é constituída por todos os imperativos que o circunda, e apesar da importância de todos eles para a construção do imaginário sertanejo, a casa e a forma de morar do sertanejo precisam ser analisados com mais atenção, para compreender como se dá essa relação entre habitat, habitação e habitante, pelo campo da subjetividade. Sendo assim, o presente trabalho tem o objetivo principal de compreender através de uma investigação poética e afetiva a relação entre o sertanejo e a casa do sertão com o seu imaginário, além disso, busca-se discutir como o imaginário se manifesta no sertão e como isso influencia no morar no sertão e na apropriação do lugar; e, ainda, identificar como o sertanejo reconhece os elementos presentes no seu imaginário através das marcas identitárias que compõem sua subjetividade. Para isso, serão discutidas as noções do imaginário, considerando as teorias de Gilbert Durand, a poética do espaço de Bachelard, genius loci de Norberg-Shulz, as contribuições para a composição do imaginário sertanejo por Guimarães Rosa, Euclides da Cunha e Ariano Suassuna. Além do da identificação desse imaginário sertanejo a partir da música, a arte e literatura que serão elementos imprescindíveis para esta análise. Por fim, após essa travessia pelas teorias e pelo reconhecimento dos elementos constituintes do imaginário sertanejo, será identificado como o sertão e o sertanejo se espelham no espaço da casa, e finalmente, como a casa do sertão enquanto espaço habitado abriga, quase que de forma simbiótica, o ser, o lugar e o tempo
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“O Sertão é do tamanho do mundo”, afirma Guimarães Rosa (1986) em grande Sertão: Veredas. Esta frase é mote inicial de uma inquietação que leva a uma conexão imediata com o sentido de ser-no-mundo, de Heidegger. Esta dimensão que Rosa dá ao Sertão é constituída por todos os imperativos que o circunda, e apesar da importância de todos eles para a construção do imaginário sertanejo, a casa e a forma de morar do sertanejo precisam ser analisados com mais ênfase, para extrair uma melhor contribuição para a composição deste imaginário. Sendo assim, o presente trabalho tem o objetivo principal de compreender através de uma investigação poética e afetiva a relação entre o sertanejo e a casa do sertão com o seu imaginário, além disso, busca-se discutir como o imaginário se manifesta no sertão e como isso influencia no morar no sertão e na apropriação do lugar, e, ainda, identificar como o sertanejo reconhece os elementos presentes no seu imaginário através das marcas identitárias que compõem sua subjetividade. Para isso, serão discutidas as noções do imaginário, considerando as teorias de Gilbert Durand, Armando Silva, a poética do espaço de Bachelard, as noções de imaginário popular de Ariano Suassuna e para identificação do imaginário sertanejo a música, a arte e literatura serão elementos imprescindíveis para esta constatação. Por fim, após essa travessia pelas teorias e pelo reconhecimento dos elementos constituintes do imaginário sertanejo, será identificado como o sertão e o sertanejo se espelham no espaço da casa, e finalmente, como a casa do sertão enquanto tipo abriga, quase que de forma simbiótica, o ser, o lugar e o tempo.
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IZABELLY OLIVEIRA LINS DA SILVA
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Sob o Céu de Luta: A dança do Movimento de Moradores em Casa Amarela, Recife-PE.
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Orientador : CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
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NORMA LACERDA GONCALVES
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HELENA D AGOSTO MIGUEL FONSECA
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OTAVIO AUGUSTO ALVES DOS SANTOS
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Data: 28/07/2023
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O objetivo desta dissertação é analisar quais foram os fatores que influenciaram a mobilização e desmobilização do movimento de moradores de Casa Amarela, bairro da zona norte do Recife. Optou-se por um desenho narrativo de pesquisa e o método hipotético-dedutivo, com fontes de pesquisa bibliográfica e documental, além de dados demográficos do Censo 2010 e dados oferecidos pela Prefeitura da Cidade do Recife. Foram realizadas hipóteses e confirmadas, demonstrando que as mobilizações sociais do bairro foram criadas de forma espontânea a partir da condição carente de infraestrutura básica e equipamentos urbanos da região, o que causou uma mobilização de várias áreas da zona norte em busca de cidadania. E sua eventual desmobilização foi fruto de consequências de cunho político, social e territorial, sendo as que mais se destacam: o desmembramento do conjunto urbano de Casa Amarela pela Lei n 12.457/1988, algumas gestões municipais populares das décadas de 1980 a 2000 e o aumento do poder aquisitivo da população. Referente as contribuições, evidencia-se assim, as consequências para o bairro, como a formação eleitoral dentro dos movimentos, a gradual saída das famílias de baixa renda para o adensamento vertical e a fragmentação política popular.
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Ao longo do século XX, Recife assistiu uma efervescência de movimentos sociais formados por moradores das periferias da capital pernambucana. Entre essas comunidades está a de Casa Amarela, localizada nos morros da Zona Norte recifense. Organizada popularmente desde 1931, com a sociedade de moradores do bairro, Casa Amarela protagonizou uma série de reivindicações populares em busca de melhores ofertas de serviços e equipamentos urbanos na periferia, legalização de casas e melhor acesso ao centro da cidade. Inserido no conceito de movimento social urbano, o movimento de bairro dos moradores de Casa Amarela e as Associações de Moradores, se fizeram presente durante toda a ditadura militar, colecionando conquistas e parcerias com outras associações de moradores dos bairros do Recife. Mesmo com um alto índice de conquistas, é notório um arrefecimento das ações populares do movimento de bairro de Casa Amarela a partir do ano de 1988, mesmo ano que a capital pernambucana vivenciou um novo processo de reestruturação urbana. O objetivo desta dissertação é analisar quais os fatores de arrefecimento das ações do movimento de moradores de Casa Amarela e as consequências políticas, sociais e territoriais após 1988.
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CAMILA SOARES DE MACEDO SILVA
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Mercado imobiliário de locação em centros históricos: as condutas dos proprietários e inquilinos frente a imóveis comerciais e de serviços nos bairros de São José e Santo Antônio
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Orientador : NORMA LACERDA GONCALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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NORMA LACERDA GONCALVES
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IANA LUDERMIR BERNARDINO
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DIEGO BEZERRA DE MELO MACIEL
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MARCO AURÉLIO ARBAGE LOBO
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Data: 21/08/2023
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Nas últimas décadas a temática do centro histórico ganha relevância a partir de mudanças que impulsionaram a volta do interesse do capital para essas áreas, revelando a importância do conhecimento do funcionamento do mercado imobiliário nos centros históricos brasileiros. No caso específico do Centro Histórico do Recife, através de estudos foi possível realizar algumas constatações, como a predominância do mercado de locação envolvendo imóveis comerciais e de serviços. Algumas áreas desse centro histórico, como os bairros de São José e Santo Antônio, ganham evidência pela predominância das atividades comerciais, principalmente no que se refere ao comércio popular, apresentando ruas de especialidades e grande fluxo de pedestres. O caráter local desse comércio também chama a atenção em um mercado cada vez mais globalizado. Diante desse contexto, a atuação dos agentes do mercado imobiliário de locação ganha relevância, uma vez que seus perfis e seu comportamento podem interferir na atual dinâmica da área e em sua conservação. Assim, o objetivo do estudo é investigar as condutas dos proprietários/locadores e inquilinos no mercado imobiliário de imóveis comerciais em centros históricos, bem como a implicação dessas condutas nos preços de locação, tendo como objeto empírico de análise parte dos bairros de São José e Santo Antônio. Para tanto, algumas reflexões teóricas são realizadas em torno dos centros históricos e de sua relação com a centralidade urbana, fato que, com o passar dos anos, coloca esses centros como objeto de interesse, sobretudo do mercado imobiliário comercial. A observação do processo de formação e evolução dos bairros de São José e Santo Antônio revela que essas áreas, originalmente residenciais, gradualmente se transformam em espaços propícios para abrigar a atividade comercial. A partir da caracterização de parte desses bairros no que se refere a sua estrutura física e de localização, além da realização de entrevistas com os principais agentes imobiliários da área, proprietários/locadores e inquilinos, foi possível refletir sobre o reflexo de suas condutas na conformação do espaço e nos preços do mercado de locação. Essas condutas, apesar de serem provenientes de perfis distintos de proprietários/locadores, seguem um mesmo padrão diretamente relacionado com a localização não reproduzível dos imóveis e com a utilização produtiva do solo para atividades comerciais por parte dos inquilinos.
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Nas últimas décadas a temática do centro histórico ganha relevância a partir de mudanças que impulsionaram a volta do interesse do capital para essas áreas, revelando a importância do conhecimento do funcionamento do mercado imobiliário nos centros históricos brasileiros. No caso específico do Centro Histórico do Recife, através de estudos foi possível realizar algumas constatações, como a predominância do mercado de locação envolvendo imóveis comerciais e de serviços. Algumas áreas desse centro histórico, como os bairros de São José e Santo Antônio, ganham evidência pela predominância das atividades comerciais, principalmente no que se refere ao comércio popular, apresentando ruas de especialidades e grande fluxo de pedestres. O caráter local desse comércio também chama a atenção em um mercado cada vez mais globalizado. Diante desse contexto, a atuação dos agentes do mercado imobiliário de locação ganha relevância, uma vez que seus perfis e seu comportamento podem interferir na atual dinâmica da área e em sua conservação. Assim, o objetivo do estudo é investigar as condutas dos proprietários/locadores e inquilinos no mercado imobiliário de imóveis comerciais em centros históricos, bem como a implicação dessas condutas nos preços de locação, tendo como objeto empírico de análise parte dos bairros de São José e Santo Antônio. Para tanto, algumas reflexões teóricas são realizadas em torno dos centros históricos e de sua relação com a centralidade urbana, fato que, com o passar dos anos, coloca esses centros como objeto de interesse, sobretudo do mercado imobiliário comercial. A observação do processo de formação e evolução dos bairros de São José e Santo Antônio revela que essas áreas, originalmente residenciais, gradualmente se transformam em espaços propícios para abrigar a atividade comercial. A partir da caracterização de parte desses bairros no que se refere a sua estrutura física e de localização, além da realização de entrevistas com os principais agentes imobiliários da área, proprietários/locadores e inquilinos, foi possível refletir sobre o reflexo de suas condutas na conformação do espaço e nos preços do mercado de locação. Essas condutas, apesar de serem provenientes de perfis distintos de proprietários/locadores, seguem um mesmo padrão diretamente relacionado com a localização não reproduzível dos imóveis e com a utilização produtiva do solo para atividades comerciais por parte dos inquilinos.
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GISELLE CRISTINA CANTALICE DE ALMEIDA
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HABITAÇÃO SOCIAL E CIDADE: A CONTRIBUIÇÃO DE HÉCTOR VIGLIECCA EM SÃO PAULO ENTRE 1991-2012
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Orientador : FERNANDO DINIZ MOREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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FERNANDO DINIZ MOREIRA
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JOSE DE SOUZA BRANDAO NETO
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MONICA JUNQUEIRA DE CAMARGO
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Data: 21/08/2023
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Esta pesquisa se propõe a refletir sobre as formas de projetar conjuntos de habitação social no contexto dos centros urbanos já consolidados. Para isso, considera os desafios de intervir na cidade informal e a prerrogativa de obter resultados alternativos de maior qualidade, frente as últimas experiências dos programas a nível federal, os quais apesar dos números expressivos, foram alvo de duras críticas. Uma das principais críticas dirigidas à produção de habitação coletiva no Brasil é a implantação dos conjuntos em áreas periféricas, afastadas dos centros urbanos, o que contribui para a exclusão social e para a falta de acesso a serviços básicos. Além disso, a padronização de tipologias, muitas vezes são inadequadas às necessidades dos moradores e não levam em conta as características do entorno, tem sido muito criticadas. Tais questões trazem à tona o desafio de projetar habitação do ponto de vista de desenhar cidade. Seguindo esse pensamento, é possível encontrar exemplares de projetos bem-sucedidos em termos de desenho urbano, como é o caso da produção do arquiteto Héctor Vigliecca em São Paulo. Vigliecca é bastante conhecido por seu trabalho com projetos de habitação social, nos quais prioriza questões como demandas dos usuários e relações com o entorno. Desse modo, parte-se da premissa de que os princípios de desenho urbano, pensados inicialmente para uma cidade formal, são reinterpretados na obra de Héctor Vigliecca para a produção de habitação social em áreas informais da cidade. Para análise dos objetos de estudo foram utilizados os trabalhos de Benetti, Pecly e Andreoli (2017) e Raquel Rolnik (2014), os quais sugerem o estudo a partir de três escalas: 1) Escala cidade, 2) Escala vizinhança e 3) Escala conjunto. Por conseguinte, os resultados da análise sugerem que a experiência de Vigliecca contribuem para o modo de pensar a produção de conjuntos em áreas urbanas críticas, buscando requalificar e integrar as escalas cidade-conjunto-edifício-unidade, inserindo-os em áreas urbanas já consolidadas com as infraestruturas e ofertas dos grandes centros.
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Os dois últimos programas federais de habitação social no Brasil em larga escala – Banco Nacional de Habitação (1965-1985) e Minha Casa Minha Vida (em vigor) -, pensados como solução para o déficit de moradias, apesar de terem alcançado números significativos de exemplares construídos ao longo de todo território nacional, foram alvo de duras críticas. A falta de relação com o tecido urbano, a localização distante dos grandes centros, ausência de infraestrutura adequada e a monotonia arquitetônica são alguns dos pontos destacados.
Paralelamente, alguns municípios tem se destacado logrando respostas a nível local, através do incentivo das prefeituras e secretarias de habitação, como no caso da cidade de São Paulo. Essas iniciativas vem permitindo a produção de habitações de interesse social com maior liberdade de exercício em parceria com alguns escritórios de arquitetura locais. À luz do que trata a disciplina de Desenho Urbano, tais projetos trazem à tona o desafio de projetar grandes estruturas em áreas urbanas já consolidadas com o intuito de amenizar os números do déficit de moradias, bem como responder com novos exercícios e metodologias às críticas já levantadas historicamente.
Nesse sentido, partindo-se da premissa de que o fazer arquitetônico contemporâneo pode contribuir para o desenvolvimento de melhores conjuntos e o aprimoramento da relação entre habitação social e cidade, esta pesquisa busca identificar as estratégias projetuais recentes utilizadas por um dos “arquitetos do social” com produção notável em São Paulo: Héctor Vigliecca. Para tal, serão estudados, com maior ou menor detalhe, alguns dos conjuntos desenvolvidos entre os anos 2009 e 2018, buscando examinar questões como a ocupação da quadra e a relação entre cheios e vazios, uso público e privado, a preservação de edifícios históricos, a relação entre volumes propostos e edifícios existentes, a qualidade da paisagem e a necessidade de se considerar as questões sociais locais.
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KARLA VICTÓRIA NUNES DA SILVA
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PELAS RUAS DA CIDADE: A influência do ambiente construído na experiência do caminhar - Uma análise em Manaíra, João Pessoa, PB.
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Orientador : JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
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MEMBROS DA BANCA :
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JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
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MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
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ETHEL PINHEIRO SANTANA
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GLEICE VIRGINIA MEDEIROS DE AZAMBUJA ELALI
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Data: 22/08/2023
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Os ambientes construídos em que vivemos estão constantemente a influenciar-nos, seja afetando nosso conforto físico ou nosso bem estar psicológico. Este entendimento foi responsável pela inquietação primeira que deu origem a esta pesquisa. O ambiente construído de interesse para esta investigação é o urbano, mais especificamente o da rua, pois interessa-nos a sua influência sobre os afetos despertados no sujeito durante a experiência da caminhada. Como guia para condução da pesquisa esteve a intenção de responder a seguinte pergunta: Como as características espaciais do ambiente da rua, configuradoras de suas ambiências, influenciam as escolhas de percurso na prática do caminhar? Para sua construção a pesquisa se apoiou nos conceitos de ambiente construído, ambiência, deriva e experiência, na perspectiva de Goldhagen, Thibaud, Careri e Tuan, respectivamente. Por meio desses, foram empreendidas análises da experiência do sujeito com o objetivo de identificar elementos do ambiente construído urbano que são capazes de gerar afetações no sujeito e que ditam seus modos de caminhar, bem como suas escolhas de trajeto. Desta maneira, o objetivo geral deste estudo consiste em identificar elementos e características do ambiente que influenciam as escolhas do sujeito ao caminhar nas ruas. Com a valorização da percepção através dos sentidos, fez-se uso da análise da ação do sujeito, e da qualidade desta ação, como meio de acessar suas afetações, entendendo o ambiente como estímulo. Para tanto foi estudado um recorte do bairro de Manaíra, em João Pessoa, por meio de caminhadas sensíveis do tipo deriva, realizadas por 10 sujeitos voluntários da pesquisa. Para registro da narrativa dos sujeitos foram realizadas as derivas dos participantes, que aconteciam de acordo com as solicitações do corpo dos sujeitos e eram acompanhadas por mim para fins de observação; a elaboração de mapas mentais para registro da experiência, feitos por mim e pelos participantes; e entrevistas/conversas sobre o que eles(as) haviam experienciado, usando o seu mapa mental como guia do diálogo. A análise desenvolvida neste trabalho traz resultados extraídos dessas experiências, na forma da relação entre os principais elementos da afetação identificados no ambiente estudado e seus afetos resultantes, nomeando os afetos e destacando quais elementos do espaço foram responsáveis por suscitá-los. Esta pesquisa tem como interesse, por fim, vislumbrar formas de projetar cidades mais confortáveis psicologicamente para os sujeitos que as praticam.
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Os ambientes construídos em que vivemos estão constantemente a influenciar-nos, seja afetando nosso conforto físico ou até mesmo nosso bem estar psicológico. O ambiente de interesse desta pesquisa é o urbano, mais especificamente o da rua, pois interessa-nos a sua influência sobre o estado emocional do sujeito durante a experiência da caminhada. Para a condução da pesquisa, situamos nossas reflexões no campo da Psicologia Ambiental e da Sintaxe Espacial. Fazemos uso, principalmente, de conceitos como os de ambiência, affordance e wayfinding, na perspectiva de Thibaud, Günther, Pinheiro e Elali, associados ao de intervisibilidade, vindo da Sintaxe Espacial. Por meio desses, pretende-se empreender análises da experiência do sujeito com o objetivo de identificar elementos e características do ambiente construído urbano que são capazes de moldar a maneira como esse sujeito percebe, se sente e se move nos espaços de circulação do pedestre. Com a valorização da percepção através dos sentidos —principalmente a visão —e tendo a cognição como meio para a apreensão do espaço, pretende-se fazer uso da análise da ação do sujeito, e da qualidade desta ação, como meio de acessar suas emoções. Para tanto, propõe-se o desenvolvimento de um estudo de campo nos bairros de Manaíra e Mangabeira, em João Pessoa - PB. Tais bairros foram escolhidos pelo fato de possuírem estruturas formais e tipologias edilícias comuns, que podem ser encontradas de maneira parecida em diversas cidades brasileiras, encaixando-se assim no interesse do estudo do espaço tido como banal. A análise de campo portará sobre as ações e as emoções que envolvem o ato de caminhar de diversos sujeitos, associando-o igualmente às análises de intervisibilidade dos espaços. Tal análise procura identificar que atributos dos espaços em questão podem ter despertado nos sujeitos determinadas emoções e atitudes, e assim tentar responder a seguinte questão: Que características espaciais urbanas podem afetar o bem estar psicológico do sujeito na experiência do caminhar na cidade? Esta pesquisa tem como interesse, por fim, vislumbrar formas de projetar cidades mais confortáveis psicologicamente para os sujeitos que as praticam.
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RONALDO DE CARVALHO L' AMOUR FILHO
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ARQUITETURA MODERNA E PREEXISTENCIA: A obra de Wandenkolk Tinoco na FUNDAJ- 1972 a
1985
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Orientador : GUILAH NASLAVSKY
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MEMBROS DA BANCA :
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GUILAH NASLAVSKY
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NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
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JULIANA CARDOSO NERY
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MARCIO COTRIM CUNHA
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Data: 23/08/2023
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RESUMO
A Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj possui em seus campi, situados nos bairros de Casa Forte e Apipucos, em Recife, um significativo acervo arquitetônico constituído por edifícios do final do século XIX e edificações modernas da década de 60 até os anos 80 do século XX. Dentre os modernos, além das obras do Museu do Açúcar (1960) e o Centro Regional de Pesquisas Educacionais de Recife - CRPE (1963), há três importantes obras do arquiteto e professor Wandenkolk Tinoco, projetadas entre 1966 e 1984. O trabalho analisa as obras de arquitetura projetadas por Wandenkolk Tinoco, os princípios que as nortearam, principalmente aqueles voltados para a relação entre as novas construções e a preexistência, a partir do referencial teórico da atualidade. O trabalho divide-se em três capítulos: o primeiro sobre a formação, influências e obra do arquiteto Wandenkolk Tinoco e as experiências de intervenção no patrimônio histórico ocorridas em Recife, nas décadas de 60; o segundo capítulo aborda o instrumental teórico sobre esse tema na atualidade, especificamente sobre o confronto antigo e novo, como balizamento para a análise crítica dos projetos e para verificação da postura dos arquitetos perante o patrimônio construído. Ainda abordaremos nesse capítulo os elementos da forma arquitetônica e sua totalidade como meio de expressão do arquiteto e na construção das sintaxes com a preexistência; no terceiro capitulo, a partir de ampla documentação encontrada nos arquivos da Fundaj, da Diretoria de Controle Urbano da Prefeitura do Recife e na Secretaria do Patrimônio da União analisaremos os projetos e obras. Conclui-se que as edificações modernas ora dialogam com o preexistente, ao construir conexões e respostas aos condicionantes naturais e culturais do sítio, ora se impõem de forma autônoma.
Palavras-chave: patrimônio histórico, preexistência, projeto, intervenção, antigo-novo.
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RESUMO
A Fundação Joaquim Nabuco - Fundaj possui em seus campi, situados nos bairros de Casa Forte e Apipucos, em Recife, um significativo acervo arquitetônico constituído por edifícios construídos no final do século XIX e edificações modernas da década de 60 até os anos 80 do século XX. Dentre os modernos, além das obras do Museu do Açúcar e a Escola do Centro Regional de Pesquisas Educacionais de Pernambuco, construído em 1963, há três importantes obras do arquiteto e professor Wandenkolk Tinoco, projetadas entre 1972 e 1985. O trabalho analisa as obras de arquitetura projetadas por Wandenkolk Tinoco, os princípios que as nortearam, principalmente aqueles voltados para a relação entre as novas construções e a preexistência, a partir do referencial teórico da atualidade. O trabalho divide-se em três capítulos: o primeiro sobre a formação e obra do arquiteto Wandenkolk Tinoco; o segundo sobre a teoria da restauração em suas diversas vertentes e instrumentos de análise que serão utilizados para decompor e relacionar as arquiteturas existentes; bem como, a análise de ampla documentação encontrada nos arquivos da Fundaj e da Regional de Prefeitura do Recife. Conclui-se que as edificações modernas ora dialogam com o preexistente, ao construir conexões e respostas aos condicionantes naturais e culturais do sítio, ora se impõem de forma autônoma.
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EDWIN FRADE VIDAL
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AVALIAÇÃO DA ACESSIBILIDADE EM HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL POR MEIO DO PROCESSO DE VERIFICAÇÃO DE REGRAS DE PROJETO
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Orientador : LETICIA TEIXEIRA MENDES
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MEMBROS DA BANCA :
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LETICIA TEIXEIRA MENDES
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MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
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CRISTIANA MARIA SOBRAL GRIZ
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CARLOS ALEJANDRO NOME SILVA
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Data: 24/08/2023
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A moradia, do ponto de vista do direito social, deve proporcionar ao cidadão condições para o desenvolvimento de uma vida digna, levando em consideração diversos aspectos, dentre eles, a acessibilidade. Entretanto, tal aspecto vem sendo desconsiderado devido à crescente redução nas dimensões físicas dos ambientes. Assim, questões como a acessibilidade acabam sendo desconsideradas. A acessibilidade, similarmente ao desenho universal e à ergonomia são saberes usados para atender às necessidades de acesso e uso dos ambientes pelas pessoas que apresentam restrições de ordem física, mental ou sensorial. Diante da necessidade dessas pessoas, é fundamental que exista, por parte do projetista, conhecimento prévio das necessidades espaciais, a partir da ergonomia e dos princípios do desenho universal para promoção da acessibilidade, de forma que possa contribuir para minimizar as barreiras arquitetônicas que dificultam a acessibilidade. Dessa maneira, entender o processo projetual, a concepção arquitetônica e a sua relação com as normas construtivas é fundamental para construção de uma arquitetura sem barreiras. Visando auxiliar o processo projetual, a indústria da construção civil tem desenvolvido o processo de verificação de regras. Esse permite a análise do projeto arquitetônico de forma automática e, quando apoiado no modelo BIM (Building Information Modeling) da obra, verifica a conformidade do objeto analisado em relação ao arcabouço de leis, normas e regulamentos inerentes ao tema. Contudo, a inserção da temática do uso da tecnologia BIM para o desenvolvimento de projetos é tão recente quanto a da acessibilidade nos programas de habitação de interesse social, necessitando de maiores avanços e divulgação. Dessa maneira, esta pesquisa tem por objetivo investigar como o processo de projeto baseado em uma abordagem de conformidade da acessibilidade, por meio do processo de verificação de normas, pode auxiliar no desenvolvimento de projetos de habitações populares. Para responder isso, a pesquisa investigará os três eixos principais relacionados à temática: o processo de verificação de regras em projetos BIM acessibilidade e a HIS.
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A moradia, do ponto de vista do direito social, deve proporcionar ao cidadão condições para o desenvolvimento de uma vida digna, levando em consideração diversos aspectos, dentre eles, a acessibilidade. Entretanto, tal aspecto vem sendo desconsiderado devido à crescente redução nas dimensões físicas dos ambientes. Assim, questões como a acessibilidade acabam sendo desconsideradas. A acessibilidade, similarmente ao desenho universal e à ergonomia são saberes usados para atender às necessidades de acesso e uso dos ambientes pelas pessoas que apresentam restrições de ordem física, mental ou sensorial. Diante da necessidade dessas pessoas, é fundamental que exista, por parte do projetista, conhecimento prévio das necessidades espaciais, a partir da ergonomia e dos princípios do desenho universal para promoção da acessibilidade, de forma que possa contribuir para minimizar as barreiras arquitetônicas que dificultam a acessibilidade. Dessa maneira, entender o processo projetual, a concepção arquitetônica e a sua relação com as normas construtivas é fundamental para construção de uma arquitetura sem barreiras. Visando auxiliar o processo projetual, a indústria da construção civil tem desenvolvido o processo de verificação de regras. Esse permite a análise do projeto arquitetônico de forma automática e, quando apoiado no modelo BIM (Building Information Modeling) da obra, verifica a conformidade do objeto analisado em relação ao arcabouço de leis, normas e regulamentos inerentes ao tema. Contudo, a inserção da temática do uso da tecnologia BIM para o desenvolvimento de projetos é tão recente quanto a da acessibilidade nos programas de habitação de interesse social, necessitando de maiores avanços e divulgação. Dessa maneira, esta pesquisa tem por objetivo responder ao seguinte questionamento: é possível desenvolver instrumento de checagem de projeto capaz de mensurar quantitativamente a acessibilidade em projetos de Habitação de Interesse Social (HIS)? Para responder ao questionamento, a pesquisa investigará os três eixos principais relacionados à temática: a HIS, acessibilidade e o processo de verificação de regras em projetos BIM.
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CARINA GIOVANA CIPRIANO CARVALHO
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A CIDADE COMO ATINGIDA: Influências e repercussões do Complexo Hidreletrico do Rio Madeira nas transformações urbanas e habitacionais em Porto Velho, Rondônia
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Orientador : EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
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MEMBROS DA BANCA :
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EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
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IANA LUDERMIR BERNARDINO
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MARIA DO CARMO MARTINS SOBRAL
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Data: 24/08/2023
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O Rio Madeira, que é um dos mais importantes para a Amazônia, em 2007, no município de Porto Velho (RO), recebeu a instalação de um Complexo Hidrelétrico composto pela UHE de Santo Antônio e Jirau. Foram dez anos ao todo desde a instalação ao fim da construção, impactando diretamente a fauna, povos indígenas, pescadores, comunidades tradicionais e toda população que ali já habitavam e aos que chegaram através do fluxo migratório e ocuparam as beiras do rio. A natureza não é algo paralelo, autônomo e desarticulado das dinâmicas sociais. A construção das usinas hidrelétricas trouxe a perspectiva de influência ao crescimento da cidade. A ocupação urbana da cidade de Porto Velho intensificou-se, contudo a ausência de planos governamentais e preparo para acolher imigração desordenada na região, não contribuíram para o desenvolvimento das condições mínimas de urbanização. Considerando a realidade e fenômenos como principal meio de explicação, o estudo é realizado a partir de fenômenos reais, de condições sólidas e materiais que abrangem de maneira racional as fontes que geraram as dinâmicas. A escolha pelo tema da pesquisa expõe o desafio de contribuir para a problematização e reflexão da contradição entre o discurso, propostas e ações de Grandes Projetos e o seu real impacto no território. Usando da técnica metodológica de análise de constelação para identificação de avanços e retrocessos diante dos impactos do ciclo de instalação do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. Considerando a direção da dinâmica do desenvolvimento e crescimento urbano baseados nos termos históricos, identificando fases do desenvolvimento na região estudada.
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O Rio Madeira, que é um dos mais importantes para a Amazônia, em 2007, no município de Porto Velho (RO), recebeu a instalação de um Complexo Hidrelétrico composto pela UHE de Santo Antônio e Jirau. Foram dez anos ao todo desde a instalação ao fim da construção, impactando diretamente a fauna, povos indígenas, pescadores, comunidades tradicionais e toda população que ali já habitavam e aos que chegaram através do fluxo migratório e ocuparam as beiras do rio. A natureza não é algo paralelo, autônomo e desarticulado das dinâmicas sociais. A construção das usinas hidrelétricas trouxe a perspectiva de influência ao crescimento da cidade. A ocupação urbana da cidade de Porto Velho intensificou-se, contudo a ausência de planos governamentais e preparo para acolher imigração desordenada na região, não contribuíram para o desenvolvimento das condições mínimas de urbanização. Considerando a realidade e fenômenos como principal meio de explicação, o estudo é realizado a partir de fenômenos reais, de condições sólidas e materiais que abrangem de maneira racional as fontes que geraram as dinâmicas. A escolha pelo tema da pesquisa expõe o desafio de contribuir para a problematização e reflexão da contradição entre o discurso, propostas e ações de Grandes Projetos e o seu real impacto no território. Usando da técnica metodológica de análise de constelação para identificação de avanços e retrocessos diante dos impactos do ciclo de instalação do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira. Considerando a direção da dinâmica do desenvolvimento e crescimento urbano baseados nos termos históricos, identificando fases do desenvolvimento na região estudada.
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CAIO COELHO SILVA ALBUQUERQUE
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BEM VIVER A ARQUITETURA: Aproximações epistêmicas entre o bem viver e as arquiteturas contra-hegemônicas latino-americanas do século XXI
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Orientador : MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
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FERNANDO DINIZ MOREIRA
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IVO GIROTO
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RITA DE CÁSSIA PEREIRA SARAMAGO
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Data: 24/08/2023
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O presente trabalho propõe explorar o Bem Viver, cosmovisão ameríndia associada às discussões de sustentabilidade socioambiental vigentes, enquanto categoria de análise aos movimentos de arquitetura emergentes e presentes em países latino-americanos. O uso do Bem Viver vai de encontro com a seleção do estudo decolonial da América Latina, partilhado por pontos de vista contra-hegemônicos, outrora tidos como periféricos. No cenário latino-americano, onde a intensificação e preponderância dos territórios marginalizados nas grandes urbes, levanta-se o alerta para padrões de desequilíbrio socioeconômico, cultural e ambiental, evidenciados nas acentuadas catástrofes naturais e males sociais das cidades. O estudo dessas pautas, por sua vez, entra em acordo com a nova agenda da boa urbanização de acesso a todos, tratadas pela ONU-Habitat no ano de 2016. São evidenciadas nas diretrizes de solução do problema a importância das ações com participação de múltiplos atores, a fim de abarcar uma maior quantidade de visões para a solução do problema. Tomando a arquitetura como objeto de análise, edificações e seus processos construtivos, parte indissociável para o viver na cidade, são observadas as práticas arquitetônicas latino-americanas emergentes nas últimas duas décadas de século XXI. Para isso, identificam-se os distintos gestos projetuais de grupos de arquitetos, escritórios e coletivos presentes no Chile, Equador, Paraguai e Bolívia. Nesse sentido, levantam-se questionamentos pelo viés da sustentabilidade nas respectivas abordagens do educacional, do trabalho coletivo, dos ensaios em canteiro de obras e sobre a arquitetura popular. Sob a ótica do Bem Viver, estas constatações buscam discutir a postura profissional do arquiteto e práticas arquitetônicas pelas relações com o indivíduo, comunidade e meio ambiente. O Bem Viver se coloca enquanto balizador das relações homem-natureza, a partir do ponto de vista de diferentes comunidades originárias da América do Sul, como os aymara, os guarani e os kichwa, às discussões contemporâneas sobre alternativas sistêmicas ao pós-desenvolvimento o pós-extrativismo, decrescimento e tecnologias efetivamente sustentáveis. Do fio condutor que parte do Bem Viver à arquitetura, da pluralidade das múltiplas vozes contra-hegemônicas, para repensarmos nossos modos de se construir e habitar, colocando-os em evidência.
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Desde o final dos anos 1980, nota-se a intensificação dos meios e controles de produção oriundos da hegemonia econômica global e local. Na América Latina, território marcado por um processo civilizatório controverso e desigual, estes traços estão mais acentuados pela condição que essas civilizações vêm sendo submetidas ante influência dos padrões de mercado redigidos pelo Capital. Esse modo operativo vem descosturando a América, tecido este já fragilizado por um histórico de conflitos e subordinações presentes desde a fundação de suas nações, entre seu próprio povo tão diverso e desigual. No campo da arquitetura, a produção urbana é rendida ao produtivismo e visões hegemônicas que constroem barreiras invisíveis entre as distintas classes sociais, segmentando a sociedade e o direito de viver qualitativamente. Vislumbrando um caminho alternativo a se seguir que quebre o desenvolvimentismo ou o neoliberalismo econômico, o conceito de Bem Viver toma emprestado a soma de cosmovisões de povos ameríndios, ubuntu, do ecofeminismo, além de diversos outros grupos ativistas sobre a partilha da terra, para desenhar uma nova utopia social que considera uma vida de equidade entre todos os povos além da comunhão com a natureza. Consonante ao Bem Viver, assinala-se também a produção contemporânea de obras arquitetônicas contra-hegemônicas espalhadas pelo território latino-americano, partindo elas de técnicas construtivas tradicionais; o reúso de materiais disponíveis; a atenção ao lugar, numa arquitetura propriamente assistida de técnica e de qualidade, contestando o fazer imposto pelo mercado formal e exclusivo para uma classe reduzida. Essas obras manifestam o protagonismo de escritórios e coletivos que repensam o modo engessado do fazer construir, revisando a função social do arquiteto em detrimento aos paradigmas socioeconômicos e fragilidades locais. Propõe-se, nesse trabalho, as aproximações da cosmovisão utopista do Bem Viver com estas produções contra-hegemônicas, considerando um ponto de inflexão entre estas duas linhas de ativismo, investigando como o princípio destes campos podem se inter-relacionar e somar vozes. O presente trabalho também propõe o mapeamento destas obras no território latino-americano, na tentativa de fortalecer sua importância pela transformação de unidades separadas em conjunto, construindo pontes por toda a América Latina.
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ANA IRIS DE OLIVEIRA ALVES
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O LUGAR COMO ESTRATÉGIA DE PROJETO: CONCURSOS DE ARQUITETURA NO BRASIL (2010-2020)
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Orientador : FERNANDO DINIZ MOREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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FERNANDO DINIZ MOREIRA
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MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
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RICARDO ALEXANDRE PAIVA
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SÉRGIO MOACIR MARQUES
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Data: 25/08/2023
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Esta dissertação tem como objetivo analisar como o lugar foi interpretado em projetos premiados de concursos de arquitetura no Brasil, de 2010 a 2020, buscando entender de que maneira esse tema está sendo abordado na arquitetura contemporânea brasileira. A pesquisa surge da preocupação com a falta de harmonia entre os novos edifícios e o lugar em que estão inseridos e da sensação de perda de referências espaciais nas cidades, que sustentam a identidade local. O estudo do lugar durante o processo de projeto tem sido valorizado pelos arquitetos contemporâneos, sendo relevante para a preservação do patrimônio, a metodologia de projeto e a formação de arquitetos. A pesquisa adota os concursos de arquitetura como recorte para compreender a realidade dos projetos recentes e identificar estratégias projetuais relacionadas ao lugar. porque estes oferecem uma oportunidade para escritórios estabelecidos e recém-formados se destacarem, revelando tendências da arquitetura contemporânea brasileira.. Além disso, os concursos são uma fonte de geração de conhecimento em arquitetura, permitindo uma reflexão coletiva e oferecendo uma plataforma de experimentação para os arquitetos . A dissertação analisa três concursos significativos ocorridos na década passada, que apresentam correspondências entre si, investigando as soluções projetuais adotadas pelos arquitetos em relação ao lugar e a importância desse aspecto na seleção dos projetos vencedores pelos júris. O estudo desses concursos visa, portanto, contribuir para um melhor entendimento da cena contemporânea da arquitetura brasileira e para uma reflexão sobre a relação da arquitetura com o lugar onde está inserida
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O objeto principal desta pesquisa é analisar os concursos de projetos contemporâneos no
Brasil identificando a importância do lugar nos documentos e nas propostas encaminhadas pelos escritórios de arquitetura, dentro do recorte temporal de 2000 a 2020. Isto se dá através de duas inquietações principais minhas: a forma como os edifícios se relacionam com o lugar – devido a sua importância para o cenário urbano - e a ausência de conhecimentos mais sistematizados sobre a arquitetura contemporânea brasileira. Os concursos de projetos podem ser uma chave de leitura significativa para o entendimento da arquitetura contemporânea, pois neles revelam-se preocupações e estratégias projetuais de algumas gerações e caminhos para inovação. Então, os projetos produzidos para concursos nacionais nesse período tornam-se objeto de pesquisa. A importância do concurso é dada principalmente por constituir um recorte adequado onde estimula experimentações e considerável espectro de reflexões, reunindo jovens arquitetos e prenuncia tendências. Há uma junção de autores pensando sob um mesmo terreno, uma mesma situação e diferentes interpretações. Uma varredura dos concursos de arquitetura realizados no Brasil no recorte temporal norteou a escolha de três que farão parte da investigação - os concursos do Edifício Sede da Inspetoria do CREA-PB, em Campina Grande, realizado em 2010; do Instituto Moreira Salles, em São Paulo, realizado em 2011; e da sede da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em Brasília, realizado em 2010. Trata-se de Instituições públicas ou de caráter social - relevando assim como uma afinidade -, concursos de grande repercussão e com acervo disponível. Para o volume de qualificação o projeto para a Sede do CREA-PB passou por um levantamento mais profundo de materiais técnicos e conceituais acerca dos projetos, entrevistas com os arquitetos responsáveis, visita ao lugar e análise gráfica projetual para assim ser traduzido através de duas abordagens complementares: (1) projetação - o conceito - e (2) representação – a técnica - até chegar à apreciação final.
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FELIPE MOURA HEMETERIO ARAUJO
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DA SEMIOSE DOS LUGARES DO RECIFE NA PERMANENTE RENOVAÇÃO DO SEU FOLCLORE ASSOMBRADO
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Orientador : TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
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MEMBROS DA BANCA :
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TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
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MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
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ANTONIO PAULO DE MORAIS REZENDE
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Data: 25/08/2023
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A presente dissertação se insere no campo de debate multidisciplinar do Folclore, entendido aqui como uma construção essencialmente humana. Partindo do pressuposto de que o Folclore é um construto cultural, é inequívoco concluir que ele carrega um forte teor sociocultural, representativo de indivíduos ou de uma coletividade. Por meio da pesquisa, se analisará as lendas urbanas, contos e literatura assombrada do Recife, tratadas por autores clássicos como Gilberto Freyre, Carneiro Vilela, ou por autores contemporâneos, como o jornalista Roberto Beltrão. Ao rememorar aspectos da morfologia urbana, das tipologias arquitetônicas e do caráter dos lugares da cidade, tais contos são dotados de uma gama de elementos semióticos. Para relacionar a materialidade descrita existente com as lendas e histórias que dela emergem, é necessário compreender como se dá a relação fenomenológica entre o indivíduo e o espaço que o circunda, a partir da qual se converte a matéria física em puro Folclore. Assim, nesta dissertação, buscar-se-á identificar os elementos semióticos que despertam sensações, a partir das quais os lugares são ressignificados, buscando aprofundar a compreensão sobre o que confere ao Recife seu caráter místico e sobrenatural.
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A presente dissertação se insere no campo de debate multidisciplinar do Folclore, entendido aqui como uma construção essencialmente humana. Partindo do pressuposto de que o Folclore é um construto cultural, é inequívoco concluir que ele carrega um forte teor sociocultural, representativo de indivíduos ou de uma coletividade. Por meio da pesquisa, se analisará as lendas urbanas, contos e literatura assombrada do Recife, tratadas por autores clássicos como Gilberto Freyre, Carneiro Vilela, ou por autores contemporâneos, como o jornalista Roberto Beltrão. Ao rememorar aspectos da morfologia urbana, das tipologias arquitetônicas e do caráter dos lugares da cidade, tais contos são dotados de uma gama de elementos semióticos. Para relacionar a materialidade descrita existente com as lendas e histórias que dela emergem, é necessário compreender como se dá a relação fenomenológica entre o indivíduo e o espaço que o circunda, a partir da qual se converte a matéria física em puro Folclore. Assim, nesta dissertação, buscar-se-á identificar os elementos semióticos que despertam sensações, a partir das quais os lugares são ressignificados, buscando aprofundar a compreensão sobre o que confere ao Recife seu caráter místico e sobrenatural.
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EMMANOEL ROBERTO DA SILVA NERI
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GUIA DE IMPLEMENTAÇÃO BIM PARA A ETAPA DE DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA - APOIADO NA ABNT NBR ISO 19650
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Orientador : MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
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LETICIA TEIXEIRA MENDES
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EDUARDO TOLEDO SANTOS
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SERGIO SCHEER
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Data: 25/08/2023
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A eficiência da Construção Civil é ponto de discussão em nível mundial: erros construtivos, de projetos e falta de produtividade geram incontáveis custos, de cronograma e financeiro, para a economia e sociedade global. O investimento em tecnologia, processos e contratos, inovações em projetos e obras, e requalificação da mão-de-obra têm sido algumas sugestões de melhoria nos últimos anos para recuperar a produtividade do setor. Tais mudanças desejadas podem ser traduzidas na implementação de inovadores conceitos para o setor, como é o caso do Building Information Modeling (BIM), um conjunto de processos, políticas e tecnologias que é uma tendência mundial na Indústria de Arquitetura, Engenharia, Construção, Operação e Manutenção (AECOM). No Brasil, o Governo Federal Instituiu a Estratégia BIM BR em 2018, que incentiva a adoção do BIM, principalmente para o setor público, um dos setores que mais sofre com a falta de produtividade da Construção Civil, sofrendo com aditivos contratuais e recursos sociais. Contudo, uma implantação BIM não é rápida e trivial, trata-se de um planejamento de curto, médio e longo prazo. Devido à necessidade de especialização e mudança de cultura há um entrave na Implantação BIM em muitos orgãos públicos, pois ainda que haja um Decreto Federal, geralmente não há alocação de verbas para treinamentos e consultorias especializadas, sendo o processo de Implantação BIM, em sua maioria, desenvolvido pelo quadro de funcionários internos. Embora seja um esforço louvável das equipes, a falta de direcionamento, assim como a necessidade de dividir as tradicionais demandas de trabalho com as da Implantação BIM alinhada à desconhecida metodologia política e normativa nacional para implantação do BIM podem tornar o processo muito mais lento do que o desejado ou até falho. A partir do método do Design Science Research, de pesquisas apoiadas no método Delphi e de Revisões Sistemáticas da Literatura, esta dissertação de mestrado objetiva o desenvolvimento de um artefato - um método de Implementação BIM - voltado para administração pública com foco em projetos multidisciplinares de edificações. Para fins de laboratório e instanciação do método proposto, o autor desenvolve uma pesquisa utilizando como objeto empírico de validação a implementação BIM na Gerência de Obras do Metrô do Recife.
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RESUMO
A eficiência da Construção Civil é ponto de discussão a nível mundial, erros construtivos, de projetos e falta de produtividade geram incontáveis custos, de cronograma e financeiro, para a economia e sociedade global. O investimento em tecnologia, processos e contratos, inovações em projetos e obras, e requalificação da mão-de-obra têm sido algumas sugestões de melhoria nos últimos anos para recuperar a produtividade do setor. Tais mudanças desejadas podem ser traduzidas na implementação de inovadores conceitos para o setor, como é o caso do Building Information Modeling (BIM), um conjunto de processos, políticas e tecnologias que é uma tendência mundial na Indústria de Arquitetura, Engenharia, Construção, Operação e Manutenção (AECOM). No Brasil, o Governo Federal Instituiu a Estratégia BIM BR em 2018, que incentiva a adoção do BIM, principalmente para o setor público, um dos setores que mais sofre com a falta de produtividade da Construção Civil, sofrendo com aditivos contratuais e recursos sociais. Contudo, uma implantação BIM não é rápida e trivial, trata-se de um planejamento de curto, médio e longo prazo. Devido à necessidade de especialização e mudança de cultura há um entrave na Implantação BIM em muitos orgãos públicas, pois ainda que haja um Decreto Federal, geralmente não há alocação de verbas para treinamentos e consultorias especializadas, sendo o processo de Implantação BIM, em sua maioria, desenvolvido pelo quadro de funcionários internos. Embora seja um esforço louvável das equipes, a falta de direcionamento, assim como a necessidade de dividir as tradicionais demandas de trabalho com as da Implantação BIM alinhada à desconhecida metodologia política e normativa nacional para implantação do BIM podem tornar o processo muito mais lento do que o desejado ou até falho. A partir do método do Design Science Research, de pesquisas apoiadas no método Delphi e de Revisões Sistemáticas da Literatura, esta dissertação de mestrado objetiva o desenvolvimento de um artefato, na figura de um método de Implementação BIM, voltado para administração pública com foco em projetos multidisciplinares de edificações. Para fins de laboratório e instanciação do método proposto, o autor desenvolve uma pesquisa utilizando como objeto empírico de validação a implementação BIM na Gerência de Obras do Metrô do Recife.
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BRUNO NASCIMENTO BIHUM
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ENTRE IDEIAS E DESDOBRAMENTOS NORMATIVOS: O PLANO DE PRESERVAÇÃO DOS SÍTIOS HISTÓRICOS DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE (PPSH/RMR)
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Orientador : RENATA CAMPELLO CABRAL
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MEMBROS DA BANCA :
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RENATA CAMPELLO CABRAL
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VIRGINIA PITTA PONTUAL
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ANA PAULA MOTA DE BITENCOURT DA COSTA LINS
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FERNANDO ATIQUE
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Data: 28/08/2023
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Ao longo dos anos 1960 e 1970, com a descentralização das ações de preservação, os sítios e centros históricos assumiram novos papéis que passaram a estruturar iniciativas de planejamento urbano e de intervenções a partir da formulação de políticas de preservação e de desenvolvimento econômico, principalmente, por meio do turismo. Foi nesse contexto que o Plano de Preservação dos Sítios Históricos da Região Metropolitana do Recife (PPSH/RMR) foi desenvolvido pela Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife (FIDEM), em 1978. Tomando-o como objeto empírico, assumimos como hipótese que esse plano foi um importante marco no desenvolvimento das políticas de preservação dos sítios históricos em Pernambuco e, principalmente, no Recife, com desdobramentos em normativas e planos locais. Além de importante marco, apresentou ideias, metodologias e instrumentos que dialogavam com iniciativas nacionais e internacionais, com ideias ainda atuais como identidade e memória, relação entre conservação e planejamento e participação social. É a partir das ideias, métodos e agentes que procuramos nos aproximar desse documento.
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Ao longo dos anos 1960 e 1970, com a descentralização das ações de preservação, os sítios e centros históricos assumiram novos papéis que passaram a estruturar iniciativas de planejamento urbano e de intervenções a partir da formulação de políticas de preservação e de desenvolvimento econômico, principalmente, por meio do turismo. Foi nesse contexto que o Plano de Preservação dos Sítios Históricos da Região Metropolitana do Recife (PPSH/RMR) foi desenvolvido pela Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife (FIDEM), em 1978. Tomando-o como objeto empírico, assumimos como hipótese que esse plano foi um importante marco no desenvolvimento das políticas de preservação dos sítios históricos em Pernambuco e, principalmente, no Recife, com desdobramentos em normativas e planos locais. Além de importante marco, apresentou ideias, metodologias e instrumentos que dialogavam com iniciativas nacionais e internacionais, com ideias ainda atuais como identidade e memória, relação entre conservação e planejamento e participação social. É a partir das ideias, métodos e agentes que procuramos nos aproximar desse documento.
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CARINE AYANNE MENDES DE FARIAS
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Patrimônio Cultural de Conjuntos de Arquitetura Popular: O Caso do distrito de Gravatá Do Ibiapina-PE
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Orientador : MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
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NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
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FLAVIANA BARRETO LIRA
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MARIA ANGELICA DA SILVA
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Data: 28/08/2023
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Com o amadurecimento do campo do patrimônio cultural, os critérios para a atribuição de valores para os bens culturais passam por um processo de democratização, com a inclusão dos saberes e fazeres tradicionais da cultura popular no hall de patrimonialização. Contudo, apesar da expansão conceitual, diversas tipologias de bens culturais ainda não recebem a devida importância pelas políticas e ações de salvaguarda patrimonial. Essa situação é ainda mais expressiva em espaços interioranos distantes dos grandes centros e, consequentemente, das expressões oficiais do patrimônio urbano. Um exemplo significativo é o da arquitetura popular, especificamente os conjuntos urbanos compostos por edificações cuja fachada principal é composta por porta, janela e platibanda. A presente pesquisa traz como objeto empírico os exemplares da arquitetura popular do distrito de Gravatá do Ibiapina, localizado no município de Taquaritinga do Norte, agreste pernambucano. Além de contar com poucos estudos a seu respeito, o sítio vem passando por transformações que colocam em cheque a conservação de seu patrimônio construído, bem como dos valores e significados reconhecidos pelos usuários locais. Foram realizados levantamentos bibliográficos, documentais e de campo, além da aplicação do instrumento de consulta desenvolvido por Pontual (2017) e Lira (2010; 2017; 2018), a fim de compreender a relação entre os atributos e valores locais. Buscou-se compreender a significância cultural do recorte de estudo, bem como avaliar as suas condições de integridade e autenticidade. Com o objetivo de construir um documento validado socialmente, foi elaborada a Declaração de Significância Cultural, Integridade e Autenticidade (DSIA) da área.
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Com o amadurecimento do campo do patrimônio cultural, os critérios para a atribuição de valores para os bens culturais passam por um processo de democratização, com a inclusão dos saberes e fazeres tradicionais da cultura popular no hall de patrimonialização. Contudo, apesar da expansão conceitual, diversas tipologias de bens culturais ainda não recebem a devida importância pelas políticas e ações de salvaguarda patrimonial. Essa situação é ainda mais expressiva em espaços interioranos distantes dos grandes centros e, consequentemente, das expressões oficiais do patrimônio urbano. Um exemplo significativo é o da arquitetura popular, especificamente os conjuntos urbanos compostos por edificações cuja fachada principal é composta por porta, janela e platibanda. A presente pesquisa traz como objeto empírico os exemplares da arquitetura popular do distrito de Gravatá do Ibiapina, localizado no município de Taquaritinga do Norte, agreste pernambucano. Além de contar com poucos estudos a seu respeito, o sítio vem passando por transformações que colocam em cheque a conservação de seu patrimônio construído, bem como dos valores e significados reconhecidos pelos usuários locais. Foram realizados levantamentos bibliográficos, documentais e de campo, além da aplicação do instrumento de consulta desenvolvido por Pontual (2017) e Lira (2010; 2017; 2018), a fim de compreender a relação entre os atributos e valores locais. Buscou-se compreender a significância cultural do recorte de estudo, bem como avaliar as suas condições de integridade e autenticidade. Com o objetivo de construir um documento validado socialmente, foi elaborada a Declaração de Significância Cultural, Integridade e Autenticidade (DSIA) da área.
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MARIA BEATRIZ TOMAZ PEREIRA
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OLHOS NAS RUAS:
Morfologia, campos visuais e percepção de segurança urbana nas portarias de prédios em Boa Viagem
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Orientador : CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO
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MEMBROS DA BANCA :
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CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO
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CRISTIANO FELIPE BORBA DO NASCIMENTO
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EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO
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MAURO NORMANDO MACEDEDO BARROS FILHO
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Data: 28/08/2023
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As morfologia urbana de edificações verticalizadas na cidade se associam a uma transformação da interface publica-privada. O enclausuramento e fechamento ao espaço público, é ao mesmo tempo resultante como contribuidor do aumento da sensação de medo na cidade. A percepção de criminalidade é um aspecto importante na avaliação da qualidade de vida das cidades, associado a mudanças de hábitos de moradia e relações de sociabilidade e urbanidade.
O medo urbano fomentou nas ultimas décadas a produção de uma tipologia edificada e morfologia espacial voltada para a segurança privada que como resutado intensificaram a percepção de vulnerabilidade ao crime.
As portarias ou guaritas se tornaram controladoras desta interface a ponte entre a edificação e a rua, atuando como o elemento de intervisibilidade, de vigilância como os “olhos nas ruas” defendidos por Janes Jacobs.
No entanto se observa uma tendência recente de aumentar a profundidade das portarias, de elevar do solo e utilizar câmeras e comunicação remota, de modo a evitar a proximidade da portaria com a rua.
A presente dissertação se dedica a análise da morfologia urbana e das tipologias de portarias em ruas deedifícios residenciais de Boa Viagem, Recife, estudando o papel da intervisibilidade publica-privada na percepção de risco a crimes. Para alcançar estes objetivos, serão analisadas ruas com diversas tipos de portarias, morfologia onde serão identificados áreas e extensão dos campos visuais. Tais dados serão correlacionados com uma investigação sobre percepção de risco e vulnerabilidade no espaço público segundo porteiros, moradores e frequentadores do bairro.
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As morfologia urbana de edificações verticalizadas na cidade se associam a uma transformação da interface publica-privada. O enclausuramento e fechamento ao espaço público, é ao mesmo tempo resultante como contribuidor do aumento da sensação de medo na cidade. A percepção de criminalidade é um aspecto importante na avaliação da qualidade de vida das cidades, associado a mudanças de hábitos de moradia e relações de sociabilidade e urbanidade.
O medo urbano fomentou nas ultimas décadas a produção de uma tipologia edificada e morfologia espacial voltada para a segurança privada que como resutado intensificaram a percepção de vulnerabilidade ao crime.
As portarias ou guaritas se tornaram controladoras desta interface a ponte entre a edificação e a rua, atuando como o elemento de intervisibilidade, de vigilância como os “olhos nas ruas” defendidos por Janes Jacobs.
No entanto se observa uma tendência recente de aumentar a profundidade das portarias, de elevar do solo e utilizar câmeras e comunicação remota, de modo a evitar a proximidade da portaria com a rua.
A presente dissertação se dedica a análise da morfologia urbana e das tipologias de portarias em ruas deedifícios residenciais de Boa Viagem, Recife, estudando o papel da intervisibilidade publica-privada na percepção de risco a crimes. Para alcançar estes objetivos, serão analisadas ruas com diversas tipos de portarias, morfologia onde serão identificados áreas e extensão dos campos visuais. Tais dados serão correlacionados com uma investigação sobre percepção de risco e vulnerabilidade no espaço público segundo porteiros, moradores e frequentadores do bairro.
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LUIZA DE MELO SILVA
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Singularidades das lutas urbanas no Recife: apropriação da rua em sentido de festa como prática de resistência nas experiências político-culturais do MST-PE.
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Orientador : JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELLE DE MELO ROCHA
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HUGO MENEZES NETO
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JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
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LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
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Data: 29/08/2023
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Sob a tutela da palavra de ordem do direito à cidade se manifesta um vasto repertório de reivindicações que orientam demandas ao Estado, ressonando insatisfações advindas das mais variadas agendas de ação política, mas que convergem pelo sentido de crítica comum ao modo de vida urbano. Refazendo a trajetória conceitual do termo, que tem sua origem datada na publicação do texto Le Droit à La Ville de Henri Lefebvre, em 1968, realizamos o exercício de tentar interpretar o significado dessa ideia força, em sua profundidade, e na aplicação prática cotidiana pelos movimentos de luta organizada na e pela cidade. Interessa-nos aqui investigar como a apropriação da rua em sentido de festa se insere no repertório das lutas urbanas no Recife. A pesquisa investiga os sentidos da apropriação e cotidianidade na dinâmica urbana contemporânea elegendo a festa de rua como base de interpretação da tensão estético- discursiva desvelada entre os avanços de um capital urbanizador globalizado e a proposição da cidade, fruto de uma atividade participante. Para tanto, discutimos a incorporação dessa performance festiva reivindicativa na gramática de luta do MST, um movimento campesino, que reorienta-se e atualiza-se, aproximando-se do trabalhador urbano ampliando suas trincheiras em direção à cidade. Tem como objetivo identificar os diversos papéis que as apropriações da rua em sentido de festa desempenham na cidade do Recife, apontando sua contribuição para o acionamento de resistências que lançam a aposta emancipatória de transformação radical da sociedade pela via da utopia concreta do direito à cidade. Orientados sob o método da antropologia da cidade, analisamos como se reinventa a vida social e suas lutas pelo ângulo da festa a partir do estudo de caso das ações do projeto político-cultural do MST em Pernambuco organizados em torno de seu espaço sede na capital, o Armazém do Campo do Recife, tomando como situações sociais os casos do “São João Solidário”, do "Samba da Classe Trabalhadora" e dos “Tambores da Resistência”, compreendidos como elaborações de novas frentes de ação, socialização e comunicação política entre o Movimento e sua base de apoiadores na cidade.
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Sob a tutela da palavra de ordem do direito à cidade se manifesta um vasto acervo de reivindicações que orientam demandas ao Estado, ressonando insatisfações advindas das mais variadas agendas de ação política, mas que convergem pelo sentido de crítica comum ao modo de vida urbano. Refazendo a trajetória conceitual do termo, que tem sua origem datada na publicação do texto Le Droit à La Ville de Henri Lefebvre, em 1968, mas que recebe contribuições importantes de dois outros grandes clássicos da nova sociologia urbana, com A questão urbana de Manuel Castells e A justiça social e a cidade de David Harvey que se possibilita o exercício de tentar interpretar o significado dessa ideia força, em sua profundidade e aplicação prática cotidiana pelos cidadãos ordinários. Se interessa investigar como esse conceito emerge da teoria crítica para a realidade experienciada. Mais do que distinguir a leitura correta de seu uso corrente, cabe aqui resgatar a sua atualidade, assim como dar destaque a trajetória que nos leva da reflexão de um conceito teórico ao direito social garantido. A pesquisa investiga os sentidos da apropriação e cotidianidade na dinâmica urbana contemporânea, elegendo a festa de rua como base de interpretação da tensão estético-discursiva desvelada entre os avanços de um capital urbanizador globalizado e a proposição da cidade fruto de uma atividade participante. Para tanto, discute a possível incorporação dessa performance festiva reivindicativa nos repertórios de lutas urbanas, assim como a captura dessa possibilidade de ação do sujeito social pelas forças de mercado. Tem como objetivo identificar os diversos papéis que as apropriações em sentido de festa desempenham na cidade do Recife, apontando sua contribuição para o acionamento de resistências que lançam a aposta emancipatória de transformação radical da sociedade pela via da utopia concreta do direito à cidade. A partir do estudo de caso das ações do samba da classe trabalhadora, projeto político-cultural organizado pelo Armazém do campo do Recife e fundamentando-se no levantamento bibliográfico-documental, e no monitoramento dos esforços empreendidos pelas entidades do setor cultural nos períodos pré e pós pandêmicos, pretende-se analisar como se reinventa a vida social, e suas lutas, pelo ângulo da festa.
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JOYCE CAROLINE GOMES DA SILVA
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VEM DO TRONCO DA JUREMA, NA TERRA DO PAU JUCÁ: O Espírito de Lugar do Território Xukuru de Cimbres
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Orientador : MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
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JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
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FRANCISCO SA BARRETO DOS SANTOS
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Data: 30/08/2023
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Resumo:
Esta dissertação busca identificar os elementos tangíveis e intangíveis componentes do espírito de lugar do território Xukuru de Cimbres. O povo Xukuru de Cimbres uma etnia indígena que habitava a Serra do Ororubá, um conjunto morfológico existente na no agreste de Pernambuco, ao longo dos anos teve seu território invadido por fazendeiros, seu modo de vida, suas crenças costumes e manifestações tradicionais proibidos por instituições religiosas e pelo próprio Estado. Os forçando a recorrer a diversas formas de burlar as tentativas de etnocídio e perpetuar sua cosmovisão e tradições, sobrevivendo até os dias atuais. E em meio a inúmeras adversidades diversas transformações foram sucedendo dentre elas a divisão da etnia entre Xukuru do Ororubá e Xukuru de Cimbres, sendo esta última a protagonista desta pesquisa, cuja a escolha decorreu em primeiro lugar justamente da indagação de como essa mudança de delimitação geográfica poderia impactar na relação com o território, seguido da riqueza cultural e simbólica evidente nos ritos e manifestações deste povo, adjunto a constatação da ausência de reconhecimento e proteção por parte dos órgãos patrimoniais e por fim da necessidade de concepção e valorização do planeta além dos aspectos materiais e mercantis tão difundidos e aceitos por grande parte da sociedade ocidentalizada. Então, através do método fenomenológico foram realizadas visitas de campo com o intuito de identificar e registrar os elementos tangíveis e intangíveis que compõe o espírito de lugar do Território Xukuru de Cimbres.
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RESUMO
Os povos tradicionais – indígenas, quilombolas, caiçaras – se recusam a conceber o planeta como uma simples fonte de recursos. Para estes grupos, a Terra se conforma como um organismo vivo, sua mãe e provedora, cujos suprimentos são oferecidos a seus filhos sem a necessidade de explorá-la até a última gota (KRENAK, 2020). Estes grupos, diferentes daqueles que vivem segundo os costumes ocidentais, não se veem como seres à parte da natureza, mas estabelecendo uma relação simbiótica com esta e buscando uma convivência harmônica com o mundo. Tal modo de se relacionar com a Terra, também oferece um modo diverso de entender o território, não circunscrito ao entendimento dos geógrafos., que mais se aproxima do conceito genius loci resgatado pelo arquiteto, Christian Norberg-Schulz, em função de seu entendimento de que o espaço construído oferece uma base existencial para a vida e esta visão diversa do conceito de território é buscado nesta pesquisa de mestrado. O lugar onde o Povo Xukuru de Cimbres, habita é o protagonista desta pesquisa.
O território Xukuru de Cimbres possui uma área 1.666m², com uma população de 12 000 pessoas e se espalha nos municípios de Pesqueira, Venturosa, Pedra e Alagoinha, demarcado e reconhecido pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) desde o ano de 2001. No entanto, ainda que reconhecido seu espaço físico, esta pesquisa indaga sobre a proteção do imaterial inerente aquele espaço, uma vez que não existem instrumentos ou movimento orgânico de proteção de suas tradições, mesmo com o reconhecimento dos matrimônios imateriais, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Some-se ainda, a atual conjuntura política brasileira, que transformou a luta dessas etnias em luta diária por sobrevivência, uma tarefa ainda mais árdua e que evidencia a necessidade de um maior ímpeto para resguardar sua cultura, seus saberes e tradições ancestrais.
Esta pesquisa se propõe, não apenas a contribuir para resguardar esse modo de habitar o mundo, mas a empreender um estudo crítico que analise essas diferentes cosmovisões buscando caracterizar o espírito do lugar; verificar como se dá a relação entre espaço físico, material, e espaço simbólico. Alguns conceitos são considerados chave: espaço, lugar, território, cultura. Englobam conhecimentos da teoria da arquitetura, da antropologia, da fenomenologia.
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MAIARA COSTA MOTA
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OS PRINCÍPIOS ECOSSISTÊMICOS NOS PROJETOS DE PAISAGEM DE PARQUES URBANOS.
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Orientador : ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
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FABIANO ROCHA DINIZ
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NEY DE BRITO DANTAS
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Data: 31/08/2023
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O estudo dos parques urbanos como projetos de paisagem, evidenciou a abordagem sistêmica que integra, num todo complexo, os aspectos naturais e culturais da paisagem. A partir da abordagem sistêmica da paisagem emergiu a perspectiva ecossistêmica, que reúne as relações entre os componentes bióticos, abióticos e fatores ambientais do espaço, onde o ser humano atua na manutenção e perpetuação dos elementos naturais. A pesquisa teve como objeto de análise dois projetos de parques lineares: o Parque Capibaribe, na cidade do Recife, ao longo do rio Capibaribe e iniciado em 2013, tendo como caso de referência o projeto do Parque High Line, construído em uma linha férrea desativada, na cidade de Nova Iorque e aberto ao público em 2009. Isto posto, o objetivo da pesquisa consistiu em identificar princípios ecossistêmicos para a construção de projetos de paisagem de parques urbanos. Para tanto, adotou-se como aporte teórico as três problemáticas do projeto de paisagem do filósofo Jean-Marc Besse dialogando com os três desafios contemporâneos para a prática do projeto de paisagem do arquiteto paisagista James Corner. Assim, foram identificados cinco princípios ecossistêmicos segundo critérios de verificação, que configuraram a metodologia de análise do Parque Capibaribe e do High Line. Incluiu-se também a identificação de certos princípios mais evidentes nos projetos de parques urbanos do Recife, já consolidados. Acredita-se que os princípios ecossistêmicos identificados nos parques urbanos analisados, poderão constituir uma nova possibilidade para balizar a concepção de projetos de paisagem, sobretudo para parques urbanos.
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O estudo dos parques urbanos como projetos de paisagem, evidenciou a abordagem sistêmica que integra, num todo complexo, os aspectos naturais e culturais da paisagem. A partir da abordagem sistêmica da paisagem emergiu a perspectiva ecossistêmica, que reúne as relações entre os componentes bióticos, abióticos e fatores ambientais do espaço, onde o ser humano atua na manutenção e perpetuação dos elementos naturais. A pesquisa teve como objeto de análise dois projetos de parques lineares: o Parque Capibaribe, na cidade do Recife, ao longo do rio Capibaribe e iniciado em 2013, tendo como caso de referência o projeto do Parque High Line, construído em uma linha férrea desativada, na cidade de Nova Iorque e aberto ao público em 2009. Isto posto, o objetivo da pesquisa consistiu em identificar princípios ecossistêmicos para a construção de projetos de paisagem de parques urbanos. Para tanto, adotou-se como aporte teórico as três problemáticas do projeto de paisagem do filósofo Jean-Marc Besse dialogando com os três desafios contemporâneos para a prática do projeto de paisagem do arquiteto paisagista James Corner. Assim, foram identificados cinco princípios ecossistêmicos segundo critérios de verificação, que configuraram a metodologia de análise do Parque Capibaribe e do High Line. Incluiu-se também a identificação de certos princípios mais evidentes nos projetos de parques urbanos do Recife, já consolidados. Acredita-se que os princípios ecossistêmicos identificados nos parques urbanos analisados, poderão constituir uma nova possibilidade para balizar a concepção de projetos de paisagem, sobretudo para parques urbanos.
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YASMIM SANTOS CARDOSO
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PROJETO CAPIBARIBE MELHOR: A DIALÉTICA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E DO DIREITO À CIDADE NA URBANIZAÇÃO DA ZEIS LEMOS TORRES (RECIFE - PE).
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Orientador : DANIELLE DE MELO ROCHA
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELLE DE MELO ROCHA
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FABIANO ROCHA DINIZ
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MARIA ANGELA DE ALMEIDA SOUZA
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CAROLINE GONÇALVES DOS SANTOS
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RAQUEL LUDERMIR BERNARDINO
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Data: 31/08/2023
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No processo de ocupação do Recife, o Rio Capibaribe tem sido alvo de políticas públicas que visam, de um lado, aproveitar o seu valor paisagístico como mercadoria e, de outro, reduzir as desigualdades socioespaciais dos territórios populares localizados às suas margens. Nesta dialética, o Projeto Capibaribe Melhor (PCM) traz um discurso em defesa do acesso ao Direito à Cidade aos moradores desses territórios que se contradiz com suas intervenções quando promove o reassentamento de famílias de baixa renda de seus locais de origem, muitas vezes em bairros valorizados da cidade, para outros menos privilegiados e mais periféricos. A presente dissertação objetiva analisar a dialética doprocesso de urbanização implementado pelo PCM, entre o modelo do Planejamento Estratégico e o Direito à Cidade dos moradores de assentamentos precários situados às margens dos afluentes do rio Capibaribe. Tomando como estudo de caso a ZEIS Lemos Torres e à luz do referencial teórico que aprofunda os conceitos de Planejamento Estratégico e de Direito à Cidade, discorre-se sobre o processo de intervenção e reassentamento, na interface com a Política Habitacional do Recife e seu impacto sobre as famílias afetadas. Os procedimentos metodológicos resultam da articulação de investigações no âmbito de Pesquisa Nacional do INCT Observatório das Metrópoles, por meio das quais foram realizadas pesquisas documentais e bibliográficas, observações e levantamentos fotográficos em campo, coleta e sistematização de informações, elaboração de material cartográfico sobre a transformação do bairro Parnamirim após a urbanização da ZEIS Lemos Torres. A síntese da análise do PCM, que tem o Rio Capibaribe e os territórios populares situados às suas margens como objeto empírico, subsidia as reflexões apresentadas. Demonstra-se que as intervenções do PCM na ZEIS Lemos Torres, que resultou na expulsão de quase metade de sua população para outra área (Conjunto Habitacional Casarão do Barbalho), aliado à construção de diversos elementos de centralidade urbana ao longo dos anos, contribuíram para a valorização imobiliária no bairro Parnamirim, majoritariamente de classe média/alta, pressionando os perímetros de pobreza ali incrustados a tornarem-se mais integrados aos padrões tipológicos dominantes. Os conflitos e contradições, inerente ao sistema capitalista, no qual os atores sociais disputam a cidade, revela a superposição entre o Planejamento Estratégico e o reconhecimento dos marcos normativos institucionais em defesa do Direito à Cidade. Se o primeiro busca potencializar o “valor de troca” da “cidade mercadoria”, o segundo reivindica o “valor de uso” da “cidade democrática” para regularização urbanístico-fundiária dos territórios populares sem provocar desterritorializações. Como resultados da investigação. conclui-se que tais contradições nas ações do PCM explicitam outros aspectos questionáveis das formas de produção urbana e do ordenamento territorial: apoiado em discursos de justiça socioespacial, o poder público municipal, sob justificativas financeiras relacionadas ao alto valor da terra nesses bairros valorizados, promove o reassentamento de famílias, que se submetem às soluções impostas para terem acesso à moradia digna. O reassentamento desencadeia ruptura dos vínculos identitários estabelecidos com o lugar de origem e das relações sociais familiares e afetivas que alimentam as redes de solidariedade no cotidiano, favorecendo conflitos de sociabilidade que comprometem sua permanência na nova moradia.
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No processo de ocupação do Recife, o Rio Capibaribe tem sido alvo de políticas públicas que visam, de um lado, aproveitar o seu valor paisagístico como mercadoria e, de outro, reduzir as desigualdades socioespaciais dos territórios populares localizados às suas margens. Nesta dialética, o Projeto Capibaribe Melhor (PCM) traz um discurso em defesa do acesso ao Direito à Cidade aos moradores desses territórios que se contradiz com suas intervenções quando promove o reassentamento de famílias de baixa renda de seus locais de origem, muitas vezes em bairros valorizados da cidade, para outros menos privilegiados e mais periféricos. A presente dissertação objetiva analisar a dialética doprocesso de urbanização implementado pelo PCM, entre o modelo do Planejamento Estratégico e o Direito à Cidade dos moradores de assentamentos precários situados às margens dos afluentes do rio Capibaribe. Tomando como estudo de caso a ZEIS Lemos Torres e à luz do referencial teórico que aprofunda os conceitos de Planejamento Estratégico e de Direito à Cidade, discorre-se sobre o processo de intervenção e reassentamento, na interface com a Política Habitacional do Recife e seu impacto sobre as famílias afetadas. Os procedimentos metodológicos resultam da articulação de investigações no âmbito de Pesquisa Nacional do INCT Observatório das Metrópoles, por meio das quais foram realizadas pesquisas documentais e bibliográficas, observações e levantamentos fotográficos em campo, coleta e sistematização de informações, elaboração de material cartográfico sobre a transformação do bairro Parnamirim após a urbanização da ZEIS Lemos Torres. A síntese da análise do PCM, que tem o Rio Capibaribe e os territórios populares situados às suas margens como objeto empírico, subsidia as reflexões apresentadas. Demonstra-se que as intervenções do PCM na ZEIS Lemos Torres, que resultou na expulsão de quase metade de sua população para outra área (Conjunto Habitacional Casarão do Barbalho), aliado à construção de diversos elementos de centralidade urbana ao longo dos anos, contribuíram para a valorização imobiliária no bairro Parnamirim, majoritariamente de classe média/alta, pressionando os perímetros de pobreza ali incrustados a tornarem-se mais integrados aos padrões tipológicos dominantes. Os conflitos e contradições, inerente ao sistema capitalista, no qual os atores sociais disputam a cidade, revela a superposição entre o Planejamento Estratégico e o reconhecimento dos marcos normativos institucionais em defesa do Direito à Cidade. Se o primeiro busca potencializar o “valor de troca” da “cidade mercadoria”, o segundo reivindica o “valor de uso” da “cidade democrática” para regularização urbanístico-fundiária dos territórios populares sem provocar desterritorializações. Como resultados da investigação. conclui-se que tais contradições nas ações do PCM explicitam outros aspectos questionáveis das formas de produção urbana e do ordenamento territorial: apoiado em discursos de justiça socioespacial, o poder público municipal, sob justificativas financeiras relacionadas ao alto valor da terra nesses bairros valorizados, promove o reassentamento de famílias, que se submetem às soluções impostas para terem acesso à moradia digna. O reassentamento desencadeia ruptura dos vínculos identitários estabelecidos com o lugar de origem e das relações sociais familiares e afetivas que alimentam as redes de solidariedade no cotidiano, favorecendo conflitos de sociabilidade que comprometem sua permanência na nova moradia.
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ISABELA DUARTE DUTRA
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PLANEJAMENTO E GESTÃO PARA A PRESERVAÇÃO DE SÍTIO HISTÓRICO: ANÁLISE DO PLANO DE GESTÃO DOS SÍTIOS HISTÓRICOS DE OLINDA, PERNAMBUCO, BRASIL
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Orientador : VIRGINIA PITTA PONTUAL
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MEMBROS DA BANCA :
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VIRGINIA PITTA PONTUAL
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NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
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JULIANA MELO PEREIRA
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SARAH FELDMAN
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Data: 01/09/2023
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Planejamento e Gestão são conceitos distintos que andam juntos, podem variar de acordo com o campo de pesquisa, mas são indispensáveis para atingir os resultados esperados, o presente trabalho irá tratar desses dois conceitos dentro do campo do Patrimônio Cultural, mais especificamente voltados para os Sítios Históricos, que possuem especificidades para a sua preservação. Inscrita no âmbito brasileiro, a investigação contemplará a relação dos atores sociais com o sistema institucional e a arquitetura organizacional da Gestão do Sítio Histórico de Olinda. Com relação aos gestores, a partir de meados do século XX, a municipalidade passa a ser o principal responsável pela proteção de áreas com valor patrimonial, porém instituições de níveis estadual (FUNDARPE), federal (IPHAN) e mundial (UNESCO) ao reconhecerem um bem também se tornam agentes em sua gestão. Entende-se na presente pesquisa que é papel dos órgãos gestores do patrimônio cultural, garantir que as ações atuais e futuras visem a salvaguarda de seus atributos e significados, garantindo a participação social nesse processo. A partir dessa linha que o estudo analisou o Plano de Gestão dos Sítios Históricos de Olinda, elaborado pela Prefeitura de Olinda entre 2015 e 2016. Apesar de não ser um instrumento normativo oficial, o Plano de Gestão do SHO se constitui em um instrumento técnico, elaborado por uma ampla equipe de especialistas, aprovado pelo Conselho de Preservação do SHO. A fim de compreender as relações institucionais e a participação social no processo de gestão do SHO, foram realizadas pesquisas bibliográficas e documentais, visitas de campo com observação semiestruturada, coleta de relatos dos gestores, análise do histórico da gestão, o processo de elaboração do Plano de Gestão e as relações e ações das Instituições de Salvaguarda, voltadas para a preservação do SHO. A arquitetura organizacional das instituições de salvaguarda centralizada no Conselho de Preservação de Olinda, integrante do Sistema de Preservação Municipal, possibilita representações de grupos sociais diferentes, porém precisa de uma maior estrutura e comunicação do sistema institucional para cumprir plenamente com as suas funções. Recém realizada a retrospectiva da UNESCO (2022), o SHO se reafirma como Patrimônio Mundial, porém se faz urgente um fortalecimento do seu Sistema de Preservação, para que perdas sejam evitadas e as permanências levadas à população futura. A não implementação do Plano foi vista como negativa pelos gestores, o que pode continuar afetando a salvaguarda dos valores e significados do SHO.
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A dissertação trata da Gestão do Sítio Histórico de Olinda (SHO), compreendida como ações que visem a salvaguarda desse bem. Por possuir um histórico de Gestão possível de se associar aos primeiros tombamentos realizados pelo IPHAN, ainda no final da década de 1930, se definiu o marco temporal em 2016, ano em que foi divulgado o Plano de Gestão dos Sítios Históricos de Olinda pela Prefeitura. Apesar desse plano não ser incorporado pela legislação municipal, é um instrumento construído por uma ampla equipe técnica e aprovado pelo Conselho de Preservação do SHO.
A partir de meados do século XX, a municipalidade passa a ser o principal responsável pela proteção de áreas com valor patrimonial, porém instituições de níveis estadual (FUNDARPE), federal (IPHAN) e mundial (UNESCO) ao reconhecerem um bem, também, se tornam atores de sua gestão. Entende-se na presente pesquisa que é papel dos órgãos gestores do patrimônio cultural, garantir que as ações atuais e futuras visem a salvaguarda de seus significados.
Segundo estudos de planejamento da conservação a gestão voltada para o patrimônio cultural, é responsável por traçar diretrizes para as intervenções no sítio histórico, e ainda, assegurar a participação dos atores sociais nas tomadas de decisão, criando vínculos entre os órgãos gestores, a academia, a população local e outros membros interessados da comunidade civil. Afim de aprofundar estas questões, se investiga a articulação das instituições do patrimônio cultural que devem atender à salvaguarda do SHO. Através de metodologia baseada em pesquisas bibliográficas e documentais, visitas de campo com observação semiestruturada; e uma etapa de entrevistas com gestores, serão analisados o histórico da gestão, o processo de elaboração do Plano de Gestão e o estado de conservação atual do SHO.
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CAROLINA MOURA DA FONSECA NEVES
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Revista do Patrimônio e a arquitetura brasileira: Uma trama
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Orientador : VIRGINIA PITTA PONTUAL
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MEMBROS DA BANCA :
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VIRGINIA PITTA PONTUAL
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RENATA CAMPELLO CABRAL
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JULIA DA ROCHA PEREIRA
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CRISTIANO FELIPE BORBA DO NASCIMENTO
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Data: 04/09/2023
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Em 1937, foi criado o Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), primeiro órgão federal a formular uma política de conservação do patrimônio nacional brasileiro. No mesmo ano da criação do SPHAN foi fundada a Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. A Revista foi pioneira em estudos do patrimônio e história da arte, além de abordar temas como arquitetura, etnografia, arqueologia, documentação, acervos e coleções. Nota-se uma grande diversidade da temática da arquitetura brasileira dentre adiversidade de conteúdos publicados na Revista. Este trabalho tem o objetivo de contribuir com o estudo da noção de arquitetura brasileira neste importante veículo de informação, a Revista do Patrimônio. A pesquisa em questão buscou identificar e analisar os principais conceitos em torno da arquitetura brasileira na Revista do patrimônio no período de 1937- 1984, com o intuito de compreender como o periódico contribuiu para a construção da noção de arquitetura brasileira. Para isto, é pertinente indagar: Como o periódico contribuiu para a construção da noção de arquitetura brasileira? Como a arquitetura brasileira é compreendida na Revista? Quais as semelhanças e diferenças da arquitetura brasileira encontradas nas Revistas do Patrimônio e nas primeiras publicações sobre a temática? Para cumprir o objetivo desta pesquisa, foram seguidos procedimentos metodológicos baseados na análise documental. Para seguir essa linha metodológica o primeiro passo foi definir as categorias de análise que seriam utilizadas para investigar o documento. O primeiro passo foi definir as categorias de análise que seriam utilizadas para investigar o documento. Nessa pesquisa, o documento é composto pelos volumes da Revista do Patrimônio, e as categorias de análise são as temáticas relacionadas à arquitetura brasileira. Na pesquisa, foi possível identificar duas fases distintas em relação às publicações relacionadas a arquitetura brasileira, pode-se identificar duas fases distintas. A primeira fase corresponde o período de 1937 a 1969. Nessa fase, a Revista teve um maior número de publicações de arquitetura, sendo a temática predominante em relação aos outros temas publicados. A segunda fase corresponde o período de 1978 aos dias atuais. Nesse período alguns momentos são importantes destacar: o volume 18 publicado em 1978, representa um ponto de inflexão, já que não apresentou nenhuma publicação de arquitetura e após sua publicação houve pausa de seis anos sem edições da Revista do Patrimônio. Posteriormente, em 1984, foram publicados dois volumes (os números 19 e 20) com conteúdos relacionados a arquitetura brasileira. No entanto, é possível notar uma diferença nas publicações dessa fase, pois foram abordados temas como estilos arquitetônicos, restauro do patrimônio arquitetônico e arquitetura vernacular. Nota-se uma ampliação na abordagem do tema da arquitetura brasileira, ao mesmo tempo em que houve uma diminuição considerável na quantidade de artigos relacionados a temática.
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A presente dissertação é uma atualização da pesquisa ora iniciada no ano de 2016 e paralisada em 2018. Durante esses dois anos de pesquisa foram realizadas as 04 etapas: 1) Levantamento e leitura dos estudos historiográficos sobre o tema do conteúdo presente na Revista do Patrimônio do IPHAN com fichamento; 2) Levantamento das revistas e fichamento preliminar; 3) Seleção do tema a partir da apreensão daqueles presentes na revista; 4) Elaboração das palavras chaves ou indexadores para aprimoramento da seleção do tema, dos artigos e dos autores.
A partir da conclusão das etapas citadas foi possível passar para uma segunda fase da pesquisa composta das seguintes fases: 5) Levantamento e leitura dos autores adotados como teóricos da arquitetura brasileira com fichamento; 6) Releitura dos artigos selecionados considerando as atividades 2, 3 e 4; 7) Releitura dos autores considerados nas atividades 1 e 5, procedendo a uma melhor apreensão do conteúdo em função do objeto de estudo; 8) Análise e interpretação intertextual entre os artigos estabelecidos na atividade 1; 9) Análise e interpretação intertextual entre os autores teóricos e dos estudos historiográficos decorrentes das atividades 6 e 7; 10) Confronto entre conceitos e noções enunciadas nas atividades 8 e 9 e 11) Escrita da narrativa. Atualmente a pesquisa encontra-se nas fases 9, 10 e 11.
Outra importante etapa pela qual está dissertação passou foi a defesa do Projeto de pesquisa atualizado no dia 26 de fevereiro de 2021, através da disciplina de Seminário de Dissertação na qual estavam a frente as professoras Natália Vieira e Maria Luiza Freiras (UFPE). A banca julgadora do projeto foi constituída por uma professora externa Sarah Feldmann (USP) e uma professora interna Renata Cabral (UFPE). O projeto com o título “Arquitetura brasileira na Revista do Patrimônio: a construção de uma ideia” foi aprovado pela banca com o conceito A.
No projeto de pesquisa defendido na disciplina de Seminário de dissertação foi caracterizado o problema de pesquisa, além disso, foi apresentado o objetivo geral, a fundamentação teórica e os procedimentos metodológicos.
Em relação ao objetivo geral, manteve-se o que foi apresentado no projeto, porém houve uma alteração do recorte temporal, passando a ser: identificar e analisar os principais conceitos, noções e debates travados em torno do que consiste a arquitetura brasileira na Revista do patrimônio no período de (1937- 1986), de modo a compreender como se constituíram as ideias que articularam os campos do patrimônio e da arquitetura brasileira.
Para isto, é pertinente indagar: Como os autores dos artigos constantes na Revista contribuíram para a construção das noções de arquitetura brasileira? Como os entendimentos sobre arquitetura brasileira presente em autores teóricos e estudos historiográficos são enunciados convergentemente e diversamente com os evidenciados nos autores dos artigos selecionados no âmbito da Revista?
Conforme apresentado no tópico 1 de estrutura da dissertação, a mesma será dividida em Introdução, quatro capítulos e conclusão, conforme resumo abaixo:
Capítulo 1: Um periódico em questão: O presente capítulo estrutura-se em duas partes, a primeira parte corresponde ao estado da arte da Revista do Patrimônio, buscando pesquisas que estudaram a Revista do Patrimônio. A segunda parte faz uma breve análise editorial dos volumes publicados desde a fundação (1937) até o momento atual (2018). O principal objetivo deste capítulo é entender a importância da Revista do Patrimônio como fonte de conhecimento, bem como evidenciar as lacunas encontradas. A partir da breve análise dos volumes publicados, foi possível também, vislumbrar as várias mudanças que o periódico passou ao longo de 81 anos de existência.
Capítulo 2: Anotações conceituais: Este capítulo apresenta uma síntese da noção de arquitetura e arquitetura brasileira presente nos estudos historiográficos sobre a temática. O principal objetivo deste capítulo é evidenciar o conceito de arquitetura brasileira utilizado como principal indexador para selecionar os artigos da Revista do Patrimônio que foram analisados para a pesquisa em questão, assim como analisar semelhanças, diferenças e ausências que foram encontradas nesses discursos e os significados delas.
Capítulo 3: Procedimentos metodológicos: Este capítulo buscou mostrar quais os procedimentos metodológicos utilizados para a escolha e análise dos artigos que iriam contribuir para a ideia de arquitetura brasileira presente na Revista do Patrimônio.
Capítulo 4: Panorama da arquitetura brasileira na Revista do Patrimônio: O presente capítulo tem o objetivo de apresentar qual a arquitetura presente na Revista do Patrimônio e que elementos representam a arquitetura brasileira. Esse capítulo explora ainda as semelhanças, diferenças e ausências que foram encontradas nesses discursos contidos nos artigos, bem como é explorado as relações dos autores com o que foi publicado e a relação entre eles.
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MATEUS ESPINOLA DE CARVALHO MAIA
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Ambire et Ludere: a arquitetura como ambiente facilitador
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Orientador : MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
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MEMBROS DA BANCA :
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JAILEILA DE ARAUJO MENEZES
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JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
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LUCIA LEITAO SANTOS
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MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
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Data: 05/09/2023
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Resumo
Partindo da Teoria do Amadurecimento proposta por D. W. Winnicott, este estudo
pretende elaborar uma visão possível acerca do pensamento e prática arquitetônica
voltada à infância. Os diálogos transdisciplinares permitem estabelecer conexões
entre conceitos da psicologia, como ambiente facilitador, transicionalidade e
affordances, com reflexões sobre a dimensão lúdica presentes em Huizinga e Caillois.
Este percurso leva a um entendimento de que o papel do ambiente no
desenvolvimento infantil pode ser interpretado pelo brincar enquanto atividade
fundamental da constituição humana. Consequentemente, para a arquitetura, pode
ser proveitoso refletir acerca dos espaços construídos de uso lúdico: os parques
infantis. Um olhar histórico da invenção e evolução deste tipo de espaço revela
diferentes valores atrelados à sua forma, de acordo com época e lugar, e em certa
medida, sua padronização global a partir do séc. XX. Alguns exemplos distintos
ajudam a enxergar diferentes formas de produção destes espaços, com destaque
para os playgrounds de Aldo van Eyck em Amsterdam. Seu uso do conceito de
espaço-entre, relacionando infância e urbanidade, aproximam a discussão proposta
e o território urbano. Para ilustrar a visão proposta no trabalho, uma última etapa
contempla uma breve observação e análise de alguns espaços infantis públicos da
cidade do Recife.
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Mostrar Abstract
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Trata-se de uma investigação que procura entender a espacialidade da criança, enfocando os espaços de brincar, e trabalhando interfaces disciplinares com a fenomenologia, a arquitetura e a psicanalise, principalmente.
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STÉPHANE MARIANA CUNHA LIMA DE SOUSA
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DA SENZALA À INFORMALIDADE: A PERCEPÇÃO DOS NEGROS NOS ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS DE CAMPINA GRANDE-PB
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Orientador : MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
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LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
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ALEXANDRO SILVA DE JESUS
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Data: 08/09/2023
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Agregando à problematização do lugar social dos negros na construção dos espaços urbanos das cidades brasileiras, a presente pesquisa investiga as razões que contribuem para as formas como os espaços livres públicos são apropriados e percebidos pelos usuários, de acordo com sua etnia, fazendo uma reflexão acerca do comportamento desses usuários em cidades de médio porte. Para isso, o estudo possui como objeto empírico os espaços livres públicos do Centro Histórico da cidade de Campina Grande-PB, o Calçadão Cardoso Vieira, a Praça da Bandeira e a Praça Clementino Procópio. Considerando as dinâmicas do espaço urbano como reflexo das relações sociais, a história social dos negros se confunde com a construção do racismo ambiental nas cidades brasileiras. Aspectos subjetivos permitem a reflexão acerca dos códigos simbólicos embutidos nos motivos que determinam a percepção dos usuários dos espaços estudados, sob um recorte racial. Para tal, esse estudo foi desenvolvido em quatro etapas: i) construção bibliográfica do negro no espaço urbano brasileiro e a relação do racismo com a subjetividade; ii) diagnóstico dos atributos históricos e físico-espaciais do objeto de estudo e seu entorno; iii) análise das formas de apropriações dos usuários dos espaços livres públicos, de acordo com suas etnias; e iv) leitura comportamental do sujeito negro no espaço, de acordo com as percepções dos fenômenos. A partir da pesquisa, foi possível observar uma supremacia de pessoas brancas na apropriação dos espaços livres públicos, em detrimento dos indivíduos negros, porém, os usuários geralmente não têm essa percepção da segregação existente nesses espaços. Assim como na sociedade brasileira, o racismo ambiental existente nos locais estudados perdura de forma velada, sem a percepção da população, mas ele existe.
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JULYANA ALECRIM BORGES
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A construção da ideia de Elementos Veiculadores da Significância Cultural: Uma abordagem metodológica sensível para a conservação aplicada aos Bairros de Santo Antônio e São José, Recife.
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Orientador : NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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NATALIA MIRANDA VIEIRA DE ARAUJO
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VIRGINIA PITTA PONTUAL
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FLAVIANA BARRETO LIRA
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FLAVIO DE LEMOS CARSALADE
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Data: 02/10/2023
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Esta pesquisa é dedicada a investigar a evolução da noção de significância cultural no campo da preservação do patrimônio, desde os bastidores da Carta de Atenas em 1931 até a última revisão da Carta de Burra em 2013 pelo ICOMOS Austrália. A pesquisa aborda os desafios da operacionalização da significância cultural, que envolve questões subjetivas e diversos atores sociais. Ela se concentra principalmente nos bairros históricos de Santo Antônio e São José, no Recife, e busca responder a questões sobre como equilibrar a atenção entre a materialidade e a imaterialidade do patrimônio. O estudo propõe a construção do conceito de "Elementos Veiculadores da Significância Cultural" como uma metodologia para considerar de forma integrada os aspectos tangíveis e intangíveis do patrimônio. A pesquisa destaca a importância de compreender a relação indissociável entre materialidade e imaterialidade na preservação do patrimônio e sugere que a significância cultural é o caminho para uma conservação sensível e abrangente. A pesquisa identifica treze Elementos Veiculadores da Significância Cultural nos bairros estudados, procurando superar a dicotomia entre tangível e intangível na preservação do patrimônio.
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Esta pesquisa é dedicada a investigar a evolução da noção de significância cultural no campo da preservação do patrimônio, desde os bastidores da Carta de Atenas em 1931 até a última revisão da Carta de Burra em 2013 pelo ICOMOS Austrália. A pesquisa aborda os desafios da operacionalização da significância cultural, que envolve questões subjetivas e diversos atores sociais. Ela se concentra principalmente nos bairros históricos de Santo Antônio e São José, no Recife, e busca responder a questões sobre como equilibrar a atenção entre a materialidade e a imaterialidade do patrimônio. O estudo propõe a construção do conceito de "Elementos Veiculadores da Significância Cultural" como uma metodologia para considerar de forma integrada os aspectos tangíveis e intangíveis do patrimônio. A pesquisa destaca a importância de compreender a relação indissociável entre materialidade e imaterialidade na preservação do patrimônio e sugere que a significância cultural é o caminho para uma conservação sensível e abrangente. A pesquisa identifica treze Elementos Veiculadores da Significância Cultural nos bairros estudados, procurando superar a dicotomia entre tangível e intangível na preservação do patrimônio.
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ALANA SOUZA SANTOS
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Percurso, crítica e diálogos: Sérgio Ferro em A Casa Popular
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Orientador : MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA LUIZA MACEDO XAVIER DE FREITAS
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ENIO LAPROVITERA DA MOTTA
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LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
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ANA PAULA KOURY
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FELIPE DE ARAÚJO CONTIER
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Data: 06/12/2023
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Tendo por muitos anos conciliado sua produção prática enquanto arquiteto com a artística e da docência, Sérgio Ferro percorreu um trajeto que o levou a escrever o texto foco desta pesquisa, intitulado como A Casa Popular, escrito no ano de 1969 e publicado em 1972 pelo GFAU. Esta dissertação investiga as aproximações e diálogos que Ferro desenvolveu para escrever o referido texto. A fim de desenvolver as nuances do popular para Sérgio Ferro, adentramos em compreender como se deu a trajetória do autor destacando os principais caminhos para a construção de A Casa Popular, percorrendo sua carreira docente e intelectual, desde sua contribuição à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP) e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos (FAUS), até sua participação nas Bienais de Arte de São Paulo. Com isso, a pesquisa parte para a análise minuciosa do texto com o objetivo de compreender a escrita de A Casa Popular como índice do pensamento do autor sobre o popular, destacando as principais ideias, concordâncias, contradições e relações mantidas por Ferro no final da década de 1960 e início da década de 1970.
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Having combined his practical work as an architect with his artistic and teaching work for many years, the architect Sérgio Ferro followed an important path that led him to write the text that is the focus of this research, entitled "A Casa Popular" (The Popular House), written in 1969 and published in 1972. This text marks an effort by Ferro to approach the discussion of the "popular" in architecture through an important critique of the way in which these dwellings were built and produced by workers. We set out to understand the author's intellectual trajectory, highlighting the main paths that led to the construction of this text, as well as investigating the relationships and events that surrounded Sérgio Ferro during the writing and publication of "A Casa Popular". The aim is to understand the ideas contained in "A Casa Popular" as an index of Sérgio Ferro's thinking on the popular. This method of analysis seeks to understand the author's contribution to the subject through the interlocutions between the writing of the text itself and the relationships maintained by Ferro in the late 1960s and early 1970s.
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FELIPE IBIAPINA DO MONTE RUBEN SIQUEIRA
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Ilê Axé: um encontro do humano com a arquitetura e o sagrado.
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Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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LUCIA LEITAO SANTOS
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MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
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ANTOINETTE BRITO MADUREIRA
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MARIA CONSUELO PASSOS
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ZULEICA DANTAS PEREIRA CAMPOS
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Data: 24/02/2023
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Esta pesquisa encontra-se no campo dos estudos subjetivos da arquitetura e, tendo como objeto empírico o terreiro de candomblé, busca analisar o trinômio formado a partir do encontro do humano com o espaço arquitetônico e o sagrado. Para a construção do problema foram consideradas as experiências pessoais – o percurso do pesquisador enquanto adepto de religião afro-brasileira – e acadêmicas – destacando a dissertação de mestrado, quando se desenvolveu um estudo de base etnográfica que tratou da territorialidade do candomblé no meio urbano. Identificou-se na arquitetura dos terreiros que, por trás de uma aparente simplicidade estrutural, o tradicional esquema construtivo – fundação, pilar, cumeeira – guarda uma significação de ordem imaterial. Além da matéria tectônica visível, pode-se atribuir uma dimensão subjetiva que comporta as representações simbólicas do grupo, próprias do sistema religioso, bem como as individuais, oriundas dos processos de subjetivação dos sujeitos. Este foi o ponto de partida para a formulação do problema de pesquisa da tese que intenta compreender: qual o papel que a arquitetura exerce diante do relacionamento que o candomblecista estabelece com o sagrado? Apresenta-se como objeto empírico o terreiro Ilê Axé Ayrá Omin Funfun, candomblé da nação Ketu, descendente do tradicional Ilê Axé Opô Afonjá fluminense. O objetivo geral é analisar a arquitetura do terreiro de candomblé a partir das relações simbólicas que o adepto estabelece com o espaço arquitetônico a fim de acessar o sagrado. Para o embasamento teórico da discussão, busca-se um diálogo transcultural envolvendo a Teoria da Arquitetura, a Psicanálise e a Filosofia nagô (SODRÉ, 2017). Adota-se uma abordagem qualitativa, aderindo à autoetnografia (ELLIS, 2015), como método. Serão utilizadas como técnicas metodológicas a observação participante, diálogos reflexivos com as iaôs, fotografias e croquis esquemáticos. A análise do material coletado nos diálogos será pautada no método de interpretação dos sentidos (GOMES, 2016).
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Esta pesquisa encontra-se no campo dos estudos subjetivos da arquitetura e, tendo como objeto empírico o terreiro de candomblé, busca analisar o trinômio formado pelo humano, o espaço arquitetônico e o sagrado. Para a construção do problema foram consideradas as experiências pessoais – o percurso do pesquisador enquanto adepto de religião afro-brasileira – e acadêmicas – sobretudo durante o mestrado, quando foi desenvolvido um estudo etnográfico que tratou da territorialidade do candomblé no meio urbano. Identificou-se na arquitetura dos terreiros que, por trás de uma aparente simplicidade estrutural, o tradicional esquema construtivo – fundação, pilar, cumeeira – guarda uma significação de ordem imaterial. Além da matéria tectônica visível, pode-se atribuir uma dimensão subjetiva que comporta as representações simbólicas do grupo, próprias do sistema religioso, bem como as individuais, oriundas dos processos de subjetivação dos sujeitos. Este foi o ponto de partida para a formulação do problema de pesquisa da tese que intenta compreender: qual o papel que a arquitetura exerce diante do relacionamento que o humano estabelece com o seu sagrado? Apresenta-se como objeto empírico o terreiro Ilê Axé Ayrá Omin Funfun, candomblé da nação Ketu, descendente do tradicional Ilê Axé Opô Afonjá fluminense. O objetivo geral é analisar a arquitetura do terreiro de candomblé a partir das relações simbólicas que o adepto estabelece com o espaço arquitetônico a fim de acessar o sagrado. Para o embasamento teórico da discussão, busca-se um diálogo transcultural envolvendo a filosofia ocidental e a nagô (SODRÉ, 2017). Adota-se uma abordagem qualitativa, aderindo à autoetnografia (ELLIS, 2015), como método. Serão utilizadas como técnicas metodológicas a observação participante, entrevistas semiestruturadas, entrevistas abertas, fotografias e croquis esquemáticos. A análise do material coletado nas entrevistas será pautada no método de interpretação dos sentidos (GOMES, 2016).
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MARIA DE OLIVEIRA REYNALDO
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A Regra e o Padrão: O Acesso à Política Pública Urbana Federal Brasileira. Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social (2005 a 2016).
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Orientador : SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
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MEMBROS DA BANCA :
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SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
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EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
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FLAVIO ANTONIO MIRANDA DE SOUZA
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TATIANA THOMÉ OLIVEIRA
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JOÃO SETTE WHITAKER FERRREIRA
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CATIA WANDERLEY LUBAMBO
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Data: 17/05/2023
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Por que alguns municípios logram acessar a política urbana federal e outros não? A pergunta, que acompanha o exercício prático da autora, constitui o fio condutor da pesquisa. Durante a busca por respostas, leva-se em conta, como hipótese, que muito embora a Constituição de 1988 (BRASIL, 1988) assevere à União a prerrogativa de estabelecer as diretrizes do desenvolvimento urbano para o universo do território brasileiro, os entes federados, por sua vez, não possuem, as mesmas condições de acesso às políticas públicas disponibilizadas à luz das referidas diretrizes. Consequentemente, estas últimas não garantiriam a difusão em todo o território brasileiro do acesso à política pública urbana federal, ratificando padrões de desigualdades regionais históricas entre os entes da federação. Objetiva-se, ao longo do percurso da tese, mapear as condições de acesso municipal aos recursos federais oriundos da política pública urbana no âmbito do Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social - SNHIS de 2005 (início) a 2016 (interrupção de governo), visando identificar variáveis que levaram a sua maior efetividade e revelar padrões de implementação da política pública sobre o território brasileiro. Tal objetivo será explorado por meio de: determinantes internos, vinculados a quesitos inerentes ao seu público-alvo; e modelos de difusão, levando em conta aspectos oriundos dos próprios vetores de distribuição da política pública. Eis os determinantes internos de análise, sobre uma base sincrônica de relações horizontais: ideologia política, recursos financeiros, nível de escolarização, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, déficit habitacional, Gerente Municipal de Contratos e Convênios. Já as categorias analíticas de modelos de difusão, em uma esfera global diacrônica de relações verticais (sob as rédeas da União), redundaram representadas por: modelos de difusão regional, competição entre os municípios, modelo de difusão vertical (teoria dos jogos), alinhamento político com o Governo, Representante CAIXA. As respostas encontradas têm um potencial de compreensão do fenômeno de implementação da política pública urbana federal brasileira, bem como o de oferecer subsídios para a sua formulação por parte da União ou pautar eventuais estratégias de seu acesso pelos entes federados e demais partícipes dessa relação.
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ANA CAROLINA DE FREITAS TRINDADE
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RETRATOS URBANOS EM [CON]TRADIÇÃO: O RECIFE POR CÍCERO DIAS E PAULO BRUSCKY
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Orientador : FERNANDO DINIZ MOREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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FERNANDO DINIZ MOREIRA
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VIRGINIA PITTA PONTUAL
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ROBERT PECHMAN
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JOSE TAVARES CORREIA DE LIRA
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MOACIR TAVARES RODRIGUES DOS ANJOS
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Data: 29/08/2023
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Partindo do princípio de que a produção artística de um determinado período pode contribuir para um entendimento mais rico de um período da história de uma cidade, este trabalho propõe uma reflexão sobre as imagens do Recife por meio das obras dos artistas Cícero Dias (1907-2003) e Paulo Bruscky (1949). Os artistas foram atuantes na disseminação vanguardas artísticas e do ideal de modernidade e em diferentes temporalidades e modos de expressão/ação – pintura e performance –, apresentaram ao mundo variadas percepções sobre a cidade e os efeitos da modernização na cidade. Os artistas produziram um acervo grande de obras que fazem relações diretas ou indiretas ao cotidiano da cidade e que nos ajuda a apreender melhor a experiência modernidade na cidade. Eram imagens de um Recife que não seguiam uma linearidade, havia surpresas, interseções, encontros e descompassos entre o tempo e espaço. Uma forma de pensar e de apresentar a cidade que se aproxima daquela elaborada por Walter Benjamin com seus estudos das imagens da modernidade da paris do século XIX, que não apenas buscou regressar e apresentar os fatos e fenômenos que originaram a formação destas imagens, mas apresentou uma outra forma de contar a história. Por meio da coleção de fragmentos de tempos variados, lugares e sobretudo a partir de personagens ordinários da cidade tanto Benjamin como Aby Warburg por meio da comparação e contraste de várias imagens artísticas utilizaram a montagem, técnica, herdada do cinema vanguarda e dos escritos surrealistas e das obras dadaístas, como forma de pensar e sobretudo como proposta de apresentar uma outra história na perspectiva dos anônimos ou vencidos como para descobrir padrões e repetições visuais, respectivamente. Ao aproximarmos artistas de temporalidades diferentes, por meio da montagem, buscamos, assim, investigar a similaridades, sobrevivências e mudanças das imagens da modernidade do Recife.
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Partindo do princípio de que a produção artística de um determinado período pode contribuir para um entendimento mais rico de um período da história de uma cidade, este trabalho propõe uma reflexão sobre as imagens do Recife por meio das obras dos artistas Cícero Dias (1907-2003) e Paulo Bruscky (1949). Os artistas foram atuantes na disseminação vanguardas artísticas e do ideal de modernidade e em diferentes temporalidades e modos de expressão/ação – pintura e performance –, Dias e Bruscky apresentaram ao mundo variadas percepções sobre a cidade e os efeitos da modernização na sua materialidade e imaterialidade. Foi no final da década de 1920 e a partir dos anos 1970, que as obras de Dias e Bruscky, respectivamente, despontam no cenário nacional por seu caráter inovador e vanguardista e um período contínuo de intensa discussão das representações da modernidade na cidade. Os artistas produziram um acervo grande de obras que fazem relações diretas ou indiretas ao cotidiano da cidade e que nos ajuda a apreender melhor a experiência urbana na cidade. Eram imagens de um Recife que não seguiam uma linearidade, havia surpresas, interseções, encontros e descompassos entre o tempo e espaço. Uma forma de pensar e de apresentar a cidade que se aproxima daquela elaborada por Walter Benjamin com seus estudos das imagens da modernidade da paris do século XIX, que não apenas buscou regressar e apresentar os fatos e fenômenos que originaram a formação destas imagens, mas apresentou uma outra forma de contar a história. Por meio da coleção de fragmentos de tempos variados, lugares e sobretudo a partir de personagens ordinários da cidade, Benjamin propôs a montagem, técnica, herdada do cinema vanguarda e dos escritos surrealistas e das obras dadaístas, como forma de pensar e sobretudo como proposta de apresentar uma outra história na perspectiva dos anônimos, vencidos ou sem nomes. A montagem como forma de pensar é um método que não se restringe a aspectos técnicos artísticos de vanguarda, que podemos reconhecer nas obras dos artistas, mas que perpassa por questões teóricas e históricas do campo das artes e pode ser utilizado para pensarmos a história das cidades. Ao aproximarmos artistas de temporalidades diferentes, buscamos investigar a similaridades, sobrevivências e mudanças nos gestos urbanos dos artistas.
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ITALO CESAR DE MOURA SOEIRO
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A índole dialógica da paisagem no estudo geográfico de projetos urbanos
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Orientador : ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
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TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
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SONIA VIRGINIA MARTINS PEREIRA
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OTAVIO JOSE LEMOS COSTA
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WERTHER HOLZER
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Data: 30/08/2023
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O objetivo geral desta tese é discutir, a partir da análise dos produtos ideológicos do Projeto Parque Capibaribe, a índole dialógica da paisagem constitutiva às situações concretas de interação discursiva inerentes à vida política do espaço urbano; constitutiva, mais especificamente, ao gênero discursivo projeto urbano produzido cultural, histórica e geograficamente. Nesta tese, portanto, aproximamos o trabalho do Círculo de Bakhtin ao estudo cultural e político da paisagem. Partimos da premissa de que a paisagem sempre se realiza dentro de um gênero discursivo, pois sempre é um processo comunicativo e de encontro com o outro em uma situação de inter-relação socialmente organizada – é diálogo concreto. Reconhecemos a paisagem como fenômeno dialógico, que não é nem uma mera presença e nem uma pura representação, mas o fruto do encontro entre o mundo (semiotizado pela palavra do outro) e um ponto de vista (dialogicamente desenvolvido). É por isso que para conseguir representar qualquer elemento do mundo, portanto, precisamos do outro, da memória cultural materializada nas palavras compartilhadas por uma coletividade, dos gêneros discursivos etc.; para conseguir representar os eventos da vida vivida precisamos da linguagem e desse meio ideológico e material que reveste todos os elementos, mesmo biológicos, da experiência. Projeto urbano, portanto, é entendido nesta tese como uma situação de comunicação relativamente estável e presente na língua comum; presente e historicamente desenvolvida pela esfera política da cidade – é um gênero discursivo. Por ser, antes de mais nada, uma situação de comunicação concreta, seus produtos ideológicos apresentam uma heterogeneidade constitutiva ao seu processo dialógico de desenvolvimento. Seus produtos ideológicos apresentam uma relação íntima com a alteridade. O conteúdo e a forma de seus produtos ideológicos são constituídos na e pela influência mútua com outros discursos e faz uso da palavra do outro na construção da palavra própria. Aceitar a índole dialógica da paisagem, portanto, nos permitiu reconhecer que os produtos ideológicos do Projeto Parque Capibaribe, encontram-se entre a repetibilidade imposta pelas coerções culturais presentes no gênero discursivo e a singularidade inovadora do contexto do Projeto, na arte e na vida. Seus produtos ideológicos estão, portanto, entre a relativa estabilidade da tradição da memória cultural dos gêneros discursivos e a abertura ao novo imposta pelos contextos singulares da vida.
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O objetivo geral desta tese é discutir, a partir da análise dos produtos ideológicos do Projeto Parque Capibaribe, a índole dialógica da paisagem constitutiva às situações concretas de interação discursiva inerentes à vida política do espaço urbano; constitutiva, mais especificamente, ao gênero discursivo projeto urbano produzido cultural, histórica e geograficamente. Nesta tese, portanto, aproximamos o trabalho do Círculo de Bakhtin ao estudo cultural e político da paisagem. Partimos da premissa de que a paisagem sempre se realiza dentro de um gênero discursivo, pois sempre é um processo comunicativo e de encontro com o outro em uma situação de inter-relação socialmente organizada – é diálogo concreto. Reconhecemos a paisagem como fenômeno dialógico, que não é nem uma mera presença e nem uma pura representação, mas o fruto do encontro entre o mundo (semiotizado pela palavra do outro) e um ponto de vista (dialogicamente desenvolvido). É por isso que para conseguir representar qualquer elemento do mundo, portanto, precisamos do outro, da memória cultural materializada nas palavras compartilhadas por uma coletividade, dos gêneros discursivos etc.; para conseguir representar os eventos da vida vivida precisamos da linguagem e desse meio ideológico e material que reveste todos os elementos, mesmo biológicos, da experiência. Projeto urbano, portanto, é entendido nesta tese como uma situação de comunicação relativamente estável e presente na língua comum; presente e historicamente desenvolvida pela esfera política da cidade – é um gênero discursivo. Por ser, antes de mais nada, uma situação de comunicação concreta, seus produtos ideológicos apresentam uma heterogeneidade constitutiva ao seu processo dialógico de desenvolvimento. Seus produtos ideológicos apresentam uma relação íntima com a alteridade. O conteúdo e a forma de seus produtos ideológicos são constituídos na e pela influência mútua com outros discursos e faz uso da palavra do outro na construção da palavra própria. Aceitar a índole dialógica da paisagem, portanto, nos permitiu reconhecer que os produtos ideológicos do Projeto Parque Capibaribe, encontram-se entre a repetibilidade imposta pelas coerções culturais presentes no gênero discursivo e a singularidade inovadora do contexto do Projeto, na arte e na vida. Seus produtos ideológicos estão, portanto, entre a relativa estabilidade da tradição da memória cultural dos gêneros discursivos e a abertura ao novo imposta pelos contextos singulares da vida.
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VANUZA MARIA PONTES SENA
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POBREZA E POLÍTICAS PÚBLICAS NA CIDADE DE PAU DOS FERROS/RN: uma análise a partir do Índice de Pobreza Multidimensional (IPM)
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Orientador : CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
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IVAN FILIPE ALMEIDA LOPES FERNANDES
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JOSUE ALENCAR BEZERRA
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NORMA LACERDA GONCALVES
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OTAVIO AUGUSTO ALVES DOS SANTOS
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SILVANA NUNES DE QUEIROZ
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Data: 20/10/2023
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A pobreza e a exclusão social constituem um dos maiores desafios do século XXI, visto que colidem com o exercício dos direitos fundamentais dos seres humanos. A maneira pela qual a pobreza passa a ser configurada e trabalhada traz implicações diretas à formulação e à implementação de estratégias a serem desenvolvidas para seu enfrentamento, sendo este um importante desafio em termos de políticas públicas. Compreende-se que esse problema não é vivenciado somente pelo Brasil, mas inerente à lógica de acumulação do capital, de modo a ser possível considerar que, no âmbito internacional, haja programas de combate à fome e à pobreza. Na esfera do Sistema de Proteção Social (SPS) brasileiro, ainda que tenha havido ações direcionadas às questões sociais, foi somente com a promulgação da Constituição Federal de 1988 (CF/88) que se conseguiu, pela primeira vez, ter capítulos que tratam sobre a assistência social no Brasil de forma contundente, avançando em relação às formulações legais anteriores. Assim sendo, foi a partir da CF/88, e mais acentuadamente nos períodos de gestão dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que se passou a olhar de forma mais atenta à questão social, instituindo uma série de novos programas, mais amplos e, ao mesmo tempo, focalizados. Isso causou novos desafios relacionados à redução da desigualdade e ao acesso aos serviços no âmbito do enfrentamento da pobreza. O presente trabalho situa-se na proposta de refletirmos acerca da pobreza, problematizando as políticas públicas sociais, na cidade de Pau dos Ferros, Rio Grande do Norte, tendo como referência indicadores dos censos demográficos de 1991, 2000 e 2010. Os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa contemplaram a necessidade de revisão bibliográfica, pesquisa documental e levantamento estatístico, sobretudo, junto a fontes oficiais brasileiras. Além disso, tratou-se de aplicar o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM), baseado na metodologia de Alkire-Foster. Os principais resultados revelam que, entre os anos analisados, as iniciativas de políticas sociais, nos governos de Lula e Dilma, contribuíram para a diminuição da pobreza sobre a população de Pau dos Ferros. De maneira geral, a pobreza multidimensional apresentou, ao longo dos censos, redução paulatina nas privações, indicando que as privações dos indivíduos diminuíram gradativamente ao longo deste período. Em 1991, o percentual dos indivíduos identificados como pobres multidimensionais era de 49,84%, alcançando, em 2010, um percentual de 36,12%. Da mesma forma, houve uma queda na intensidade média da pobreza que também era elevada para o ano de 1991, pois aqueles considerados multidimensionalmente pobres eram, em média, privados em 53,29% dos indicadores analisados, sendo que, nos anos de 2000 e 2010, esse índice caiu, respectivamente, para 38,37% e 24,20%. A incidência ajustada em Pau dos Ferros teve uma redução de 26,56%, em 1991, para 8,74% em 2010. Com os resultados obtidos, é possível comprovar o papel estratégico da política social para o desenvolvimento da cidade e a necessidade de se considerar a pobreza sobre a abordagem multidimensional, no intuito de auxiliar na formulação das políticas públicas de combate à pobreza.
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A pobreza e a exclusão social constituem um dos maiores desafios do século XXI, visto que colidem com o exercício dos direitos fundamentais dos seres humanos. A maneira pela qual a pobreza passa a ser configurada e trabalhada traz implicações diretas à formulação e implementação de estratégias a serem desenvolvidas para seu enfrentamento, sendo este um importante desafio em termos de políticas públicas. Compreende-se que esse problema não é vivenciado somente pelo Brasil, mas inerente à lógica de acumulação do capital, de modo ser possível considerar que no âmbito internacional haja programas de combate à fome e à pobreza. No âmbito do Sistema de Proteção Social (SPS) brasileiro, ainda que tenha havido ações direcionadas às questões sociais, foi somente com a promulgação da Constituição Federal de 88 (CF/88) que se conseguiu, pela primeira vez, ter capítulos que tratam sobre a assistência social no Brasil de forma contundente, avançando em relação às formulações legais anteriores. Assim sendo, foi a partir da CF/88, e mais acentuadamente nos períodos de gestão dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que se passou a olhar de forma mais atenta à questão social, instituindo uma série de novos programas, mais amplos e ao mesmo tempo focalizados. Isso causou novos desafios relacionados à redução da desigualdade e o acesso aos serviços no âmbito do enfrentamento da pobreza. O presente trabalho, situa-se na proposta de refletirmos acerca da pobreza e das desigualdades socioterritoriais, problematizando as políticas públicas sociais, no município de Pau dos Ferros/RN, tendo como referência alguns indicadores dos censos demográficos (1991, 2000, 2010). Em termos dos procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa contemplaram, a necessidade de aplicar um Índice Pobreza Multidimensional (IPM) consistente com os objetivos da pesquisa.
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FRANCISCO JEAN CARLOS DE SOUZA SAMPAIO
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Avaliação das peças orçamentárias dos serviços de saneamento básico dos municípios de médio porte do semiárido paraibano: o caso de Sousa e Cajazeiras
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Orientador : EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
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MEMBROS DA BANCA :
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EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
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FABIANO ROCHA DINIZ
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MARIA DO CARMO MARTINS SOBRAL
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ALLAN SARMENTO VIEIRA
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LARISSA DA SILVA FERREIRA ALVES
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Data: 22/11/2023
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O cerne da pesquisa é analisar a relação entre as Peças Orçamentárias das gestões dos prefeitos dos municípios de Cajazeiras e Sousa do Estado da Paraíba para os mandatos de 2013 a 2016 e de 2017 a 2020, com os Planos Diretores e os Planos Municipais de Saneamento Básico, no tocante às ações e às metas definidas para o atendimento dos bens e serviços de Saneamento Básico, sendo especificamente o abastecimento de água potável e o esgotamento sanitário. Para o município de Sousa, pelo fato de o Plano Municipal de Saneamento Básico está em discussão, foi utilizada a Lei Complementar nº 031 de 04/05/2004, que dispõe sobre os serviços públicos de água e esgoto no município. A pesquisa utiliza-se das Teorias dos Ciclos Políticos Orçamentários e do Agenciamento. O estudo destes documentos e dos dados coletados com as entrevistas que serão realizadas com os prefeitos, os secretários de Infraestrutura e Meio Ambiente, Saúde, Educação, Administração e Finanças, os vereadores e com os chefes dos setores de Saneamento Básico dos Escritórios da CAGEPA, no caso de Cajazeiras, e do DAESA, no caso de Sousa, almeja investigar os impactos gerados pelo processo de planejamento, discussão e execução orçamentária e pela efetividade ou não das ações e metas definidas nos documentos citados e destinadas ao atendimento de bens e serviços de Saneamento Básico, especificamente relacionados à captação, tratamento e destinação da água, e à captação, tratamento e destinação do esgoto, de forma a respeitar os princípios fundamentais de saneamento. Parte-se do pressuposto de que o problema existente seja a não existência de congruência entre as ações planejadas e as metas traçadas com as efetivamente implantadas pela municipalidade ou por meio da Companhia Estadual de Saneamento Básico. Espera-se detectar as ações que se efetivaram e as metas que foram atingidas, relacionadas aos bens e serviços de Saneamento Básico, propostas nas Peças Orçamentárias das gestões dos prefeitos municipais, bem como as ações que não se efetivaram e as metas que não foram atingidas, além de expor os motivos e propor soluções que ocasionem a efetivação dessas ações e do atingimento das referidas metas que proporcionem o Desenvolvimento Urbano. Enfim, afirma-se neste trabalho, que a não congruência entre o planejamento das ações e das metas traçadas com as efetivadas ocasiona resultados sobre bens e serviços de Saneamento Básico (abastecimento de água potável e esgotamento sanitário) não satisfatórios para a sociedade.
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O cerne da pesquisa é analisar a relação entre as Peças Orçamentárias das gestões dos prefeitos dos municípios de Cajazeiras e Sousa do Estado da Paraíba para os mandatos de 2013 a 2016 e de 2017 a 2020, com os Planos Diretores e os Planos Municipais de Saneamento Básico, no tocante às ações e às metas definidas para o atendimento dos bens e serviços de Saneamento Básico, sendo especificamente o abastecimento de água potável e o esgotamento sanitário. Para o município de Sousa, pelo fato de o Plano Municipal de Saneamento Básico está em discussão, foi utilizada a Lei Complementar nº 031 de 04/05/2004, que dispõe sobre os serviços públicos de água e esgoto no município. A pesquisa utiliza-se das Teorias dos Ciclos Políticos Orçamentários e do Agenciamento. O estudo destes documentos e dos dados coletados com as entrevistas que serão realizadas com os prefeitos, os secretários de Infraestrutura e Meio Ambiente, Saúde, Educação, Administração e Finanças, os vereadores e com os chefes dos setores de Saneamento Básico dos Escritórios da CAGEPA, no caso de Cajazeiras, e do DAESA, no caso de Sousa, almeja investigar os impactos gerados pelo processo de planejamento, discussão e execução orçamentária e pela efetividade ou não das ações e metas definidas nos documentos citados e destinadas ao atendimento de bens e serviços de Saneamento Básico, especificamente relacionados à captação, tratamento e destinação da água, e à captação, tratamento e destinação do esgoto, de forma a respeitar os princípios fundamentais de saneamento. Parte-se do pressuposto de que o problema existente seja a não existência de congruência entre as ações planejadas e as metas traçadas com as efetivamente implantadas pela municipalidade ou por meio da Companhia Estadual de Saneamento Básico. Espera-se detectar as ações que se efetivaram e as metas que foram atingidas, relacionadas aos bens e serviços de Saneamento Básico, propostas nas Peças Orçamentárias das gestões dos prefeitos municipais, bem como as ações que não se efetivaram e as metas que não foram atingidas, além de expor os motivos e propor soluções que ocasionem a efetivação dessas ações e do atingimento das referidas metas que proporcionem o Desenvolvimento Urbano. Enfim, afirma-se neste trabalho, que a não congruência entre o planejamento das ações e das metas traçadas com as efetivadas ocasiona resultados sobre bens e serviços de Saneamento Básico (abastecimento de água potável e esgotamento sanitário) não satisfatórios para a sociedade.
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LUCIANO VIEIRA DUTRA
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Democracia deliberativa e cultura política: análise de conselhos de políticas urbanas de Natal-RN (2016/2019)
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Orientador : SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
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MEMBROS DA BANCA :
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SUELY MARIA RIBEIRO LEAL
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CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
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JOANA MOURA
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LUCIANO JOEL FEDOZZI
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SANDRA MARILIA MAIA NUNES
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Data: 22/11/2023
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Presenciamos nas últimas décadas um processo de expansão da participação social no Brasil. Diversas mudanças ocorreram no estado brasileiro como consequência de movimentos da sociedade civil organizada que demandaram uma maior extensão e aprofundamento da democracia. Esse processo deu origem a novas formas de participação da população na gestão pública. Como consequência da ampliação das formas de participação dos cidadãos na política e na gestão das políticas públicas, incluindo a política urbana, tivemos a construção de uma arquitetura institucional constituída por diversas instâncias de participação, as chamadas Instituições Participativas (IPs). A despeito de tal processo, identificamos um descompasso entre tais conquistas e a efetiva capacidade das IPs de incluir determinados setores sociais nos processos participativos e contribuir, como consequência, para tornar o estado brasileiro mais democrático. Inúmeras são as razões causadoras desse descompasso, dentre elas, a questão a desigualdade. Sendo assim, com vistas a avançar e contribuir no debate sobre os fatores condicionantes da participação institucional, julgamos ser relevante atentarmos para a questão da desigualdade, em suas diversas dimensões, e os danos que essa pode causar na democracia. Ademais, compreendemos que o estudo de elementos da cultura política, aqui compreendido enquanto um recurso político, de membros dos conselhos de políticas, se constitui em um importante fio condutor analítico através do qual é possível problematizar a questão da desigualdade e suas possíveis implicações no processo deliberativo no âmbito de Conselhos de Políticas Públicas. Isto posto, o presente trabalho tem como principal objetivo identificar quais variáveis de cultura política de membros de três conselhos de políticas urbanas da cidade de Natal-RN (CONCIDADE, CONPLAM E CONHABINS) em dois anos distintos, 2016 e 2019, condicionam o processo deliberativo de tais espaços de participação. Nessa empreitada, por meio de uma abordagem metodológica comparativa, utilizamos variáveis de cultura política escolhidas com base no Modelo do Voluntarismo Cívico. Ao fim do trabalho, concluímos que uma combinação específica de variáveis de cultura política tem importante papel enquanto condicionantes da deliberação, assim como outros fatores, principalmente a desigual posse do saber técnico próprio da política urbana, como a questão dos diferentes projetos em disputa e as alianças que disso resultam
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O presente trabalho tem como objetivo geral compreender como a cultura política dos membros dos conselhos de políticas urbanas de Natal/RN impacta na efetividade deliberativa de tais instituições. Nas últimas décadas, diversas transformações ocorreram no estado brasileiro como consequência de movimentos da sociedade civil organizada que demandaram um aprofundamento da democracia, originando novas formas de participação da população na gestão pública. Dentre os formatos institucionais de participação social, temos os conselhos gestores de políticas públicas. Todavia, a literatura sobre o tema, vêm mostrando a existência de fatores que limitam o funcionamento dos conselhos de políticas públicas, comprometendo sua qualidade. Assim, de forma a contribuir com os estudos sobre participação social, entendemos que a questão da desigualdade no tocante a posse de recursos de cultura política entre os membros dos conselhos, se coloca como uma importante questão de estudo em virtude de seus impactos no processo deliberativo dessas instituições participativas.
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SIDNEIA MAIA DE OLIVEIRA REGO
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A CIDADE E A UNIVERSIDADE: Repercussões no Desenvolvimento Urbano de Pau dos Ferros (RN) no Semiárido Brasileiro.
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Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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LUCIA LEITAO SANTOS
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IANA LUDERMIR BERNARDINO
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LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
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CAIO AUGUSTO AMORIM MACIEL
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MARIA LUCIA PESSOA SAMPAIO
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RODRIGO JOSE FIRMINO
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Data: 27/11/2023
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RESUMO
O tema central da tese é a interiorização da universidade sob a perspectiva do desenvolvimento urbano em Pau dos Ferros (RN), considerando a implantação na cidade dos campi da UERN e da Ufersa em diferentes momentos históricos, bem como a atuação de cursos de graduação relacionados a Área de Planejamento Urbano e Regional/Demografia (PLURD), que culminou com a implantação de um Programa de Pós-graduação nessa Área. O problema que norteia a pesquisa é saber como a presença dessas universidades repercutem no desenvolvimento urbano, considerando o contexto de um centro sub-regional do Semiárido. As políticas públicas de expansão e interiorização das universidades brasileiras, implantadas no início dos anos 2000, favoreceram a chegada dessas instituições em regiões vulneráveis socioeconomicamente como o Semiárido brasileiro, onde o desenvolvimento urbano ainda é incipiente. Portanto, o objetivo da tese é analisar como as universidades instaladas em Pau dos Ferros repercutem no seu desenvolvimento urbano e como essas ações são percebidas por diferentes agentes sociais. O referencial teórico aborda marcos conceituais do Desenvolvimento Urbano e da cidade brasileira e aspectos históricos da Universidade, com desdobramentos no Brasil. Em relação a cidade de Pau dos Ferros, são apresentadas dinâmicas urbanas e características de suas universidades, com ênfase na área PLURD. Com uma abordagem qualitativa as informações foram obtidas por meio de 27 entrevistas semiestruturadas, realizadas com servidores públicos das universidades (professores e técnicos); representantes da gestão pública municipal e do legislativo, bem como empresários e gestores ligados à Câmara de Diretores Lojistas e ao Sebrae. Com foco nas percepções e experiências dos participantes, foi realizada uma análise de conteúdo, com o suporte do software Atlas.ti 23. Os resultados apontaram evidências das ações realizadas por parte das universidades, sobretudo no campo da extensão universitária e de parcerias de cooperação entre universidade e gestão pública municipal. Entre os aspectos positivos, o primeiro Plano Diretor foi um importante resultado dessas parcerias, o qual foi homologado em dezembro de 2022. O mercado imobiliário de Pau dos Ferros também apresentou mudanças visíveis nos últimos dez anos, com a atração de investimentos no entorno dessas instituições, ocasionando valorização imobiliária em detrimento de outras áreas. Fragilidades como a mobilidade urbana e a Gestão de resíduos sólidos, também se tornaram mais evidentes e são pautas constantes nas produções acadêmicas. O mestrado na área PLURD, tem contribuído com a formação de profissionais que aos poucos estão ocupando os espaços na gestão e planejamento da cidade e da região. Os entrevistados evidenciaram uma oferta de serviços mais diversificada nos últimos anos, bem como alterações na dinâmica do comércio, mudanças ocasionadas pelo aumento do contingente de pessoas que passam a circular e habitar a cidade, demandando por novas formas de consumo e usos urbanos, demonstrando, portanto, vários aspectos de repercussão no desenvolvimento urbano a partir da presença e atuação das universidades em Pau dos Ferros.
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RESUMO
O estudo trata da relação entre universidade e cidade, na perspectiva do desenvolvimento urbano, em um contexto de interiorização das universidades públicas, especificamente no Semiárido brasileiro. Busca investigar até que ponto as universidades instaladas em Pau dos Ferros (RN) repercutem no desenvolvimento urbano da cidade, considerando principalmente a atuação dos cursos relacionados com a subárea de Planejamento Urbano e Regional. Com abordagem qualitativa pretende-se conhecer a percepção de professores universitários e gestores de organizações públicas e instituições representativas da sociedade pauferrense. Espera-se com os resultados obtidos ampliar o debate sobre o papel da universidade, suas contribuições para a cidade e possibilitar maior visibilidade as ações dessas instituições, bem como refletir sobre suas limitações e dificuldades, em especial, na Área de Planejamento Urbano e Regional, que de forma direta ou indireta repercute no desenvolvimento da cidade.
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VERA LUCIA LOPES DE OLIVEIRA
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O SISTEMA DE ABASTECIMENTO D’ÁGUA EM CIDADE DE MÉDIO PORTE NO SEMI-ÁRIDO NORDESTINO: Mossoró-RN
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Orientador : EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
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MEMBROS DA BANCA :
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EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
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CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
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MARIA DO CARMO MARTINS SOBRAL
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ALFREDO MARCELO GRIGIO
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SÉRGIO LUIZ FREIRE COSTA
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Data: 28/11/2023
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A pesquisa "O SISTEMA DE ABASTECIMENTO D’ÁGUA DA POPULAÇÃO URBANA EM CIDADE DE MÉDIO PORTE NO NORDESTE: Um estudo de caso em Mossoró-RN" foi motivada pelo contexto atual, evidenciado por vários colapsos no abastecimento d’água no município, acarretando várias hipóteses sobre os fatores geradores destes conflitos urbanos. Entendemos que o planejamento é de grande relevância para o manejo de bacias orientando o processo de ocupação e transformação do território, e assim, a localização das atividades e do uso do espaço, em função de sua capacidade de absorver e acolher determinada atividade. A gestão das águas e o ordenamento urbanístico são inseparáveis. Buscar-se-á através da pesquisa empírica identificar o modelo de gestão dos recursos hídricos, numa perspectiva de fazer valer o Plano Diretor Municipal, onde este evidencie um modelo de gestão sustentável de recursos hídricos integrado a um modelo de ordenamento coerente com os modelos de sustentabilidade. Reconhecer a importância do modelo de gestão integrada a partir do reconhecimento da ligação entre a gestão de recursos hídricos e os instrumentos de planejamento como fundamental na gestão dos conflitos gerados pela disponibilidade de água e sua consequente influência no desenvolvimento de um município, buscando garantir melhores condições urbanísticas, definindo padrões específicos e infraestrutura.
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A pesquisa A Gestão dos Recursos Hídricos e sua Repercussão sobre a Dinâmica Urbana de Mossoró/RN; foi motivada pelo contexto atual, evidenciado por vários colapsos no abastecimento d’água no município, acarretando várias hipóteses sobre os fatores geradores destes conflitos urbanos. Entendemos que o planejamento é de grande relevância para o manejo de bacias orientando o processo de ocupação e transformação do território, e assim, a localização das atividades e do uso do espaço, em função de sua capacidade de absorver e acolher determinada atividade. A gestão das águas e o ordenamento urbanístico são inseparáveis. Buscar-se-á através da pesquisa empírica identificar o modelo de gestão dos recursos hídricos, numa perspectiva de fazer valer o Plano Diretor Municipal, onde este evidencie um modelo de gestão sustentável de recursos hídricos integrado a um modelo de ordenamento coerente com os modelos de sustentabilidade. Reconhecer a importância do modelo de gestão integrada a partir do reconhecimento da ligação entre a gestão de recursos hídricos e os instrumentos de planejamento como fundamental na gestão dos conflitos gerados pela disponibilidade de água e sua consequente influência no desenvolvimento de um município, buscando garantir melhores condições urbanísticas, definindo padrões específicos e infraestrutura.
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SANDRA DE SOUZA PAIVA HOLANDA
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EXPANSÃO URBANA, MERCADO IMOBILIÁRIO E RENDA DA TERRA: A CIDADE DE PAU DOS FERROS-RN
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Orientador : VIRGINIA PITTA PONTUAL
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MEMBROS DA BANCA :
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VIRGINIA PITTA PONTUAL
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IANA LUDERMIR BERNARDINO
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LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA
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FRANKLIN ROBERTO DA COSTA
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JOSUE ALENCAR BEZERRA
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Data: 28/11/2023
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Esta tese traz uma abordagem teórica e empírica sobre o processo de produção do espaço urbano em Pau dos Ferros/RN e o mercado o mercado imobiliário e fundiário através da valorização capitalista da terra no período compreendido entre os anos de 2009 a 2015. O percurso metodológico principal para o desenvolvimento da pesquisa foi o do estudo de caso, que adotou os procedimentos de levantamento de dados realizados em órgãos da cidade, tendo com base no desenvolvimento do mercado imobiliário local, associando-o como agente produtor do espaço urbano em vários momentos históricos e econômicos da cidade. A expansão urbana na cidade se convencionou ao aumento da população, a área física da zona urbana, a políticas públicas de habitação e também a dinâmica econômica nos últimos dez anos, que resultam numa rápida ocupação de áreas periféricas, porém de modo fragmentado. Ainda se observa que os bairros Nações Unidas, Chico Cajá e Carvão, são as maiores representações da produção do espaço urbano construído do município modificando de forma perceptível a paisagem da cidade.
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Esta tese traz uma abordagem teórica e empírica sobre o processo de produção do espaço urbano em Pau dos Ferros/RN e o mercado o mercado imobiliário e fundiário através da valorização capitalista da terra no período compreendido entre os anos de 2009 a 2015. O percurso metodológico principal para o desenvolvimento da pesquisa foi o do estudo de caso, que adotou os procedimentos de levantamento de dados realizados em órgãos da cidade, tendo com base no desenvolvimento do mercado imobiliário local, associando-o como agente produtor do espaço urbano em vários momentos históricos e econômicos da cidade. A expansão urbana na cidade se convencionou ao aumento da população, a área física da zona urbana, a políticas públicas de habitação e também a dinâmica econômica nos últimos dez anos, que resultam numa rápida ocupação de áreas periféricas, porém de modo fragmentado. Ainda se observa que os bairros Nações Unidas, Chico Cajá e Carvão, são as maiores representações da produção do espaço urbano construído do município modificando de forma perceptível a paisagem da cidade.
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PALMYRA SAYONARA DE GOIS
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PROCESSO SAÚDE-DOENÇA DA POPULAÇÃO URBANA E DESIGUALDADES SOCIOESPACIAIS: o caso de Pau dos Ferros – RN
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Orientador : TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
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MEMBROS DA BANCA :
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TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
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DANIELLE DE MELO ROCHA
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MARTA MARIA SOUZA MATOS
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JOSUE ALENCAR BEZERRA
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MOÊMIA GOMES DE OLIVEIRA MIRANDA
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Data: 29/11/2023
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No contexto urbano contemporâneo, a interação entre urbanização e saúde é inegável. O estudo em questão submerge na complexidade dessa relação, usando como campo de estudo a cidade de Pau dos Ferros, localizada no extremo oeste do Estado do Rio Grande do Norte. Durante séculos, as cidades têm sido vistas como epicentros de civilização e progresso. No entanto, a aceleração da urbanização, especialmente nas últimas décadas, trouxe consigo desafios complexos que afetam diretamente a saúde e o bem-estar dos cidadãos. A pesquisa tem como objetivo principal desvendar os nuances da urbanização e sua correlação direta com a saúde pública. Através de uma abordagem multidimensional, busca-se compreender como fatores urbanos, desde moradia até infraestrutura básica, influenciam a qualidade de vida e os perfis de saúde dos habitantes urbanos. Para capturar a essência dessa relação, foi adotada uma metodologia que combina análise histórica socioespacial com dados estatísticos atuais, principalmente do IBGE. Além disso, uma análise socioespacial foi realizada para entender a distribuição e o impacto de determinantes socioeconômicos e de saneamento básico em diferentes bairros da cidade. Esta abordagem permitiu uma compreensão granular das desigualdades e desafios urbanos. Na análise prévia, os resultados revelam que o processo de urbanização, embora traga avanços e benefícios, também introduz desafios significativos. As desigualdades socioespaciais observadas nas distintas áreas de Pau dos Ferros indicaram variações nos perfis epidemiológicos da população. A falta de infraestrutura adequada, o acesso limitado a serviços essenciais e as disparidades socioeconômicas emergiram como fatores-chave que influenciam a saúde dos residentes urbanos. A dinâmica e os aspectos socioespaciais de Pau dos Ferros apontam para a necessidade urgente de políticas públicas focadas na melhoria da infraestrutura urbana e na redução das desigualdades. A urbanização mal gerida pode levar a prejuízos sociais, econômicos e ambientais, impactando negativamente a saúde pública. Portanto, para cidades em crescimento como Pau dos Ferros, é fundamental adotar uma abordagem integrada que considere tanto o desenvolvimento urbano quanto a saúde da população.
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No contexto urbano contemporâneo, a interação entre urbanização e saúde é inegável. O estudo em questão submerge na complexidade dessa relação, usando como campo de estudo a cidade de Pau dos Ferros, localizada no extremo oeste do Estado do Rio Grande do Norte. Durante séculos, as cidades têm sido vistas como epicentros de civilização e progresso. No entanto, a aceleração da urbanização, especialmente nas últimas décadas, trouxe consigo desafios complexos que afetam diretamente a saúde e o bem-estar dos cidadãos. A pesquisa tem como objetivo principal desvendar os nuances da urbanização e sua correlação direta com a saúde pública. Através de uma abordagem multidimensional, busca-se compreender como fatores urbanos, desde moradia até infraestrutura básica, influenciam a qualidade de vida e os perfis de saúde dos habitantes urbanos. Para capturar a essência dessa relação, foi adotada uma metodologia que combina análise histórica socioespacial com dados estatísticos atuais, principalmente do IBGE. Além disso, uma análise socioespacial foi realizada para entender a distribuição e o impacto de determinantes socioeconômicos e de saneamento básico em diferentes bairros da cidade. Esta abordagem permitiu uma compreensão granular das desigualdades e desafios urbanos. Na análise prévia, os resultados revelam que o processo de urbanização, embora traga avanços e benefícios, também introduz desafios significativos. As desigualdades socioespaciais observadas nas distintas áreas de Pau dos Ferros indicaram variações nos perfis epidemiológicos da população. A falta de infraestrutura adequada, o acesso limitado a serviços essenciais e as disparidades socioeconômicas emergiram como fatores-chave que influenciam a saúde dos residentes urbanos. A dinâmica e os aspectos socioespaciais de Pau dos Ferros apontam para a necessidade urgente de políticas públicas focadas na melhoria da infraestrutura urbana e na redução das desigualdades. A urbanização mal gerida pode levar a prejuízos sociais, econômicos e ambientais, impactando negativamente a saúde pública. Portanto, para cidades em crescimento como Pau dos Ferros, é fundamental adotar uma abordagem integrada que considere tanto o desenvolvimento urbano quanto a saúde da população.
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