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Dissertações |
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EDUARDA ALBUQUERQUE COSTA
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O GENIUS LOCI NA CONSTRUÇÃO DAS CIDADES AMIGAS DA INFÂNCIA:
uma análise do PMPI da cidade do Recife
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Orientador : MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRÉA MELO LINS STORCH
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CIRCE MARIA GAMA MONTEIRO
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JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
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MARIA DE JESUS DE BRITTO LEITE
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Data: 26/01/2022
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RESUMO
Devido às incertezas que envolvem o lugar da criança contemporânea nas cidades, o presente trabalho busca contribuições em uma teia de variadas disciplinas que dão suporte ao entendimento da infância, para junto com o conceito Genius Loci, de Norberg-Schulz (1980), que concebeu na arquitetura e no urbanismo a fenomenologia do habitar, rever as propostas que são direcionadas ao espaço da infância contemporânea, diante do que vem sendo planejado a partir da iniciativa Cidade Amiga da Criança, almejado pela UNICEF (1996), e elaborado como Plano Municipal para Primeira infância da cidade do Recife, avaliando se essas propostas têm a intenção de promover experiências e vivências que atendam as crianças de forma significativa, inserindo-as no contexto da cidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com uma base teórica que se apoia em pensadores da fenomenologia e construiu suas interrogações a partir dessas leituras, tomando a teoria do espaço de Norberg-Schulz, para trazer a infância a uma discussão necessária sobre seu lugar na sociedade urbanizada, utilizando o PMPI do município de Recife como objeto de estudo, através de uma investigação do conteúdo das mensagens do texto do documento, a fim de interpretá-las, avaliando se as instruções das propostas foram direcionadas a contemplar a infância, no que se referem aos espaços públicos da cidade do Recife, e se atentam à sua subjetividade à luz do Genius Loci. Assim, o percurso metodológico se apoia em uma análise investigativa e documental, para em seguida cotejar essas análises com o que inquire a teoria. Os métodos utilizados foram a coleta de informações através de pesquisas bibliográficas, que substanciaram e contextualizaram a temática; e documental, que explorou os documentos que tratam a relação da criança com a cidade, onde os conteúdos foram decompostos em fragmentos, a fim de revelar as sutilezas e as relevâncias contidas no texto, através de termos ou frases significativas que pudessem ser interpretadas diante da intencionalidade em proporcionar a concretização do genius loci nas propostas dos espaços para a criança. Dentre as conclusões da análise, diante das intenções em relacionar a criança e seu espaço, as que estimulam o brincar na rua e na calçada são o que existe de mais próximo dentro das perspectivas de alcançar a realidade concreta dos lugares em que se habita.
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RESUMO
Devido às incertezas que envolvem o lugar da criança contemporânea nas cidades, o presente trabalho busca contribuições em uma teia de variadas disciplinas que dão suporte ao entendimento da infância, para junto com o conceito Genius Loci, de Norberg-Schulz (1980), que concebeu na arquitetura e no urbanismo a fenomenologia do habitar, rever as propostas que são direcionadas ao espaço da infância contemporânea, diante do que vem sendo planejado a partir da iniciativa Cidade Amiga da Criança, almejado pela UNICEF (1996), e elaborado como Plano Municipal para Primeira infância da cidade do Recife, avaliando se essas propostas têm a intenção de promover experiências e vivências que atendam as crianças de forma significativa, inserindo-as no contexto da cidade. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com uma base teórica que se apoia em pensadores da fenomenologia e construiu suas interrogações a partir dessas leituras, tomando a teoria do espaço de Norberg-Schulz, para trazer a infância a uma discussão necessária sobre seu lugar na sociedade urbanizada, utilizando o PMPI do município de Recife como objeto de estudo, através de uma investigação do conteúdo das mensagens do texto do documento, a fim de interpretá-las, avaliando se as instruções das propostas foram direcionadas a contemplar a infância, no que se referem aos espaços públicos da cidade do Recife, e se atentam à sua subjetividade à luz do Genius Loci. Assim, o percurso metodológico se apoia em uma análise investigativa e documental, para em seguida cotejar essas análises com o que inquire a teoria. Os métodos utilizados foram a coleta de informações através de pesquisas bibliográficas, que substanciaram e contextualizaram a temática; e documental, que explorou os documentos que tratam a relação da criança com a cidade, onde os conteúdos foram decompostos em fragmentos, a fim de revelar as sutilezas e as relevâncias contidas no texto, através de termos ou frases significativas que pudessem ser interpretadas diante da intencionalidade em proporcionar a concretização do genius loci nas propostas dos espaços para a criança. Dentre as conclusões da análise, diante das intenções em relacionar a criança e seu espaço, as que estimulam o brincar na rua e na calçada são o que existe de mais próximo dentro das perspectivas de alcançar a realidade concreta dos lugares em que se habita.
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LEON DELÁCIO DE OLIVEIRA E SILVA
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DA ILEGALIDADE À APARENTE LEGALIDADE NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO: O CASO DOS EMPREENDIMENTOS ALPHAVILLE URBANISMO.
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Orientador : CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
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LUCIA LEITAO SANTOS
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MARIANA ZERBONE ALVES DE ALBUQUERQUE
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TALDEN QUEIROZ FARIAS
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Data: 01/02/2022
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JÔNATAS SOUZA MEDEIROS DA SILVA
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A PAISAGEM DO CAMPO DO JIQUIÁ: PATRIMÔNIO DESVELADO PELA IMAGEM DO ZEPPELIN
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Orientador : ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
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TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
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LUCIA MARIA DE SIQUEIRA CAVALCANTI VERAS
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ONILDA GOMES BEZERRA
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Data: 02/02/2022
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O Campo do Jiquiá é um espaço emblemático na história do Recife, que serviu como campo de pouso do dirigível ‘Graf Zeppelin’ entre 1930 e 1937. A torre de atracação, que marca esse período do sítio, é reconhecida como patrimônio pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), juntamente a uma área circundante de 8,4 hectares. Com a falta de uso, houve regeneração ambiental de partes desse local, priorizando a proteção dos seus 54 hectares como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) pela Prefeitura do Recife, em detrimento dos aspectos históricos. Acredita-se que esse campo revela uma paisagem do passado, de aspectos objetivos com as construções humanas e os elementos naturais que remanescem, e de aspectos subjetivos, inerentes ao modo que resguarda a memória desse período da cidade e as relações humanas que ocorreram ali. Assim, a discussão da paisagem como experienciação humana está aportada em Georg Simmel, Augustin Berque, Denis Cosgrove e Jean-Marc Besse. Tal compreensão de paisagem poderá fornecer meios para o reconhecimento do Campo Jiquiá como patrimônio. Desse modo, traça-se como objetivo explicitar a paisagem do Campo do Jiquiá como patrimônio a partir do Zeppelin. A metodologia desenvolvida aporta-se na pesquisa histórico-documental, a partir de notícias de jornais da época e da análise iconográfica, segundo Erwin Panofsky e Boris Kossoy, das fotografias históricas que retratam o Zeppelin e os atributos da paisagem do Campo do Jiquiá. Desvelou-se, assim, uma 'paisagem em movimento' expressa em escalas, partindo da experiência percebida pelo olhar dos passageiros e recifenses até às manifestações vividas, que ficaram eternizadas nos atributos culturais e naturais, tangíveis e intangíveis do Campo do Jiquiá.
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O Campo do Jiquiá é um espaço emblemático na história do Recife, que serviu como campo de pouso do dirigível ‘Graf Zeppelin’ entre 1930 e 1937. A torre de atracação, que marca esse período do sítio, é reconhecida como patrimônio pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), juntamente a uma área circundante de 8,4 hectares. Com a falta de uso, houve regeneração ambiental de partes desse local, priorizando a proteção dos seus 54 hectares como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) pela Prefeitura do Recife, em detrimento dos aspectos históricos. Acredita-se que esse campo revela uma paisagem do passado, de aspectos objetivos com as construções humanas e os elementos naturais que remanescem, e de aspectos subjetivos, inerentes ao modo que resguarda a memória desse período da cidade e as relações humanas que ocorreram ali. Assim, a discussão da paisagem como experienciação humana está aportada em Georg Simmel, Augustin Berque, Denis Cosgrove e Jean-Marc Besse. Tal compreensão de paisagem poderá fornecer meios para o reconhecimento do Campo Jiquiá como patrimônio. Desse modo, traça-se como objetivo explicitar a paisagem do Campo do Jiquiá como patrimônio a partir do Zeppelin. A metodologia desenvolvida aporta-se na pesquisa histórico-documental, a partir de notícias de jornais da época e da análise iconográfica, segundo Erwin Panofsky e Boris Kossoy, das fotografias históricas que retratam o Zeppelin e os atributos da paisagem do Campo do Jiquiá. Desvelou-se, assim, uma 'paisagem em movimento' expressa em escalas, partindo da experiência percebida pelo olhar dos passageiros e recifenses até às manifestações vividas, que ficaram eternizadas nos atributos culturais e naturais, tangíveis e intangíveis do Campo do Jiquiá.
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JOSÉ MATHEUS LIRA DA SILVA
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MICROFÍSICA DO JEITINHO BRASILEIRO: Uma arqueologia do infrapoder do corpo social frente à pandemia da COVID-19
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Orientador : SERGIO CARVALHO BENICIO DE MELLO
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MEMBROS DA BANCA :
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SERGIO CARVALHO BENICIO DE MELLO
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TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
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ANDRE LUIZ MARANHAO DE SOUZA LEAO
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Data: 04/02/2022
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Muito provavelmente todos já devem ter ouvido falar do célebre “jeitinho brasileiro” e sobre como ele possui impacto na vida cotidiana no Brasil, especialmente em tempos pandêmicos onde engajar socialmente o brasileiro em torno de medidas de mitigação do contágio tem se transformado em um desafio deveras tortuoso. Não obstante, tem-se que o conceito do “jeitinho” é fruto de anos de estudos da corrente clássica da teoria nacional fundada por Gilberto Freyre, tal conceito foi e vem sendo usado como meio para se compreender o comportamento e o modo de ser do brasileiro mediante uma característica que lhe é epidérmica: a indisciplina. A partir desse entendimento, permite-se conjecturar que essa indisciplina está diluída no âmago dos indivíduos e acarreta, por isso, em reflexos que ecoam no ordenamento social, na esfera política, na economia e em tantos outros fatores. No entanto, conforme os anos avançaram, a abordagem clássica acerca do “jeitinho” foi se mostrando cada vez mais problemática, principalmente se se leva em consideração a sua inclinação à culpabilização do brasileiro por uma herança, tida como imutável, do mundo colonial e à atribuição de características que atuam na retirada de sua autoestima. Por esse motivo, faz-se necessário repensar essa “indisciplina brasileira” sob outra ótica. Destarte, toma-se enquanto lente a teoria de Michel Foucault, mediante a qual se possibilita desvelar o jeitinho, agora definido enquanto “infrapoder do corpo social”, enquanto um contrapoder surgido para combater diretamente o superpoder do Estado; tirando, assim, a errônea áurea de exclusividade criada pelos clássicos e aproximando o brasileiro de outros povos. Assim, ao responder com ações indisciplinadas às mais diversas situações no campo empírico, o brasileiro está fazendo uso desse determinado poder que, por sua vez, é um reflexo natural do corpo social tão cedo se encontre submetido à um exercício de poder. Portanto, tendo por objetivo refletir sobre os desdobramentos empíricos do infrapoder do corpo social brasileiro, sugere-se a construção de uma arqueologia dos saberes que, no que lhe concerne, possibilitará a ordenação dos discursos que se encontram presentes no sítio arqueológico “Brasil pandêmico” por intermédio de uma Análise do Discurso Foucaultiana e com isso, tornar-se-á possível desvelar como o infrapoder do brasileiro impactou no desdobramento da pandemia da COVID-19.
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Muito provavelmente todos já devem ter ouvido falar do célebre “jeitinho brasileiro” e sobre como ele possui impacto na vida cotidiana no Brasil, especialmente em tempos pandêmicos onde engajar socialmente o brasileiro em torno de medidas de mitigação do contágio tem se transformado em um desafio deveras tortuoso. Não obstante, tem-se que o conceito do “jeitinho” é fruto de anos de estudos da corrente clássica da teoria nacional fundada por Gilberto Freyre, tal conceito foi e vem sendo usado como meio para se compreender o comportamento e o modo de ser do brasileiro mediante uma característica que lhe é epidérmica: a indisciplina. A partir desse entendimento, permite-se conjecturar que essa indisciplina está diluída no âmago dos indivíduos e acarreta, por isso, em reflexos que ecoam no ordenamento social, na esfera política, na economia e em tantos outros fatores. No entanto, conforme os anos avançaram, a abordagem clássica acerca do “jeitinho” foi se mostrando cada vez mais problemática, principalmente se se leva em consideração a sua inclinação à culpabilização do brasileiro por uma herança, tida como imutável, do mundo colonial e à atribuição de características que atuam na retirada de sua autoestima. Por esse motivo, faz-se necessário repensar essa “indisciplina brasileira” sob outra ótica. Destarte, toma-se enquanto lente a teoria de Michel Foucault, mediante a qual se possibilita desvelar o jeitinho, agora definido enquanto “infrapoder do corpo social”, enquanto um contrapoder surgido para combater diretamente o superpoder do Estado; tirando, assim, a errônea áurea de exclusividade criada pelos clássicos e aproximando o brasileiro de outros povos. Assim, ao responder com ações indisciplinadas às mais diversas situações no campo empírico, o brasileiro está fazendo uso desse determinado poder que, por sua vez, é um reflexo natural do corpo social tão cedo se encontre submetido à um exercício de poder. Portanto, tendo por objetivo refletir sobre os desdobramentos empíricos do infrapoder do corpo social brasileiro, sugere-se a construção de uma arqueologia dos saberes que, no que lhe concerne, possibilitará a ordenação dos discursos que se encontram presentes no sítio arqueológico “Brasil pandêmico” por intermédio de uma Análise do Discurso Foucaultiana e com isso, tornar-se-á possível desvelar como o infrapoder do brasileiro impactou no desdobramento da pandemia da COVID-19.
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LETÍCIA ROCHA DE SANTANA
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Participação e Construção do Consentimento: um estudo sobre o Plano Diretor do Recife 2018
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Orientador : VIRGINIA PITTA PONTUAL
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MEMBROS DA BANCA :
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VIRGINIA PITTA PONTUAL
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CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
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NORMA LACERDA GONCALVES
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JAN BITOUN
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Data: 22/02/2022
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A dissertação trata da elaboração do Plano Diretor da cidade do Recife realizada no ano de 2018, problematizando o processo de participação social ao longo das atividades promovidas no âmbito do Poder Executivo. Nesse sentido, levanta como hipótese que a participação propalada no processo de elaboração do Plano Diretor do Recife 2018 foi controlada, dado que os momentos de síntese e tomadas de decisão foram hegemonizados pelos representantes das unidades da prefeitura do Recife articulados com representantes do setor civil e imobiliário.
Entende-se na presente pesquisa que essa articulação é fruto de acordos entre o poder público e o setor imobiliário em uma aliança que tem origem na histórica aliança entre as classes sociais privilegiadas do país como forma de manutenção de poder. Com isso, as classes populares continuam sendo exploradas em diversos âmbitos, inclusive no momento de elaboração de instrumentos urbanísticos relativos à produção do espaço urbano, onde as classes privilegiadas se alinham com o objetivo de se manter no poder e dar continuidade a seus privilégios.
Desse modo, o objetivo do trabalho é analisar a participação social na elaboração do Plano Diretor da cidade do Recife de modo a evidenciar o caráter do processo, as articulações, os limites e as manobras técnicas e políticas adotadas nas atividades e canais de participação.
Para tanto, foi realizada revisão bibliográfica para apreensão dos conceitos teóricos pertinentes à temática abordada, pesquisa documental nos canais de publicação de material oficial do Plano Diretor do Recife, pesquisa de campo como pesquisadora observadora em alguns dos momentos participativos do processo de elaboração, e entrevistas semiestruturadas com atores chave.
Nesse sentido, a participação social que se deu ao longo da elaboração do Plano foi de caráter formalista pautada na construção do consentimento de modo a criar, no imaginário da massa da população recifense, a sensação de que o processo se deu de forma participativa e legítima, por meio de extensos gastos em marketing e propaganda da gestão administrativa da cidade.
Entretanto, ao invés de garantir a efetividade dos diversos canais promovidos durante a elaboração, garantindo a participação das pessoas no processo de tomada de decisão, foram criados mecanismos para dirimir o processo participativo de modo a conceder à prefeitura total controle sobre as decisões tomadas. Assim, a maioria dos atores sociais que estavam presentes nas atividades foram espectadores de um grande espetáculo, sendo apenas informados e consultados sobre suas demandas, sem garantia de que seriam levadas em consideração.
Como forma de estruturar a pesquisa, o trabalho foi organizado em cinco capítulos. O primeiro trata dos conceitos pertinentes para entender o processo de elaboração de instrumentos urbanísticos: construção do consentimento, participação e produção do espaço urbano. Apresenta ao leitor o objeto teórico do trabalho, de quais conceitos a pesquisa parte e quais autores se utiliza.
O capítulo dois traz um panorama político e social do país e da cidade do Recife dentro do recorte temporal escolhido, entre 2016 e 2019. O debate social parte das classes sociais teorizadas por Jessé Souza, que serão elucidadas tanto no contexto nacional quanto no contexto local, considerando suas especificidades.
O terceiro capítulo possui caráter descritivo, se utilizando de mapas e dados para discorrer sobre o cenário urbano e a ocupação do solo na cidade do Recife, tendo como base teórica os conceitos discutidos nos capítulos anteriores.
O quarto capítulo inicia o debate acerca do objeto empírico da pesquisa, embasando-se nas teorias apresentadas anteriormente, trazendo uma discussão sobre a formação da estrutura institucional montada para a elaboração do Plano, juntamente com a recepção por parte da sociedade civil em relação ao processo.
Por fim, o quinto capítulo traz uma análise crítica sobre o processo de elaboração do Plano Diretor do Recife 2018 com base nas teorias abordadas de forma a evidenciar como se deu a participação social, os atores sociais envolvidos, as relações de poder e os conflitos existentes.
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CELIO HENRIQUE ROCHA MOURA
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A NATUREZA EM CONTEXTO URBANO: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NA CONSERVAÇÃO DO PARQUE DOS MANGUEZAIS - RECIFE, PE
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Orientador : TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
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MEMBROS DA BANCA :
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EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
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MARIA DO CARMO MARTINS SOBRAL
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TOMAS DE ALBUQUERQUE LAPA
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Data: 23/02/2022
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A criação de áreas protegidas desponta como a principal e mais recorrente política de conservação da natureza desenvolvida no século XX. Integra uma visão dicotômica entre o que se compreende como natural e o humano, proveniente principalmente de uma visão mítica e romântica que valora a natureza pelo seu caráter de intocabilidade. Dentro desta questão, se insere esta investigação, problematizando como este modelo de salvaguarda influi para a dissociação de determinadas populações de seu meio circundante. Para tal, adentra na questão da conservação do que se compreende por natureza em contexto urbano, notadamente os fragmentos florestais instituídos enquanto áreas protegidas por legislação municipal. Tem-se como objeto de estudo o Parque dos Manguezais, Unidade de Conservação da cidade do Recife que se caracteriza como um dos maiores representantes urbanos de ecossistema de manguezal no Brasil. A este remanescente estão associadas comunidades ribeirinhas pesqueiras, cujas atividades lastreiam suas identidades e censo comunitário. Através do aporte teórico-metodológico da teoria das Representações Sociais, proposto por Serge Moscovici (1928-2014), foi possível imergir dentro das realidades e dinâmicas destes agrupamentos. Identificou-se que estas comunidades constroem e são construídas pelas representações sobre o território seus estes socialmente elaboram. A partir destas representações tornou-se possível compreender como a visão de natureza, imposta pelo modelo de instituição de áreas protegidas, ainda incorre ao erro histórico e dissociativo que projeta no ser humano o caráter de agente puramente destrutivo do meio natural. A partir desta visão se engendram os conflitos de ordem fundiária, social e cultural que paulatinamente suprimem os remanescentes de ecossistema e as identidades de comunidades em território urbano.
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A criação de áreas protegidas desponta como a principal e mais recorrente política de conservação da natureza desenvolvida no século XX. Integra uma visão dicotômica entre o que se compreende como natural e o humano, proveniente principalmente de uma visão mítica e romântica que valora a natureza pelo seu caráter de intocabilidade. Dentro desta questão, se insere esta investigação, problematizando como este modelo de salvaguarda influi para a dissociação de determinadas populações de seu meio circundante. Para tal, adentra na questão da conservação do que se compreende por natureza em contexto urbano, notadamente os fragmentos florestais instituídos enquanto áreas protegidas por legislação municipal. Tem-se como objeto de estudo o Parque dos Manguezais, Unidade de Conservação da cidade do Recife que se caracteriza como um dos maiores representantes urbanos de ecossistema de manguezal no Brasil. A este remanescente estão associadas comunidades ribeirinhas pesqueiras, cujas atividades lastreiam suas identidades e censo comunitário. Através do aporte teórico-metodológico da teoria das Representações Sociais, proposto por Serge Moscovici (1928-2014), foi possível imergir dentro das realidades e dinâmicas destes agrupamentos. Identificou-se que estas comunidades constroem e são construídas pelas representações sobre o território seus estes socialmente elaboram. A partir destas representações tornou-se possível compreender como a visão de natureza, imposta pelo modelo de instituição de áreas protegidas, ainda incorre ao erro histórico e dissociativo que projeta no ser humano o caráter de agente puramente destrutivo do meio natural. A partir desta visão se engendram os conflitos de ordem fundiária, social e cultural que paulatinamente suprimem os remanescentes de ecossistema e as identidades de comunidades em território urbano.
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LUANANCY LIMA PRIMAVERA
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SANTA CASA DE MISERICÓRDIA: AGENTE PASSIVO OU ATIVO NO MERCADO IMOBILIÁRIO DE ALUGUEL DO CENTRO HISTÓRICO DO RECIFE?
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Orientador : NORMA LACERDA GONCALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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NORMA LACERDA GONCALVES
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VIRGINIA PITTA PONTUAL
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AMÉLIA MARIA DE OLIVEIRA REYNALDO
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Data: 23/02/2022
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Desde a ocupação portuguesa no Brasil colônia, as ordens religiosas leigas tiveram importante papel para concretização dos projetos da Coroa em nosso país. No Recife não foi diferente, as irmandades que aqui se instalaram foram determinantes para definir a ocupação do tecido urbano de nosso centro histórico, e, cruciais para a viabilidade das intervenções urbanísticas do século XX que ali ocorreram através da propriedade de imóveis nessa área. Nota-se, portanto, a participação dessas instituições tanto no processo de produção desse espaço como em uma atuação no mercado imobiliário. Atualmente, junto com outros agentes – com destaque para o poder público, o Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), os donos de instituições privadas de ensino superior, entre outros – as irmandades religiosas leigas também continuam a contribuir para a definição e redefinição das espacialidades desse centro. No entanto, há características e comportamentos que diferenciam esses agentes dos demais, seja pela relação entre a caridade e as rendas do aluguel de seus imóveis, seja pela diferenciação dos preços de aluguel por eles praticados. Essa pesquisa tem por objetivo, portanto, analisar o papel, o comportamento e as estratégias das irmandades religiosas leigas na dinâmica mercadológica e espacial do CHR. Para tanto, definiu-se a Santa Casa de Misericórdia, como objeto de estudo, dentre as demais irmandades religiosas leigas proprietárias de imóveis no CHR, devido ao seu extenso patrimônio e a sua presença em todos os bairros estudados (Bairro do Recife, Santo Antônio, São José e Boa Vista). O percurso metodológico desta dissertação inicia-se a partir dos diálogos e conflitos entre religião e economia, e da inserção das irmandades religiosas leigas nessa relação, associando as doações imobiliárias à salvação da alma, e a caridade à renda dos imóveis. Ademais, é analisada a participação da Igreja Católica e das irmandades na formação do centro histórico do Recife, bem como a construção do extenso patrimônio imobiliário das irmandades através das doações de fieis. A partir de documentos do final do século XIX e da primeira metade do século XX, como os relatórios da Santa Casa de Misericórdia e da Ordem Terceira de São Francisco, a Décima Urbana do bairro do Recife, no início do século XX, entre outros, foram extraídas informações sobre a atuação dessas instituições no mercado imobiliário e na administração de seus bens no referido período. Por fim, foram analisados os dados sobre preços, usos, estado de conservação e preservação dos imóveis da SCMR, de modo a aferir se a Santa Casa de Misericórdia atua como agente passivo e/ou ativo no mercado imobiliário e na conservação dos valores patrimoniais do centro histórico do Recife.
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Desde a ocupação portuguesa no Brasil colônia, as ordens religiosas leigas tiveram importante papel para concretização dos projetos da Coroa em nosso país. No Recife não foi diferente, as irmandades que aqui se instalaram foram determinantes para definir a ocupação do tecido urbano de nosso centro histórico, e, cruciais para a viabilidade das intervenções urbanísticas do século XX que ali ocorreram através da propriedade de imóveis nessa área. Nota-se, portanto, a participação dessas instituições tanto no processo de produção desse espaço como em uma atuação no mercado imobiliário. Atualmente, junto com outros agentes – com destaque para o poder público, o Núcleo de Gestão do Porto Digital (NGPD), os donos de instituições privadas de ensino superior, entre outros – as irmandades religiosas leigas também continuam a contribuir para a definição e redefinição das espacialidades desse centro. No entanto, há características e comportamentos que diferenciam esses agentes dos demais, seja pela relação entre a caridade e as rendas do aluguel de seus imóveis, seja pela diferenciação dos preços de aluguel por eles praticados. Essa pesquisa tem por objetivo, portanto, analisar o papel, o comportamento e as estratégias das irmandades religiosas leigas na dinâmica mercadológica e espacial do CHR. Para tanto, definiu-se a Santa Casa de Misericórdia, como objeto de estudo, dentre as demais irmandades religiosas leigas proprietárias de imóveis no CHR, devido ao seu extenso patrimônio e a sua presença em todos os bairros estudados (Bairro do Recife, Santo Antônio, São José e Boa Vista). O percurso metodológico desta dissertação inicia-se a partir dos diálogos e conflitos entre religião e economia, e da inserção das irmandades religiosas leigas nessa relação, associando as doações imobiliárias à salvação da alma, e a caridade à renda dos imóveis. Ademais, é analisada a participação da Igreja Católica e das irmandades na formação do centro histórico do Recife, bem como a construção do extenso patrimônio imobiliário das irmandades através das doações de fieis. A partir de documentos do final do século XIX e da primeira metade do século XX, como os relatórios da Santa Casa de Misericórdia e da Ordem Terceira de São Francisco, a Décima Urbana do bairro do Recife, no início do século XX, entre outros, foram extraídas informações sobre a atuação dessas instituições no mercado imobiliário e na administração de seus bens no referido período. Por fim, foram analisados os dados sobre preços, usos, estado de conservação e preservação dos imóveis da SCMR, de modo a aferir se a Santa Casa de Misericórdia atua como agente passivo e/ou ativo no mercado imobiliário e na conservação dos valores patrimoniais do centro histórico do Recife.
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JULIO CESAR DOS SANTOS
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CIDADE SABIDA: Uma proposta de integração de dados urbanos utilizando CIM-DL
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Orientador : MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDREA FLAVIA TENORIO CARNEIRO
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DANIEL RIBEIRO CARDOSO
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IANA LUDERMIR BERNARDINO
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MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
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Data: 28/02/2022
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O crescimento populacional e a prospecção da urbanização no Brasil têm gerado novas necessidades para o planejamento e a gestão de cidades, principalmente se considerado o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11 – Cidades e comunidades sustentáveis. Neste contexto, os avanços nas Tecnologias da Informação e Comunicação aparecem como recursos para auxiliar na melhoria da qualidade das cidades, tornando-as mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis, principalmente sob a perspectiva da coleta de dados urbanos que agilizem e melhorem a tomada de decisão para o desenvolvimento urbano. Este trabalho emprega o método Design Science Research para desenvolver um artefato denominado Sistema de Armazenamento Baseado em Dados Informações e Análises da cidade (Cidade SABIDA). Este artefato, em vias da heterogeneidade das fontes de dos dados da cidade, busca utilizar o conceito de City Information Modeling – Data Layers (CIM-DL) para confeccionar um arranjo de dados qualitativo, que se adeque a estrutura político-administrativa dos municípios brasileiros de médio porte, visando auxiliar na tomada de decisões de planejamento e gestão dessas cidades. O percurso metodológico, munindo-se de uma Revisão Sistemática da Literatura, resultou inicialmente em uma modelagem conceitual e, posteriormente, na confecção do artefato e sua avaliação. Por fim, chegou-se a conclusões a respeito dos benefícios e aplicabilidade da modelagem de dados urbanos por camadas para o planejamento e gestão de cidades.
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O crescimento populacional e a prospecção da urbanização no Brasil têm gerado novas necessidades para o planejamento e a gestão de cidades. Neste contexto, os avanços nas Tecnologias da Informação e Comunicação aparecem como recursos para auxiliar na melhoria da qualidade das cidades, principalmente sob a perspectiva da coleta de dados urbanos que agilizem e melhorem a tomada de decisão para o desenvolvimento urbano. Este trabalho emprega o método Design Science Research para desenvolver um artefato denominado Sistema de Armazenamento Baseado em Dados Informações e Análises da cidade (Cidade SABIDA). Este artefato, em vias da heterogeneidade das fontes de dos dados da cidade, busca utilizar o conceito de City Information Modeling – Data Layers (CIM-DL) para confeccionar um arranjo de dados qualitativo, que se adeque a estrutura político-administrativa dos municípios brasileiros de médio porte, visando auxiliar na tomada de decisões de planejamento e gestão dessas cidades. Este documento de qualificação apresenta uma Revisão Sistemática da Literatura sobre o tema e, como resultado preliminar, a modelagem conceitual da interface que será desenvolvida. Por fim, ainda aborda, brevemente, a estrutura dos próximos capítulos e indícios de outras vertentes da pesquisa que podem ser continuada em um doutoramento.
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ITALO GUEDES DOS SANTOS
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Verificação Automatizada de Requisitos em Projetos de Arquitetura de Terminais de Passageiros Aeroportuários com base em BIM.
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Orientador : MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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LETICIA TEIXEIRA MENDES
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MAX LIRA VERAS XAVIER DE ANDRADE
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REGINA COELI RUSCHEL
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SERGIO SCHEER
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Data: 28/02/2022
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Projetos Arquitetônicos Aeroportuários, por natureza, são complexos tendo em vista a série de exigências projetuais e normativas a serem atendidas. No Brasil, a avaliação e aprovação desses projetos são realizadas pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), INFRAERO (empresa pública federal brasileira) dentre outros órgãos competentes. No cenário atual estes projetos são submetidos por meio de documentos bidimensionais impressos para avaliação e verificação manual de requisitos realizado pela equipe de analistas. Tais processos tendem a ser demorados (perdurando meses ou até anos), além de serem avaliados de modo subjetivo, devido às diferentes perspectivas e expertises de conhecimento, dos analistas no momento da avaliação. Tendo como foco esse problema e, com base no Design Science Research (DSR), esta dissertação propõe o uso de uma Estrutura Conceitual (EC) para subsidiar a avaliação de projetos por meio da Verificação Automatizada de Requisitos. Mediante a compreenssão do processo atual de avaliação dos projetos aeroportuários junto a equipe da SAC, foi possível conceber a EC visando a Verificação Automatizada de Requisitos por Regras em um modelo BIM de um Terminal de Passageiros Aeroportuário (TPS) no software Solibri Model Checker. Os resultados obtidos nesta pesquisa demonstram a viabilidade de utilização da EC para a avaliação de diferentes requisitos do projeto arquitetônico. Devido a EC possuir uma lógica de montagem flexível, no qual é possível alterar diferentes informações, desde o tipo de verificação automatizada, documentos de referência, disciplina, categorias de avaliação, classificação das regras, formatos, sistema e software de análise, tornando possível que os analistas concebam diferentes combinações. Por meio da instanciação da EC junto a equipe da SAC foi possível vislumbrar um novo horizonte para a avaliação de projetos, a ser explorado pelos analistas de projetos aeroportuários no Brasil relacionado ao uso do Code Checking (CC) ou Verificação de Requisitos visando a automatização do processo de avaliação de TPS com base na Modelagem da Informação da Construção (BIM).
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Projetos Arquitetônicos Aeroportuários (PAA), por natureza, são complexos tendo em vista a série de exigências projetuais e normativas a serem atendidas na fase de documentação do projeto. No Brasil, a avaliação e aprovação de PAA desenvolvidos pelas equipes de projetistas são realizadas pela INFRAERO (empresa pública federal brasileira responsável pela administração de diversos aeroportos no país), SAC (Secretaria de Aviação Civil), dentre outros órgãos competentes. No cenário atual a equipe de projetistas desenvolve o PAA em softwares CAD e submetem os desenhos bidimensionais impressos para um processo de validação manual realizado pela equipe de analistas. Tais processos tendem a ser demorados (perdurando meses ou até anos). Além disso, os processos de avaliação são subjetivos nas análises, devido às diferentes perspectivas e expertises de conhecimento, específicos de cada analista no momento da avaliação, faltando padronização no momento de avaliação dos PAA. Como resposta para otimizar o processo, minimizar erros de avaliação de PAA e reduzir o tempo de avaliação, aparece o BIM. De acordo com Eastman et al. (2008, p.13), o Building Information Modeling (BIM), em português, Modelagem da Informação da Construção é uma tecnologia de modelagem e processos associados para produzir, comunicar e analisar edifícios. O uso do BIM vinculado à atividade de avaliação de projetos é denominado Code Checking (C.C), ou Verificação de Regras. Segundo Eastman et al. (2009), a Verificação de Regras é definida como um processo de avaliação de relações ou atributos de projeto com base nas configurações dos seus objetos. A checagem de regras em modelos BIM possibilita um novo cenário para que os analistas de PAA possam automatizar o processo de avaliação, reduzindo o tempo de análise e aumentando a eficiência com relação ao processo de validação tradicional. O objeto empírico desta pesquisa é o Terminal de Passageiros Aeroportuário (TPS), este segundo a INFRAERO (2006) é o principal componente do sistema aeroportuário, tem como função processar e atender conveniente e eficientemente passageiros e bagagens em transferência do modo de transporte aéreo para modo terrestre e vice-versa. Essa pesquisa tem como objetivo geral propor o uso de uma Estrutura Conceitual para a Verificação Automática de Regras em PAA de TPS, tirando proveito de recursos computacionais vinculados ao uso do modelo BIM denominado CC. A metodologia a ser utilizada nessa pesquisa será a Design Science Research (DSR).
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JULLY GOMES RIBEIRO
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UM LAR PARA CRIANCAS E ADOLESCENTES EM VULNERABILIDADE SOCIAL: UMA INVETIGAÇÃO SOBRE "CASA LAR"
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Orientador : LUCIA LEITAO SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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HELIANE DE ALMEIDA LINS LEITAO
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JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
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LUCIA LEITAO SANTOS
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Data: 31/03/2022
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Esta pesquisa tem por objetivo avaliar como o ambiente das Casas Lares pode refletir ou influenciar o processo de apropriação e afetividade das crianças e adolescentes com o espaço habitado, a fim de possibilitar um suporte físico e emocional advindos de um lar. Para atingir o objetivo principal da pesquisa fez-se necessário o desenvolvimento do significado dos termos casa e lar, bem como a identificação das normas e diretrizes relacionadas as Casas Lares e seus devidos cumprimentos. A construção e análise dos dados ocorreram de forma qualitativa e quantitativa, a partir da análise de aspectos físicos e subjetivos das instituições e de seus usuários, seguindo as diretrizes do manual de Orientações Técnicas: Serviços de Acolhimento para Crianças e Adolescentes e aspectos baseados nas obras de Rybczynski (1986) e de Fisher (1990). O tema possui uma forte repercussão social, para além de ser um trabalho de interesse acadêmico, possui relevância no sentido de se pensar esses espaços e sua relação com as crianças e adolescentes, levando-os em consideração.
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Teses |
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LARISSA RODRIGUES DE MENEZES
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CENTRO HISTÓRICO E CENTRO URBANO EM DISPUTA:
O mercado imobiliário como coordenador da competição entre os usos comercial e residencial em São José e na Boa Vista, Centro Histórico do Recife
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Orientador : NORMA LACERDA GONCALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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NORMA LACERDA GONCALVES
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IANA LUDERMIR BERNARDINO
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PEDRO ABRAMO
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MARLUCE WALL VENÂNCIO
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KAINARA LIRA DOS ANJOS
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Data: 18/02/2022
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A tese tem como tema o mercado imobiliário em centros históricos, com foco na disputa entre os usos habitacional e comercial no Centro Histórico do Recife (CHR), formado, grosso modo, pelos bairros do Recife, Santo Antônio, São José e Boa Vista. O problema que norteia a pesquisa é a identificação, sobretudo em São José, de um quadro de competição de usos que promove a substituição das moradias pelo uso comercial, que se impõe por pagar rendas imobiliárias mais elevadas. O atual processo de esvaziamento populacional do CHR ocorre em São José e na Boa Vista, pois em Santo Antônio e no Bairro do Recife, esse processo ocorreu no início do século XX, pela realização de reformas urbanas. Diante dessa problemática, formulou-se a hipótese de que, nos setores de centros históricos preteridos por ações de intervenção pública, a livre competição de usos no mercado imobiliário é a principal responsável pela redução do uso habitacional, o qual é substituído por usos que geram maior renda aos proprietários imobiliários. O objetivo da tese é analisar o funcionamento do mercado imobiliário no Centro Histórico do Recife, para revelar os mecanismos de disputa entre os usos habitacional e comercial, nas áreas institucionalizadas como de preservação rigorosa dos bairros de São José e da Boa Vista, com vistas a contribuir para a fundamentação de políticas de preservação de centros históricos que viabilizem a manutenção do uso residencial. O referencial teórico da tese abordou duas vertentes temáticas. A primeira avaliou os conceitos de centro urbano e centro histórico, bem como experiências de conservação urbana em cidades brasileiras e latino-americanas e o conceito de gentrificação. A segunda abordagem conceitual esteve relacionada ao mercado imobiliário e à competição de usos em centros históricos. Após a construção do referencial teórico, o texto traz o foco para o CHR, avaliando seu processo de formação e a configuração de seus atuais padrões de ocupação, que embasam a delimitação de seis submercados. Com relação aos submercados São José e Boa Vista, é apresentada uma caracterização do conjunto edificado e do espaço urbano. Com base nessa caracterização, foram analisadas as transações de compra e venda e de aluguel, permitindo identificar que a disputa de usos analisadas se dá, majoritariamente, no mercado de aluguel. Dessa forma, foram também analisados os principais agentes desse mercado, bem como suas condutas. A partir dessas análises, foram elaborados esquemas interpretativos do mercado de aluguel comercial e residencial. Foi possível concluir que a renda imobiliária comercial no submercado São José é muito mais elevada do que a renda residencial, motivo da preferência dos proprietários imobiliários pelo aluguel comercial, de maneira que o aluguel residencial não se encontra em condições de competitividade. No submercado Boa Vista, devido à sua localização menos vantajosa para o comércio, ainda existe uma competição mais paritária, motivo pelo qual são elencadas, nas considerações finais, diretrizes para políticas públicas que busquem contribuir para a manutenção do uso residencial no submercado Boa Vista e confira a este uso maiores condições de competitividade, no submercado São José.
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A tese tem como tema o mercado imobiliário em centros históricos, com foco na disputa entre os usos habitacional e comercial no Centro Histórico do Recife (CHR), formado, grosso modo, pelos bairros do Recife, Santo Antônio, São José e Boa Vista. O problema que norteia a pesquisa é a identificação, sobretudo em São José, de um quadro de competição de usos que promove a substituição das moradias pelo uso comercial, que se impõe por pagar rendas imobiliárias mais elevadas. O atual processo de esvaziamento populacional do CHR ocorre em São José e na Boa Vista, pois em Santo Antônio e no Bairro do Recife, esse processo ocorreu no início do século XX, pela realização de reformas urbanas. Diante dessa problemática, formulou-se a hipótese de que, nos setores de centros históricos preteridos por ações de intervenção pública, a livre competição de usos no mercado imobiliário é a principal responsável pela redução do uso habitacional, o qual é substituído por usos que geram maior renda aos proprietários imobiliários. O objetivo da tese é analisar o funcionamento do mercado imobiliário no Centro Histórico do Recife, para revelar os mecanismos de disputa entre os usos habitacional e comercial, nas áreas institucionalizadas como de preservação rigorosa dos bairros de São José e da Boa Vista, com vistas a contribuir para a fundamentação de políticas de preservação de centros históricos que viabilizem a manutenção do uso residencial. O referencial teórico da tese abordou duas vertentes temáticas. A primeira avaliou os conceitos de centro urbano e centro histórico, bem como experiências de conservação urbana em cidades brasileiras e latino-americanas e o conceito de gentrificação. A segunda abordagem conceitual esteve relacionada ao mercado imobiliário e à competição de usos em centros históricos. Após a construção do referencial teórico, o texto traz o foco para o CHR, avaliando seu processo de formação e a configuração de seus atuais padrões de ocupação, que embasam a delimitação de seis submercados. Com relação aos submercados São José e Boa Vista, é apresentada uma caracterização do conjunto edificado e do espaço urbano. Com base nessa caracterização, foram analisadas as transações de compra e venda e de aluguel, permitindo identificar que a disputa de usos analisadas se dá, majoritariamente, no mercado de aluguel. Dessa forma, foram também analisados os principais agentes desse mercado, bem como suas condutas. A partir dessas análises, foram elaborados esquemas interpretativos do mercado de aluguel comercial e residencial. Foi possível concluir que a renda imobiliária comercial no submercado São José é muito mais elevada do que a renda residencial, motivo da preferência dos proprietários imobiliários pelo aluguel comercial, de maneira que o aluguel residencial não se encontra em condições de competitividade. No submercado Boa Vista, devido à sua localização menos vantajosa para o comércio, ainda existe uma competição mais paritária, motivo pelo qual são elencadas, nas considerações finais, diretrizes para políticas públicas que busquem contribuir para a manutenção do uso residencial no submercado Boa Vista e confira a este uso maiores condições de competitividade, no submercado São José.
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RAFAEL RUST NEVES
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AUTOSSEGREGAÇÃO EM CIDADES MÉDIAS: Configuração intraurbana e práticas espaciais dos moradores de residenciais horizontais fechados, em Arapiraca-AL
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Orientador : RUSKIN FERNANDES MARINHO DE FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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RUSKIN FERNANDES MARINHO DE FREITAS
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CRISTINA PEREIRA DE ARAUJO
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EDVANIA TORRES AGUIAR GOMES
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REGINA DULCE BARBOSA LINS
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SIMONE CARNAUBA TORRES RIOS
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Data: 23/02/2022
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As transformações no âmbito do capitalismo, experimentado nas últimas cinco décadas, têm produzido mudanças na produção do espaço urbano. A transição da cidade industrial, marcada pela dicotomia centro-periferia, para a cidade pós-fordista, dispersa e fragmentada, tem engendrado novas configurações espaciais, não apenas nas grandes cidades. A presente pesquisa investiga as implicações da autossegregação para a vida urbana em cidades médias, com foco na cidade de Arapiraca-AL. A escolha dessa cidade média como recorte para a pesquisa se deve aos residenciais horizontais fechados serem uma realidade relativamente recente, oferecendo uma oportunidade privilegiada para a análise das transformações urbanas desencadeadas por esses empreendimentos, desde a implantação. A hipótese geral da pesquisa é que a autossegregação induz uma mudança na relação que os moradores dos residenciais horizontais fechados estabelecem com a cidade, implicando em um modo de vida urbano mais compartimentado e seletivo, que não se restringe aos espaços internos desses empreendimentos. O objetivo geral da pesquisa é identificar e analisar as mudanças nas práticas espaciais dos moradores de residenciais horizontais fechados e suas implicações para a vida urbana em cidades médias. O método adotado é o fenomenológico e as
técnicas de pesquisa a serem empregadas na coleta de dados primários são a entrevista não- estruturada, junto a representantes da gestão pública municipal e agentes do mercado imobiliário; e
a entrevista de história de vida, junto aos moradores de diferentes residenciais horizontais fechados, localizados em Arapiraca-AL.
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As transformações no âmbito do capitalismo, experimentado nas últimas cinco décadas, têm produzido mudanças na produção do espaço urbano. A transição da cidade industrial, marcada pela dicotomia centro-periferia, para a cidade pós-fordista, dispersa e fragmentada, tem engendrado novas configurações espaciais, não apenas nas grandes cidades. A presente pesquisa investiga as implicações da autossegregação para a vida urbana em cidades médias, com foco na cidade de Arapiraca-AL. A escolha dessa cidade média como recorte para a pesquisa se deve aos residenciais horizontais fechados serem uma realidade relativamente recente, oferecendo uma oportunidade privilegiada para a análise das transformações urbanas desencadeadas por esses empreendimentos, desde a implantação. A hipótese geral da pesquisa é que a autossegregação induz uma mudança na relação que os moradores dos residenciais horizontais fechados estabelecem com a cidade, implicando em um modo de vida urbano mais compartimentado e seletivo, que não se restringe aos espaços internos desses empreendimentos. O objetivo geral da pesquisa é identificar e analisar as mudanças nas práticas espaciais dos moradores de residenciais horizontais fechados e suas implicações para a vida urbana em cidades médias. O método adotado é o fenomenológico e as
técnicas de pesquisa a serem empregadas na coleta de dados primários são a entrevista não- estruturada, junto a representantes da gestão pública municipal e agentes do mercado imobiliário; e
a entrevista de história de vida, junto aos moradores de diferentes residenciais horizontais fechados, localizados em Arapiraca-AL.
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LIVIA MORAIS NOBREGA
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Mediação Espacial: Edifícios como Mercadorias para Discursos de Exposições -
O Caso da Bienal de São Paulo (1957-2018)
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Orientador : LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
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MEMBROS DA BANCA :
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LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM
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FERNANDO DINIZ MOREIRA
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SOPHIA PSARRA
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KALI TZORTZI
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IOANNA STAVROULAKI
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CRISTIANO FELIPE BORBA DO NASCIMENTO
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Data: 08/04/2022
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Esta tese defende o conceito de mediação espacial enquanto estratégias configuracionais de troca
entre pessoas e coisas que são particularmente evidentes em espaços expositivos – cuja função
principal é precisamente a de fomentar estas trocas. Em contraste com outros tipos de mediação, a
mediação espacial ocorre não por meio de educadores ou dispositivos tecnológicos, mas através do
sistema espacial que estrutura a interação entre conteúdos expostos e seus visitantes. Este conceito
caracteriza-se por uma lógica de dupla faceta que diz respeito à própria definição de espaços
expositivos – instalações para a troca que operam por meio da exposição de artefatos, para fins
culturais e econômicos. Estas duas facetas são compostas por pares de conceitos que abordam as
seguintes questões: 1) discurso e narrativa – que descrevem como as coisas estão dispostas no espaço
e como as mensagens embutidas neste arranjo podem ser interpretadas por meio da navegação
espacial; 2) commodity e capital – que representam o papel sintático e semântico do edifício na
definição de um sistema de trocas materiais e simbólicas. Estas duas facetas são objetivamente
representadas pelo layout de curta duração das exposições e pelo layout de longa duração do edifício
que as abriga. Tal fenômeno é investigado na Bienal de São Paulo (BSP), expressão que designa um
edifício (projetado por Oscar Niemeyer e equipe em 1954) e um conjunto de exposições (com 34
edições, 31 delas realizadas no mesmo pavilhão). Essa longa sobreposição entre edifício e exposições
fornece evidências robustas para a discussão proposta, que foram obtidas por meio de estudos
diacrônicos exploratórios (sobre 30 BSP, de 1957 a 2018) e por meio de estudos de casos específicos
estruturados (sobre 9 BSP). Estes estudos permitiram delimitar: a) o território em que a mediação
especial acontece – um sistema espacial aberto o bastante para suportar uma multiplicidade de
ocupações, mas fechado o suficiente para estruturar minimamente o movimento; b) como ela funciona
– por meio da transformação de um sistema espacial que é simultaneamente complexo e genérico em
um sistema altamente específico. O primeiro aspecto requereu o desenvolvimento de três modelos de
representação – complexo, genérico e específico, que descrevem os sistemas espaciais de edifício e
exposições com base em diferentes critérios, gerando com isso níveis distintos de configurações das
redes. E o segundo possibilitou a caracterização de dois tipos de mediação especial, exposição como
meio e exposição como fim, cujas características descrevem como os atributos e elementos que
constituem o layout da exposição estão situados em relação àqueles dos layouts do edifício, se dentro
dos seus limites ou se para além deles (relacionados aos conceitos de mercadoria e mercantilização,
respectivamente). Por fim, essa abordagem, que se baseia na distinção entre layouts perenes e
efêmeros, pode fornecer novas perspectivas de pensamento morfológico para a concepção e estudo
de usos e arranjos internos de outros tipos de edifícios e espaços.
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Mostrar Abstract
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This thesis defends the concept of spatial mediation as configurational strategies for the exchange
between people and things which are particularly evident in exhibition spaces – whose main function
is precisely to foster these exchanges. In contrast to other types of mediation, spatial mediation occurs
not through educators or technological devices, but through the system that structures the interaction
between displayed contents and its visitors. This concept is characterized by a double-faceted logic
that concerns the very definition of exhibition spaces – settings for exchange that operate through
the display of artifacts, for cultural and economic purposes. These two facets are made up of pairs of
concepts that address the following issues: 1) discourse and narrative – which describe how things
are arranged in space and how the messages embedded in this arrangement can be interpreted
through spatial navigation; 2) commodity and capital – which represent the syntactic and semantic
role of the building in defining a system of material and symbolic exchanges. These two facets are
objectively represented by the short-term layout of the exhibitions and the long-term layout of the
building that houses it. This phenomenon is investigated at the Bienal de São Paulo (BSP), an
expression that designates both a building (designed by Oscar Niemeyer and his team in 1954), and
a set of exhibitions (with 34 editions, 31 of which held in the same pavilion). This long overlap
between building and exhibitions provides robust evidence for the proposed discussion, which was
obtained through exploratory diachronic studies (on 30 BSP, from 1957 to 2018) and through
specific case studies (on 9 BSP). These studies allowed us to delimit: a) the territory in which spatial
mediation takes place – a spatial system open enough to support a multiplicity of occupations, but
closed enough to minimally structure the movement; b) how it works – by transforming a spatial
system that is simultaneously complex and generic into a system that is highly specific. The first
aspect required the development of three representation models – complex, generic, and specific, to
describe the spatial systems of buildings and exhibitions based on different criteria, thus generating
different levels of network configurations. And the latter enabled the characterization of two types
of special mediation, space as a means and space as an end, whose characteristics describe how the
attributes and elements of the exhibition layout are situated in relation to those of the building layout,
whether within its limits or beyond them (the former related to the notion of commodity and the
latter to a process of commodification). Finally, this approach, which is essentially based on the
distinction between perennial and ephemeral layouts, can provide new perspectives of morphological
thinking for the design and study of uses and internal arrangements of other types of buildings and
spaces.
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