A CALÇADA COMO LUGAR DE AMBIÊNCIA URBANA: Usos das calçadas dos Bairros do Espinheiro, Recife e Casa Amarela
Calçada, Visão Serial, Espaço Público.
Este presente estudo tem como objetivo caracterizar como as calçadas, sendo um espaço público, conformam a ambiência urbana e possuem impacto na percepção e usabilidade do modal pelas pessoas. Articulando os conceitos relacionados à percepção humana, formação do espaço urbano, atração, permanência e fluidez, partindo de um mergulho pela postura histórica e comparações com a legislação atual. Assim buscando demonstrar que a experiência urbana real acontece a partir da calçada, em seus materiais, expressões, comunicações, lógica de permissões, relacionando a conceitos de espaço produzido para pessoas e de como planejamento urbano municipal, impactado pelas mudanças sociais e do tempo, menosprezou as calçadas como espaço livre público; apostando e priorizando o automóvel como forma comum de viver e permear a cidade, afastando o humano da esfera pública. Abordando o espaço e o ambiente a partir de conceitos e metodologias de análise espacial fornecidos por teóricos como Lefebvre, Gehl, Jacobs, Lynch, Pallasmaa, Sá Carneiro, Mascaró e Cullen. Por fim, a partir de uma investigação que utiliza a visão serial e explora in loco, observando as dinâmicas presentes em recortes de passeios públicos do bairro do Espinheiro, do Recife e Casa Amarela na cidade do Recife e vivenciando suas diferenças, relacionando-as aos critérios de análises fornecidos pela metodologia Safari Urbano, que abordam e avaliam as calçadas a partir da escala humana, conectividade, acessibilidade, apropriação espacial, diversidade, segurança e resiliência climática.