Banca de DEFESA: HUGO STEFANO MONTEIRO DANTAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HUGO STEFANO MONTEIRO DANTAS
DATA : 04/09/2025
HORA: 09:00
LOCAL: On line
TÍTULO:

POSICIONANDO PESSOAS NO PATRIMONIO CULTURAL: PROCESSOS DISCURSIVOS DE PURIFICACAO, TRADUCAO E HIBRIDIZACAO PRESENTES NOS REGIMES DE PATRIMONIALIZACAO DO IPHAN (1970-2010)


PALAVRAS-CHAVES:

IPHAN; Patrimônio Cultural; Regime de Patrimonialização; Purificação; Tradução.


PÁGINAS: 190
RESUMO:

A presente tese tem como objetivo interpretar práticas discursivas na identificação do patrimônio cultural brasileiro no intuito de discutir o lugar declaratório dos grupos sociais na institucionalização de diferentes regimes do patrimônio material e imaterial no âmbito do Iphan. A análise parte da chave interpretativa do pragmatismo material de Bruno Latour, que defende que as inscrições bidimensionais dos textos também produzem o mundo por meio de enunciados performativos. Nesse sentido, os pareceres técnicos e do conselho consultivo do IPHAN são entendidos como fontes privilegiadas. As duas categorias principais para a nossa análise são a dos processos de purificação – da segmentação das “esferas de racionalidade” vistas como autônomas entre si –, e da tradução, quando há entidades que constantemente passam entre as “esferas racionalizadas”, sem se fixar definitivamente em uma delas. Os processos de tradução que não se completam são entendidos, ainda, enquanto processos de hibridização. Entre processos de purificação e tradução tensionamos na tese os de natureza/cultura, sujeito/objeto, material/imaterial. O recorte de estudo possui três processos discursivos principais a serem perseguidos em três capítulos: I) o processo de purificação do Patrimônio Material, na instrução da categoria Patrimônio Natural com o instrumento do Tombamento; II) o processo de tradução das ontologias indígenas na instrução do Registro de bens de natureza imaterial; e por fim, III) o processo de hibridização discursiva da instrução da Chancela da Paisagem Cultural. Conclui-se que apenas por meio da descrição das ontologias indígenas, na instrução do regime de patrimonialização imaterial, é que a narrativa deixa de ser baseada na cisão natureza/cultura, sujeito/objeto, material/imaterial e os domínios são traduzidos para novos termos para a política cultural.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2154962 - RENATA CAMPELLO CABRAL
Interna - 2203900 - ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
Externa à Instituição - ALINE DE FIGUEIROA SILVA - UFBA
Externo à Instituição - PAULO CÉSAR GARCEZ MARTINS
Externa à Instituição - SILVIA HELENA ZANIRATO
Notícia cadastrada em: 13/08/2025 14:20
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