Banca de QUALIFICAÇÃO: THAMYRES HANNA ALVES PEREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THAMYRES HANNA ALVES PEREIRA
DATA : 12/08/2025
LOCAL: online
TÍTULO:

ENTRE TEMPOS E AFETOS:cartografia subjetiva do centro de Teresina - PI


PALAVRAS-CHAVES:

imaginário urbano; memória coletiva; cartografia subjetiva; espaços praticados; centros urbanos.


PÁGINAS: 101
RESUMO:

As mudanças socioespaciais contemporâneas afetam diretamente a experiência das pessoas nos espaços da cidade. Os centros urbanos das cidades brasileiras, por sua vez, em um contexto urbano capitalista, caracterizados pela desigualdade, dependência dos automóveis, homogeneização dos usos, privatização e descaracterização dos espaços públicos, além da disputa com as novas centralidades, marcam uma reconfiguração urbana central e tem rebatimento na experiência das pessoas nessa região, no sentido de apropriação, criação de vínculos afetivos e de pertencimento. A presente pesquisa parte da ideia de que, para além de estruturas físicas, os espaços urbanos são construções simbólicas. O centro de Teresina - PI, dentro dessa dinâmica contemporânea das cidades, ao atravessar um processo de abandono, esvaziamento e apagamento na dimensão física, tem, também, as dimensões subjetivas e simbólicas afetadas. Para isso, através de uma abordagem crítica e sensível, com base em estudos sobre imaginário urbano e cartografias do afeto, o objetivo principal da pesquisa é investigar, diante desse cenário de declínio, a relação espacial e afetiva de jovens adolescentes com o centro da cidade – com foco em como esse recorte é percebido, vivenciado e significado por um grupo de estudantes do ensino médio, de duas escolas tradicionais localizadas nessa área. A partir do referencial teórico, constrói-se a ideia de que a cidade é um artefato cultural coletivo (ROSSI, 1998), impregnado de símbolos e referências comuns a grupos sociais (HALBWACHS, 2004) e é o conjunto dessas representações que lança significado sobre os espaços urbanos (WUNENBURGER, 2007); a cartografia subjetiva é, portanto, uma ferramenta de mapeamento das experiências, afetos e desejos (ROLNIK, 2011), que opera como pesquisa-intervenção (PASSOS; KASTRUP; ESCÓSSIA, 2009), e pode revelar espaços praticados, além de táticas cotidianas das pessoas comuns (DE CERTEAU, 2014), como a arte do caminhar (CARERI, 2013). O percurso metodológico, além do levantamento bibliográfico das bases conceituais da pesquisa, consiste em três etapas de caracterização do centro urbano, na análise de três tempos: i) análise espacial do território através de algumas categorias sugeridas por Jacobs (2000) em Morte e vida de grandes cidades, realizado em conjunto a um diário de caminhadas e percepções sobre o bairro, feito pela pesquisadora – presente; ii) utilização da literatura piauiense pós-69, especificamente, dos poemas de Paulo Machado como representação do imaginário urbano local e da memória coletiva – passado; iii) por fim, a construção de uma cartografia afetiva, e coletiva, com jovens estudantes das duas escolas, por meio de narrativas, percepções, experiências e criações imaginárias – futuro. Entre as temporalidades dos afetos, o centro da cidade é representado a nível das experiências humanas e reais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1963579 - JULIETA MARIA DE VASCONCELOS LEITE
Interna - 2066688 - IANA LUDERMIR BERNARDINO
Externo à Instituição - LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM - UFPE
Notícia cadastrada em: 11/08/2025 15:26
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