Banca de QUALIFICAÇÃO: HUGO STEFANO MONTEIRO DANTAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HUGO STEFANO MONTEIRO DANTAS
DATA : 17/06/2024
LOCAL: virtual
TÍTULO:

Da natureza moderna do saber patrimonial: o discurso do Iphan como fundamento de práticas científicas modernas


PALAVRAS-CHAVES:

IPHAN; Ciência Moderna; Paisagem; Patrimônio Natural; Regimes de

Patrimonialização.


PÁGINAS: 151
RESUMO:

A presente pesquisa busca investigar os diferentes processos de purificação e tradução presentes

no discurso do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico - IPHAN, na relação que estabelecem

com as características de práticas de uma ciência moderna. Para tanto, os argumentos criados nos

diferentes regimes de patrimonialização do Instituto que se voltam à dimensão da Natureza, ou

seja, para as categorias do Patrimônio Natural e da Paisagem, serão vistos em diálogo com reflexões

do campo da antropologia e do campo da paisagem, a partir de chaves teóricas de autores como

Bruno Latour, Tim Ingold, Philippe Descola, Augustin Berque e Anne Cauquelin, buscando-se

entender o posicionamento da relação do sujeito/objeto patrimonial na criação do saber

patrimonial. Parte-se do pressuposto de que a Constituição da ciência moderna foi balizada por

uma estranha simetria entre sujeito/objeto, em que o objeto está sempre em figuração cênica,

apenas para ser visto pelo sujeito. Para comprovar a hipótese de que as práticas discursivas do

Iphan apresentam características de uma ciência moderna, serão coletados documentos primários

de instrumentos patrimoniais como os dossiês de Tombamento, Chancela da Paisagem Cultural e

Registro de bens culturais de natureza imaterial, assim como artigos da Revista do Patrimônio. A

hipótese central é a de que apenas o instrumento do registro mediado por meio do Livro de

Lugares, não apresente tal posicionamento simétrico, por permitir a criação de narrativa de outras

ontologias, como a animista dos grupos indígenas, sem, no entanto, tratar a Paisagem como um

patrimônio material associado, como acontece nos demais livros do instrumento. Enquanto as

categorias patrimoniais de Natureza e de Paisagem, em meio ao processo de hibridicização do

patrimônio cultural, mediado pelos instrumentos do tombamento e da chancela, passam por

processos de escalabilidade, que, no entanto, não mudam o posicionamento simétrico entre

sujeito/objeto.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2154962 - RENATA CAMPELLO CABRAL
Interna - 2203900 - ANA RITA SA CARNEIRO RIBEIRO
Externa à Instituição - SILVIA HELENA ZANIRATO - USP
Externo à Instituição - NIVALDO VIEIRA DE ANDRADE JUNIOR - UFBA
Externo à Instituição - PAULO CÉSAR GARCEZ MARTINS - USP
Notícia cadastrada em: 05/06/2024 13:37
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