PPGL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS - CAC DEPARTAMENTO DE LETRAS - CAC Telefone/Ramal: (81) 99262-6709

Banca de QUALIFICAÇÃO: ISABELLA GIORDANO BEZERRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ISABELLA GIORDANO BEZERRA
DATA : 27/03/2025
LOCAL: remoto
TÍTULO:

POLÍTICAS DE ALTERIZAÇÃO EM CHRIS KRAUS: A SUPEREXPOSIÇÃO E O OLHAR GORGÔNEO EM EU AMO DICK (1997), ALIENS & ANOREXIA (2000)E TORPOR (2006)



PALAVRAS-CHAVES:

Alteridade; excesso; olhar; feminino; górgona. 


PÁGINAS: 130
RESUMO:

Este trabalho consiste em parte da tese de doutoramento para sua devida qualificação. A tese pretende investigar as três primeiras obras da escritora norte-americana Chris Kraus, mas aqui, passo apenas por duas delas: Eu amo Dick (1997)e Torpor (2006). Meu principal interesse tem girado em torno dos procedimentos que a autora utiliza para mobilizar a ideia de alteridade. Para investigar essa temática, venho propondo o conceito de superexposição, que diz respeito tanto ao ato de expor-se em excesso quanto a uma experiência de perder os limites de si mesmo e misturar-se ao outro. O primeiro capítulo trata da obra Eu amo Dick. Nele, analiso a construção da protagonista de Kraus como uma monstruosidade feminina e exponho o modo que a autora se utiliza disso para operar uma transgressão no imaginário da feminilidade arruinada pelo seu enlace com o excesso. Com auxílio da referência de Luce Irigaray (2017; 1985), demonstro que a autora faz isso, principalmente, pela intertextualidade, que tensiona os limites do romance realista burguês e introduz a arte contemporânea de autoria feminina. Também elaboro sobre como Kraus mobiliza um outro viés de visualidade que promove uma condição ativa para o objeto do olhar. Isso me leva à ideia de olhar gorgôneo que, a partir de Pierre Vernant (2021), permite chegar à possibilidade de um olhar de superexposição. No segundo capítulo, analiso o romance Torpor. Encaixo a obra dentro da tradição de literatura de viagem de autoria feminina estadunidense, esclarecendo como seu trabalho espaço-temporal aponta para uma série de questões de políticas contemporâneas de subjetivação. Exploro a estrutura formal do texto por meio da ideia de uma narrativa paratática e, com isso, demonstro como a autora retece os limites entre o público e o privado a partir de uma lógica de montagem e uma ausência de hierarquia entre seus componentes. Analiso seu elemento de superexposição na tematização do trauma, que precisa assumir um paradigma auricular para promover um testemunho em terceira pessoa. Além disso, exponho como as imagens grotescas estão intimamente ligadas a certas figurações do amor e, finalmente, demonstro como o desenraizamento (WEIL, 2022) é uma das principais questões que sustentam essa obra.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1420448 - RICARDO POSTAL
Interna - ***.934.184-** - BRENDA CARLOS DE ANDRADE - UFRPE
Externo à Instituição - FABRÍCIO LOPES DA SILVEIRA - UFRGS
Notícia cadastrada em: 23/02/2025 09:17
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