O BARROCO E O CASTANHO COMO PROFECIA NACIONAL: ARIANO SUASSUNA A PARTIR DE SUA PRÓPRIA CRÍTICA
Ariano Suassuna, Crítica Literária, Raça Castanha
O presente projeto insere-se nos debates sobre Estética, Crítica e Historiografia Literárias. Interessa-nos examinar a obra não ficcional do autor paraibano Ariano Suassuna, no intuito de entender como sua própria crítica literária é aplicável em seu projeto literário. Nossa hipótese é de que o barroco, em Suassuna, é mais do que uma categoria estilística para referenciar a cultura brasileira, mas também uma maneira de pensar crítica e literatura dialeticamente, através da tese da realização da raça castanha. Tendo muito mais adaptação da forma que propriamente criações, os recortes operados por suas obras foram muitas vezes um trabalho de alinhamento estético que necessitou não apenas de reconfigurações e adições, mas também de subtrações, inversões e colagens de diversas fontes na construção imagética do “Brasil real” por ele entendido. Sempre, o fusionismo dialético foi uma tônica, especialmente na tese da raça castanha defendida nos anos 70.