Banca de QUALIFICAÇÃO: EDUARDA CAVALCANTI VALENÇA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDUARDA CAVALCANTI VALENÇA
DATA : 26/06/2024
LOCAL: Remotamente, via google meer
TÍTULO:

DISCURSO BOLSONARISTA E “MEMÓRIA FABRICADA”: A MATERIALIDADE DA IMAGEM NA REDE SOCIAL INSTAGRAM

PALAVRAS-CHAVES:

Análise do Discurso; Memória; Materialidade da Imagem; Redes Sociais.

PÁGINAS: 57
RESUMO:

A incumbência das mídias digitais na produção e circulação de textos sincréticos incentiva a necessidade de investigar o funcionamento das imagens a partir da perspectiva da análise do discurso pecheuxtiana, levando em consideração a história, a ideologia e os meios de produção, para que possamos interpretar o discurso imagético.  Pêcheux (2015) faz uma menção ao papel da imagem na qualidade de operadora de memória social, e Courtine (2011) propõe a intericonicidade para discutir as imagens por meio da memória. Esse conceito relaciona imagens com a história, apontando que há discursos atravessados pelas práticas históricas. Entretanto, as materialidades da imagem, no ambiente digital, ocupam-se de discursos que são modelados e reconfigurados, os quais, várias vezes “recriam” as identidades e a própria história. Sobre isso, corroboramos com Orlandi (2023, p.67) quando afirma: “Um querer reescrever a história e contá-la pelo seu lado direito, produzindo distorções interpretativas próprias a quem faz retorno. Memória imaginária. Constituição de novas versões.”.  A partir deste pressuposto, buscamos entender a estratégia por trás dessa recriação e/ou distorção do acontecimento histórico através das imagens postadas no Instagram, que instauram, tenho chamado de “memória fabricada”, que seria, portanto, uma forma de silenciar ou apagar um fato, um acontecimento. Diante disso, temos seguintes questionamentos: Quais efeitos de sentido são produzidos pelos discursos imagéticos, postado na página do Instagram oficial do ex-presidente, Bolsonaro, a partir da sua relação com a memória? Como se constitui a “memória fabricada” e como ela pode engendrar apagamentos da materialidade histórica? Com o intuito de responder a esses questionamentos, nos debruçaremos nos postulados teóricos e da metodologia da AD de concepção materialista-histórica, sob o viés da memória, para interpretar as imagens postadas no Instagram do Bolsonaro, no período de seu governo, objetivando analisar seus efeitos de sentidos e implicações futuras.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1667608 - EVANDRA GRIGOLETTO
Interna - 1076102 - FERNANDA CORREA SILVEIRA GALLI
Externa à Instituição - SUZY MARIA LAGAZZI - UNICAMP