VIVENCIA NEGRA NO SERTAO DE SERGIPE - 1850 1888
Escravidão. Família. Negros. Mulher. Sertão. Sergipe.
Este estudo objetiva compreender as vivências familiares de pessoas negras escravizadas ou não, na Vila de Nossa Senhora do Porto da Folha, Sertão de Sergipe, na faixa temporal entre 1880 a 1850. Para tanto procuramos identificar os arranjos familiares em fontes de tipologia cartorário, tais como Inventários Post-Mortem, Registro de Compra e venda de escravos Cartas de liberdade. Com o intuito de melhor explorar o tema, outras fontes foram essenciais como Jornais de época, Lista de Eleitores e Censos demográficos. A História Social e mais recentemente a História Social da Escravidão em conjunto com a Micro-história foram os fundamentos teóricos e metodológicos utilizados no estudo. Homens e mulheres negros no Sertão de Sergipe formaram famílias e procuraram diminuir o fardo da escravidão e de viver numa sociedade que legitimou várias formas de torná-los invisíveis. No entanto, a pesquisa narra a história de duas mulheres negras, Rita Izabel, forra que adquiriu pequenos ganhos econômicos como uma casa, uma roça e brincos de ouro, e Rita uma menina que era livre e foi reduzida a escravidão pelo seu tio, pois ela engravidou. Foi vendida e levada para o Sertão onde passou o resto da vida tentando provar que era livre e ao mesmo tempo viu suas filhas serem vendidas.